sábado, 28 de junho de 2008

Unidos...contra oa trabalhadores..marchar..marchar

No " Diário de Noticias" de hoje revela-se ( com honras de primeira página) que P.S.D. se prepara para apoiar o dito Código do trabalho aprovado prlo P.S.
Uma pergunta...será que ambos os Partidos querem tentar o máximo de subsídios possíveis por parte do grande patronato para as próximas campanhas eleitorais?

quinta-feira, 26 de junho de 2008

E assim vamos nós

Estudos da Comunidade Europeia afirmam mais uima vez que Portugal será o país da União com menos crescimento económico nos próximos anos.
oS NOSSOS salários são 25 por cento abaixo da Média dos países da mesma C.E.( não falamos dos mais ricos..falamos da média).
Por exemplo, aqui ao lado os espanhóis têm os seus salários sete por cento acima dessa média,...
Dizem os nossos governantes que a culpa é de factores externos ao país... e então os outros não sofrem tambem esses factores?
Entretanto foram ontem aprovadas mais leis contra os trabalhadores...num chamado Código do trabalho, que é apenas um código do grande patronato.
Já estamos abaixo de Chipre, Malta, Republica Checa, etc...
Nem o futebol conseguiu disfarçar a inépcia e cupidez de quem governa...

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Sem dúvidas

Todas as sondagens indicam que o P.S. perde votos para a esquerda- Blocode Esquerda e P.C.P.
Por isso...cada vez há mais a certeza que , nas eleições de 2009 não haverá maiorias absolutas.
E, tambem cada vez há mais a certeza que P.S. e P.S.D. estão a preparar um acordo para mais uim " bloco central".
UIma sugestão às TVs...
Façam um concurso a ver se alguém descobre diferenças reais( para além dos nomes dos boys e girls benefiados) entre aqueles dois Partidos...
Podem dar um prémio garnde..que ninguém descobre...

sábado, 21 de junho de 2008

Você paga?

Você paga a luz que gasta à E.D.P.?
Para quê..eles agora vão fazer uma lei segundo a qual as dividas dos que não pagarem serão suportadas pelos outros consumidores.
E o Governo está de acordo com isso...
Mas será que estanmos todos doidos?
Eu acho que já não aguento mais...

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Outra anedota inconveniente

Durante uma festa de arromba, com a nata dos políticos e diplomatas
presentes no país, o milionário anfitrião, já meio tocado, fez-se ouvir
para anunciar: - Meus caros convidados, eu quero dizer uma coisa... a
minha piscina é mágica!!!



Todos, pensando que era delírio do dono da casa, começaram a rir. Nisto,


o dono da casa começa a correr, dá um salto para a piscina e grita: - CERVEJA!!!
A água muda para cerveja, o tipo vai nadando, vai bebendo, e, ao sair do
outro lado, a piscina volta ao normal.



Um cônsul italiano, estupefacto com o que estava a presenciar, corre
também, dá um salto e grita : - VINHO!! E a água transforma-se em vinho.
Ele nada e ao fim de algum tempo sai e, novamente, a piscina volta ao normal.



Um adido francês vai, dá um pulo para a piscina e grita: - CHAMPAGNE! E
a água muda para champanhe. Quando sai do outro lado a piscina volta ao normal.



Sócrates, vibrando de emoção corre também para a piscina a todo o gás.
Quando já vai no ar, Armando Vara diz-lhe: - Zé, tens o telemóvel e a
carteira no bolso!!! Ele dá com a mão na testa e grita: -
MMMEEERRRDDDAAAA!!! A partir daquele momento Portugal passou a viver da forma como estamos hoje....


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É justo

GASÓLEO A 0,80€ PARA OS IATES
O Governo democrático e maioritário do PS tem por hábito quando é confrontado com realidades, apontar os canhões para o PSD, seu parceiro do «Bloco Central de Interesses».

Mas agora, todos ficam a saber : os que têm iates e embarcações de recreio que através do Artº 29 do Cap. II da Portaria 117-A de 8 de Fevereiro de 2008, beneficiam de gasóleo ao preço do que pagam os armadores e os pescadores.

Assim todos os portugueses são iguais perante a Lei, desde que tenham iates…

É da mais elementar justiça que os trabalhadores e as empresas que tenham carro a gasóleo o paguem a 1,42€, e os banqueiros e empresários do 'Compromisso Portugal' o paguem a 0,80€, e é justo, porque estes não têm culpa que os trabalhadores não comprem iates!!!



Porreiro pá !

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Futebol...futebol

Futebol... um belo desporto.
Mas ..que ele nao nos faça esquecer as malfeitorias que estamos a sofrer na pele dia a dia...
Aumentos..da gasolina...dos produtos alimentares... leis laborais que facilitam ainda mais o desemprego...postos de saude que fecham... vinte por cento dos habitantes em com pobreza extrema...os mais baixos indices de toda a CE e ainda a descer...
Paremos um pouco a reflectir...

sábado, 14 de junho de 2008

Anedota sem piada...

Um velho padre que durante anos, tinha trabalhado fielmente com o povo
africano, mas agora estava de volta a Portugal, doente e moribundo, no
Hospital de S. José. De repente ele faz um sinal à enfermeira, que se
aproxima.

- Sim, padre? Diz a enfermeira.

- Eu queria ver o Primeiro Ministro José Sócrates e o Ministro das Finanças
Teixeira dos Santos antes de morrer, sussurrou o Padre.

- Acalme-se, verei o que posso fazer, respondeu a enfermeira.

De imediato, ela entra em contacto com o Palácio de S. Bento e com José
Sócrates. E logo recebe a notícia: ambos gostariam muito de visitar o padre
moribundo.

A caminho do Hospital, Sócrates diz a Teixeira dos Santos:
- Eu não sei porque é que o velho padre nos quer ver, mas certamente que
isso vai ajudar a melhorar a nossa imagem perante a Igreja, o que é sempre
bom.

Teixeira dos Santos concordou. Era uma grande oportunidade para eles e até
foi enviado um comunicado oficial à imprensa sobre a visita.

Quando chegaram ao quarto, o velho padre, pegou na mão de Sócrates, com a
sua mão direita, e na mão de Teixeira dos Santos, com a sua esquerda. Houve
um grande silêncio e notou-se um ar de pureza e serenidade no semblante do
padre.

Sócrates então disse:

- Padre, porque é que fomos nós os escolhidos, entre tantas pessoas, para
estar ao seu lado no seu fim?

