sábado, 15 de dezembro de 2007

ANEDOTA ..OU TALVEZ NÃO

professora pergunta na sala de aula:

Pedrinho qual a profissão do teu pai?

- Advogado, senhora professora.
- E a do teu pai, Marianinha?
- Engenheiro.
- E a do teu, Aninhas?
- Ele é médico.
- E o teu pai, Joãozinho, o que faz?
- Ele... Ele... Ele é dançarino numa boite gay!
- Como assim? Perguntou a professora, surpreendida.
- Senhora professora, ele dança numa boite vestido de mulher, com uma
tanguinha minúscula de lantejoulas, os homens passam-lhe a mão e põem
notas no elástico da tanguinha e depois saem para fazer um programa com ele.
A professora rapidamente dispensou toda a classe, menos o Joãozinho.
Dirigiu-se ao garoto e perguntou novamente:


- Menino, o teu pai faz isto realmente?
- Não, senhora professora. Agora que a sala está vazia, eu posso falar!
Ele é assessor do Sócrates, mas eu tenho uma vergonha enorme em falar nisso à frente dos meus colegas!!!!!

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007




olhem bem para o tipo que nos lixa.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Não há preépio

Lamentamos, mas:Os Reis Magos lançaram uma OPA sobre a manjedoura e esta foi retirada do estábulo até decisão governamental; Os camelos estão no governo;Os cordeirinhos estão tão magros e tão feios que não podem ser exibidos;A vaca está louca e não se segura nas patas;O burro está na escola a dar aulas de substituição;Nossa Senhora e São José foram chamados à escola para avaliar o burro; A estrelinha de Belém perdeu o brilho porque o Menino Jesus não tem tempo para olhar para ela;O Menino Jesus está no Politeama em actividades de enriquecimento curricular e o tribunal de Coimbra ordenou a sua entrega imediata ao pai biológico; A ASAE fechou temporariamente o estábulo pela falta da manjedoura e, sobretudo, até serem corrigidas as péssimas condições higiénicas do estábulo, de acordo com as normas da UE.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

anedotas

Mais uma vez, este ano não vai haver presépio: - O menino passa todo o tempo na escola... - O burro está a dar aulas de substituição... - A vaca continua no ministério... - Nossa Senhora e S. José estão a avaliar o burro... - Os Reis Magos lançaram uma opa sobre a manjedoura... - Os camelos estão no governo... - Os cordeirinhos andam tresmalhados... - Até a estrelinha de Belém perdeu o brilho... -- "

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

E assim vai o país

ale a pena ler até ao fim, este artigo de C lara Ferreira A lves



*A Justiça criminosa* por Clara Ferreira Alves

In Pluma Caprichosa *Segunda-feira, 22 de Out de 2007



Por uma vez gostava que em Portugal alguma coisa tivesse um fim, ponto final, assunto arrumado. Não se fala mais nisso. Vivemos no país mais inconclusivo do mundo, em permanente agitação sobre tudo e sem concluir nada.


Desde os Templários e as obras de Santa Engrácia que se sabe que nada acaba em Portugal, nada é levado às últimas consequências, nada é definitivo e tudo é improvisado, temporário, desenrascado.


Da morte de Francisco Sá Carneiro e do eterno mistério que a rodeia, foi crime, não foi crime, ao desaparecimento de Madeleine McCann ou ao caso Casa Pia, sabemos de antemão que nunca saberemos o fim destas histórias, nem o que verdadeiramente se passou nem quem são os criminosos ou quantos crimes houve.


Tudo a que temos direito são informações caídas a conta-gotas, pedaços do enigma, peças do quebra-cabeças. E habituámo-nos a prescindir de apurar a verdade porque intimamente achamos que não saber o final da história é uma coisa normal em Portugal e que este é um país onde as coisas importantes são "abafadas", como se vivêssemos ainda em ditadura.


E os novos códigos Penal e de Processo Penal em nada vão mudar este estado de coisas. Apesar dos jornais e das televisões, dos blogues, dos computadores e da Internet, apesar de termos acesso em tempo real ao maior número de notícias de sempre, continuamos sem saber nada, e esperando nunca vir a saber com toda a naturalidade.


