sexta-feira, 30 de setembro de 2011

ANEDOTA

Como este país já nao tem salvação...desde o Jardim da Madeira,,,que esconde  assim mais de 6 mil milhões aos tribunais que andam completamente loucos ( veja-se o caso isaltino) resta-nos sofrer e contar anedotas,
Aí fica uma;
Lição de economia


O Nobel da Economia, Prof. Dr. Wass Catar, explica bem como se deve pensar a economia actual.



1. Se em Janeiro de 2010 tivessem investido 1.000 euros em acções do Royal Bank of Scotland, um dos maiores bancos do Reino Unido, teriam hoje 29 euros!!

2. Se em Janeiro de 2010 tivessem investido 1.000 euros em acções da Lemon & Brothers, teriam hoje 0 euros!!!

3. Mas, se em Janeiro de 2010 tivessem gasto 1.000 euros em bom vinho tinto (e não em acções) e tivessem já bebido tudo, teriam, em garrafas vazias, 46 euros.



Conclusão: No cenário económico actual é preferível esperar sentado e ir bebendo um bom vinho. Não se esqueçam que quem sabe beber vive:

-Menos triste;

-Menos tenso;

-Mais contente com a vida.



Pensem nisto e invistam na alegria de viver.

MAS PARA ALÉM DISTO HÁ AINDA QUEM LUTE.
E VC NÃO VAI Á MANIFESTAÇÃO DE AMANNHÃ' ? QUER QUE ELES CONTINUEM IMPÁVIDOS E SERENOS?

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

O PRESIDENTE QUE TEMOS

Entrevista do PR “serviu apenas para justificar as opções e acções do Governo”, diz o Bloco


A deputada do Bloco de Esquerda Catarina Martins considerou ainda “inaceitável o Presidente não dizer nada sobre a actual situação do País” e realçou que Cavaco Silva “parece querer fechar os olhos à situação na Madeira”.

Artigo
29 Setembro, 2011 - 00:42



Judite de Sousa e Cavaco Silva, foto de Luís Catarino/PR/Lusa Catarina Martins, comentando a entrevista dada pelo Presidente da República à TVI, considerou que “serviu apenas para justificar e explicar as opções e acções do Governo”, além de “fechar os olhos à situação gravíssima da Madeira”.



A deputada salientou ainda que “o PR, que falou tantas vezes dos limites dos sacrifícios, hoje limitou-se a explicar a acção do Governo e nada disse sobre esses limites”, mas demorou “imensos minutos a explicar a não tributação aos grandes rendimentos e aos capitais”.



Catarina Martins criticou também Cavaco Silva em relação à atitude que assumiu face à situação da região autónoma da Madeira: O Presidente “parece querer fechar os olhos à situação na Madeira e parece achar normal que os madeirenses vão votar sem saber o que os espera no dia seguinte” às eleições, “o que se está a passar na Madeira é de enorme gravidade conforme dizem o Banco de Portugal e o INE [Instituto Nacional de Estatística] e não é aceitável que o Presidente da República nada diga sobre o assunto”.



Por fim, a deputada do Bloco considerou “inaceitável o Presidente não dizer nada sobre a actual situação do País”, chamando a atenção para “as leis laborais, o sistema nacional de saúde, os mais de 800 mil desempregados, a [falta de] criação de emprego”.



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OS LAMBE CÚS

Os lambe-cus




"Noto com desagrado que se tem desenvolvido muito em Portugal uma

modalidade desportiva que julgara ter caído em desuso depois da revolução

de Abril. Situa-se na área da ginástica corporal e envolve complexos

exercícios contorcionistas em que cada jogador procura, por todos os meios

ao seu alcance, correr e prostrar-se de forma a lamber o cu de um jogador

mais poderoso do que ele.

Este cu pode ser o cu de um superior hierárquico, de um ministro, de um

agente da polícia ou de um artista. O objectivo do jogo é identificá-los,

lambê-los e recolher os respectivos prémios. Os prémios podem ser em

dinheiro, em promoção profissional ou em permuta. À medida que vai lambendo

os cus, vai ascendendo ou descendendo na hierarquia.

Antes do 25 de Abril esta modalidade era mais rudimentar. Era praticada por

amadores, muitos em idade escolar, e conhecida prosaicamente como

«engraxanço». Os chefes de repartição engraxavam os chefes de serviço, os

alunos engraxavam os professores, os jornalistas engraxavam os ministros, as

donas de casa engraxavam os médicos da caixa, etc... Mesmo assim, eram

raros os portugueses com feitio para passar graxa. Havia poucos

engraxadores. Diga-se porém, em abono da verdade, que os poucos que havia

engraxavam imenso.

Nesse tempo, «engraxar» era uma actividade socialmente menosprezada. O

menino que engraxasse a professora tinha de enfrentar depois o escárnio da

turma. O colunista que tecesse um grande elogio ao Presidente do Conselho

era ostracizado pelos colegas. Ninguém gostava de um engraxador.



Hoje tudo isso mudou. O engraxanço evoluiu ao ponto de tornar-se

irreconhecível. Foi-se subindo na escala de subserviência, dos sapatos até

ao cu. O engraxador foi promovido a lambe-botas e o lambe-botas a lambe-cu.

Não é preciso realçar a diferença, em termos de subordinação hierárquica e

flexibilidade de movimentos, entre engraxar uns sapatos e lamber um cu.

Para fazer face à crescente popularidade do desporto, importaram-se dos

Estados Unidos, campeão do mundo na modalidade, as regras e os estatutos da

American Federation of Ass-licking and Brown-nosing. Os praticantes

portugueses puderam assim esquecer os tempos amadores do engraxanço e

aperfeiçoarem-se no desenvolvimento profissional do Culambismo.



(...) Tudo isto teria graça se os culambistas portugueses fossem tão mal

tratados e sucedidos como os engraxadores de outrora. O pior é que a nossa

sociedade não só aceita o culambismo como forma prática de subir na vida,

como começa a exigi-lo como habilitação profissional. O culambismo

compensa. Sobreviver sem um mínimo de conhecimentos de culambismo é hoje

tão difícil como vencer na vida sem saber falar inglês."



Miguel Esteves Cardoso, in "Último Volume"



terça-feira, 27 de setembro de 2011

RENTOKIL

FUTEBOLISTA SABE...

BOM PORTUGÊS!!!


João Pinto, ex-jogador do Porto

- "Comigo, ou 'sem-migo', o Porto vai ser campeão!"

- "Sim, estamos felizes porque estamos contentes."

- "Não foi nada de especial, chutei com o pé que estava mais a mão!"

- "O meu coração só tem uma côr: azul e branco."

- "O meu clube estava a' beira do precipício, mas tomou a decisão correcta: Deu um passo em frente..."



Jardel, ex-jogador do Porto e Sporting

- "Nestes jogos, sobe-me a NAFTALINA!..."

- " Clássico é clássico, e VICE-VERSA..."

- "O difícil, como vocês sabem, não é fácil"



Jaime Pacheco, ex-treinador do Boavista

- "...vamos jogar ao ataque, fechadinhos lá atrás..."

- "Jogar à defesa pode ser uma faca de dois legumes."

- "Querem fazer do Boavista um BODE RESPIRATÓRIO."





Jorge Jesus, ex-treinador do Belenenses e actual treinador do Benfica

- "O processo de NEUTRALIZAÇÃO do jogador pertence ao FORNO interno do clube."





Roger ex-jogador do Benfica

- "Nem que eu tivesse dois pulmões eu alcançava essa bola."





Rui Barros, ex-jogador do Porto

- "...Vou dar o meu melhor de mim."





Ricardo, ex-jogador do Boavista e do Sporting

- "Quando se leva um pontapé nas canelas... dói mas não aleija."

Nuno Gomes, Benfica

- "Nós somos humanos como as pessoas"





Derlei, ex-jogador do Porto e Sporting

- "Eu DISCONCORDO com o que você disse."



José Peseiro, ex-treinador do Sporting

- "Não quero estar aqui a numerar nomes."



Barroso ex-jogador do Sporting de Braga

- "Não deu para fazer mais, estou de caganeira!"



Djair, ex-jogador do Belenenses, quando chegou ao Restelo

- "Tenho o maior orgulho de jogar na terra onde Cristo nasceu"

Gabriel Alves, RTP

- "Juskowiak a vantagem de ter duas pernas!"

- "É um estádio bonito, moderno, arejado..."

- "A selecção não jogou nem bem nem mal, antes pelo contrario..."

- "Reparem como os jogadores do Bayern movimentam-se descrevendo figuras geométricas....O futebol é uma arte plástica..."

- "Existem muitos jogadores alemães a jogarem no campeonato germânico."

- "Kenneth Anderson, 1 metro e 93 de golo...."

- "Joao Pinto vai centrar para o meio da confusão... mas não está lá ninguém!"

- "Remate rasteiro a meia altura por cima da barra!"

- "E o jogador foi atingido por um objecto lançado provavelmente por algum telespectador."

- "...neste estádio OUVE-SE UM SILÊNCIO ENSURDECEDOR..."

- "Fica na retina um cheiro de bom Futebol."

- "Giggs, um jogador que remata bem do meio-campo para a frente."

- "E aí está uma enorme cavalgada de Thuram... este homem é um leão."





Nuno Luz, SIC- "Inácio fechou os olhos e olhou para o céu."

José Marinho, SporTV

- "Henry não é um homem... é uma manada!"



Medeiro

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

SUITE 605



SUITE 605
A história secreta de centenas de empresas que cabem numa sala de 100m2
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SINOPSE
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Numa época em que Portugal está mergulhado na maior crise dos últimos cem anos, há uma ilha lusitana onde os piratas são invisíveis, mas o dinheiro desaparece.
Sabia que a PepsiCo, Dell, Swatch, American British Tobacco e muitas outras multinacionais usam o offshore da Madeira para fugir aos impostos?
SUITE 605 é a maior investigação realizada sobre a Zona Franca da Madeira. O autor de Revelações regressa para nos oferecer um cocktail explosivo que conta a história secreta de centenas de empresas que cabem numa sala de 100m2.
Uma pesquisa exaustiva a milhares de páginas de documentos classificados e o acesso a informação confidencial das empresas que nos últimos 17 anos desenvolveram negócios na Zona Franca da Madeira, ajuda-nos a destapar o véu de opacidade e a conhecer o inferno fiscal que deixa 30% da população da Madeira a viver abaixo do limiar da pobreza.
Conheça os sofisticados esquemas contabilísticos para escapar aos impostos sem infringir a lei. Veja com os seus próprios olhos como se praticam crimes ambientais na Rússia usando 351 "barquinhos de papel" que passaram no offshore da Madeira e deixaram o Ministério das Finanças a "ver navios". Saiba tudo sobre o financiamento de partidos políticos envolvendo um processo de mega evasão fiscal em Itália com o epicentro no Funchal. Reconheça a verdadeira identidade dos donos das empresas fantasma que não têm trabalhadores, não produzem riqueza, não pagam impostos, mas apresentam lucros fabulosos. Saiba quem são os super-gestores que administram centenas de empresas.
Nos últimos anos, a Madeira perdeu 900 milhões de euros devido às exportações fictícias que inflacionaram artificialmente o PIB. SUITE 605 é o mapa geo-referenciado da maior "burla legal" que esvaziou os cofres públicos.
Os piratas e terroristas fiscais continuam à solta, mas agora sabemos quem são.