O velho padre, lentamente, disse:

-Sempre, em toda a minha vida, procurei ter como modelo Nosso Senhor Jesus
Cristo.

- Amém, disse Sócrates.
- Amém, disse Teixeira dos Santos.

E o padre continuou:

- Então ... como Ele morreu entre dois ladrões, eu queria fazer o mesmo...!

Ainda o tratado

GANHAR NA SECRETARIA

• Não, não vamos falar do “ apito dourado” ou de qualquer outro caso futebolístico. Falamos sim do referendo irlandês que “ chumbou” o chamado Tratado de Lisboa.
Na altura em que escrevemos o assunto tem sido objecto de vários debates nas estações televisivas. Assistimos a uns que se realizaram .na RTP1, SIC, Sicnotícias e RTPN.
Outros terá havido.
Por exemplo, o doutor Durão Barroso defendeu que o tratado deve continuar..isto não obstante estar escrito no plano jurídico que é necessária a aprovação de todos os países.
A doutora Elsa Ferreira por seu lado disse que era preciso repetir o referendo na Irlanda…como quem diz “ se não vai a bem vai a mal”.
Mas não vimos nenhum jornalista questionar porque é que não se fizeram referendos nos restantes países da União nem porque é que simplesmente se tinha ignorado os anteriores “ não” em referendos fritos na França e Holanda a versões similares do tratado.
Que os senhores que entendem governar em nosso nome defendam interesses muito particulares, percebe-se. Mas os jornalistas..pelo menos aqueles que se dizem independentes…têm a obrigação de questionar e não simplesmente dizer” ámen” a tudo quanto lhes aparece.
Por exemplo o " Diário de Noticias" de hoje escreve em t´tulo" Um milhão anula tratdo".
Pois é..mas pelo menos foi um milhão de votantes e não meia dúzia de iluminados a falar em nome de povos que não quis consultar.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

O Povo é quem mais ordena

O povo irlandês mostrou que nem todos somos " carneiros". .Aqueles que, como Sócrates em Portugal renegaram o que tinham prometido-ou seja uma consulta popular- viram que afinal o POVO É QUEM MAIS ORDENA.

Na única oportunidade que lhe deram rejeitou o que certos " senhores" fabricaram.
E agora ainda têm a " lata" der dizer que o process deve continuar contra a vonmtade popular...
tenham vergonha.-..larguem os tachos.

Nuno

Movimento de professores-comunicado

ENCONTRO DE 7 DE JUNHO DE 2008 – DECISÕES TOMADAS

REPORTE A ENVIAR A TODOS OS PROFESSORES

Os educadores de infância e os professores dos ensinos básico e secundário identificados com o PROmova - Movimento de Valorização dos Professores, reunidos, em Vila Real, no dia 7 de Junho de 2008, aprovaram a transformação do Movimento numa Associação de Intervenção de âmbito nacional, dotada de um estatuto jurídico próprio, ainda que conservando a sua designação inicial.

Esta decisão visa conferir maior visibilidade e dinâmica às reivindicações dos professores portugueses, injectando-lhe motivação, eficácia e suporte organizacional, de molde a robustecer a capacidade de mobilização e de intervenção dos docentes em defesa de uma escola pública de qualidade, tornando-a reactiva, tanto às medidas legislativas inconsistentes e erradas, como às orientações persecutórias e ofensivas da dignidade profissional dos docentes, enquanto marcas distintivas da postura e das políticas educativas desta equipa ministerial.

Mantendo a fidelidade aos traços identitários que estiveram na emergência espontânea do Movimento, o PROmova não tem vocação para se assumir como Sindicato ou como Associação Profissional, da mesma forma que não se encontra vinculado a qualquer filiação partidária, sindical ou associativa já constituídas, sem prejuízo de poderem ser implementadas estratégias de actuação que sejam convergentes com as de outros movimentos de professores. Deste modo, a associação ao PROmova não divide a classe, pois a mesma não é incompatível com qualquer outro vínculo sindical ou associativo que os docentes possam ter.

Sendo desejável que a adesão de cada professor ao PROmova se possa ancorar numa decisão esclarecida e convicta, disponibilizamos as principais linhas de orientação aprovadas na reunião de 7 de Junho.

Decisões tomadas a nível de organização e de estratégia de actuação:

1) Dotar o Movimento PROmova de personalidade jurídica, sob a forma de associação de intervenção de âmbito nacional.

2) Organizar o PROmova em Núcleos, abertos à participação de professores de todas as escolas/agrupamentos do país e funcionando, preferencialmente, numa adesão e comunicação on-line.

3) Manter a autonomia estratégica do PROmova, ainda que podendo articular algumas formas de actuação com outros movimentos de professores.

Núcleo de razões/reivindicações:

1) Sensibilizar e insistir na renegociação do Estatuto da Carreira Docente, especificamente, a partir da defesa intransigente dos seguintes pressupostos:

a. Rejeição da divisão da classe em categorias artificiais e consequente manifestação de oposição aos concursos de acesso a professores titulares.

b. Recusa da existência de um exame de acesso à profissão, sancionando-se a validação académica e implementando-se uma avaliação de desempenho no final do 1º ano de leccionação, a cargo de uma Comissão de Avaliação Especializada.

2) Não à imposição do modelo de avaliação consubstanciado no Decreto Regulamentar Nº 2/2008.

3) Permitir às escolas/agrupamentos a opção pelo modelo de gestão mais favorável (Director/Conselho Geral ou Conselho Executivo/Assembleia de Escola), conforme parecer fundamentado do Conselho Nacional de Educação.

4) Combater a implementação do sistema de quotas, dada a casuística que decorre da escola/agrupamento a que se pertence e a inaplicabilidade do mecanismo aos contextos de ensino-aprendizagem, mercê da rigidez e do estrangulamento artificial que impõe.

5) Induzir uma revisão urgente do Estatuto do Aluno (Lei Nº 3/2008), contrariando o facilitismo e a perda de autoridade da escola e dos professores que lhe é inerente.

6) Definição de alternativas consistentes e credibilizadas (debatidas com os distintos actores educativos) em termos de ECD, de modelo de avaliação, de modelo de gestão e de estatuto do aluno.

Acções a implementar:

1) Manifestação no arranque do ano lectivo de 2008-2009.

2) Organização de um Seminário sobre políticas educativas, em Setembro de 2008, com a presença de figuras emergentes nos vários partidos políticos.