Do caso Portucale à Operação Furacão, da compra dos submarinos às escutas ao primeiro-ministro, do caso da Universidade Independente ao caso da Universidade Moderna, do Futebol Clube do Porto ao Sport Lisboa Benfica, da corrupção dos árbitros à corrupção dos autarcas, de Fátima Felgueiras a Isaltino Morais, da Braga parques ao grande empresário Bibi, das queixas tardias de Catalina Pestana às de João Cravinho, há por aí alguém que acredite que algum destes secretos arquivos e seus possíveis e alegados, muito alegados crimes, acabem por ser investigados, julgados e devidamente punidos?


Vale e Azevedo pagou por todos. Portugal tem um défice de responsabilidade civil, criminal e moral muito maior do que o seu défice financeiro, e nenhum português se preocupa com isso apesar de pagar os custos da morosidade, do secretismo, do encobrimento, do compadrio e da corrupção. Os portugueses, na sua infinita e pacata desordem existencial, acham tudo "normal" e encolhem os ombros.


Quem se lembra dos doentes infectados por acidente e negligência de Leonor Beleza com o vírus da sida?


Quem se lembra do miúdo electrocutado no semáforo e do outro afogado num parque aquático?


Quem se lembra das crianças assassinadas na Madeira e do mistério dos crimes imputados ao padre Frederico?


Quem se lembra que um dos raros condenados em Portugal, o mesmo padre Frederico, acabou a passear no Calçadão de Copacabana?


Quem se lembra do autarca alentejano queimado no seu carro e cuja cabeça foi roubada do Instituto de Medicina Legal?


Em todos estes casos, e muitos outros, menos falados e tão sombrios e enrodilhados como estes, a verdade a que tivemos direito foi nenhuma.


No caso McCann, cujos desenvolvimentos vão do escabroso ao incrível, alguém acredita que se venha a descobrir o corpo da criança ou a condenar alguém? As últimas notícias dizem que Gerry McCann não seria pai biológico da criança, contribuindo para a confusão desta investigação em que a Polícia espalha rumores e indícios que não substancia.


E a miúda desaparecida em Figueira? O que lhe aconteceu?


E todas as crianças desaparecida antes delas, quem as procurou?


E o processo do Parque, onde tantos clientes buscavam prostitutos, alguns menores, onde tanta gente"importante" estava envolvida, o que aconteceu? Arranjou-se um bode expiatório, foi o que aconteceu.


E as famosas fotografias de Teresa Costa Macedo? Aquelas em que ela reconheceu imensa gente "importante", jogadores de futebol, milionários, políticos, onde estão? Foram destruídas? Quem as destruiu e porquê?


E os crimes de evasão fiscal de Artur Albarran mais os negócios escuros do grupo Carlyle do senhor Carlucci em Portugal, onde é que isso pára? O mesmo grupo Carlyle onde labora o ex-ministro Martins da Cruz, apeado por causa de um pequeno crime sem importância, o da cunha para a sua filha.


E aquele médico do Hospital de Santa Maria suspeito de ter assassinado doentes por negligência? Exerce medicina?


E os que sobram e todos os dias vão praticando os seus crimes de colarinho branco sabendo que a justiça portuguesa não é apenas cega, é surda, muda, coxa e marreca.


Passado o prazo da intriga e do sensacionalismo, todos estes casos são arquivados nas gavetas das nossas consciências e condenados ao esquecimento. Ninguém quer saber a verdade. Ou, pelo menos, tentar saber a verdade.


Nunca saberemos a verdade sobre o caso Casa Pia, nem saberemos quem eram as redes e os "senhores importantes" que abusaram, abusam e abusarão de crianças em Portugal, sejam rapazes ou raparigas, visto que os abusos sobre meninas ficaram sempre na sombra.


Existe em Portugal uma camada subterrânea de segredos e injustiças, de protecções e lavagens, de corporações e famílias, de eminências e reputações, de dinheiros e negociações que impede a escavação da verdade. Este é o maior fracasso da democracia portuguesa e contra isto o PS e o PSD que fizeram? Assinaram um iníquo pacto de justiça.