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O QUE DIZEM DE SUITE 605
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"O regime offshore cria um buraco escuro na economia, potenciador da rentabilização do crime organizado e da instabilidade financeira dos países. Uma razão para ler este livro de enorme utilidade."
MARIA JOSÉ MORGADO
Directora do Departamento de Investigação e Acção Penal
"Contra a mentira, o embuste e a hipocrisia. Este é um livro sobre a realidade e o muro de interesses que se construiu à volta dela. A lógica do offshore é prejudicial às economias - e os cidadãos cumpridores não têm de pagar a factura das fantasias fraudulentas daqueles que utilizam o verbo 'moralizar' mas não se coíbem de alimentar uma das maiores mentiras do mundo contemporâneo."
RUI SANTOS
Jornalista, autor e comentador do programa Tempo Extra, na SIC Notícias
"Este livro mostra, com exemplos, com nomes e com números, a forma como o Estado, a administração fiscal, a Justiça e o Governo tratam de forma radicalmente diferente os cidadãos. Como escreve João Pedro Martins, a conclusão é clara: em Portugal "há uma elite corrupta que controla a economia e o poder político e que se recusa a pagar impostos".
JOSÉ VÍTOR MALHEIROS
Colunista do jornal Público
"Os offshores são glaciares flutuantes que funcionam como placa giratória entre o legal e o ilegal, entre o compromisso fiscal e a sua fuga, entre a democracia e o império obscuro do branqueamento de capitais, entre a apregoada responsabilidade social das empresas e o esmagamento do direito à dignidade dos povos. Depois da leitura deste livro, muito do que nos rodeia surgir-nos-á mais claro."
CARLOS PIMENTA
Professor catedrático e presidente do Observatório de Economia e Gestão de Fraude
"SUITE 605 é um livro raro. Juntando vários fios de investigação sobre criminalidade económica, evasão fiscal e contabilidade criativa, João Pedro Martins apresenta uma visão realista e surpreendente desta aventura económica e fiscal. Com este livro, ficamos a conhecer muito melhor a economia do país e da Madeira. O orçamento português perde centenas de milhões de euros por causa de uma mentira."
FRANCISCO LOUÇÃ
Deputado e professor catedrático de Economia
"A temática abordada nesta obra tem pertinência singular. Abstraindo das pessoas ou sociedades em concreto, constitui um convite à percepção reflexiva do fenómeno do artifício - sobretudo quando se desenvolve sob a aparente sombra da licitude normativa."
JOEL TIMÓTEO RAMOS PEREIRA
Juiz de Direito de Círculo
"João Pedro Martins levanta-nos o véu sobre o mundo das offshores na paradisíaca ilha da Madeira, onde é possível, navegando à bolina entre o direito comercial e o direito penal, lavar dinheiro, desnatar lucros e evitar impostos em montantes verdadeiramente chocantes. Uma leitura absolutamente recomendável."
FRANCISCO TEIXEIRA DA MOTA
Advogado, autor de Faça-se Justiça! e Alves Reis, Uma História Portuguesa
"Este livro liberta o entendimento do cidadão comum das algemas das injustiças fiscais legalmente instituídas."
TIAGO ARAGÃO
Advogado
"Neste livro oportuno, João Pedro Martins apresenta um relato fascinante de vários mistérios offshore, levantando questões importantes sobre o papel dos reguladores e das organizações internacionais que ao longo de muitas décadas têm fechado os olhos à evasão fiscal e à criminalidade offshore. À medida que entramos num período de profunda crise económica e política, é cada vez mais evidente que os paraísos fiscais impõem um enorme custo às pessoas comuns. Enquanto os políticos continuam sem apetite para resolver o problema, a sociedade civil deve organizar-se para livrar o mundo destes ninhos de corrupção."
JOHN CHRISTENSEN
Director-executivo da Tax Justice Network e antigo conselheiro do governo de Jersey
"Transparência, boa governação e o fim da corrupção são a chave para acabar com a pobreza extrema. João Pedro Martins coloca questões importantes sobre as medidas que devem ser tomadas."
TOM BAKER
Tearfund, Advocacy Alliances Manager
"Uma obra que ilumina as densas trevas da economia, ao mesmo tempo que revela soluções para um mundo melhor."
RICHARD KING
Sociólogo e investigador





CAPITALISMO

737 donos do mundo controlam 80% do valor das empresas mundiais

Um estudo de economistas e estatísticos, publicado na Suíça neste Verão, dá a conhecer as interligações entre as multinacionais mundiais. E revela que um pequeno grupo de actores económicos – sociedades financeiras ou grupos industriais – domina a grande maioria do capital de dezenas de milhares de empresas no mundo. Por Ivan du Roy
Wall Street - Foto de Michael Aston/Flickr
Wall Street - Foto de Michael Aston/Flickr
O seu estudo, na fronteira da economia, da finança, das matemáticas e da estatística, é arrepiante. Três jovens investigadores do Instituto federal de tecnologia de Zurique1 examinaram as interacções financeiras entre multinacionais do mundo inteiro. O seu trabalho - “The network of global corporate control” (“a rede de controlo global das transnacionais”) - examina um painel de 43.000 empresas transnacionais (“transnacional corporations”) seleccionadas na lista da OCDE. Eles dão a conhecer as interligações financeiras complexas entre estas “entidades” económicas: parte do capital detido, inclusive nas filiais ou nas holdings, participação cruzada, participação indirecta no capital...
Resultado: 80% do valor do conjunto das 43.000 multinacionais estudadas é controlado por 737 “entidades”: bancos, companhias de seguros ou grandes grupos industriais. O monopólio da posse capital não fica por aí. “Por uma rede complexa de participações”, 147 multinacionais, controlando-se entre si, possuem 40% do valor económico e financeiro de todas as multinacionais do mundo inteiro.
Uma super entidade de 50 grandes detentores de capitais
Por fim, neste grupo de 147 multinacionais, 50 grandes detentores de capital formam o que os autores chamam uma “super entidade”. Nela encontram-se principalmente bancos: o britânico Barclays à cabeça, assim como as “stars” de Wall Street (JP Morgan, Merrill Lynch, Goldman Sachs, Morgan Stanley...). Mas também seguradoras e grupos bancários franceses: Axa, Natixis, Société générale, o grupo Banque populaire-Caisse d'épargne ou BNP-Paribas. Os principais clientes dos hedge funds e outras carteiras de investimentos geridos por estas instituições são por conseguinte, mecanicamente, os donos do mundo.
Esta concentração levanta questões sérias. Para os autores, “uma rede financeira densamente ligada torna-se muito sensível ao risco sistémico”. Alguns recuam perante esta “super entidade”, e é o mundo que treme, como o provou a crise do subprime. Por outro lado, os autores levantam o problema das graves consequências que põe uma tal concentração. Que um punhado de fundos de investimento e de detentores de capital, situados no coração destas interligações, decidam, por via das assembleias gerais de accionistas ou pela sua presença nos conselhos de administração, impor reestruturações nas empresas que eles controlam... e os efeitos poderão ser devastadores. Por fim, que influência poderão exercer sobre os Estados e as políticas públicas se adoptarem uma estratégia comum? A resposta encontra-se provavelmente nos actuais planos de austeridade.
Artigo de Ivan du Roy, publicado em Basta!, traduzido por Carlos Santos para esquerda.net
O estudo em inglês pode ser descarregado aqui

1 O italiano Stefano Battiston, que passou pelo laboratório de física estatística da École normale supérieure, o suíço James B. Glattfelder, especialista em redes complexas, e a economista italiana Stefania Vitali.

domingo, 25 de setembro de 2011

COMENTÁRIOS

1.  Ainda o inefável Jardim...ele dissde que dessem a independência à Madeira. Depois corrigiu. Mas...acreditemos que a sua primeira frase é  que é a verdadeira.
Deem--lhe INDEPENDÊNCIA JÁ

Talvez assim o povo madeirense compreendesse que as sobras que Jardim e comparsas lhe dá dos seus laqutos banquetes.. são pagas pelo continentais a que ele chama "cubanos"

2- O cardeal patriarca de Lisboa, D.José Policarpo tem fama de ser uma das vozes mais lúcidas da Igreja. Mas a sua frase publicada num entrevista ao "Jornal de Noticias"de hoje foi extremamemte infeliz.
Disse elem "Ninguem sai da politica de mãos limpas"
Que há muita corrupção nos nmeios políticos sabe a gente.Mas nem todos os políticos são corruptos.
Todos nós sabemos as negociatas da Igreja/Vaticano,, todos sabemos tambem dos casos de pedoilia praticados por uma imensidade de padres.
Mas nem por isso vamos dizer que toda a Igreja é composta por corruptos ou por pedófilos.
E o senhor cardeal patriarca é uma pessoa responsável...deve ter cuidado com o que afirma.

sábado, 24 de setembro de 2011

ANEDOTA ?

Uma senhora teve dois bebés gémeos: 1 rapaz e 1 rapariga. Em homenagem à sua terra, ela chamou a menina de Madeira e o menino de João Jardim.O Dr. Alberto João Jardim, ao saber da notícia, resolveu visitar a mãe e bebés.Ao chegar, a Sra. estava a dar peito ao menino e o espalhafatoso Sr. Jardim tenta agradecer pela linda ideia dos nomes.A Sra. interrompe-o e diz baixinho: Chiiiiuuuu!!! Se a Madeira acorda, o João Jardim não mama mais...








sexta-feira, 23 de setembro de 2011

GRANDE ZECA

Memórias de uma aula no Liceu de Setúbal






Barreiro, 4 de Outubro de 1967

(Quarta-feira)



Segundo dia de aulas. Continua o desassossego, com o pessoal a trocar beijos, abraços e confidências, depois desta longa separação que foram 3 meses e meio de férias. Estávamos todos fartos do verão, com saudades uns dos outros. A sala é a mesma do ano passado, no 1º andar e cheirava a nova, tudo encerado e polido, apesar do material já ser mais do que velho. Somos o 7.º A e como não chumbou nem veio ninguém de novo, a pauta é exactamente igual à do ano passado. Eu sou o n.º 34, e fico sentada na segunda fila, do lado da janela, cá atrás, que é o lugar dos mais altos.



Hoje tivemos, pela primeira vez, Organização Política e apareceu-nos um professor novo, acho que é a primeira vez que dá aulas em Setúbal, dizem que veio corrido de um liceu de Coimbra, por causa da política. Já ontem se falava à boca cheia dele, havia malta muito excitada e contente porque dizem que ele é um fadista afamado. Tenho realmente uma vaga ideia de ouvir o meu tio Diamantino falar dele, mas já não sei se foi por causa da cantoria se por causa da política. A Inês contou que ouviu o pai comentar, em casa, que o homem é todo revolucionário, arranja sarilhos por todo o lado onde passa. Ela diz que ele já esteve preso por causa da política, é capaz de ser comunista. Diferente dos outros professores, é de certeza. Quando entrou na sala, já tinha dado o segundo toque, estava quase no limite da falta. Entrou por ali a dentro, todo despenteado, com uma gabardine na mão e enquanto a atirava para cima da secretária, perguntou-nos:

- Vocês são o 7.º A, não são? Desculpem o atraso mas enganei-me e fui parar a outra sala. Não faz mal. Se vocês chegarem atrasados também não vos vou chatear

Tinha um ar simpático, ligeiro, um visual que não se enquadrava nada com a imagem de todos os outros professores. Deu para perceber que as primeiras palavras, aliadas à postura solta e descontraída, começavam a cativar toda a gente. A Carolina virou-se para trás e disse-me que já o tinha visto na televisão, a cantar Fado de Coimbra. Realmente o rosto não me era estranho. É alto, feições correctas, embora os dentes não sejam um modelo de perfeição e é bem parecido, digamos que um homem interessante para se olhar. O Artur soprou-me que ele deve ter uns 36 anos e acho que sim, nota-se que já é velho. Depois das primeiras palavras, sentou-se na secretária, abriu o livro de ponto, rabiscou o que tinha a escrever e ficou uns cinco minutos, em silêncio, a olhar o pátio vazio, através das janelas da sala, impecavelmente limpas.