3) Divulgação de uma carta aberta aos Encarregados de Educação, no início do ano lectivo 2008-2009, explicando a incoerência e o carácter desarticulado das medidas legislativas impostas pela tutela.

4) Apesar da obrigatoriedade legal de implementação das medidas, incentivar os professores e as escolas a verbalizarem a sua discordância. A postura de “cumpridores da lei, mas contrariados e não vergados” fará toda a diferença.

5) Criação de um dístico ou autocolante que dê visibilidade ao descontentamento dos professores.

6) Estudar formas de contestação em convergência com outros movimentos de professores.

Em anexo, disponibilizamos fichas que permitem aos colegas que se identificam com a postura e as reivindicações do PROmova voluntariarem-se para integrar os diferentes Núcleos do Movimento, dinamizarem o Movimento nas suas escolas/agrupamentos e manifestarem uma intenção de adesão ao PROmova (por favor, reportar as adesões para o e-mail profsmovimento@gmail.com ).



O Núcleo de Estratégia do Movimento PROmova,

Octávio Gonçalves, José Aníbal de Carvalho, Manuel Coutinho, Pedro Areias, Delfina Rodrigues, Fátima Barros, Fernando Cristino, Eugénia Necho



PS: FAVOR REENCAMINHAR ESTE E-MAIL

quinta-feira, 12 de junho de 2008

De: Alexandre Reis
Data: 12-06-2008 15:25:25
Assunto: Cartoon GASOLINA...




Subject: Cartoon GASOLINA...



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Visualização dos anexos:


gasolina_01.jpg

terça-feira, 10 de junho de 2008

Onde anda o meu dinheirinho

Lista dos Ministros e secretarios de Estado e locais
>> onde estarão presentes.
>> Luis Amado - Ministro dos negocios estrangeiros -
>> Luxemburgo
>> Rui Pereira - Ministro da Administração Interna -
>> Brasilia - Brasil
>> Mariano Gago - Ministro da Ciencia e do Ensino
>> Superior - Venezuela
>> Alberto Costa - Ministro da Justiça - Angola
>> Augusto Santos Silva - Titular da Pasta do Assuntos
>> Parlamentares - Cabo
>> Verde
>> José Antonio Pinto Ribeiro - Ministro da Cultura -
>> S. Paulo - Brasil
>> Manuel Pinho - Ministro da Economia - Espanha
>> No que diz respeito aos secretários de Estado,
>> marcarão presença nos
>> seguintes países:
>> Sec. de Estado das Comunidades Portuguesas, António
>> Braga - Moçambique
>> Sec. de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do
>> Consumidor, Fernando
>> Serrasqueiro - África do Sul
>> Sec. de Estado do Desenvolvimento Rural e Florestas,
>> Ascenso Simões -
>> Andorra
>> Sec. de Estado do Tesouro e Finanças, Costa Pina -
>> Alemanha
>> Sec. de Estado da Juventude e Desporto, Laurentino
>> Dias - Suíça
>> Sec. de Estado da Saúde, Manuel Pizarro - Argentina
>> Sec. de Estado Adjunta e da Reabilitação, Idália
>> Moniz - Holanda
>> Sec. de Estado da Justiça, João Tiago Silveira -
>> Inglaterra
>> Sec. de Estado da Administração Interna, João
>> Figueiredo - Uruguai
>> Sec. de Estado da Presidência do Conselho de
>> Ministros, Jorge Lacão -
>> Estados Unidos da América
>> Sec. de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino -
>> França
>> Sec. de Estado da Segurança Social, Pedro Marques -
>> Austrália
>> Sec. de Estado Adjunto e da Educação, Jorge Pedreira
>> - Macau
>>
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segunda-feira, 9 de junho de 2008

VERGONHA DE MIM

Sinto vergonha de mim
por ter sido educador de parte desse povo,
por ter batalhado sempre pela justiça,
por compactuar com a honestidade,
por primar pela verdade
e por ver este povo já chamado varonil
enveredar pelo caminho da desonra.

Sinto vergonha de mim
por ter feito parte de uma era
que lutou pela democracia,
pela liberdade de ser
e ter que entregar aos meus filhos,
simples e abominavelmente,
a derrota das virtudes pelos vícios,
a ausência da sensatez
no julgamento da verdade,
a negligência com a família,
célula-Mater da sociedade,
a demasiada preocupação
com o "eu" feliz a qualquer custo,
buscando a tal "felicidade"
em caminhos eivados de desrespeito
para com o seu próximo.

Tenho vergonha de mim
pela passividade em ouvir,
sem despejar meu verbo,
a tantas desculpas ditadas
pelo orgulho e vaidade,
a tanta falta de humildade
para reconhecer um erro cometido,
a tantos "floreios" para justificar
actos criminosos,
a tanta relutância
em esquecer a antiga posição
de sempre "contestar",
voltar atrás
e mudar o futuro.

Tenho vergonha de mim
pois faço parte de um povo que não reconheço,
enveredando por caminhos
que não quero percorrer...

Tenho vergonha da minha impotência,
da minha falta de garra,
das minhas desilusões
e do meu cansaço.

Não tenho para onde ir
pois amo este meu chão,
vibro ao ouvir meu Hino
e jamais usei a minha Bandeira
para enxugar o meu suor
ou enrolar o meu corpo
na pecaminosa manifestação de nacionalidade.

Ao lado da vergonha de mim,
tenho tanta pena de ti,
povo deste mundo!

"De tanto ver triunfar as nulidades,
de tanto ver prosperar a desonra,
de tanto ver crescer a injustiça,
de tanto ver agigantarem-se os poderes
nas mãos dos maus,
o homem chega a desanimar da virtude,
A rir-se da honra,
a ter vergonha de ser honesto"

Rui Barbosa

domingo, 8 de junho de 2008

Indiferença


Duwentas mil pessoas na rua...pescadores em greve...camionestas..idem...maquinistas tambem...sobe a gasolina...sobem os preços...um Governo indiferente..totalmente alheio dos problemas nacionais.
Vibramos com o futebol...claro...é a ultima tábua de salvação deste "desgoverno" que nos desgoverna e que, contando com o legitimo gosto dos portugueses pelo desporto, pretende distrair-nos dos problemas reias.