Mail to: unica@expresso.pt


----- Finalizar mensagem encaminhada -----

E Viva a educação

Caros amigo(a)s
As coisas têm de mudar, dizem as novas correntes da Educação.
Aqui está um exemplo da NOVA ATITUDE que os professores têm de adoptar, a bem dos tempos modernos.
Está em baixo.

Avaliação de um exercício nos tempos que correm...
(Orientado para professores que têm de mudar... e cumprir políticas da Srª Ministra... )

QUESTÃO PROPOSTA:
6 + 7 = ?
A . EXERCÍCIO FEITO PELO ALUNO:
6 + 7 = 18
B . ANÁLISE:
A grafia do número seis está absolutamente correcta;
O mesmo se pode concluir quanto ao número sete ;
O sinal operacional + indica-nos, correctamente, que se trata de uma adição;
Quanto ao resultado , verifica-se que o primeiro algarismo (1) está correctamente escrito - corresponde ao primeiro algarismo da soma pedida. O segundo algarismo pode muito bem ser entendido como um três escrito simetricamente - repare-se na simetria, considerando-se um eixo vertical! Assim, o aluno enriqueceu o exercício recorrendo a outros conhecimentos.. a sua intenção era, portanto, boa.
C . AVALIAÇÃO:
Do conjunto de considerações tecidas nesta análise, podemos concluir que:
A atitude do aluno foi positiva: ele tentou!
Os procedimentos estão correctamente encadeados : os elementos estão dispostos pela ordem precisa.
Nos conceitos, só se enganou (?) num dos seis elementos que formam o exercício, o que é perfeitamente negligenciável.
Na verdade, o aluno acrescentou uma mais-valia ao exercício ao trazer para a proposta de resolução outros conceitos estudados - as simetrias... - realçando as conexões matemáticas que sempre coexistem em qualquer exercício...
Em consequência, podemos atribuir-lhe um...

..."EXCELENTE"...

...e afirmar que o aluno...

..." PROGRIDE ADEQUADAMENTE"!!!

terça-feira, 20 de novembro de 2007

O Governo que temos

ANTES DA POSSE
Lêr o Texto
O nosso partido cumpre o que promete. Só os tolos podem crer quenão lutaremos contra a corrupção. Porque, se há algo certo para nós, é quea honestidade e a transparência são fundamentais. para alcançar nossos ideais Mostraremos que é grande estupidez crer que as máfias continuarão no governo, como sempre. Asseguramos sem dúvida quea justiça social será o alvo de nossa acção. Apesar disso, há idiotas que imaginam que se possa governar com as manchas da velha política. Quando assumirmos o poder, faremos tudo para que se termine com os marajás e as negociatas.Não permitiremos de nenhum modo que nossas crianças morram de fome. Cumpriremos nossos propósitos mesmo queos recursos económicos do país se esgotem. Exerceremos o poder até que Compreendam queSomos a nova política.
DEPOIS DA POSSE
Basta ler o mesmo texto acima, DE BAIXO PARA CIMA

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

1 maio sempre...
Para não esquecer... que existam trabalhadores,por muito que o governo os ignore.