Enquanto ele estava nesta espécie de marasmo nós começámos a bichanar uns com os outros, cada um emitindo a sua opinião, fazendo conjecturas. Às tantas, o bichanar foi subindo de tom e já era uma algazarra tão grande que parece tê-lo acordado. Outro qualquer professor já nos teria pregado um raspanete, coberto de ameaças, mas ele não disse nada, como se não tivesse ouvido ou, melhor, não se importasse. Aliás, aposto que nem nos ouviu. O ar dele, enquanto esteve ausente, era tão distante que mais parecia ter-se, efectivamente, evadido da sala. Quando recomeçou a falar connosco, em

pé, em cima do estrado, já tinha ganho o primeiro round de simpatia.

Depois, veio o mais surpreendente:



- Bem, eu sou o vosso novo professor de Organização Política, mas devo dizer-vos que não percebo nada disto. Vocês já deram isto o ano passado, não foi? Então sabem, de certeza, mais que eu.

Gargalhada geral.

- Podem rir porque é verdade. Eu não percebo nada disto, as minhas disciplinas, aquelas em que me formei, são História e Filosofia, não tenho culpa que me tivessem posto aqui, tipo castigo, para dar uma matéria que não conheço, nem me interessa. Podia estudar para vir aqui desbobinar, tipo papagaio, mas não estou para isso. Não entro em palhaçadas.

Voltámos a rir, numa sonora gargalhada, tipo coro afinado, mas ele ficou impávido e sereno. Continuava a mostrar um semblante discreto, calmo, simpático.



- Pois é, não vou sobrecarregar a minha massa cinzenta com coisas absolutamente inúteis e falsas. Tudo isto é uma fantochada sem interesse. Não vou perder um minuto do meu estudo com esta porcaria.

Começámos a olhar uns para outros, espantados; nunca na vida nos tinha passado pela frente um professor com tamanha ousadia.



- Eu estudaria, isso sim, uma Organização Política que funcionasse, como noutros países acontece, não é esta fantochada que não passa de pura teoria. Na prática não existe, é uma Constituição carregada de falsidade. Portugal vive numa democracia de fachada, este regime que nos governa é uma ditadura desumana e cruel.



Não se ouvia uma mosca na sala. Os rostos tinham deixado cair o sorriso e estavam agora absolutamente atónitos, vidrados no rosto e nas palavras daquele homem ímpar. O que ele nos estava a dizer é o que ouvimos comentar, todos os dias, aos nossos pais, mas sempre com as devidas recomendações para não o repetirmos na rua porque nunca se sabe quem ouve. A Pide persegue toda a gente como uma nuvem de fumo branco, que se sente mas não se apalpa.



- Repito: eu não percebo nada desta disciplina que vos venho leccionar, nem quero perceber. Estou-me nas tintas para esta porcaria.

Mas, atenção, vocês é outra coisa. Vocês vão ter que estudar porque, no final do ano, vão ter que fazer exame para concluírem o vosso 7.º ano e poderem entrar na Faculdade. Isso, vocês tem que fazer. Estudar.

Para serem homens e mulheres cultos para poderem combater, cada um onde estiver, esta ditadura infame que está a destruir a vossa pátria e a dos vossos filhos. Vocês são o amanhã e são vocês que têm que lutar por um novo país.



Não vão precisar de mim para estudar esta materiazinha de chacha, basta estudarem umas horas e empinam isto num instante. Isto não vale nada. Eu venho dar aulas, preciso de vir, preciso de ganhar a vida, mas as minhas aulas vão ser aulas de cultura e política geral. Vão ficar a saber que há países onde existem regimes diferentes deste, que nos oprime, países onde há liberdade de pensamento e de expressão, educação para todos, cuidados de saúde que não são apenas para os privilegiados, enfim, outras coisas que a seu tempo vos ensinarei.

Percebem? Nós temos que aprender a não ser autómatos, a pensar pela nossa cabeça. O Salazar quer fazer de vocês, a juventude deste país, carneiros, mas eu não vou deixar que os meus alunos o sejam. Vou abrir-lhes a porta do conhecimento, da cultura e da verdade. Vou ensinar-lhes que, além fronteiras, há outros mundos e outras hipóteses de vida, que não se configuram a esta ditadura de miséria social e cultural.



Outra coisa: vou ter que vos dar um ponto por período porque vocês têm que ter notas para ir a exame. O ponto que farei será com perguntas do vosso livro que terão que ter a paciência de estudar. A matéria é uma falsidade do princípio ao fim, mas não há volta a dar, para atingirem os vossos mais altos objectivos. Têm que estudar. Se quiserem copiar é com vocês, não vou andar, feita toupeira, a fiscalizá-los, se quiserem trazer o livro e copiar, é uma decisão vossa, no entanto acho que devem começar a endireitar este país no sentido da honestidade, sim porque o nosso país é um país de bufos, de corruptos e de vigaristas.

Não falo de vocês, jovens, falo dos homens da minha idade e mais velhos, em qualquer quadrante da sociedade. Nós temos sempre que mostrar o que somos, temos que ser dignos connosco para sermos dignos com os outros. Por isso, acho que não devem copiar. Há que criar princípios de honestidade e isso começa em vocês, os futuros homens e mulheres de Portugal. Não concordam?



Bem, por hoje é tudo, podem sair. Vemo-nos na próxima aula.

Espantoso. Quando ele terminou estava tudo lívido, sem palavras. Que fenómeno é este que aterrou em Setúbal?

Já me esquecia de escrever. Esta ave rara, o nosso professor de Organização Política, chamava-se José Afonso.







NÃO NOS QUEREMOS AFUNDAR...LUTEMOS

COMUNICADO




O movimento político «Convergência e Alternativa» alerta a população portuguesa para a importância histórica do tempo que estamos a viver e apela aos cidadãos para que façam das manifestações convocadas para os dias 1 e 15 de Outubro o início de um levantamento nacional de protesto e indignação contra as políticas ditadas pelos interesses do sistema financeiro nacional e internacional.



Importa perceber que o nosso endividamento externo, e o de outros países da periferia da zona euro, foram alimentados pelo crédito concedido pelos países mais competitivos do centro e norte da Europa. Sem moeda própria, integrado numa zona monetária formatada pela doutrina neoliberal mais fundamentalista, Portugal deixou de ter condições institucionais para executar políticas favoráveis ao seu desenvolvimento. Uma década de crescimento anémico dentro da zona euro conduziu o País a uma situação de endividamento externo grave. Hoje estamos sujeitos às políticas tradicionalmente impostas pelo FMI aos países endividados. No entanto, académicos de elevada reputação, acompanhados por investigadores que trabalham no FMI e em organismos das Nações Unidas, têm mostrado que as políticas impostas pela troyka (UE-BCE-FMI) conduzirão o nosso País a uma situação de desastre financeiro, económico e social.



Olhando para o definhamento da nossa economia, o rápido empobrecimento de muitos milhares de famílias, e a emigração dos jovens mais qualificados, os Portugueses começam a tomar consciência de que o País não vai resolver o problema do endividamento e vai ter de recorrer a um segundo pacote financeiro. Para muitos, começa a ficar claro que os sacrifícios exigidos ao povo não só são injustos mas também são absolutamente inúteis. Chegou a hora de exigir à classe política que não se esconda em meias palavras.



Em vez de enterrar a cabeça na areia, os responsáveis políticos devem enfrentar a dura realidade: primeiro, o cumprimento do Memorando está a afundar-nos numa grave recessão que, com o passar do tempo, pode tornar-se uma depressão; segundo, quando a ruptura financeira da Grécia ocorrer, Portugal passará a ser visto pelos especuladores como “o próximo” e, a partir daí, nenhuma austeridade será suficiente para “acalmar os mercados”. Hoje, há perguntas a que os dirigentes políticos não podem fugir: afinal, para que serve cumprir o Memorando? Que sentido faz sujeitarmo-nos a políticas que os especuladores sabem que não resultam?



Queremos discutir e tomar decisões sobre o futuro do nosso País.

Vamos para a rua porque o espaço público também é o espaço da democracia!





A COMISSÃO COORDENADORA PROVISÓRIA

(http://www.convergenciaealternativa.com/?page_id=6)

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

PAI QUE É CEGO

TEM PAI QUE É CEGO


Quando o British Hospital surge numa conversa, tendemos a perguntar: o de Campo de Ourique ou o das Torres de Benfica? O hospital pertence ao Grupo Português de Saúde desde o início dos anos 1980. O Grupo Português de Saúde pertence ao universo da Sociedade Lusa de Negócios, a tal que tinha um banco dentro. Exactamente: o BPN. O banco serviu para financiar a compra do British. Um fiasco. Entre 1999 e 2009, o British recuou de uma média anual de 12 mil consultas para cerca de 1800. Entre 2004 e 2007, o presidente do Grupo Português de Saúde foi o economista José António Mendes Ribeiro, o qual, quando saiu do grupo, deixou um passivo de perto de cem milhões de euros.



Pois foi precisamente José António Mendes Ribeiro que o ministro da Saúde, Paulo Macedo, foi buscar para coordenar o grupo de trabalho que vai propor os cortes a aplicar no Serviço Nacional de Saúde.



Isto, que podia ser uma charla dos Malucos do Riso, é o ponto em que estamos.

QUE NOVIDADE

Governo quer facilitar despedimentos


Na proposta enviada aos parceiros sociais, à qual a agência Lusa teve acesso, o governo propõe a alteração do conceito de despedimento com justa causa, prevendo a possibilidade de o trabalhador ser despedido por quebra na produtividade ou por não cumprir objectivos definidos pelo patronato.

Artigo
22 Setembro, 2011 - 00:27



Foto de Paulete Matos. O governo do PSD e CDS-PP pretende facilitar os despedimentos, permitindo que um trabalhador seja despedido por justa causa quando não cumpra os objectivos definidos pelo patronato ou seja menos produtivo. Esta alteração da figura do despedimento por inadaptação, que implica que o mesmo deixe de depender da introdução de novas tecnologias ou de outras alterações no local de trabalho, faz parte da proposta enviada aos parceiros sociais, que servirá de base de discussão ao grupo de trabalho sobre Políticas de Emprego e Reforma da Legislação Laboral, e que será debatida na reunião da concertação social desta quinta-feira.



No documento, é igualmente proposta a flexibilização do tempo de trabalho, estando prevista a existência de bancos de horas individuais, e a diminuição, para metade, do valor pago pelas horas extraordinárias.



Uma nova alteração ao subsídio de desemprego, que incluirá a redução do seu valor e do seu tempo de atribuição, também é incluída na proposta apresentada aos parceiros sociais. Segundo noticia a agência Lusa, o governo pretende reduzir a duração do subsídio de desemprego para um máximo de 18 meses e limitar esta prestação a 2,5 vezes o Indexante de Apoios Sociais.



No documento, o Executivo promete ainda apresentar uma proposta para alargar o subsídio de desemprego "a categorias claramente definidas de trabalhadores independentes, que prestam serviços regularmente a uma única empresa".