sábado, 7 de junho de 2008

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Dixit

Excelência

José Maria de Jesus Martins, cidadão português, advogado, com domicilio profissional na Av. Defensores de Chaves, 15 , 3º A,1000-109 Lisboa, toma a liberdade de junto de V. Exª manifestar o seguinte:
1 - O jornal "Diário Económico" ,edição de hoje dia 29 de Abril de 2008, noticia , na primeira página, o seguinte:
" Estónia e Eslováquiva vão ser mais ricos que Portugal". "A economia portuguesa vai crescer menos em 2008 e 2009. Mesmo assim estará melhor que a média da Zona Euro mas perde na União Europeia a vinte e sete.".
Como V. Exª sabe, até porque tem obrigação de saber, Portugal definha.
Hoje Portugal na União Europeia vai sendo ultrapassado por todos os Estados Membros.
Em Portugal já há fome. As políticas de emprego são ineficazes. os portugueses vivem cada vez mais nas margens dos melhores padrões de vida da UE.
O Governo Português está a levar Portugal para a miséria, para a vergonha de sermos piores que todos os outros.
Antes, nas décadas de 1960, 1970 e até 1985 os motivos indicados para o declíneo de Portugal eram a ditadura, o fascismo.
Hoje, Portugal recebe todos os dias milhões de euros de ajudas da UE e milhões de euros vindos dos emigrantes.
Portugal emagrece, os portugueses já não têm um sistema de saúde que os proteja, emprego não há, as malas de cartão voltaram em força.
A emigração é a grande válvula de escape para o Governo afirmar que há menos desemprego, quando afinal o que se passa é que os portugueses que perderam o emprego nas fábricas emigram, os portugueses que embora possuam uma licenciatura emigram, porque não têm meios de vida.
Onde e como foram aplicadas as ajudas da União Europeia?
Senhor Presidente, V. Exª não pode desconhecer que na União Europeia Portugal caminha a passos largos para ser o último. E o último no que diz respeito aos indices de crescimento, à criação de emprego, aos padrões de nível de vida.
O Interior está cada vez mais desertificado. O Interior vai ficar sem os mais velhos porque nem estes já têm estruturas de saúde para os apoiar na velhice.
A classe política tem delapidado Portugal.
V. Exª não pode fechar os olhos a esta realidade.
Não temos Forças Armadas condignas. Andamos a enviar meia dúzia de homens para a "cooperação" humanitária, sem meios e poder de fogo, o que nos avilta, nos enfraquece.
V. Exª sabe que os portugueses estão desesperados. Famintos, sem norte.
Meia dúzia vive à tripa forra, manobram as riquezas nacionais. O resto vive à rasca passando mal e sentindo que Portugal vai a caminho do fim, sem influência no estrangeiro, sem rumo e sem norte.
A Lei de Gresham é também para ser aplicada aos membros do Partido Socialista e não só a Santana Lopes.
Portugal não precisa de um monarca , porque é uma República. V. Exª tem de tomar posição.
A resposta do Governo Português à noticia que a Estónia e a Eslováquia vão ser mais ricos que Portugal, nada mais é que a materialização da anedota que se conta da atitude e comportamento português cada vez que um individuo cai de um prédio:
"Parte o braço direito, a perna esquerda e a perna direita, fractura o crâneo e a bacia, e se diz":Coitado, ainda teve sorte que não partiu o braço esquerdo!".
Quo Vadis Portugal?
Qual o Político Português que tem cara para junto dos órgãos da União Europeia justificar esta miséria?
V. Exª deve ponderar qual a intervenção que deve ter. E intervenção junto do Governo.O PR não pode calar. Ou então não tem razão de ser.
Não tarda que Cabo Verde , o Zimbabwe, o Burundi , o Mali, O Senegal, o Equador, O Perú, inter alia, tenham melhores níveis de vida que Portugal.
V. Exª deve ponderar bem qual o papel do Presidente da República nesta conjuntura. Algo tem der ser feito.
Esta miséria não tem justificação. Só a corrupção, o tráfico de influências , o corporativismo, a incompetência dos políticos pode justificar esta situação inqualificável, inadmissível.
Portugal está muito doente.
Os portugueses não compreendem o seu silêncio sobre esta realidade. Um Presidente da República há-de servir para algo. E os portugueses não sentem que sirva para os ajudar.
Cabe lembrar que em 1979 em artigo publicado , da minha autoria, no jornal "Notícias de Évora" defendi que a Estónia , a Letónia e a Lituânia, deveriam sair do jugo soviético.
Estes países hoje são mais desenvolvidods que Portugal!!!
Portugal caminha para graves convulsões sociais. Vamos sem rumo, sem vergonha, dando um péssimo exemplo ao Mundo.
Nem com "toneladas" de euros que a União Europeia nos envia Portugal cresce. Inqualificável!
Creia, Senhor Presidente da República, que tenho para mim que o PR deveria ter tido outra posição quanto à questão da Universidade Independente e a tudo o que a envolve, e não a posição que teve.
Digo-o, ao abrigo direito de livre opinião e expressão que a Convenção Europeia dos Direitos do Homem me consagra.
Espero de V. Exª uma atitude, como esperam os portugueses, os jovens da geração dos "500 euros" e os outros que já sentem vergonha deste estado de coisas.
Com os meus respeitosos cumprimentos.
O cidadão Português

Com esta ministra

Com estaministra e o modo como trata os professores não se admirem se amanhã os alunos...

Eu axo q os alunos n devem d xumbar qd n vam á escola. Pq o aluno tb tem direitos e se n vai á escola latrá os seus motivos pq isto tb é perciso ver q á razões qd um aluno não vai á escola. primeiros a peçoa n se sente motivada pq axa q a escola e a iducação estam uma beca sobre alurizadas.

Valáver, o q é q intereça a um bacano se o quelima de trásosmontes é munto montanhoso? ou se a ecuação é exdruxula ou alcalina? ou cuantas estrofes tem um cuadrado? ou se um angulo é paleolitico ou espongiforme? Hã?

E ópois os setores ainda xutam preguntas parvas tipo cuantos cantos tem 'os lesiades', q é um livro xato e q n foi escrevido c/ palavras normais mas q no aspequeto é como outro qq e só pode ter 4 cantos comós outros, daaaah.

Ás veses o pipol ainda tenta tar cos abanos em on, mas os bitaites dos profes até dam gomitos e a malta re-sentesse, outro dia um arrotou q os jovens n tem abitos de leitura e q a malta n sabemos ler nem escrever e a sorte do gimbras foi q ele h-xoce bué da rapido e só o 'garra de lin-chao' é q conceguiu assertar lhe com um sapato. Atão agora aviamos de ler tudo qt é livro desde o Camóes até á idade média e por aí fora, qués ver???