domingo, 11 de novembro de 2007

o ENSINO EM PORTUGAL

Carta aberta ao Senhor Presidente da República Portuguesa
>
>
>Ílhavo, 22 de Outubro de 2007
>
> Senhor Presidente da República Portuguesa
>
> Excelência:
>
> Disse V. Excia, no discurso do passado dia 5 de Outubro, que os
>professores precisavam de ser dignificados e eu ouso acrescentar: "Talvez
>V. Excia não saiba bem quanto!"
>
> 1. Sou professor há mais de trinta e seis anos e no ano passado
>tive o primeiro contacto com a maior mentira e o maior engano (não lhe
>chamo fraude porque talvez lhe falte a "má-fé") do ensino em Portugal que
>dá pelo nome de Cursos de Educação e Formação (CEF).
> A mentira começa logo no facto de dois anos nestes cursos darem
>equivalência ao 9º ano, isto é, aldrabando a Matemática, dois é igual a
>três!
> Um aluno pode faltar dez, vinte, trinta vezes a uma ou a várias
>disciplinas (mesmo estando na escola) mas, com aulas de remediação, de
>recuperação ou de compensação (chamem-lhe o que quiserem mas serão sempre
>sucedâneos de aulas e nunca aulas verdadeiras como as outras) fica sem
>faltas. Pode ter cinco, dez ou quinze faltas disciplinares, pode inclusive
>ter sido suspenso que no fim do ano fica sem faltas, fica puro e imaculado
>como se nascesse nesse momento.
> Qual é a mensagem que o aluno retira deste procedimento? Que pode
>fazer tudo o que lhe apetecer que no final da ano desce sobre ele uma luz
>divina que o purifica ao contrário do que na vida acontece. Como se vê
>claramente não pode haver melhor incentivo à irresponsabilidade do que
>este.
>
> 2. Actualmente sinto vergonha de ser professor porque muitos alunos
>podem este ano encontrar-me na rua e dizerem: "Lá vai o palerma que se
>fartou de me dizer para me portar bem, que me dizia que podia reprovar por
>faltas e, afinal, não me aconteceu nada disso. Grande estúpido!"
>
> 3. É muito fácil falar de alunos problemáticos a partir dos
>gabinetes mas a distância que vai deles até às salas de aula é abissal. E
>é-o porque quando os responsáveis aparecem numa escola levam atrás de si
>(ou à sua frente, tanto faz) um magote de televisões e de jornais que se
>atropelam uns aos outros. Deviam era aparecer nas escolas sem avisar, sem
>jornalistas, trazer o seu carro particular e não terem lugar para
>estacionar como acontece na minha escola.
> Quando aparecem fazem-no com crianças escolhidas e pagas por uma
>empresa de casting para ficarem bonitos (as crianças e os governantes) na
>televisão.
> Os nossos alunos não são recrutados dessa maneira, não são louros,
>não têm caracóis no cabelo nem vestem roupa de marca.
> Os nossos alunos entram na sala de aula aos berros e aos
>encontrões, trazem vestidas camisolas interiores cavadas, cheiram a suor e
>a outras coisas e têm os dentes em mísero estado.
> Os nossos alunos estão em estado bruto, estão tal e qual a Natureza
>os fez, cresceram como silvas que nunca viram uma tesoura de poda. Apesar
>de terem 15/16 anos parece que nunca conviveram com gente civilizada.
> Não fazem distinção entre o recreio e o interior da sala de aula
>onde entram de boné na cabeça, headphones nos ouvidos continuando as
>conversas que traziam do recreio.
> Os nossos alunos entram na sala, sentam-se na cadeira, abrem as
>pernas, deixam-se escorregar pela cadeira abaixo e não trazem nem
>esferográfica nem uma folha de papel onde possam escrever seja o que for.
> Quando lhes digo para se sentarem direitos, para se desencostarem
>da parede, para não se virarem para trás olham-me de soslaio como que a
>dizer "Olha-me este!" e passados alguns segundos estão com as mesmas
>atitudes.
>
> 4. Eu não quero alunos perfeitos. Eu quero apenas alunos normais!!!
> Alunos que ao serem repreendidos não contradigam o que eu disse
>e que ao serem novamente chamados à razão não voltem a responder querendo
>ter a última palavra desafiando a minha autoridade, não me respeitando nem
>como pessoa mais velha nem como professor. Se nunca tive de aturar faltas