ANGOLA

Uma hora dentro da loja da Hugo Boss, na avenida da Liberdade, em Lisboa, e três mil euros gastos em t-shirts, camisas e calças da famosa marca alemã enchem de brilho os olhos de Luís Carlos. As compras são um presente do tio, empresário angolano, que numa escala da viagem de negócios com destino ao Brasil ajuda a renovar o guarda-roupa do sobrinho de 24 anos, estudante de engenharia informática na Universidade Autónoma. As intenções de Luís Carlos são claras: voltar a Angola mal termine o curso e enveredar pelos negócios da família. "Aqui é bom para estudar e conviver, mas lá é melhor para trabalhar". É de passagem que a alta sociedade angolana gasta dinheiro em Portugal. Os voos diários trazem uma nova vaga de gente endinheirada que garante a sobrevivência das lojas de luxo da avenida mais cara de Lisboa – e a 10ª mais cara do Mundo. E a movida nocturna alimenta-se da elite de jovens angolanos nas exclusivas ‘Festas do Trixu’, onde se entra por convite e se consome champanhe de quatro mil euros. Enquanto isso, jantam n’ O Largo, no largo de S. Carlos, ou no Porto de Santa Maria, no Guincho.Portugal está em saldos, com uma carteira de privatizações que inclui TAP, EDP e REN, entre outras, bancos a necessitar de capital, indústrias a abrir falência e casas desvalorizadas pela crise cativam os angolanos, que vêem Portugal como um patamar estratégico. 35 MILHÕES DE EUROSSegundo a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (Aicep), entre Janeiro e Junho de 2011 os angolanos investiram 35 milhões de euros em Portugal. Um número significativo tendo em conta que no total de 2010 esse valor foi de 45 milhões de euros e em 2009 – ano recorde – chegou aos 116 milhões. A procura de Portugal deve-se ao facto de partilhar a mesma língua, ter afinidades históricas e culturais e à localização geográfica como plataforma entre os vários continentes. Tanto que a Invest Lisboa, parceira da AICEP, organizou uma conferência em Luanda, em Maio último, destinada a cativar investidores angolanos para Portugal. ‘Lisboa é a sua capital europeia’ era o slogan destinado a um grupo de empresários com capacidade e dimensão para investir internacionalmente. "Muitos deles têm afinidade com o nosso País, onde estudaram, e há uma grande comunidade angolana. Mas estes investimentos funcionam caso a caso, pois os angolanos que têm feito as maiores aplicações em Portugal não precisam dos nossos serviços, têm outros meios e contactos para o fazer em grandes empresas e na Banca", diz Rui Coelho, da Invest Lisboa. A chegada de novos investidores "é resultado da evolução da economia e da sociedade angolanas nos últimos tempos", diz Mira Amaral, presidente do banco BIC – empresa de capitais luso-angolanos, que recentemente adquiriu o BPN por 40 milhões de euros. "Começaram no sector imobiliário, com compra de casas na zona da Grande Lisboa, muitas vezes para os filhos que vêm estudar em Portugal, e estão a alargar à indústria transformadora, aplicações financeiras, têm bancos a operar cá, como o BAI e o BPA, que dinamizam as relações luso-angolanas", frisa. "Se queremos estar em Angola é normal que o oposto aconteça. Há vantagem nessa cooperação, pois os nossos quadros ficam envolvidos no negócio, o que não acontece com franceses ou espanhóis".Para a Associação Portuguesa de Mediação Imobiliária, o investimento angolano em Portugal, público e privado, "é bastante perceptível". Representa cerca de 10% das vendas de luxo em Portugal da imobiliária Century 21. O maior número de transacções "acontece em Lisboa, Algarve e Linha de Cascais" e o objectivo é "investir ou ter segunda casa", diz Ricardo Sousa, director-geral.O CLÃ DOS SANTOSNão é por acaso que o presidente José Eduardo dos Santos foi considerado o 6º mais poderoso da economia portuguesa pelo ‘Jornal de Negócios’. Em Março de 2009 afirmou que os investimentos "eram tímidos" mas em 2010 3,8% do mercado bolsista português era de capital angolano. Foi Isabel dos Santos, a toda-poderosa filha do presidente, quem começou a dar a cara em Portugal, quando em finais de 2009 adquiriu 10% do capital da ZON por 164 milhões de euros. Consolidou a presença através de holdings, detidas pela engenheira licenciada em Inglaterra e pela Sonangol – a petrolífera estatal angolana presidida por Manuel Vicente, já indicado como ‘futuro presidente’. Atrás do topo da hierarquia surge um séquito que inclui Hélder Dias Vieira, chefe da casa militar, com interesses no Douro e na área financeira, o ex-ministro Higino Carneiro, que tem investimentos na hotelaria e restauração em Lisboa, e outros da lista dos dez mais ricos de Angola, como a família van Dunen ligada à Newshold – dona do ‘Sol’, ou o general João de Matos, ligado à finança.Em 2008, a Casa Agrícola Reboredo Madeira – proprietária de várias quintas de produção de azeite e vinhos – vendeu ao general Hélder Vieira Dias, conhecido como ‘Kopelipa’, duas propriedades no Douro – as Quintas da Serra e da Pedra Cavada. O angolano é um dos homens fortes do regime: braço-direito de José Eduardo dos Santos, assumiu em 2006 a liderança dos serviços secretos. "Negociámos com perfeita franqueza. Eles fizeram uma belíssima compra e eu uma venda razoável. Vendi por um milhão de euros, mas foi praticamente de graça no sentido em que se localizam no Douro Superior, onde estão os terrenos com maior aptidão. Podem sair dali dos melhores vinhos do Mundo", explica Celso Madeira, presidente do conselho de administração da CARM, empresa que continua ligada à exploração das duas quintas, até aqui abandonadas. "A ideia do comprador é exportar para Angola", diz, explicando que as negociações se fizeram por intermédio de uma das empresas de ‘Kopelipa’ em Portugal, a World Wide Capital, holding com sede em Lisboa, criada em 2007. POLÍTICOS E EMPRESÁRIOSTambém Monteiro Pinto Kapunga é um nome que pode dizer pouco aos portugueses mas bem conhecido dos angolanos. Empresário de 50 anos, é deputado do MPLA pelo círculo eleitoral de Malange, onde também tem um hotel, o Yolaka. Há poucos anos, em conversa com o agricultor português José Garção, que conheceu em Angola, constituiu a Olega, sociedade para produção de azeite, sediada em Vila Boim, Elvas, com 90% de capital angolano – de Kapunga e de Vanda Macedo. Abriram assim as portas para um lagar de azeite que exporta 50% do que produz, sendo que 30 a 40% se destina ao mercado angolano. A empresa investiu 1,5 milhões de euros na transformação das antigas instalações de uma fábrica de rações num lagar. Kapunga administra a Miamop, que em Portugal funciona como importação-exportação mas em Angola é um grupo empresarial de renome. Só vem a Portugal em negócios. "Fica sempre hospedado na casa de Sintra, que comprou porque os filhos estudam cá", diz José Garção. LUXOS EM LISBOAEnquanto homens do regime e novos empresários emergentes tratam discretamente de negócios, instalados no Hotel D. Pedro, nas Amoreiras – em suites cuja diária oscila entre os 400 e os mil euros com direito a pequeno-almoço e tratamento VIP –, mulheres e filhos gastam a rodos em Lisboa e arredores. Apaixonadas por marcas internacionais, as angolanas são rainhas nas lojas mais refinadas. Na avenida da Liberdade, Yumbe A., 33 anos, não tem mãos que cheguem para segurar a filha Bruna, o saco das compras feitas na italiana Dolce&Gabanna e a nova mala de dois mil euros comprada na também marca italiana Prada, "a predilecta". A assiduidade com que vem a Lisboa, onde a despesa diária pode ultrapassar os 5 mil euros, garante à técnica de informática dois beijinhos à saída da loja, chamada de táxi e um empregado que coloca as compras no porta-bagagens. "Vale a pena vir, pois em Angola não temos tanta variedade nem tantas marcas, podemos encontrar Cavalli, mas Prada não há", diz.Na Dolce&Gabanna a afluência é diária, ao ritmo dos voos Luanda-Lisboa, explica um lojista. O pico acontece no Verão e antes do Ano Novo. Compram-se os conjuntos tal e qual estão expostos na montra: mala, vestido, colar, sapatos, num total que supera os 1800 euros.Para um casamento, por exemplo, a formalidade angolana exige que se leve mais do que um traje: um fato para a cerimónia civil ou religiosa, outro para o cocktail e um diferente para a noite é o mínimo obrigatório. O estilista Augustus recebe muitas angolanas nas suas lojas em Lisboa e o fenómeno não é de agora. "A diferença é que já viajam mais, compram em Paris, Nova Iorque e Dubai, por isso estão mais exigentes. Há uns anos procuravam tudo o que era espampanante, brilhos, cores fortes, mas agora têm um gosto requintado. Vêm buscar roupa para festas e casamentos, para terem exclusividade", explica o estilista, garantindo que "não olham a preços. Se gostam, levam". Nos cabeleireiros e spa Lúcia Piloto também se sente a procura angolana durante as deslocações a Portugal em férias ou negócios. "Houve um aumento e muitas são habituais. Em Angola apenas fazem manutenção, como brushing, e cá fazem corte, coloração, alisamento (que pode custar entre 250 e 1600 euros), ou extensões". Isto porque "são pessoas que cuidam muito do cabelo e dedicam atenção aos cuidados com o rosto, corpo e bem-estar". GRANDES GASTADORESClientes que gastam 100 mil euros por época merecem condições especiais e a Loja das Meias, por exemplo, criou "um Cartão Prestige Luanda que dá acesso a tratamento personalizado, especialmente dirigido a esse mercado", diz Paula Gomes. "A pessoa telefona, marca a hora e diz o que pretende. Temos sempre alguém para a acompanhar, mostrar o que foi seleccionado e ajudar a escolher". As preferências recaem nas malas e sapatos; marcas Dior e Stella McCartney estão no topo, mesmo que custem três ou quatro mil euros cada peça.É também a discrição e o atendimento personalizado que enchem a Clínica do Tempo de clientes angolanos. "O tratamento preferido é o liposhap-per, que custa, no mínimo, mil euros. Vêm de avião, têm carro à porta, fazem o tratamento e voltam. Muitas vezes marcam hotel, mas as despesas extra são por conta do cliente", diz Filomena Marta. A estratégia da clínica de Humberto Barbosa passa "por anunciar em Angola" e não abrir casa lá, uma vez que "preferem vir a Lisboa. Têm mais discrição e certeza de um excelente atendimento". A qualidade da nossa gastronomia chama angolanos aos melhores restaurantes da Grande Lisboa. Quando vem a Portugal, Isabel dos Santos fica muitas vezes instalada no Hotel Ritz, apesar de ter casa junto ao El Corte Inglés. Marca presença no Gambrinus e no discreto de Castro Elias, cuja cozinheira levou para o seu restaurante em Luanda, depois de lhe ter elogiado o talento. Os angolanos ricos também elegem as cartas gourmet do Largo e do D’Oliva, na rua Barata Salgueiro. Mais exuberante, a jovem elite angolana escolhe o BBC, em Belém: "de Julho a Setembro há um acréscimo", conta José António Ermano, relações públicas do bar e discoteca. "A maior parte vem passar férias, são excelentes clientes, com uma média muito alta de consumo de champanhe Moët & Chandon e uísque. Depois, seguem para o Dock’s e as ‘festas do Trixu’".Sing – nome artístico de Tchisinge Teixeira Correia – é sócio do Dock’s e do Kaombo e o cérebro destes eventos. "Temos um público fixo, na sua maioria estudantes, entre os 17 e os 40 anos. Criámos uma moda e as pessoas vêm, não só de Angola mas também de Londres, EUA, África do Sul e Brasil. Começou por boca-a-boca, agora usamos o Facebook, mas é sempre preciso um convite inicial e boa aparência". O produtor, de 30 anos, licenciado em engenharia electrotécnica pelo ISEL e filho de um ex-director da Sonangol, já falecido, conta que as festas, que podem ocorrer em Lisboa, na praia da Sereia ou no Algarve, "começaram por divertimento, era eu, o Trixu – DJ que deu nome à marca – e outro, mas transformaram-se em negócio". A noite agitada cativa. "Oferecemos a entrada e as pessoas pagam o que consomem. Temos bebidas que não são comuns em Portugal, os champanhes estão na moda e há garrafas a 4700 euros", conta Sing.Segundo o site famastar e vários blogues angolanos, Ivan Morais, filho do ex-ministro das Finanças Pedro Morais, e Joca Carneiro, filho do general Higino Carneiro, são assíduos na noite lisboeta, apesar de terem estudado em Londres. O Reino Unido é agora, a par dos EUA, um destino privilegiado para os jovens da sociedade angolana, ocupando o lugar que já foi de Lisboa. Sing veio completar o ensino secundário, no colégio interno de Albergaria-a-Velha, que, a par do de S. Teotónio, em Coimbra, Nuno Álvares, em Tomar, e o Colégio Militar eram os eleitos na sua geração. "Hoje acabou a mania do colégio interno e as famílias optam por colégios privados em Lisboa, deixando os filhos em casa própria, com empregadas. Pessoalmente, acho que isso faz perder alguma educação", frisa. Os que ainda vêm para Lisboa estudam depois nas faculdades públicas ou nas privadas Católica e Lusófona. Manuel Damásio, director desta última, nota que a afluência diminuiu, mas atribui a queda à melhoria do ensino local, que "já tem alguma qualidade e novas universidades e, por esse motivo, não é necessário sair para estudar". Quanto aos cursos mais procurados, "há alguma preferência por engenharias, civil e informática, e Direito". Ana Vieira Dias, Eurico Araújo e Miriam Henriques, de 19 e 18 anos, estudam gestão bancária, aeronáutica e hotelaria em Londres mas não perdem "um Verão em Lisboa". Ficam em casa própria, na zona da Laranjeiras e Carcavelos, e aproveitam para comprar em Lisboa. "Aqui é melhor, conhecemos os sítios, os preços são mais acessíveis e temos mais variedade para o nosso gosto", que inclui óculos Marc Jacobs, vestidos Carolina Herrera e malas Louis Vuitton. A noite e os restaurantes são "pontos obrigatórios".É comum ver angolanos "de sucesso" no restaurante Porto de Santa Maria, no Guincho, onde vão "pela qualidade do peixe, do marisco e do vinho nacionais", e onde pagam, por uma refeição, um preço médio de 50 euros, se o menu não for muito extravagante (uma sobremesa pode custar 20 euros). "Talvez por isso", garante Pedro Coelho, director-geral da empresa Arrais e Valdivia, "tenha surgido o boato de que o restaurante tinha capital angolano, mas só há capital português. Todos os sócios são empresários naturais da zona de Cascais". Os mesmos rumores também se ouviram sobre a Casa de Santar e a Quinta do Cabriz, ambas da GlobalWines, mas a administração da empresa não quis comentar a informação. NEGÓCIO DOS VINHOSAntónio Evaristo, empresário angolano e proprietário da AE, empresa de construção civil, criou há seis anos em Portugal a Mussapa, com sede em Setúbal. "A empresa servia como central de negócio de produtos que exportava para Angola", conta João Dias. Em Janeiro de 2010, o português assumiu a direcção dos negócios de Evaristo e em Março adquiriu, por um milhão de euros, a Vinhos Benigno, empresa familiar das Caldas da Rainha que hoje tem 100% de capital angolano e dá pelo nome de Vinhos da Rainha. Evaristo tem 54 anos, "é um empresário muito conhecido em Angola", vem a Portugal de dois em dois meses e é um apreciador de vinho português, que agora está a alimentar o mercado angolano com 40% de exportações. Entre os rótulos conta-se o Talefe, Penedo da Rainha, Mestre Bordalo e Penedo Real, destinados a um mercado em crescimento. Em Angola, uma garrafa de vinho custa o dobro do preço de Portugal. Apesar da sobrecarga de impostos, os angolanos compram Barca Velha, vinho de excepção do Douro, que cá pode custar 400 euros num restaurante mas que em Angola chega aos 1000 dólares (é tudo negociado nesta moeda); o Esteva em Portugal não chega a cinco euros mas custa lá 12 dólares. Luanda é considerada a cidade mais cara do Mundo em 2011: uma refeição num restaurante corrente não custa menos de 30 dólares e é impossível ir a um sítio refinado por menos de 150 dólares. Uma simples garrafa de azeite pode custar 15 dólares. Em Portugal o luxo sai mais barato. A EMPRESÁRIA DISCRETA A QUEM CHAMAM PRINCESAA força que Isabel dos Santos tem na economia portuguesa é proporcional à sua discrição. Com muitos milhões investidos nas maiores empresas lusas, a filha mais velha do presidente angolano, José Eduardo dos Santos, prima por não querer ser notícia. Não dá entrevistas, evita fotógrafos e raramente aparece em público. Mas nos negócios é implacável. Nascida em 1972, formou-se em engenharia electrotécnica em Londres, mas voltou a Angola nos anos 90, onde começou a investir nas empresas locais. Começou a apostar no mercado português no início dos anos 2000 e hoje tem posições na Galp Energia (com Américo Amorim, o seu melhor aliado em Portugal), no BPI, BPN e na ZON. Casada com o congolês Sindika Dokolo, partilha com o marido o gosto pela arte. Não têm filhos. Responder EncaminharAlexandre não está disponível para bater papo

