quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

domingo, 22 de dezembro de 2013

DIÁRIO DUM PROFESSOR

Ontem, uma mãe lavada em lágrimas veio ter comigo à porta da escola. Que não tinha um tostão em casa, ela e o marido estão desempregados e, até ao fim do mês, tem 2 litros de leite e meia dúzia de batatas para dar aos dois filhos. Acontece que o mais velho é meu aluno. Anda no 7.º ano, tem 12 anos mas, pela estrutura física, dir-se-ia que não tem mais de 10. Como é óbvio, fiquei chocado. Ainda lhe disse que não sou o Director de Turma do miúdo e que não podia fazer nada, a não ser alertar quem de direito, mas ela também não queria nada a não ser desabafar. De vez em quando, dão-lhe dois ou três pães na padaria lá da beira, que ela distribui conforme pode para que os miúdos não vão de estômago vazio para a escola. Quando está completamente desesperada, como nos últimos dias, ganha coragem e recorre à instituição daqui da vila – oferecem refeições quentes aos mais necessitados. De resto, não conta a ninguém a situação em que vive, nem mesmo aos vizinhos, porque tem vergonha. Se existe pobreza envergonhada, aqui está ela em toda a sua plenitude. Sabe que pode contar com a escola. Os miúdos têm ambos Escalão A, porque o desemprego já se prolonga há mais de um ano (quem quer duas pessoas com 45 anos de idade e habilitações ao nível da 4ª classe?). Dão-lhes o pequeno-almoço na escola e dão-lhes o almoço e o lanche. O pior é à noite e sobretudo ao fim-de-semana. Quantas vezes aquelas duas crianças foram para a cama com meio copo de leite no estômago, misturado com o sal das suas lágrimas…Sem saber o que dizer, segurei-a pela mão e meti-lhe 10 euros no bolso. Começou por recusar, mas aceitou emocionada. Despediu-se a chorar, dizendo que tinha vindo ter comigo apenas por causa da mensagem que eu enviara na caderneta. Onde eu dizia, de forma dura, que «o seu educando não está minimamente concentrado nas aulas e, não raras vezes, deita a cabeça no tampo da mesma como se estivesse a dormir». Aí, já não respondi. Senti-me culpado. Muito culpado por nunca ter reparado nesta situação dramática. Mas com 8 turmas e quase 200 alunos, como podia ter reparado? É este o Portugal de sucesso dos nossos governantes. É este o Portugal dos nossos filhos. CIRCULAR PELOS AMIGOS E CONHECIDOS, COMENTAR, BARAFUSTAR, SÃO ACÇÕES QUE NADA PODERÃO FAZER PARA REPOR OS VALORES DESTE PAÍS. É NECESSÁRIO FAZER MAIS... MUITO MAIS!