O pipol tem é q aprender cenas q intressam como na minha escola q á um curço de otelaria e a malta aprendemos a faser lã pereias e ovos mois e piças de xicolate q são assim tipo as pecialidades da rejião e ópois pudemos ganhar um gravetame do camandro. Ah poizé. tarei a inzajerar?

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quinta-feira, 5 de junho de 2008

Vamos nessa?

Não é novidade o estado

'MISERÀVEL'

em se encontra o nosso país.




'Portugal está de rastos,

os portugueses vão de arrasto'

O preço da gasolina


Querem mostrar á Europa e ao mundo a nossa indignação???

É POSSIVEL!







Nós temos que agir agora e inteligentemente.




Vamos aproveitar a onda das bandeiras do Euro e colocar em cada uma das nossas janelas (carros) um pedaço de pano preto.





Manteremos as bandeiras de Portugal pelo orgulho no nosso país, mas ao lado colocaremos panos pretos de forma a mostrar ao mundo o nosso descontentamento.




SE NÓS O QUISERMOS

VERDADEIRAMENTE

VAMOS CONSEGUIR



A PARTIR DE DIA 10 DE JUNHO

DIA DE PORTUGAL

VAMOS ENCHER PORTUGAL DE BANDEIRAS PRETAS E MOSTRAR QUE ESTAMOS FARTOS.





Por favor passa esta mensagem a todos os teus contactos

Juntos vamos conseguir fazer a diferença.





Movimento pela indignação do povo Português























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segunda-feira, 2 de junho de 2008

Avaliação de professores

No país de Sócrates


ANEDOTA em que se transformou o 'País do Sócrates':

-Uma adolescente de 16 anos pode fazer livremente um aborto mas não pode pôr um piercing.

-Um cônjuge para se divorciar, basta pedir.

-Um empregador para despedir um trabalhador que o agrediu, precisa de uma sentença judicial que demora 5 anos a sair.

-Na escola, um professor é agredido por um aluno. O professor nada pode fazer, porque a sua progressão na carreira está dependente da nota que dá ao seu aluno.

-Um jovem de 18 anos recebe €200 do Estado para não trabalhar; um idoso recebe de reforma €236 depois de toda uma vida do trabalho.

-Um marido oferece um anel à sua mulher e tem de declarar a doação ao fisco.

-O mesmo fisco penhora indevidamente o salário de um trabalhador e demora 3 anos a corrigir o erro.

-O Estado que queria gastar 6 mil milhões de euros no novo Aeroporto da Ota, recusa-se a baixar impostos porque não tem dinheiro.

-Nas zonas mais problemáticas das áreas urbanas existe 1 polícia para cada 2 000 habitantes; o Governo diz que não precisa de mais polícias.

-Numa empreitada pública, os trabalhadores são todos imigrantes ilegais, que recebem abaixo do salário mínimo e o Estado não fiscaliza.

-Num café, o proprietário vê o seu estabelecimento ser encerrado só porque não tinha uma placa a dizer que é proibido fumar.

-Um cão ataca uma criança e o Governo diz que vai fazer uma lei.

-Um professor é sovado por um aluno e o Governo diz que a culpa á das causas sociais.

-O IVA de um preservativo é 5%. O IVA de uma cadeirinha de automóvel, obrigatória para quem tem filhos até aos 12 anos, assim como o das fraldas descartáveis, é 21%.

-Numa entrevista à televisão, o Primeiro-Ministro define a Política como 'A Arte de aprender a viver com a decepção'.

-Um polícia bate num negro, é uma atitude racista; um bando de negros mata 3 polícias, não estão inseridos na sociedade.

- Um presidente de um clube de futebol, fala com o árbitro para favorecer a sua equipa, esta desce de divisão; se lhe der dinheiro são subtraídos 6 pontos.

- Um clube inscreve mal um jogador, são lhe retirados 6 pontos; um clube suborna um árbitro, são lhe retirados 6 pontos.

- O café da esquina fechou porque não tinha WC para homens, mulheres e empregados; no Fórum Montijo a WC da Pizza Hut fica a 100mts, nem tem local para lavar mãos.

- O governo incentiva as pessoas a procurarem energias alternativas ao petróleo e depois multa quem coloca óleo vegetal nos carros porque não paga ISP (Imposto sobre produtos petrolíferos).

- O ministério do ambiente incentiva o uso de meios alternativos ao combustível; no edifício do ministério do ambiente não há estacionamento para bicicletas, nem se sabe de algum ministro que utiliza a bicicleta.

- Nas prisões são distribuídas gratuitamente seringas por causa do HIV, mas como entra droga nas prisões?

- No exame final do 12º ano és apanhado a copiar chumbas o ano; o primeiro-ministro fez o exame de inglês técnico em casa e mandou por faxe e é engenheiro.

- Um jovem de 14 mata um adulto, não tem idade para ir a tribunal; um jovem de 15 leva um chapada do pai, por ter roubado dinheiro para droga é violência doméstica.

- Uma família a quem uma casa ruiu e não tem dinheiro para comprar outra, o estado não tem dinheiro para fazer uma nova e tem de viver conforme pode; 6 presos que mataram e violaram idosos, estão numa cela de 4 e sem wc privado, não estão a viver condignamente e a associação de direitos humanos faz queixa ao tribunal europeu.

- Militares que combateram em África a mando do governo da época, não lhes é reconhecido nenhuma causa nem direito de guerra; o primeiro-ministro elogia as tropas que estão em defesa da pátria no KOSOSO, AFEGANISTÃO E IRAQUE.

- Começas a descontar em Janeiro o IRS e só vais receber o excesso em Agosto do ano que vem; não pagas às finanças a tempo e horas, passado um dia já estás a pagar juros.

- Fechas a janela da tua varanda e estás a fazer uma obra ilegal; constrói-se um bairro de lata e ninguém vê.

- Se o teu filho não tem cabeça para a escola e com 14 anos o pões a trabalhar contigo num ofício respeitável, é exploração do trabalho infantil. Se és artista e o teu filho com 7 anos participa em gravações de telenovelas 8 horas por dia ou mais, a criança tem muito talento, sai ao pai ou à mãe.

- O primeiro-ministro diz que o serviço de saúde com as medidas tomadas está mais prático e eficiente. Não há registo de na última década alguém ter visto ministro, esposa ou enteados nos SAP´s.