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

CONHECEM? MIRA AMARAL...um exemplo

Hoje voltou a aparecr nas televisões a falar em cortes , despedimentos ,etc




Mira Amaral - um homem sem vergonha por Carlos Fonseca Mira Amaral, engenheiro de base e economista por pós-graduação, resolveu sair também a terreiro e proclamar: "a economia portuguesa não aguenta mais impostos". Ao estilo de sábio membro do 'Conselho de Anciãos', a ilustre figura avisa: "é urgente, é imperioso fazer cortes do lado da despesa...". O aviso, claramente dirigido ao seu partido, é redundante, se tivermos em conta as posições da direcção do PSD, a quem, Mira Amaral, se pretende colar.De há muito, a falta de vergonha dos homens públicos é fenómeno comum, mas Mira Amaral é um destro praticante da ignomínia. Integrou os quadros do BPI, transitando do adquirido Banco de Fomento, privatizado nos anos 90. No início da década actual, reformou-se do BPI com indemnização e pensão substanciais. Algum tempo depois, ingressou na CGD, por influência do PSD; porém, ao final de 18 meses, viria a deixar a instituição do Estado, com uma obscena pensão de reforma de mais de 18.000 euros mensais; e não foi o único, porquanto também o seu ajudante de campo e ex-secretário de estado, Eng.º Alves Monteiro, teve percurso semelhante, embora a valores mais baixos. Até Bagão Félix, então Ministro das Finanças, benfiquista de alma e coração, ficou verde.Hoje, Mira Amaral, administra o Banco BIC, ao serviço de Amorim e de Isabel dos Santos, a princesa do reino corrupto de Angola . Um homem que, além de retribuições de privados que não discuto, em função da desfaçatez de arrecadar cerca de 250.000 euros anuais de uma instituição pública, perdeu a moral - e igualmente a vergonha - para falar em desperdícios de dinheiros públicos, mormente em cortes de despesas. Sr. Mira Amaral: ajude o País, prescindindo da abjecta situação de reformado da CGD!Mas, na vida pública de Mira Amaral, existem outras passagens funestas para o País.Como Ministro da Indústria de Cavaco Silva, entre 1987 e 1995, ordenou, por exemplo, o esquartejamento da estrutura industrial portuguesa. O processo de desindustrialização integrou, por exemplo, todo o grupo CUF / Quimigal e foi executado, por um outro homem de mão de Amaral, o célebre António Carrapatoso; homem que, há pouco tempo, esteve na Universidade de Verão do PSD, na qualidade de eminente prelector sobre problemas da economia portuguesa que ele, o seu chefe Mira e o supremo Cavaco tanto fragilizaram com uma política de privatizações, a favor de companhias estrangeiras, criticada publicamente por José Manuel de Mello, Lúcio Tomé Feteira e outros industriais.in blogue Aventar, 24.09.2010 Meu comentário em jeito de conclusão: vergonha na cara, para não falar em recato na hora de botar opinião, era o minimo que se exigiria a este personagem igual a tantos outros cujas benesses e reformas douradas alimentadas pelo Estado com os nossos impostos, constituem a ponta do rastilho que conduziu o país para o actual estado de sufoco, subjugado ao peso da despesa pública e das suas consequências nos orçamentos familiares....é só fazer as contas para percebermos que, com as reformas de meia dúzia de artistas destes (mais coisa, menos coisa), não seria necessário cortar os abonos de família a milhares de portugueses que com esse parco suplemento conseguiam pagar as contas da água e do gás....

Faz falta uma (nova) revolução, mas desta vez a sério, ...

terça-feira, 20 de setembro de 2011

CAMÕES EM VERSÃO MODERNA

Como escreveria hoje, Camões, os Lusíadas ...se vivesse nestes tempos da nossa " modernidade pulhitica " !...




I



As sarnas de barões todos inchados

Eleitos pela plebe lusitana

Que agora se encontram instalados

Fazendo aquilo que lhes dá na gana

Nos seus poleiros bem engalanados,

Mais do que permite a decência humana,

Olvidam-se de quanto proclamaram

Em campanhas com que nos enganaram!



II



E também as jogadas habilidosas

Daqueles tais que foram dilatando

Contas bancárias ignominiosas,

Do Minho ao Algarve tudo devastando,

Guardam para si as coisas valiosas.

Desprezam quem de fome vai chorando!

Gritando levarei, se tiver arte,

Esta falta de vergonha a toda a parte!



III



Falem da crise grega todo o ano!

E das aflições que à Europa deram;

Calem-se aqueles que por engano.

Votaram no refugo que elegeram!

Que a mim mete-me nojo o peito ufano

De crápulas que só enriqueceram

Com a prática de trafulhice tanta

Que andarem à solta só me espanta.



IV



E vós, ninfas do Douro onde eu nado

Por quem sempre senti carinho ardente

Não me deixeis agora abandonado

E concedei engenho à minha mente,

De modo a que possa, convosco ao lado,

Desmascarar de forma eloquente

Aqueles que já têm no seu gene

A besta horrível do poder perene.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

DECLARAÇÃO

Um comentário de Paulo Anjos, assessor de imprensa da Câmara Municipal de Setúbal




A "seriedade" de Passos Coelho.





“Se dissermos que a despesa irá ser 100 e ela for 300, aqueles que são culpados pelo resvalar dessa despesa têm de ser civil e criminalmente responsáveis pelos seus atos e suas ações.” Passos Coelho, líder do PSD, em 6 de Novembro de 2010

“O que se passou desde 2004 na Madeira é uma irregularidade grave, que não tem compreensão.” Passos Coelho, primeiro ministro, 16 de Setembro de 2011

Lidas as diferenças entre o discurso de 2010 e o de 2011 fica-se com a ideia de que Alberto João Jardim não merece ir preso, mas apenas levar umas palmatoadas como castigo pelo buraco que fez nas contas madeirenses.

O rigor oposicionista de Passos Coelho perdeu toda a força em menos de um ano, o que nos permite assistir, já com uma sensação de náusea indisfarçável e tão poderosa que já quase impede até a simples escrita de qualquer comentário sobre o assunto, a uma tentativa de colocar o problema madeirense num nível distinto do problema da dívida do continente.

Alberto João lá terá importante pergaminhos para que os deuses do PSD tanto o protejam, mas quando é a nós que tiram talhadas do subsídio de natal, partes dos salários de funcionários públicos, mais dinheiro para pagar o passe e o bilhete da camioneta, mas IVA para comer, mais euros para a electricidade começa a sentir-se mais do que náusea.

A hipocrisia deste PSD, a mesma de sempre, aliás, é o condimento que permite ao ministro Gaspar das Finanças afirmar a propósito do buraco do Alberto João, com a calma e lentidão habitual que tanto exasperam o desgraçado que no fim do mês lá vai pagar mais pelo passe social, que “este é um caso pontual, que não tem paralelo“. Pontual? 1.113,3 milhões? E não tem paralelo com o quê?