CARTA A PEDRO

CARTA ABERTA A PEDRO PASSOS COELHO FALEMOS SÉRIO!!!! Pedro é o trato que usarei para me dirigir a ti, naquilo que há para falarmos sério. Porque sou veterana, apesar de ter consciência de que não somos amigos. Não és meu amigo, como me trataste, hipocritamente e de forma quase insultuosa, na tua mensagem de Natal. Eu não sou tua amiga, porque não tenho como amigos quem me insulta, quem procura humilhar-me, que mente e me tira o que a mim me pertence. Amigos respeitam-se. E eu não me sinto respeitada por ti, Pedro. E não sou hipócrita ao dizer frontalmente o que sinto, na pele daquilo que é hoje o meu estatuto: pensionista, reformada APÓS 49 ANOS DE TRABALHO. Mais anos do que aqueles que tens de vida, Pedro. Falemos sério, Pedro. Porquê essa obstinada perseguição àqueles que construíram riqueza nacional ao longo de muitos anos de trabalho, enquanto tu, Pedro, crescias junto de pais que, creio, trabalhavam para tudo te darem, e que hoje não valorizas como esforço enquanto cidadãos e enquanto pais? Porquê essa perseguição obsessiva àqueles que construíram um país de verticalidade, de luta e resistência, enquanto caminhavas nas hostes dos boys de um partido disponível para compensar aqueles que gostam de “engrossar” a voz, mesmo que desrespeitando os que tudo fizeram pela conquista do espaço democrático, onde cresceste em liberdade? Uma liberdade conquistada, muito suada, e por isso ainda mais digna de ser respeitada. Respeito, Pedro, é o que se exige por aqueles que hoje persegues, lesto e presto sem sentido, como que procurando um extermínio que não ousas confessar. Falemos sério, Pedro. É tempo de falares sério, apesar do descrédito em que caíste. E falemos sério sobre reformas, sobre pensionistas e sobre Segurança Social. Não fales sobre o que desconheces. Não te precipites no que dizes. Não sejas superficial, querendo parecer profundo apenas porque, autoritariamente, “engrossas” a voz. Não entregues temas tão complexos ao estudo de “garotos”, virgens no saber-fazer. Não entregues estudos a séniores que, vendendo a alma ao diabo, se prestam a criar cenários encomendados, para servirem os resultados que previamente lhes apresentaste, Pedro. E os resultados são, como podemos avaliar, desastrosos, Pedro. Económica e socialmente. Vamos falar sério, Pedro. Não porque tu o queiras, mas porque eu não suporto mais a humilhação que sinto com as falsidades ardilosas lançadas para o ar, sobre matérias que preferes ignorar, porque nem sequer as estudas. A raiva cresce dentro de mim, porque atinge a verticalidade e honestidade que sempre nortearam a minha vida, Pedro. Uma raiva que queima, se silenciada, E não me orgulho disso, podes crer Pedro. Vamos por fases cronológicas que te aconselho a estudar: a) Pedro, por acaso sabes que o sistema que hoje se designa por “Segurança Social” deriva da nacionalização – pós 25 de Abril – das “Caixas de Previdência” sectoriais, que antes existiam? b) Por acaso sabes, Pedro, que o Estado português recebeu, sem qualquer custo ou contrapartida, os fundos criados nestas Caixas de Previdência, a partir das contribuições dos trabalhadores e dos seus empregadores? c) Por acaso sabes que a Caixa Geral de Depósitos – Banco estatal de Valores e de credibilidade inquestionável – é, acrescidamente, património dos muitos reformados e pensionistas que hoje somos? É, Pedro, a CGD era o Banco obrigatório por onde passavam as contribuições destinadas às Caixas de Previdência, mas entregava a estas, as contribuições regulares, apenas 4, 5 e 6 meses depois. Financiando-se com estas contribuições e sem pagar juros às Caixas, Pedro? Por isso sou contra qualquer alienação da C. Geral. Também está lá muito de mim. Um muito que deveria estar na Segurança Social nacionalizada…para ser bem gerida. d) Sabes por acaso, Pedro, que o Estado Português nunca reembolsou a Segurança Social pela capitalização que conseguiu com a “nacionalização” das Caixas, como o fez aos Banqueiros? e) Saberás, Pedro, que a “nacionalização” das Caixas de Previdência” se deve à necessária construção de um verdadeiro Estado Social, para o qual, maioritariamente, é a Segurança Social que contribui, sem