>de educação aos meus filhos por que é que hei-de aturar faltas de educação
>aos filhos dos outros? O Estado paga-me para ensinar os alunos, para os
>educar e ajudar a crescer; não me paga para os aturar! Quem vai conseguir
>dar aulas a alunos destes até aos 65 anos de idade?
> Actualmente só vai para professor quem não está no seu juízo
>perfeito mas se o estiver, em cinco anos (ou cinco meses bastarão?...) os
>alunos se encarregarão de lhe arruinar completamente a sanidade mental.
> Eu quero alunos que não falem todos ao mesmo tempo sobre coisas que
>não têm nada a ver com as aulas e quando peço a um que se cale ele não me
>responda: "Por que é que me mandou calar a mim? Não vê os outros também a
>falar?"
> Eu quero alunos que não façam comentários despropositados de modo a
>que os outros se riam e respondam ao que eles disseram ateando o rastilho
>da balbúrdia em que ninguém se entende.
> Eu quero alunos que não me obriguem a repetir em todas as aulas
>"Entram, sentam-se e calam-se!"
> Eu quero alunos que não usem artes de ventríloquo para assobiar,
>cantar, grunhir, mugir, roncar e emitir outros sons. É claro que se eu não
>quisesse dar mais aula bastaria perguntar quem tinha sido e não sairia mais
>dali pois ninguém assumiria a responsabilidade.
> Eu quero alunos que não desconheçam a existência de expressões como
>"obrigado", "por favor" e "desculpe" e que as usem sempre que o seu emprego
>se justifique.
> Eu quero alunos que ao serem chamados a participar na aula não me
>olhem com enfado dizendo interiormente "Mas o que é que este quer agora?" e
>demorem uma eternidade a disponibilizar-se para a tarefa como se me
>estivessem a fazer um grande favor. Que fique bem claro que os alunos não
>me fazem favor nenhum em estarem na aula e a portarem-se bem.
> Eu quero alunos que não estejam constantemente a receber e a enviar
>mensagens por telemóvel e a recusarem-se a entregar-mo quando lho peço para
>terminar esse contacto com o exterior pois esse aluno "não está na sala",
>está com a cabeça em outros mundos.
> Eu sou um trabalhador como outro qualquer e como tal exijo
>condições de trabalho! Ora, como é que eu posso construir uma frase
>coerente, como é que eu posso escolher as palavras certas para ser claro e
>convincente se vejo um aluno a balouçar-se na cadeira, outro virado para
>trás a rir-se, outro a mexer no telemóvel e outro com a cabeça pousada na
>mesa a querer dormir?
> Quando as aulas são apoiadas por fichas de trabalho gostaria que os
>alunos, ao sair da sala, não as amarrotassem e deitassem no cesto do lixo
>mesmo à minha frente ou não as deixassem "esquecidas" em cima da mesa.
> Nos últimos cinco minutos de uma aula disse aos alunos que se
>aproximassem da secretária pois iria fazer uma experiência ilustrando o que
>tinha sido explicado e eles puseram os bonés na cabeça, as mochilas às
>costas e encaminharam-se todos em grande conversa para a porta da sala à
>espera que tocasse. Disse-lhes: "Meus meninos, a aula ainda não acabou!
>Cheguem-se aqui para verem a experiência!" mas nenhum deles se moveu um
>milímetro!!!
> Como é possível, com alunos destes, criar a empatia necessária para
>uma aula bem sucedida?
> É por estas e por outras que eu NÃO ADMITO A NINGUÉM, RIGOROSAMENTE
>A NINGUÉM, que ouse pensar, insinuar ou dizer que se os meus alunos não
>aprendem a culpa é minha!!!
>
> 5. No ano passado tive uma turma do 10º ano dum curso profissional
>em que um aluno, para resolver um problema no quadro, tinha de multiplicar
>0,5 por 2 e este virou-se para os colegas a perguntar quem tinha uma
>máquina de calcular!!! No mesmo dia e na mesma turma outro aluno também
>pediu uma máquina de calcular para dividir 25,6 por 1.
> Estes alunos podem não saber efectuar estas operações sem máquina e
>talvez tenham esse direito. O que não se pode é dizer que são alunos de uma
>turma do 10º ano!!!
> Com este tipo de qualificação dada aos alunos não me admira que,