Vítor Gaspar e Passos Coelho é que não têm paralelo com qualquer ideia de seriedade nem de justiça e verifica-se que nunca o prazo de validade de um Governo se esgotou tão depressa como este.

Interessante silêncio é também o desse grande defensor dos limites aos sacrifícios dos portugueses que é Presidente da República. Aguarda-se com expectativa o que terá o mais alto magistrado da nação a dizer sobre o buraco ou se, pelo contrário, acha a coisa tão pontual que nem vale a pena falar dela.

Paulo Anjos

Assessor de Imprensa da Câmara Municipal de Setúbal.

PARAÍSO DUNS..INFERNO DOUTROS

FRASES DE PASSOSCOELHO (NA OPOSIÇÃO)

Estas medidas põem o país a pão e água. Não se põe um país a pão e água por precaução."
"Estamos disponíveis para soluções positivas, não para penhorar futuro tapando com impostos o que não se corta na despesa."
"Aceitarei reduções nas deduções no dia em que o Governo anunciar que vai reduzir a carga fiscal às famílias."
"Sabemos hoje que o Governo fez de conta. Disse que ia cortar e não cortou."
"Nas despesas correntes do Estado, há 10% a 15% de despesas que podem ser reduzidas."
"O pior que pode acontecer a Portugal neste momento é que todas as situações financeiras não venham para cima da mesa."
"Aqueles que são responsáveis pelo resvalar da despesa têm de ser civil e criminalmente responsáveis pelos seus actos."
"Vamos ter de cortar em gorduras e de poupar. O Estado vai ter de fazer austeridade, basta de aplicá-la só aos cidadãos."
"Ninguém nos verá impor sacrifícios aos que mais precisam. Os que têm mais terão que ajudar os que têm menos."
"Queremos transferir parte dos sacrifícios que se exigem às famílias e às empresas para o Estado."
"Já estamos fartos de um Governo que nunca sabe o que diz e nunca sabe o que assina em nome de Portugal."
"O Governo está-se a refugiar em desculpas para não dizer como é que tenciona concretizar a baixa da TSU com que se comprometeu no memorando."
"Para salvaguardar a coesão social prefiro onerar escalões mais elevados de IRS de modo a desonerar a classe média e baixa."
"Se vier a ser necessário algum ajustamento fiscal, será canalizado para o consumo e não para o rendimento das pessoas."
"Se formos Governo, posso garantir que não será necessário despedir pessoas nem cortar mais salários para sanear o sistema português."
"A ideia que se foi gerando de que o PSD vai aumentar o IVA não tem fundamento."
"A pior coisa é ter um Governo fraco. Um Governo mais forte imporá menos sacrifícios aos contribuintes e aos cidadãos."
"Não aceitaremos chantagens de estabilidade, não aceitamos o clima emocional de que quem não está caladinho não é patriota"
"O PSD chumbou o PEC 4 porque tem de se dizer basta: a austeridade não pode incidir sempre no aumento de impostos e no corte de rendimento."
"Já ouvi o primeiro-ministro dizer que o PSD quer acabar com o 13.º mês, mas nós nunca falámos disso e é um disparate."
"Como é possível manter um governo em que um primeiro-ministro mente?"

Conta de Twitter de Passos Coelho (@passoscoelho), iniciada a 6 de Março de 2010. Os tuites aqui transcritos foram publicados entre Março de 2010 e Junho de 2011

BAILINHO DA MADEIRA

Bloco exige aplicação na Madeira da lei das incompatibilidades

Francisco Louçã afirmou hoje que o primeiro-ministro tem de dar respostas objectivas sobre o escândalo das contas da Madeira e sublinhou: “Espero que da reunião com o Presidente da República saia a certeza de que vai acabar agora, que não vai durar mais um ano sequer, o regime extraordinário de protecção da proximidade e da promiscuidade entre cargos públicos e interesses empresariais na ilha da Madeira”.
Foto de Paulete Matos
Foto de Paulete Matos
Em conferência de imprensa, o Bloco de Esquerda pronunciou-se, neste domingo, sobre o escândalo das contas falsificadas na Madeira. Francisco Louçã exigiu que Passos Coelho dê respostas objectivas e que da reunião entre o Presidente da República e o Primeiro-ministro, que terá lugar nesta segunda feira, seja feita uma especificação das dificuldades financeiras que a Região Autónoma da Madeira coloca a todo o país e que fazem com que Portugal “passe uma vergonha” a nível internacional “pela falsificação das contas da Madeira”.
Segundo a Lusa, Francisco Louçã afirmou: “São precisas soluções e uma das mais importantes, além de se saber quem ficou com o dinheiro, é impedir que continue um regime que desafia a Constituição e que permite que responsáveis políticos votem partes do Orçamento Regional para si próprios. Uma lei de incompatibilidades entre o exercício dos cargos públicos e os interesses privados é indispensável para a higiene política da Madeira”.
O coordenador da comissão política do Bloco de Esquerda referiu que “na Madeira, nos últimos dois anos, foi detectado um desvio de 1.600 milhões de euros - um desvio total que seria na ordem do país inteiro de cerca de 60 mil milhões de euros” e salientou que naquela região, “o endividamento por pessoa é o dobro daquele que sofre o conjunto da economia nacional”.
Francisco Louçã exigiu ainda que a situação que se passa na região autónoma termine: “Espero que da reunião [do primeiro ministro] com o Presidente da República saia a certeza de que vai acabar agora, que não vai durar mais um ano sequer, o regime extraordinário de protecção da proximidade e da promiscuidade entre cargos públicos e interesses empresariais na ilha da Madeira. Isso não acontece em mais nenhum lugar do país, mas na Madeira a lei permite que um responsável político aprove um Orçamento para si próprio, para as empresas que dirige ou para os sectores económicos que lhe interessam”.
O Bloco desafiou ainda o PSD e o CDS para que “não se atrevam” a esconder a austeridade ao povo da Madeira, antes das eleições regionais. “Não se atrevam a apresentar esse programa de reorganização das contas depois das eleições, porque esse programa dura quatro anos”, disse Francisco Louçã, na conferência de imprensa, e realçou: “Quem vai votar deve ter a possibilidade de conhecer o que vai acontecer sobre os seus impostos, salários e direitos sociais. É indispensável que o programa seja apresentado”.
O coordenador da comissão política referiu também que “não basta uma auditoria que seja a soma das parcelas do desvio colossal da Madeira, porque agora vamos precisar esse número e perceber se há alguma empresa escondida. Queremos saber também cada uma das parcelas”.
Francisco Louçã frisou ainda: “O Bloco de Esquerda vai apresentar alternativas consistentes sobre as contas públicas da Madeira. É sobre isso que se vai votar: Se quem ficou com o dinheiro vai ter de ser responsabilizado quando abusou do poder público que tinha, ou quando abusou das vantagens empresariais que tinha por favorecimento; ou se vão ser os pensionistas, os assalariados, os trabalhadores e contribuintes em geral que vão pagar”.
E concluiu: “Essa é a mais importantes de todas as decisões destas eleições. Quero a todo o custo evitar a fraude eleitoral que seria apresentar na segunda-feira, dia 10 de outubro, um programa sobre os salários, pensões, saúde e impostos que não seja dito aos madeirenses a tempo de eles pensarem e escolherem nas eleições”.

domingo, 18 de setembro de 2011

PERGUNTAS AO SENHOR PRESIDENTE

Costa, Duarte Lima, e Dias Loureiro


Tiago Mesquita (www.expresso.pt)

Gostava de ouvir o Presidente Aníbal Cavaco Silva falar um pouco sobre estes três senhores. Acólitos, amigos de casa, colegas de partido, de governo e de lideranças, conselheiros e companheiros de aventuras e lutas partidárias, vizinhos de Verão e sardinhadas.

Exmo. Sr. Presidente da Republica,

Tendo em conta tudo o que se tem passado, deixo-lhe algumas perguntas que me têm assolado o espirito, e estou certo que o de muitos portugueses, e que gostaria de ver respondidas, sabendo que jamais isso acontecerá.

1. Onde para Dias Loureiro?

2. Há quanto tempo não fala com ele?

3. Dias Loureiro foi Conselheiro de Estado. Alguma vez seguiu os conselhos dele?

4. Não acha estranho que alguém que diz não ter posses e declarar uma miséria ir depor de Jaguar com motorista?

5. Conseguia emprestar 5 euros a Dias Loureiro para ir ao café sem pedir fiador na operação?

6. Se nunca soube absolutamente do que se passava no BPN e na SLN, de que falava com esta rapaziada quando se juntavam na vivenda "Mariani"? Agora à distância, não se sente de alguma forma "traído" por lhe terem escondido tanta coisa?

7. Oliveira e Costa é um bom vizinho no Algarve, ou é daqueles chatos que aparece a dizer que lhe faltou a luz por causa da andorinha que fez ninho na caixa da eletricidade e depois fica até se acabar a garrafa de Chivas?

8. O Sr. Presidente era homem para aplicar 200 mil euros seus numa poupança recomendada pelo seu amigo Oliveira e costa? (na resposta considerar que este senhor perdeu 275 mil euros com a venda de ações que lhe fez)

9. Acha que Duarte Lima "despachou" a velha no Brasil? (Se a resposta for não passar à pergunta 8)

10. O que o leva a crer que sim? Alguma vez viu Duarte Lima ser agressivo com um idoso?

11. Considera ter azar com os amigos que escolhe ou gosta de se rodear de gente com problemas com a justiça, desde crimes de colarinho branco aos de sangue?

12.Acha que é injusto o proverbio português "diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és" ou concorda? Se sim, porquê

sábado, 17 de setembro de 2011

DEFINITIVAMENTE

Ontem perante o escndalode 1,68 MIL MIHÕESN DE EUROS, desaparecidos das contas da Madeira...dissemos que se JARDIM E COMPARSAS não fossem criminalizados e impedidos de participar nas eleições regionais é porque Portugal não era um país.
Perante os novos factos hojerevelados...corrigimos... Portugal é um país..um país que é uma anedota triste...um país que é escárneo do mundo cvilizado...mas infelizmente, um país onde as pessoas sofrem com governosincompetentes( só incompetentes? ) e onde asaúde ,a educação, a justiça, os transportes, a eletricidade, o gás  e muitas  outras as coisas se degradam ou aumentam de preço escandalosamente PARA SOFRIMENTO DE MUITOS E GOZO DE UNS POUCOS.
VEJAMOS SÓ DOISFACTOS:
1-A importancia em causa foide 1,68 milhões de euros,,,repetimos..se o senhor Jardim for processadoe condenado pagará no máximo 25.000 euros que ainda por cima reverteriam para o GovernoRegional da Madeira;( NOTICIA PUBLICADa nos jornais de hoje)
2. O senhor PassosCoelho disse que ojulgamento caberia aos madeirenses nas eleições. Alguem duvida que o dito senhor Jardim sabendo-se que algum dinheiro(dotal de que não apresentou contas) terá sido aplicado em obras na Madeira poderá vir a ganhar as eleições.? Claro queacreditamos na DEMOCRACIA..mas a democracia é paraescolher entre cidadãos que respeitam a lei e não das que a atropelam com consequências que afetam´todos os cidadãos do país e não apenas os madeirenses,
 POBRE PAÍS ONDE QUALQUER CACIQUE SE SOBREPÕE ÁSLEIS E Á PRÓPRIA CONTITUIÇÃO.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

SE PORTUGAL FOSSE UM PAÍS

Se Portugal fosse um país.. os responsáveis por este “buracão” da Madeira…não ficariam impunes.


Se Portugal fosse um país..eles seriam responsabilizados criminalmente e teriam de responder pelos prejuízos causados à Nação;

Se Portugal fosse um país…Jardim e seus comparsas não seriam autorizados a concorrer às próximas eleições regionais;

Se Portugal fosse um país..ao comentar este facto o Presidente da República não se refugiaria em palavras vagas e assumiria plenamente os factos

Se Portugal fosse um país.. o secretário geral do P.S. não se limitaria a criticar os desmandos do governo regional da Madeira/PSD mas assumiria que o seu partido enquanto governou foi incapaz de fiscalizar devidamente as ditas contas daquele arquipélago.