as devidas e indispensáveis contribuições do Estado? Um Estado Social criado de base a partir dos “dinheiros” pertença daqueles que hoje são reformados e pensionistas. E que por isso exigem respeito pelo seu contributo mas, igualmente, exigem sejam bem geridos, porque ao Estado foram confiados contratualmente. Para me serem reembolsados mais tarde. E boa gestão, Pedro, é coisa que não vejo na Segurança Social, sujeita a políticas de bastidores duvidosas e para as quais nunca fui consultada. Acredita, Pedro, os reformados, pensionistas e aposentados, sabemos o que dizemos quando afirmamos tudo isto, porque ainda temos muita capacidade – suportada por uma grande e valiosa experiência – para sermos um verdadeiro governo de bastidores. Com mestria, com sabedoria, com isenção e sem subserviências. f) Por acaso sabes, Pedro, que a dívida do Estado à Segurança Social é superior à dívida externa, hoje nas mãos da chamada “troika”? Pois é, Pedro, a dívida sob o comando da troika é de 78 mil milhões de Euros, é? A dívida à Segurança Social, aos milhões de contribuintes, muitos deles hoje reformados, é de 80 mil milhões de dívida. Valor que cresce diariamente, porque o Estado é um mau pagador. Uma dívida que põe em causa não só os créditos/reembolsos aos reformados e pensionistas, na forma contratada, mas igualmente as obrigações/compromissos intergeracionais. Porque estás tão preocupado em “honrar” os compromissos com o exterior e não te preocupas em honrar os compromissos para com os credores internos que são, entre muitos, os aposentados, os reformados e os pensionistas, antes preferindo torná-los no “bombo de festins” de um governo descontrolado? Falemos sério, Pedro. Reabilita-te com alguma honra, perante um programa eleitoral que te levou, precocemente, ao lugar que ocupas. Um lugar de representatividade democrática, que te obriga a respeitar os representados. Também os reformados, aposentados e pensionistas votam. E falando sério, mas com muita raiva incontida, Pedro, vou dar-te o meu exemplo, apenas como exemplo de muitas centenas de milhar de casos idênticos. a) Trabalhei 49 anos. Fui trabalhadora-estudante. E sem Bolonhas e/ou créditos, licenciei-me com 16 valores, a pulso. Nunca fui trabalhadora e/ou estudante de segunda. E fui mãe, num pais em que, na época, só havia 1 mês de licença de maternidade e creches a partir dos dois anos de idade das crianças. Como foi duro, Pedro. E lutei, ontem como hoje, para a minha filha, a tua Laura, as tuas filhas e muitas mais jovens portuguesas, terem mais do que eu tive. A sociedade ganha com isso. O Estado Social também tem obrigações pela continuidade da sociedade, pela contínua renovação geracional. Lutei, Pedro, muito mesmo e sinto muita honra nisso como me sinto orgulhosa do que conquistou a minha geração. b) Fiz uma carreira profissional, também ela dura, também ela de luta, numa sociedade que convencionou dar supremacia aos homens. Um poder dado, não conquistado por mérito reconhecido, Pedro. Por isso tão lenta a caminhada pela “Igualdade”. c) Cheguei ao topo da carreira, mas comecei como praticante. Sem “ajudas”, sem “cunhas”, sem “padrinhos” e/ou ajuda de partidos. Apenas por mérito próprio, duplamente exigido por ser Mulher. Um caminho que muito me orgulha e me formou de Valores, Honra e Verticalidade. Anonimamente, mas activa e participadamente. d) No final da minha carreira profissional, eu e os meus empregadores, a valores capitalizados na data em que me reformei, (há dois anos) tínhamos depositado nas mãos da Segurança Social cerca de 1 milhão de Euros. Ah! É bom que se lembre que os empregadores entregam as suas contribuições para a conta do/a seu/sua funcionário/a. Não é para qualquer abutre esperto se apropriar dele. O modelo que Churchil idealizou – e protagonizou – após a 2ª guerra mundial. Uma compensação no desequilíbrio entre os rendimentos do Capital e os do Trabalho, e que foi adoptado em Portugal ainda antes do 25 de Abril. Quase um milhão de Euros, Pedro. Só nos últimos 13 anos de trabalho foram entregues 200 mil Euros à Segurança Social, entre mim e o empregador. A minha pensão vem daí, Pedro. De tudo o