-- ETC

domingo, 1 de junho de 2008

Estudo económico

EM 3 ANOS DE GOVERNO DE SÓCRATES O “RNB” POR HABITANTE AUMENTOU APENAS 1,1% E, EM 2007, AS EMPRESAS PORTUGUESAS INVESTIRAM NO ESTRANGEIRO MAIS 427 MILHÕES DE EUROS DO QUE O INVESTIMENTO ESTRANGEIRO EM PORTUGAL

RESUMO DESTE ESTUDO

O PIB (Produto Nacional Bruto) que é utilizado normalmente para medir o crescimento económico e também o nível de riqueza de um país não traduz com rigor a verdadeira situação. E isto porque uma parte da riqueza criada num país pode ser transferida para o exterior não beneficiando os portugueses. É o que está a suceder em Portugal como vamos mostrar neste estudo.

O PIB (Produto Interno Bruto) dá o valor da riqueza criada anualmente em Portugal, e o RNB (Rendimento Nacional Bruto) dá o valor da riqueza criada anualmente que fica em Portugal. E os dados oficiais do INE revelam que é cada vez maior a diferença entre o PIB e o RNB.. Em 1995, o RNB foi inferior ao PIB em apenas 168,7 milhões de euros, mas em 2007 essa diferença para menos já atingiu 6397,2 milhões de euros, ou seja, quase 38 vezes mais. Mas foi com governo de Sócrates que essa diferença (RNB-PIB) aumentou mais. Em 2004, o RNB foi inferior ao PIB em -2.275,3 milhões de euros, enquanto que, em 2007, essa diferença para menos já atingiu -6.397,2 milhões de euros, tendo crescido, portanto, em -4121,9 milhões de euros.

E se calcularmos o valor por habitante que se obtém dividindo o valor do PIB e do RNB pela população total, obtém-se um indicador ainda mais correcto, pois a população varia de ano para ano, e só assim é que se poderá saber o que, em média, teoricamente cabe a cada residente em Portugal. Em 1995, o PIB (Produto Interno Bruto, ou seja, o valor da riqueza produzida em Portugal) por habitante foi de 8.494 euros, enquanto o valor do RNB (Rendimento Nacional Bruto, valor do que fica em Portugal) por habitante foi de 8.477 euros, portanto o valor do segundo foi inferior ao do primeiro em apenas 17 euros. Em 2004, o PIB por habitante atingiu 13.724 euros e o RNB por habitante foi de 13.507 euros, portanto o segundo já foi inferior ao primeiro em 217 euros; mas em 2007, o valor do PIB por habitante foi 15.358 euros enquanto o valor do RNB por habitante foi de 14.755 euros, ou seja, o segundo já foi inferior ao primeiro em 603 euros, portanto mais 387 euros do que em 2004 (três anos), quando esta diferença tinha aumentado 200 euros entre 1995 e 2004 (dez anos). É evidente um aumento acentuado do ritmo de crescimento da riqueza produzida no nosso País que é transferida para o estrangeiro deixando os portugueses cada vez mais pobres.

E temos trabalhado até aqui com valores a preços correntes, portanto sem descontar o efeito do aumento dos preços, pois se entrarmos em conta com a inflação os resultados são ainda mais graves. Entre 2004 e 2007, a preços constantes de 2004, portanto deduzindo o efeito do aumento de preços registado neste período, o PIB total aumentou 4,7%, mas o RNB cresceu apenas 2,2%, ou seja menos de metade. Mas se a análise for feita com base nos valores por habitante a situação é ainda mais grave. Efectivamente, entre 2004 e 2007, ou seja, nos 3 anos de governo de Sócrates o PIB por habitante cresceu apenas 3,6%, mas o RNB por habitante aumentou somente 1,1%, ou seja, menos de um terço. Estes dados revelam uma outra face do crescimento anémico e de transferência crescente de riqueza para o exterior verificado nos três últimos anos, que as estatísticas oficiais e o discurso governamental têm ocultado aos portugueses, pois utilizam apenas os valores PIB total.

O crescimento real verificado em Portugal no últimos anos é bastante inferior àquele que o discurso governamental tem procurado fazer passar. Mas apesar de Portugal necessitar de investimento para aumentar o ritmo de crescimento económico e para criar postos de trabalho e, assim, reduzir o elevado desemprego existente, o certo é que as empresas portugueses, nomeadamente as pertencentes a grandes grupos económicos, estão a investir cada vez mais é no estrangeiro. Entre 2005 e 2007, de acordo com dados do Banco de Portugal, o investimento directo de empresas portuguesas no estrangeiro passou de 1.697 milhões de euros para 4.542 milhões de euros, portanto aumentou 268%, enquanto o investimento directo estrangeiro em Portugal passou de 3.160 milhões de euros para 4.115 milhões de euros, ou seja, cresceu em 130%.Isso determinou que, em 2007, o investimento directo de empresas portuguesas no estrangeiro (4.542 milhões de euros) fosse já superior ao investimento estrangeiro em Portugal (4115 milhões de euros) em 427 milhões de euros.

Apesar disso, se se analisar a Balança de Rendimentos do nosso País, utilizando dados divulgados também pelo Banco de Portugal, conclui-se que, em 2007, as saídas de rendimentos para o estrangeiro resultantes das aplicações da activos em Portugal, que inclui investimentos directos, aplicações em acções, títulos, etc., atingiram o gigantesco valor de 20.016 milhões de euros, ou seja, mais 76% ( + 8.639 milhões de euros) do que em 2005. Isto determinou que o saldo negativo da Balança de Rendimentos portuguesa tenha aumentado, entre 2005 e 2007, em 89%, pois passou de -3894 milhões de euros para -7.367 milhões de euros em apenas dois anos. Portugal está a perder uma parte crescente da riqueza que produz desta forma.

O PIB (Produto Nacional Bruto) que é utilizado normalmente para medir o crescimento económico e também a riqueza de um país não traduz com rigor a verdadeira situação dos habitantes de um país. E isto porque uma parte da riqueza criada num país pode ser apropriado por estrangeiros através da sua transferência para o exterior. É o que está a suceder em Portugal como vamos mostrar neste estudo utilizando dados oficiais.