Portugal é um país?

UMA CARTA

Exmo. Sr. Presidente da República, Dr. Aníbal Cavaco Silva,




o meu nome é Catarina Patrício, sou licenciada em Pintura pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, fiz Mestrado em Antropologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, sou doutoranda em Ciências da Comunicação também pela FCSH-UNL, projecto de investigação "Dissuasão Visual: Arte, Cinema, Cronopolítica e Guerra em Directo" distinguido com uma bolsa de doutoramento individual da Fundação para a Ciência e Tecnologia. A convite do meu orientador, lecciono uma cadeira numa Universidade. Tenho 30 anos.

Não sinto qualquer orgulho na selecção de futebol nacional. Não fiquei tão pouco impressionada... O futebol é o actual opium do povo que a política subrepticiamente procura sempre exponenciar. A atribuição da condecoração de Cavaleiro da Ordem do Infante Dom Henrique a jogadores de futebol nada tem que ver com "a visão de mundo" (weltanschauung) que Aquele português tinha. A conquista do povo português não é no relvado. Sinto orgulho no meu percurso, tenho trabalhado muito e só agora vejo alguns resultados. Como é que acha que me sinto quando vejo condecorado um jogador de futebol? Depois de tanto trabalho e investimento financeiro em estudos?!! Absolutamente indignada.

Sinto orgulho em muitos dos professores que tive, tanto no ensino secundário como no superior. Sinto orgulho em tantos pensadores e teóricos portugueses que Vossa Excelência deveria condecorar. Essas pessoas sim são brilhantes, são um bom exemplo para o país... fizeram-me e ainda fazem querer ser sempre melhor. Tenho orgulho nos meus jovens colegas de doutoramento pela sua persistência nos estudos, um caminho tortuoso cujos resultados jamais são imediatos, isto numa contemporaneidade que sublinha a imediaticidade. Tenho orgulho até em muitos dos meus alunos, que trabalham durante o dia e com afinco estudam à noite....



São tantos os portugueses a condecorar...



e o Senhor Presidente da República condecorou com a distinção de Cavaleiro da Ordem do Infante Dom Henrique jogadores de futebol... e que alcançaram o segundo lugar... que exemplo são para a nação? Carros de luxo, vidas repletas de vaidades... que exemplo são?!







apresento-lhe os meus melhores cumprimentos,



Catarina

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

SÓ MAIS UM

António Nogueira Leite vai ser vice-presidente executivo da Caixa Geral de Depósitos e ganhar mais de 20 mil euros por mês. O académico, que foi conselheiro de Pedro Passos Coelho (quem diria?), vai assumir funções executivas, ocupando o lugar de número dois do próximo presidente executivo do banco público.




Actualmente já é:



- administrador executivo da CUF,



- administrador executivo da SEC,



- administrador executivo da José de Mello Saúde,



- administrador executivo da EFACEC Capital,



- administrador executivo da Comitur Imobiliária,



- administrador (não executivo) da Reditus,



- administrador (não executivo) da Brisa,



- administrador (não executivo) da Quimigal



- presidente do Conselho Geral da OPEX,



- membro do Conselho Nacional da CMVM,



- vice-presidente do Conselho Consultivo do Banif Investment Bank,



- membro do Conselho Consultivo da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações,



- vogal da Direcção do IPRI.



É membro do Conselho Nacional do PSD desde 2010.



Os amigos começam a ocupar os bons lugares e, mesmo quando dizem que querem poupar e reduzir nas despesas, quando aumentam impostos, quando aumentam os transportes, a saúde e anunciam qua ainda agora começaram os sacrifícios, não têm vergonha de aumentar o número de administradores da CGD de sete para onze. Há que haver lugares para todos e aos Barões não serve qualquer um. Têm de ser lugares de luxo e prestigio que são gente importante.

BONS NEGÓCIOS

• O senhor Joe Berardo ,por alguns considerado um filantropo e um mecena das artes comprou há uns anos acções do BCP quando elas valiam cerca de 4 euros cada uma. Se o fizesse com seu dinheiro..tudo bem.

• M as não..o referido senhor comprou essas acções que na altura valiam 360 milhões de euros com dinheiro emprestado pela Caixa Geral de Depósitos… e entregou as referidas como garantia. Hoje…Joe Berrardo continua a ser accionista do BCP… a CGD emprestou 36o milhões que agora nem 60 valem..e sabe lá como é que há de reaver o dinheiro

• Claro que se fosse o leitor a pedir dinheiro emprestado…que garantias acham que lhe pediam?

• Mas..vejamos ..quem se vai ralar com isso? Vêm para aí mais uns impostosinhos… vc e eu pagamos.. os Joes.. os Loureiros… os Jardins e alguns outros podem continuar descansados que ninguém OS VAI INCOMODAR

ECONOMIA

Redução da TSU leva a mais austeridade


Bloco de Esquerda adverte que a proposta provocaria um rombo nas contas da Segurança Social, o aumento do IVA e, em consequência, mais austeridade e mais dificuldades da vida dos portugueses.

Artigo
14 Setembro, 2011 - 19:17



Pedro Filipe Soares: Redução do TSU provocaria a redução de qualquer visão de potencial crescimento da economia”. Foto de Paulete Matos O Bloco de Esquerda advertiu esta quarta-feira que uma “redução drástica” da Taxa Social Única é um caminho errado, que leva a mais medidas de austeridade e dificuldades na vida dos portugueses. A redução foi defendida pelo representante do FMI na missão da 'troika', Poul Thomson, que chegou mesmo a falar numa queda da TSU em 8 pontos percentuais.



Para o Bloco de Esquerda, esta proposta de redução dos custos patronais com os trabalhadores é meramente ideológica, “sem consequências práticas no país, a não ser um rombo enorme nas contas da Segurança Social e um efeito drástico no aumento do IVA, com uma redução de qualquer visão de potencial crescimento da economia”, disse o deputado Pedro Filipe Soares.



“O responsável do FMI veio novamente insistir na ideia de uma redução drástica – oito por cento é mesmo uma redução drástica da TSU – sem conseguir explicar, por um lado, o porquê concreto desta posição e, por outro, como é que devemos, enquanto país, compensar essa perda de receita”, criticou o deputado bloquista.



Para implementar essa medida acrescentou, o governo “teria de a compensar por um aumento do IVA”, logo por “um aumento das dificuldades da vida dos portugueses e com um aumento da regressão da economia”.



Debate no Parlamento



Questionado sobre esse tema pelo coordenador do Bloco de Esquerda no debate parlamentar com o primeiro-ministro, Passos Coelho disse que o governo está a estudar duas formas de redução da TSU, uma delas associada à criação de emprego, e outra que teria de ser aplicada “em dois passos”.



Na resposta, Francisco Louçã questionou se o que está em cima da mesa é “reduzir agora dois por cento da TSU, com um efeito de 800 milhões de euros de redução na Segurança Social” e, dessa forma, contrabalançar essa medida “com um aumento de pelo menos 1% do IVA mais baixo”.



E concretizou o que significaria essa medida: “O efeito sobre a Segurança Social e o aumento dos impostos que uma proposta desse tipo representaria é, para que todos os portugueses percebam imediatamente, tirar metade do subsídio de Natal a todos os portugueses e portuguesas e colocá-lo nas contas das empresas, sem dar nenhuma garantia de que criam emprego, de animação económica”, disse Louçã.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

VERDADE E COMENTÁRIO

Este governo mais uma vez conluiado com a troika continua a conduzir-nos para o abismo..através duma recessão monstro em que só se pensa em reduzir direitos a quem trabalha,,aumentando os lucros das empresas.
Veja-se a noticia hoje divulgada de que a chamada taxa social única com que os patões contribuem para a segurança social será muito reduzida para beneficio deles,,enquanto a dita segurança social será cada vez mais xdescapitalizada pondo em risco desde reformas a subsidios de desemprego.
Se como dizem falta tanta dinheiro...quem o roubou? Falemos do BPN...falemos da Madeira(/Jardim.
E quem vai pagar? Os ricos? Claro que não. Aquela idéia duma taxa sobre os ditos ricos foi rapidamente abandonada ( cruzes canhoto que eles pagaram a  eleição dos nossos governantes)
Assim..a gente que pague... E não nos revoltamos nem nada? Não fazemos um outro 25 de Abril?
Já agora leiam  o que se segue



O PTP DE COELHO DESMONTOU MAIS UMA PEÇA DO ESQUEMA DE FINANCIAMENTO CORRUPTO DO PSD E FUNDAÇÃO SOCIAL DEMOCRATA DE JARDIM


Coelho do PTP anda à procura de Candelária e encontrou o seu antigo escritório para as jogadas de bastidores, chama-se SERMAQUIPA S.A., tem sede na Garagem da Fundação Social Democrata em Santo António no Caminho das Romeiras nº 15 e fazia a contabilidade paralela das campanhas e festas milionárias do PSD/Madeira de Alberto João Jardim.



O numero de telefone também é o da garajem social democrata madeirense: 291745666



Esta empresa tem apenas um funcionário, que se supõe ser o próprio António Candelária e funciona dentro da Fundação Social Democrata que por sua vez funciona dentro do PSD/Madeira num esquema de corrupção que permite a lavagem de capitais e a fuga ao controle do Tribunal de Contas e das Finanças no controle financeiro das contas do PSD. A SERMAQUIPA SA era gerida por António Candelária agora de “férias súbitas e prolongadas no Brasil” e pelos membros do Secretariado do PSD funcionando como uma camuflagem financeira para encobrir as despesas astronómicas do PSD em Festas, Congressos e Campanhas Eleitorais bem como para este partido poder receber financiamentos internacionais provenientes de contas offshore, contrair empréstimos junto da Banca e assim se poder se financiar e gastar sem o controlo das entidades fiscalizadoras: Tribunal Constitucional e Tribunal de Contas.



Foi através desta empresa fantasma que o PSD conseguiu obter o financiamento do BANIF através de sucessivos empréstimos que agora ficaram por pagar criando um enorme buraco financeiro de crédito mal parado neste banco com sócios madeirenses e muito ligado ao regime de Jardim.



Foi através da SERMAQUIPA – Aluguer de Outras Máquinas e Equipamentos S.A. que António Candelária conseguiu obter avultadas contribuições e transferências internacionais de empresários da Construção Civil, Hotelaria e Ramo Automóvel através de contas bancárias de Paraísos Fiscais das Ilhas Cayman e das Ilhas Virgens Britânicas sem dar conhecimento às entidades fiscalizadores tal como obriga a Lei Portuguesa.



Depois combinava com os fornecedores dos serviços das campanhas eleitoriais que estes facturavam uma ou duas contas ao PSD mas que o valor restante da facturação dos serviços e equipamentos das Campanhas e festas seria em nome da SERMAQUIPA no contribuinte nº511 114 508, num esquema fraudulento de Facturação Paralela em que estão envolvidas diversas empresas geridas por conhecidos Dirigentes do PSD. Entre essas empresas está a FLORASANTO de Rocha da Silva, Director Regional das Florestas, que é uma das empresas que mais serviços factura à SERMAQUIPA. A SAISOM do Grupo SIRAM tambem se encontra entre o leque de empresas que são fornecedores e clientes da empresa Fantasma de Jardim e de Candelária.