que, confiadamente, entreguei à gestão da Segurança Social, num contrato assinado com o Estado Português. E já fui abrangida pelo sistema misto. E já participei no factor da sustentabilidade, beneficiando o Estado Social. e) Mas há mais, Pedro. A esse cerca de 1 milhão de Euros, à cabeça dos cálculos da minha pensão, retiraram às minhas contribuições, à minha “conta”, 20%, ou seja 200 mil Euros. Como contributo para o Estado Social. Para a satisfação do compromisso que devo para com as gerações seguintes. Para o Serviço Nacional de Saúde, para um melhor bem estar da sociedade portuguesa. E o dinheiro que se encontra – em depósito – nas mãos do Estado português através da Segurança Social, é de cerca de 800 mil Euros. Que eu exijo bem gerido e intocável. f) Valor que, conforme os meus indicadores familiares (melhores que a média das estatísticas) da esperança de vida (85 anos em média), daria para uma pensão anual de 40.000€ actualizada anualmente pela capitalização dos meus fundos. É bom que saibas que, sobre este valor, eu pagaria cerca de 16.000€ de IRS, fora os demais impostos. Mas, por artes de uma qualquer “engenharia financeira” nunca recebi nada disto. Mas se aquele valor, que foi criado pelas contribuições de tantos anos de trabalho, estiver nas minhas mãos e sob a minha gestão, matéria em que fui profissional qualificada e com provas dadas, eu serei uma Mulher que poderá dormir descansada, porque serei independente para mim e para ajudar filhos e netos, sem ter que acordar de noite angustiada. É, Pedro, falemos sério e honra os compromissos que o Estado tem para comigo. Dá instruções ao Ministério da Solidariedade Social(?) para que me entregue o “meu dinheiro”. O MEU, Pedro! E vou refazer contas: a) De modo frio, direi que o Estado tem que pôr à minha disposição os 100% de contribuições que lhe foram confiadas, ou seja, os cerca de 1 milhão de Euros. b) Arredondando, e muito por excesso, descontando os valores de que já fui reembolsada, o Estado português deve-me 900.000€. É esta a verba que quero que o Estado português me pague, porque é este o valor de que sou credora. c) Gerindo eu esta verba podes crer, Pedro, que só com os rendimentos que obtenho da sua aplicação, e já depois de impostos pagos, terei mais do que o valor que tenho hoje como pensão. É simples, Pedro, e deixo de ser uma “pedra no sapato” dos governantes. Deixo de ser “um impecilho” na boca de “garotos” que não sabem o que dizem. E, de uma Mulher anónima com honra e verticalidade, que sou hoje, passo a ser uma Mulher rica, provavelmente colunável, protegida por todos os governantes, mesmo que a ética perca a sua verticalidade e a moral passe a ser podre. Mas porque é tempo de falares sério, Pedro, fala aos portugueses a verdade sobre assuntos que nos interessa : - quanto é que o cidadão e político Pedro Passos Coelho já descontou para a Segurança Social e/ou ADSE? - quanto receberias hoje de reforma se, conforme as excepções de privilégio na lei, te reformasses? - quanto descontam os deputados e demais políticos para a Segurança Social ou ADSE? - qual o montante de reforma a que têm acesso, privilegiadamente, e ao fim de quantos anos de exercício da política, independentemente da sua idade? - Quem, e quanto recebem de reforma vitalícia, ex-governantes e outras figuras políticas, só pelo exercício de alguns anos em cargos públicos? - qual o sistema de Segurança Social que suporta estas reformas e a quem pertence esse dinheiro? São os OE’S que o suportam, ou são os “dinheiros” daqueles que contribuíram e/ou contribuem para o Sistema? - Sendo o Estado uma entidade empregadora, qual o valor da sua contribuição (%) para a ADSE ou Segurança Social, por trabalhador? E as contas, estão regularizadas? Falemos sério, Pedro! Os reformados exigem a verdade mas, igualmente, exigem respeito, por nós e pelo nosso dinheiro que, abusivamente, vai alimentando o despesismo de um Estado que vive de mordomias elitistas, acima das capacidades do país. Isso sim, Pedro!!!!!!!! A reformada, M.Conceição Batista há alguns meses atrás. PS – Aguardo que me seja entregue o meu dinheiro, conforme mencionei atrás. Tenho vida a organizar. ----- F Para: C