EM 2007, O RENDIMENTO NACIONAL BRUTO FOI INFERIOR AO PRODUTO INTERNO BRUTO EM 6397,2 MILHÕES DE EUROS QUANDO EM 2004 A DIFERENÇA ERA DE -2.275,3 MILHÕES DE EUROS

A parcela da riqueza produzida anualmente em Portugal que é transferida para o estrangeiro, tem crescido de uma forma continuada, determinando que a parcela que fica no País para repartir pela população total, seja cada vez mais reduzida, como mostram os dados do INE constantes do quadro seguinte.

QUADRO I – Variação do PIB e do RNB (Rendimento Nacional Bruto) entre 1995 e 2007
ANOS PIB
Milhões euros RENDIMENTO NACIONAL BRUTO Milhões euros RNB-PIB
Milhões € RNB em
% do PIB
1995 85.137,8 84.969,1 -168,7 99,8%
1996 90.507,8 90.017,2 -490,6 99,5%
1997 97.898,2 96.717,6 -1.180,6 98,8%
1998 106.497,4 104.964,1 -1.533,3 98,6%
1999 114.192,7 112.276,1 -1.916,6 98,3%
2000 122.270,3 119.259,4 -3.010,9 97,5%
2001 129.308,3 125.494,2 -3.814,1 97,1%
2002 135.433,6 132.632,2 -2.801,4 97,9%
2003 138.581,9 136.724,4 -1.857,5 98,7%
2004 144.128,0 141.852,7 -2.275,3 98,4%
2005 149.123,5 146.223,7 -2.899,8 98,1%
2006 155.277,5 150.526,3 -4.751,2 96,9%
2007 162.919,3 156.522,1 -6.397,2 96,1%
2007-96 91,4% 84,2% 3692,1% -3,7 pontos percentuais
FONTE: Contas anuais preliminares – 2007 – INE

O PIB (Produto Interno Bruto) dá o valor, em euros, da riqueza criada anualmente em Portugal, e o RNB (Rendimento Nacional Bruto) dá o valor da riqueza criada anualmente que fica em Portugal. E como os dados do INE revelam a diferença, para menos, entre o RNB e o PIB é cada vez maior. Em 1995, o RNB foi inferior ao PIB em apenas -168,7 milhões de euros mas, em 2007, essa diferença para menos, já atingiu -6397,2 milhões de euros, ou seja, quase 38 vezes mais. Mas foi com governo de Sócrates que essa diferença para menos aumentou mais. Em 2004, o RNB era inferior ao PIB em -2.275,3 milhões de euros e, em 2007, essa diferença já era de -6.397,2 milhões de euros, ou seja, aumentou em -4121,9 milhões de euros.

Se compararmos a percentagem que o RNB ( a riqueza que fica anualmente em Portugal) com o PIB (a riqueza criada anualmente em Portugal ) concluímos que ela tem diminuído de uma forma contínua. Entre 1995 e 2007 passou de 99,8% para 96,1%. Mas foi também durante o governo de Sócrates que essa percentagem diminuiu mais pois, entre 2004 e 2007, ou seja, em apenas três anos, baixou de 98,1% para 96,1%, isto é, em 2 pontos percentuais, quando, entre 1995 e 2004, ou seja, em dez anos, tinha diminuído 1,4 pontos percentuais, pois passara de 99,8% para 98,4%.


EM 2007, O RNB POR HABITANTE FOI INFERIOR AO PIB POR HABITANTE EM 603 EUROS

Para se poder avaliar a situação dos habitantes de um país é mais correcto trabalhar com valores médios por habitantes os quais, no entanto, ocultam a forma como a riqueza é distribuída (segundo um estudo recente da Comissão Europeia, Portugal é o país da U.E. onde o fosso entre ricos e pobres é maior). E para isso interessa calcular os valores do PIB e do RNB por habitante. E dentro destes valores, o mais rigoroso é o RNB (Rendimento Nacional Bruto) por habitante, pois ele dá o que caberia a cada residente em Portugal se a riqueza criada anualmente que ficou no País fosse distribuída igual por todos, o que não acontece. Os resultados desse cálculo constam do quadro seguinte.




QUADRO II – Variação do RNB por habitante e do PIB por habitante entre 1995 e 2007
ANOS POPULAÇÃO TOTAL Mil PIB Milhões euros RENDIMENTO NACIONAL BRUTO Milhões euros PIB por Habitante Euros RNB por Habitante Euros DIFERENÇA por Habitante RNB-PIB Euros
1995 10.023,8 85.137,8 84.969,1 8.494 8.477 -17
1996 10.057,8 90.507,8 90.017,2 8.999 8.950 -49
1997 10.091,1 97.898,2 96.717,6 9.701 9.584 -117
1998 10.128,8 106.497,4 104.964,1 10.514 10.363 -151
1999 10.167,3 114.192,7 112.276,1 11.231 11.043 -189
2000 10.223,2 122.270,3 119.259,4 11.960 11.666 -295
2001 10.294,1 129.308,3 125.494,2 12.561 12.191 -371
2002 10.368,4 135.433,6 132.632,2 13.062 12.792 -270
2003 10.441,1 138.581,9 136.724,4 13.273 13.095 -178
2004 10.502,0 144.128,0 141.852,7 13.724 13.507 -217
2005 10.549,4 149.123,5 146.223,7 14.136 13.861 -275
2006 10.584,3 155.277,5 150.526,3 14.670 14.222 -449
2007 10.608,3 162.919,3 156.522,1 15.358 14.755 -603
FONTE: Estatísticas do Emprego - Dez2006; Estimativas População Residente-2007 ; Contas anuais preliminares - 2007 - INE

Em 1995, o PIB (Produto Interno Bruto, ou seja, o valor da riqueza produzida em Portugal) por habitante foi de 8.494 euros, enquanto o valor do RNB (Rendimento Nacional Bruto, valor do que fica em Portugal) por habitante foi de 8.477 euros, portanto o valor do segundo era inferior ao do primeiro em apenas 17 euros. Em 2004, o PIB por habitante já foi de 13.724 euros e o RNB por habitante de 13.507 euros, portanto o segundo já foi inferior ao primeiro em 217 euros. Mas, em 2007, o valor do PIB por habitante atingiu 15.358 euros, enquanto o valor do RNB por habitante já foi de 14.755 euros, ou seja, o segundo foi inferior ao primeiro em já 603 euros, mais 387 euros do que em 2004 (três anos), quando esta diferença tinha aumentado 200 euros entre 1995 e 2004 (dez anos). É evidente um aumento acentuado do ritmo de crescimento da riqueza produzida no nosso País que é transferida para o estrangeiro deixando os portugueses cada vez mais pobres..