José Manuel Coelho do Partido Trabalhista foi até ao Caminho das Romeiras nº13 e bateu na porta da Fundação Social Democrata para saber do paradeiro desta empresa SERMAQUIPA e depois de nínguem responder aos seus insistentes toques de campainha, explicou aos Jornalistas que o esquema montado por Jardim com a ajuda dos seus membros do Secretariado assemelha-se às Matrioskas Russas:



Coelho explica: “Uma verdadeira matrioska russa ou marosca em bom português: a boneca grande é o PSD/Madeira, que tem dentro da sua organização uma boneca mais pequena, a Fundação Social Democrata , por sua vez dentro da FSD existe uma outra entidade fantasma que só os fornecedores e financiadores do PSD conhecem, a SERMAQUIPA SA, que pode facturar e apresentar despesas que o PSD e a FSD não podem declarar. Mas, dentro da SERMAQUIPA, da FSD e do PSD estava a bonequinha mais pequena, o António Candelária, que controlava tudo, puxava os cordelinhos… e conhecia a engrenagem financeira de todo o complexo esquema. Tudo funcionava harmoniosamente, até que rebentou a crise na Madeira e as obras começaram a acabar e os empresários furiosos sem receber do Governo deixaram de contribuir para a SERMAQUIPA. Então a bonequinha mais pequena decide se reformar antes de Jardim, que adiava a decisão de ir cuidar dos netos…”



Agora que Candelária se reformou com umas férias prolongadas no Brasil que já duram mais de 3 meses, Jardim ficou perdido, com um secretariado descabelado e descobriu o enorme buraco financeiro que tinha dentro do Partido Social Democrata e que era controlado pelo seu braço direito e pelo Secretário Geral, Jaime Ramos.



Ramos, como nunca foi bom em contas, diz que não sabia de nada e que apenas assinava os cheques…



Candelária já estava demasiado longe para prestar contas e partiu bem aviado… com um bom farnel para poder passar umas prolongadas férias e reforma sem vencimento nas praias paradisíacas do Brasil.



Não se sabe é se está sozinho, porque segundo informações mais recentes parece ter sido acompanhado por outro membro desaparecido do secretariado de Ramos e Jardim. Seguem-se desenvolvimentos…



Coelho do PTP acrescentou ainda que não vai descansar enquanto não descobrir todos os contornos deste enorme escândalo de corrupção no seio do PSD/Madeira e declarou: “Se o Passos Coelho do continente finge que não vê, o Coelho da Madeira está de olhos bem abertos e não vai largar este clamoroso caso de corrupção de Jardim e dos seus comparsas mafiosos”, acrescentando: “vamos levar este caso até ao Tribunal de Contas e até às próprias Finanças a nível nacional, porque aqui na Madeira ninguem está interessado em saber a verdade…”

terça-feira, 13 de setembro de 2011

DIÁLOGO ACTUAL

O Diálogo (séc. XVII)
Diálogo entre Colbert e Mazarino durante o reinado de Luís XIV extraído da peça de teatro Le Diable Rouge, de Antoine Rault:



Colbert: Para encontrar dinheiro, há um momento em que enganar [o contribuinte] já não é possível. Eu gostaria, Senhor Superintendente, que me explicasse como é que é possível continuar a gastar quando já se está endividado até ao pescoço...
Mazarino: Se se é um simples mortal, claro está, quando se está coberto de dívidas, vai-se parar à prisão. Mas o Estado... o Estado, esse, é diferente!!! Não se pode mandar o Estado para a prisão. Então, ele continua a endividar-se... Todos os Estados o fazem!
Colbert: Ah sim? O Senhor acha isso mesmo ? Contudo, precisamos de dinheiro. E como é que havemos de o obter se já criámos todos os impostos imagináveis?
Mazarino: Criam-se outros.
Colbert: Mas já não podemos lançar mais impostos sobre os pobres.
Mazarino: Sim, é impossível.
Colbert: E então os ricos?
Mazarino: Os ricos também não. Eles não gastariam mais. Um rico que gasta faz viver centenas de pobres.
Colbert: Então como havemos de fazer?
Mazarino: Colbert! Tu pensas como um queijo, como um penico de um doente! Há uma quantidade enorme de gente entre os ricos e os pobres: os que trabalham sonhando em vir a enriquecer e temendo ficarem pobres. É a esses que devemos lançar mais impostos, cada vez mais, sempre mais! Esses, quanto mais lhes tirarmos mais eles trabalharão para compensarem o que lhes tirámos. É um reservatório inesgotável."

EM TEM+O DE DESGRAÇA...VAMOS RIR

As mulheres são tramadas!



Uma mulher vai a entrar num motel com o seu amante e, por coincidência, vem saindo o seu marido com outra.
Ela grita:

Ahaaa!!!! Maaaaaldiiiiiiiito!! Agora apanheeeeeeeeeii-te!!!!!!
E... não adianta negares porque... eu trouxe uma testemunha!!!!

CORRUPÇÃO? QUE IDÉIA...

Este país não é para corruptos




Em Portugal, há que ser especialmente talentoso para corromper. Não é corrupto quem quer



... Que Portugal é um país livre de corrupção sabe toda a gente que tenha lido a notícia da absolvição de Domingos Névoa. O tribunal deu como provado que o arguido tinha oferecido 200 mil euros para que um titular de cargo político lhe fizesse um favor, mas absolveu-o por considerar que o político não tinha os poderes necessários para responder ao pedido. Ou seja, foi oferecido um suborno, mas a um destinatário inadequado. E, para o tribunal, quem tenta corromper a pessoa errada não é corrupto - é só parvo. A sentença, infelizmente, não esclarece se o raciocínio é válido para outros crimes: se, por exemplo, quem tenta assassinar a pessoa errada não é assassino, mas apenas incompetente; ou se quem tenta assaltar o banco errado não é ladrão, mas sim distraído. Neste último caso a prática de irregularidades é extraordinariamente difícil, uma vez que mesmo quem assalta o banco certo só é ladrão se não for administrador.

O hipotético suborno de Domingos Névoa estava ferido de irregularidade, e por isso não podia aspirar a receber o nobre título de suborno. O que se passou foi, no fundo, uma ilegalidade ilegal. O que, surpreendentemente, é legal. Significa isto que, em Portugal, há que ser especialmente talentoso para corromper. Não é corrupto quem quer. É preciso saber fazer as coisas bem feitas e seguir a tramitação apropriada. Não é acto que se pratique à balda, caso contrário o tribunal rejeita as pretensões do candidato. "Tenha paciência", dizem os juízes. "Tente outra vez. Isto não é corrupção que se apresente."

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

FRASE DO DIA

ESTA É A FRASE do DIA


"Meu Filho ! Diz sempre a verdade !

Assim não precisas de ter medo de te esqueceres do que disseste ontem...."

De um anónimo catalão

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Um amigo meu disse:

Se os f.d.p. dos nossos políticos lêssem isto.....

Responder Encaminhar

PRIVATIZAÇÃO DA ÁGUA

Louçã denuncia “fanatismo ideológico” do governo PSD/CDS-PP


Na sessão de encerramento do Fórum Novas Ideias para a Esquerda, Francisco Louçã anunciou que o Bloco propõe um referendo à privatização das Águas de Portugal e apelou à unidade de toda a esquerda “para que esta democracia permita que a maioria possa fazer escolhas sobre uma água pública para todos”.

Artigo
11 Setembro, 2011 - 21:55



Foto de esquerda.net Durante a sessão de encerramento do Fórum Novas Ideias para a Esquerda – Socialismo 2011, que contou com a participação de perto de 400 participantes, 46 painéis, 53 oradores e 7 espaços de debate, Louçã referiu-se ao fanatismo ideológico da direita e ao sectarismo do PS e reafirmou os objectivos do Bloco.



No seu discurso, Francisco Louçã começou por invocar as vítimas do dia 11 de Setembro de 2000, resultantes dos ataques perpetuados contra as torres gémeas de Nova York, e também as vítimas do golpe de Estado de Pinochet, no Chile, levado a cabo a 11 de Setembro de 1973. Louçã frisou as semelhanças entre estes dois casos: “a barbárie e o terror contra as vítimas e contra a humanidade”, e reafirmou “a importância da humanidade plena como sentido da luta da esquerda, da luta da solidariedade, da luta da justiça”.



O dirigente do Bloco, referindo-se ao rumo de Portugal, da economia e da própria vida dos portugueses, falou sobre o “fanatismo ideológico desorientado mas com um plano” do governo do PSD/CDS-PP. A este respeito, Louçã apontou como exemplo os últimos anúncios do governo no que respeita, por exemplo, à transformação da estação de metro da Baixa Chiado na PT Blue Station durante quatro anos, e ainda as contradições das declarações sobre o fim da comparticipação das pílulas ou a inclusão do Instituto de Combate à Droga e à Dependência no Instituto Ricardo Jorge.



Francisco Louçã salientou também os “dois grandes embustes” levados a cabo pelo PSD e pelo CDS-PP. Por um lado, a banalização da desigualdade e a promoção de uma caridade “autoritária, violenta e anti-democrática”, que se “tornou num negócio fluorescente”, de um governo que nos diz agora que a linha divisória para o acesso aos serviços públicos é de 550 euros.



Por outro lado, a ideia falaciosa de que precisamos de um ajustamento orçamental que justifica o aumento dos impostos e a diminuição dos rendimentos. A par desta austeridade prevalece, segundo Louçã, o “amiguismo e o facilitismo” bem patentes na gestão pública da Madeira que já representa um desvio orçamental de 500 milhões de euros e a passividade perante o grande escândalo financeiro do BPN e dos submarinos.



Este ajustamento orçamental, consubstanciado na “receita pura da troika” radicalizada pelo PSD e CDS-PP, contribui para “o risco de termos a recessão que será, provavelmente, e assim prevêem os seus fautores, a terceira mais longa recessão dos últimos 150 anos da história de Portugal”, alertou Louçã.



Para o Bloco, frisou Francisco Louçã, os objectivos são claros e passam, entre outros, pelo combate contra as privatizações e a destruição dos serviços públicos e pela defesa intransigente de propostas como o imposto sobre as grandes fortunas.



“Onde há troika não há estado social, onde há troika não há esquerda, onde há troika nem sequer há oposição”



O dirigente bloquista criticou, na sua intervenção, o sectarismo do PS contra a esquerda, “que é representado na ideia de que só há política em Portugal e só há diálogo entre aqueles que apoiarem a troika”, e frisou que “onde há troika não há estado social, onde há troika não há esquerda, onde há troika nem sequer há oposição”.



Francisco Louçã mostrou ainda a sua estranheza perante o silêncio do PS no que concerne ao combate à corrupção e o silêncio deste partido sobre a revisão constitucional e as propostas vaticinadas pela direita e fez uma referência à proposta apresentada por Angela Merkel sobre uma solução federal para a europa, que representa “uma etiqueta elegante para um estado europeu”, e que já foi citada quer por José Seguro como por Passos Coelho.



A questão europeia é, para Louçã, cada vez mais importante, sendo que, num momento em que a própria direcção do PS demonstra já não acreditar no Treatado de Lisboa, é imperativo que a esquerda defina que Europa pretende: se uma “Europa autoritária, a mando da Sra. Merkel e a mando da liberalização e da destruição dos bens públicos essenciais” ou se uma Europa “efectiva no combate ao desemprego, efectiva na promoção económica, efectiva na cooperação”.



Referendo à privatização das Águas de Portugal



“O Bloco de Esquerda lançou este fim de semana, formalmente na Assembleia da República, a iniciativa a favor de um referendo à privatização das Águas de Portugal. Queremos que esse referendo se realize”, anunciou Francisco Louçã. (Aceda ao projecto apresentado na AR)



O coordenador da comissão política do Bloco apelou a todos os “que sintam o futuro posto em causa se a água for privatizada”, ao PS e “a toda a esquerda”, a militantes do PSD e do CDS, a eleitores sem partido, cidadãos e cidadãs, a que se unam “para que esta democracia permita que a maioria possa fazer escolhas sobre uma água pública para todos”.