sábado, 21 de dezembro de 2013

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

EU FICO COM OS ESTALEIROS

Exmo. Sr. Ministro da Defesa, Digníssimo Sr. Dr. Aguiar Branco, Se Vexa Sr. Ministro não se importar eu fico com os Estaleiro Navais de Viana do Castelo. Bem sei que já estou a chegar um pouco atrasado em relação ao suposto concurso mas não sabia que o negócio era para ser feito dessa forma. Sendo assim, também quero! Eu já tinha ouvido comentar de outros negócios que o seu governo tem promovido de igual forma muito interessantes. Muito interessantes para quem fica com as coisas, entenda-se, não para Portugal e para os Portugueses. Ora como eu também sou portador do mesmo espírito de sacrifício que esses beneméritos que têm feito o favor de ficar com o património dos Portugueses desta vez dou eu o passo em frente e repito, se Vexa não levar a mal, eu fico com os estaleiros. Pode perguntar o Sr. Ministro o que é que eu entendo de construção naval. Respondo com todo o gosto, até lhe agradeço a pergunta. Sei tanto quanto a Martifer, andámos a estudar o tema no mesmo sítio. Onde? Em lado nenhum Sr. Ministro, não entendemos mesmo nada de construção naval mas isso certamente não será impeditivo para que eu fique com os estaleiros, se para eles não é, mutatis muntandis, para mim também não pode ser. Vamos então aos números Sr. Ministro, vamos ver como estão as contas dos candidatos. A Martifer tem um passivo que ultrapassa os 378 milhões de Euros, o meu é francamente inferior. A não ser que o seu critério seja eleger o maior devedor aqui ganho eu, devo muito menos. O Sr. Ministro quer que quem fique com os estaleiros lhe pague 7 milhões até 2031, qualquer coisa como 415 mil Euro por ano ou, para ser picuinhas, uma renda mensal de 32.000 Euro. Está certo, aceito estes valores e até lhe faço um agrado que mais adiante explicarei. O Sr. Ministro fica com os ossos do estaleiro ou seja paga do seu bolso, salvo seja, paga do bolso dos otários dos Portugueses os 450 milhões de euros que os estaleiros têm de passivo, resolve aquele questão chata do navio Atlântida e da divida que todos os dias aumenta por estar a ocupar uma doca no alfeite. É simpático da sua parte resolver estes problemas. Pessoalmente fico muito agradecido por me livrar dessas dores de cabeça que só me iam incomodar e preocupar. Os trabalhadores que actualmente estão ao serviço dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo fará o Sr. Ministro o favor de os despedir e pagar o que houver a pagar, não é verdade? Parece que Vexa está a contar estoirar mais uns 30 milhões nisso. Uma vez mais muito lhe agradeço a gentileza e retribuo de imediato. Diz a Martifer que depois do Sr. Ministro despedir 600 trabalhadores eles contratam 400. Pois olhe Sr. Ministro, eu sempre achei que não vale a pena ser mesquinho e que a sua gentileza deve ser compensada. Assim sendo digo-lhe já que pode chamar a comunicação social e informar