EM 3 ANOS DE GOVERNO SÓCRATES O RNB POR HABITANTE AUMENTOU APENAS 1,1%

Como mostram os dados do quadro seguinte, durante os três de governo Sócrates, o crescimento do Rendimento Nacional Bruto foi bastante inferior ao do Produto Interno Bruto (PIB), quer se considere em valores totais quer se considere por habitante.

QUADRO III – Variação do PIB por habitante e do RNB por habitante a preços correntes e a preços
constantes de 2004 entre 2004 e 2007
ANOS PIB Milhões euros Preços constantes 2004 RENDIMENTO NACIONAL BRUTO Milhões euros Preços constantes 2004 PIB por Habitante Euros Preços constantes 2004 RNB por Habitante Euros Preços constantes 2004
2004 144.128,0 141.852,7 13.724 13.507
2005 145.770,8 142.936,2 13.818 13.549
2006 147.222,5 147.222,5 13.909 13.484
2007 150.847,6 144.924,4 14.220 13.661
2007-04 4,7% 2,2% 3,6% 1,1%
FONTE : Todos os dados utilizados nestes cálculos são os do INE

Entre 2004 e 2007, a preços constantes de 2004, portanto deduzindo o efeito do aumento de preços registado neste período, o PIB total aumentou 4,7%, mas o RNB cresceu apenas 2,2%, portanto menos de metade. E se a análise for feita com base nos valores por habitante a redução e a disparidade é ainda maior. Efectivamente, entre 2004 e 2007, ou seja, nos 3 anos de governo de Sócrates o PIB por habitante cresceu 3,6%, mas o RNB por habitante aumentou somente 1,1%, portanto menos de um terço. Estes dados revelam uma outra face do crescimento anémico verificado nos três últimos anos, que as estatísticas oficiais e o discurso governamental tentam a todo o custo ocultar aos portugueses, pois utilizam os valores PIB total.

EM 2007, O INVESTIMENTO PORTUGUÊS NO ESTRANGEIRO FOI SUPERIOR EM 427 MILHÕES DE EUROS AO INVESTIMENTO ESTRANGEIRO EM PORTUGAL
Apesar de Portugal necessitar de investimento para se desenvolver e para criar postos de trabalho e, assim, reduzir o elevado desemprego existente, o certo é que as empresas portugueses, nomeadamente as pertencentes a grandes grupos económicos, estão a investir cada vez mais é no estrangeiro. Em 2007, o investimento directo de empresas portuguesas no estrangeiro foi mesmo superior ao investimento de empresas estrangeiras em Portugal, como mostram os dados do Banco de Portugal constantes do quadro seguinte.

QUADRO IV – Investimento Directo de Portugal no estrangeiro e de estrangeiros em Portugal
ANOS INVESTIMENTO DIRECTO –Milhões euros
De Portugal no exterior Do exterior em Portugal SALDO (Exterior em PT- PT no Exterior)
2005 1.697 3.160 1.463
2006 5.557 9.011 3.454
2007 4.542 4.115 -427
FONTE: Boletim Estatístico Abril 2008 - Banco de Portugal

O investimento directo de empresas portuguesas no estrangeiro é já muito significativo, apresentando uma tendência de crescimento, embora com alguma irregularidade. Entre 2005 e 2007, o investimento directo de empresas portuguesas no estrangeiro passou de 1.697 milhões de euros para 4.542 milhões de euros, portanto aumentou 268%, enquanto o investimento directo de empresas estrangeiras em Portugal passou de 3.160 milhões de euros para 4.115 milhões de euros, ou seja, cresceu em 130%. Portanto o investimento de Portugal no estrangeiro aumento mais do dobro do crescimento verificado no investimento estrangeiro em Portugal. Isso determinou que, em 2007, o investimento directo de empresas portuguesas no estrangeiro foi já superior ao de empresas estrangeiras em Portugal em 427 milhões de euros. E isto numa altura em que o País precisa tanto de investimento, nomeadamente de empresas portuguesas, para se desenvolver e para reduzir o elevado desemprego existente. Mas como refere o INE, numa nota informativa de 18.4.2008, “mais de 12% das empresas em Portugal deslocalizaram alguma(s) das suas funções para fora do País, pertencendo na sua maioria a um grupo económico (77,5%) e ao sector das indústrias Transformadoras (72,9%)”

EM 2007, AS SAIDAS DE RENDIMENTOS DE PORTUGAL RESULTANTES DE APLICAÇÕES FEITAS NO NOSSO PAÍS ATINGIRAM 20016 MILHÕES DE EUROS, MAIS 76% DO QUE EM 2005

Outro aspecto importante da evolução da realidade sócio-económica portuguesa é dada pela Balança de Rendimentos de Portugal, que dá o fluxo de entradas e saídas de rendimentos resultantes de activos de estrangeiros em Portugal, e de activos pertencentes a portugueses no estrangeiro, os quais incluem investimentos directos, aplicações de carteira, títulos, etc. E como mostram os dados do Banco de Portugal constantes do quadro seguinte, essa Balança é cada vez mais desfavorável para o nosso País.

QUADRO V – Variação das entradas e saídas de rendimentos no período 2005-2007
ANOS BALANÇA DE RENDIMENTOS COM O ESTRANGEIRO - Milhões euros
ENTRADAS (de rendimentos) EM PORTUGAL SAIDAS (de rendimentos) DE PORTUGAL SALDO (ENTRADAS - SAIDAS)
2005 7.483 11.377 -3.894
2006 10.758 17.098 -6.340
2007 12.640 20.016 -7.376
VARIAÇÃO (2007-05) - Milhões € + 5.157 + 8.639 -3.482
VARIAÇÃO (2007-05) - Em % + 69% + 76% +89%
FONTE: Boletim Estatístico Abril 2008 - Banco de Portugal

Em 2007, as saídas de rendimentos para o estrangeiro resultantes das aplicações feitas em Portugal atingiram o gigantesco valor de 20016 milhões de euros, ou seja, mais 76% ( + 8.639 milhões de euros) do que em 2005. Isto determinou que o saldo negativo da Balança de Rendimentos, que é desfavorável para Portugal, tenha crescido em 89%, pois passou de -3894 milhões de euros para -7.367 milhões de euros em apenas dois anos. Desta forma, Portugal está a perder uma parte crescente da riqueza que produz.

Eugénio Rosa
Economista
edr@mail.telepac.pt