>daqui a dois ou três anos, estejamos à frente de todos os países europeus e
>do resto do mundo. Talvez estejamos só que os alunos continuarão a ser
>brutos, burros, ignorantes e desqualificados mas com um diploma!!!
>
> 6. São estes os alunos que, ao regressarem à escola, tanto orgulho
>dão ao Governo. Só que ninguém diz que os Cursos de Educação e Formação são
>enormes ecopontos (não sejamos hipócritas nem tenhamos medo das palavras)
>onde desaguam os alunos das mais diversas proveniências e com histórias de
>vida escolar e familiar de arrepiar desde várias repetências e inúmeras
>faltas disciplinares até famílias irresponsáveis.
> Para os que têm traumas, doenças, carências, limitações e
>dificuldades várias há médicos, psicólogos, assistentes sociais e outros
>técnicos, em quantidade suficiente, para os ajudar e complementar o
>trabalho dos professores?
> Há alunos que têm o sublime descaramento de dizer que não andam na
>escola para estudar mas para "tirar o 9º ano".
> Outros há que, simplesmente, não sabem o que andam a fazer na
>escola…
> E, por último, existem os que se passeiam na escola só para
>boicotar as aulas e para infernizar a vida aos professores. Quem é que
>consegue ensinar seja o que for a alunos destes? E por que é que eu tenho
>de os aturar numa sala de aula durante períodos de noventa e de quarenta e
>cinco minutos por semana durante um ano lectivo? A troco de quê? Da
>gratidão da sociedade e do reconhecimento e do apreço do Ministério não é,
>de certeza absoluta!
>
> 7. Eu desafio seja quem for do Ministério da Educação (ou de outra
>área da sociedade) a enfrentar ( o verbo é mesmo esse, "enfrentar", já que
>de uma luta se trata…), durante uma semana apenas, uma turma destas
>sozinho, sem jornalistas nem guarda-costas, e cumprir um horário de
>professor tentando ensinar um assunto qualquer de uma unidade didáctica do
>programa escolar.
> Eu quero saber se ao fim dessa semana esse ilustre voluntário ainda
>estará com vontade de continuar. E não me digam que isto é demagogia porque
>demagogia é falar das coisas sem as conhecer e a realidade escolar está
>numa sala de aula com alunos de carne, osso e odores e não num gabinete
>onde esses alunos são números num mapa de estatística e eu sei
>perfeitamente que o que o Governo quer são números para esse mapa, quer os
>alunos saibam estar sentados numa cadeira ou não (saber ler e explicar o
>que leram seria pedir demasiado pois esse conhecimento justificaria
>equivalência, não ao 9º ano, mas a um bacharelato…).
> É preciso que o Ministério diga aos alunos que a aprendizagem exige
>esforço, que aprender custa, que aprender "dói"! É preciso dizer aos alunos
>que não basta andar na escola de telemóvel na mão para memorizar
>conhecimentos, aprender técnicas e adoptar posturas e comportamentos
>socialmente correctos.
>
> Se V.Excia achar que eu sou pessimista e que estou a perder a
>sensibilidade por estar em contacto diário com este tipo de jovens pergunte
>a opinião de outros professores, indague junto das escolas, mande alguém
>saber. Mas tenha cuidado porque estes cursos são uma mentira…
>
> Permita-me discordar de V. Excia mas dizer que os professores têm
>de ser dignificados é pouco, muito pouco mesmo…
>
> Atenciosamente
>
>
>
>Domingos Freire Cardoso
>Professor de Ciências Físico-Químicas
>Rua José António Vidal, nº 25 C
>3830 - 203 ÍLHAVO
>Tel. 234 185 375 / 93 847 11 04
>E-mail: dfcardos@gmail.com
>
>
>
>
>
>

sábado, 10 de novembro de 2007

Malandros à solta

A ComunidadeEuropeia definiu para Portugal uma inflação minima de2,4 por cento.

O governo/desgoverno que nos governa decidiu aumentar os funcionários públicos em 2,1 por cento, recusando qualquer negociação à maneira do velho ditador Salazar.

E..depois diz que os portugueses não vão perder poder de compra...

E..não se pode correr com eles?

Vamos ter de esperar por 2009?

Mas porque é que eu e mais oito milhões de pessoas nascemos neste país?

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