que eu contrato 450 trabalhadores, pode dizer que a sua intervenção permitiu um acréscimo de 50 postos de trabalho em relação aos 400 prometidos pela Martifer. Portanto um total de 450 postos de trabalho novos, nas suas palavras. O Sr. Ministro deve ter-se rido à brava com essa piada não foi? Então o Sr. atira para o desemprego 600 pessoas e depois vem dizer que o seu negócio gerou postos de trabalho? Ehehehe essa foi de mestre! Mas Sr. Ministro, em relação aos postos de trabalhos que vou criar, vou pagar a todos o salário mínimo nacional, independentemente do nível profissional ou salarial que tinham anteriormente, levam com o mínimo e já vão com sorte. Aliás se o Sr. e os seus colegas do governo fizerem o favor de baixar esse valor, como andam com vontade de fazer, fico, uma vez mais, agradecido. Quase a terminar quero agradecer o facto de o Sr. Ministro deixar o vencedor desta espécie de concurso ficar com as encomendas já realizadas e, para não ir mais longe aquela da Venezuela no valor de 128 milhões. Calculando assim por alto uma margem de 20%… Já sei o Sr. Ministro quer ser mais modesto e falar de 10%. Olhe partimos ao meio, pode ser? Falemos de 15%. A encomenda da Venezuela vai deixar um lucro estimado de 20 milhões. Lembra-se de eu ter mencionado que mais adiante voltava a falar dos 7 milhões de renda que o Sr. Ministro quer que sejam pagos em 18 anos? Pois bem, fique a saber que eu gosto de ser simpático e proponho pagar esses 7 milhões na totalidade assim que receber o dinheiro dos Venezuelanos. Parece-lhe bem? Assim evitamos andar com pagamentos todos os meses e o Sr. fica logo com o dinheiro, pode-lhe dar jeito para contratar para si, ou para algum dos seus colegas, mais uns assessores. Não posso deixar de reconhecer como ficaria satisfeito com o facto de ganhar este concurso. Já reparou que assim de repente já tenho um lucro de 13 milhões? Bem melhor que jogar no euromilhões, não gasto os 2 euro, e ainda recebo mais, é que se no jogo me saírem os 15 milhões a Lady Swap palma-me logo 3, fico só com 12… Prefiro mesmo apostar em ficar com os estaleiros. Recapitulemos as razões que me deixam em vantagem em relação à Martifer: 1. Eu não entendo nada de construção naval. Eles também não; 2. Eles têm um passivo brutal. O meu é bem mais modesto; 3. Eles aceitam que o Estado fique com os ossos todos. Também não me oponho; 4. Estamos todos de acordo que o Estado é que vai tratar de despedir os trabalhadores; 5. A Martifer diz que vai criar 400 postos de trabalho. Eu garanto 450; 6. A Martifer paga a renda em 18 anos. Eu pago a totalidade assim que receber o pagamento da encomenda em carteira Parece-me Sr. Ministro que a minha candidatura é bem mais séria e forte que a da Martifer. Seguramente Vexa não vai ter nenhuma dúvida na escolha. Diga lá, se faz favor, quando é que posso tomar posse dos estaleiros? http://noticiasonline89.com/2013/12/02/senhor-ministro-eu-fico-com-os-estaleiros/

AI AGUENTA...AGUENTA

domingo, 8 de dezembro de 2013

sábado, 7 de dezembro de 2013

SENHOR MINISTRO...

xmo. Sr. Ministro da Defesa, Digníssimo Sr. Dr. Aguiar Branco, Se Vexa Sr. Ministro não se importar eu fico com os Estaleiro Navais de Viana do Castelo. Bem sei que já estou a chegar um pouco atrasado em relação ao suposto concurso mas não sabia que o negócio era para ser feito dessa forma. Sendo assim, também quero! Eu já tinha ouvido comentar de outros negócios que o seu governo tem promovido de igual forma muito interessantes. Muito interessantes para quem fica com as coisas, entenda-se, não para Portugal e para os Portugueses. Ora como eu também sou portador do mesmo espírito de sacrifício que esses beneméritos que têm feito o favor de ficar com o património dos Portugueses desta vez dou eu o passo em frente e repito, se Vexa não levar a mal, eu fico com os estaleiros. Pode perguntar o Sr. Ministro o que é que eu entendo de construção naval. Respondo com todo o gosto, até lhe agradeço a pergunta. Sei tanto quanto a Martifer, andámos a estudar o tema no mesmo sítio. Onde? Em lado nenhum Sr. Ministro, não entendemos mesmo nada de construção naval mas isso certamente não será impeditivo para que eu fique com os estaleiros, se para eles não é, mutatis muntandis, para mim também não pode ser. Vamos então aos números Sr. Ministro, vamos ver como estão as contas dos candidatos. A Martifer tem um passivo que ultrapassa os 378 milhões de Euros, o meu é francamente inferior. A não ser que o seu critério seja eleger o maior devedor aqui ganho eu, devo muito menos. O Sr. Ministro quer que quem fique com os estaleiros lhe pague 7 milhões até 2031, qualquer coisa como 415 mil Euro por ano ou, para ser picuinhas, uma renda mensal de 32.000 Euro. Está certo, aceito estes valores e até lhe faço um agrado que mais adiante explicarei. O Sr. Ministro fica com os ossos do estaleiro ou seja paga do seu bolso, salvo seja, paga do bolso dos otários dos Portugueses os 450 milhões de euros que os estaleiros têm de passivo, resolve aquele questão chata do navio Atlântida e da divida que todos os dias aumenta por estar a ocupar uma doca no alfeite. É simpático da sua parte resolver estes problemas. Pessoalmente fico muito agradecido por me livrar dessas dores de cabeça que só me iam incomodar e preocupar. Os trabalhadores que actualmente estão ao serviço dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo fará o Sr. Ministro o favor de os despedir e pagar o que houver a pagar, não é verdade? Parece que Vexa está a contar estoirar mais uns 30 milhões nisso. Uma vez mais muito lhe agradeço a gentileza e retribuo de imediato. Diz a Martifer que depois do Sr. Ministro despedir 600 trabalhadores eles contratam 400. Pois olhe Sr. Ministro, eu sempre achei que não vale a pena ser mesquinho e que a sua gentileza deve ser compensada. Assim sendo digo-lhe já que pode chamar a comunicação social e informar que eu contrato 450 trabalhadores, pode dizer que a sua intervenção permitiu um acréscimo de 50 postos de trabalho em relação aos 400 prometidos pela Martifer. Portanto um total de 450 postos de trabalho novos, nas suas palavras. O Sr. Ministro deve ter-se rido à brava com essa piada não foi? Então o Sr. atira para o desemprego 600 pessoas e depois vem dizer que o seu negócio gerou postos de trabalho? Ehehehe essa foi de mestre! Mas Sr. Ministro, em relação aos postos de trabalhos que vou criar, vou pagar a todos o salário mínimo nacional, independentemente do nível profissional ou salarial que tinham anteriormente, levam com o mínimo e já vão com sorte. Aliás se o Sr. e os seus colegas do governo fizerem o favor de baixar esse valor, como andam com vontade de fazer, fico, uma vez mais, agradecido. Quase a terminar quero agradecer o facto de o Sr. Ministro deixar o vencedor desta espécie de concurso ficar com as encomendas já realizadas e, para não ir mais longe aquela da Venezuela no valor de 128 milhões. Calculando assim por alto uma margem de 20%… Já sei o Sr. Ministro quer ser mais modesto e falar de 10%. Olhe partimos ao meio, pode ser? Falemos de 15%. A encomenda da Venezuela vai deixar um lucro estimado de 20 milhões. Lembra-se de eu ter mencionado que mais adiante voltava a falar dos 7 milhões de renda que o Sr. Ministro quer que sejam pagos em 18 anos? Pois bem, fique a saber que eu gosto de ser simpático e proponho pagar esses 7 milhões na totalidade assim que receber o dinheiro dos Venezuelanos. Parece-lhe bem? Assim evitamos andar com pagamentos todos os meses e o Sr. fica logo com o dinheiro, pode-lhe dar jeito para contratar para si, ou para algum dos seus colegas, mais uns assessores. Não posso deixar de reconhecer como ficaria satisfeito com o facto de ganhar este concurso. Já reparou que assim de repente já tenho um lucro de 13 milhões? Bem melhor que jogar no euromilhões, não gasto os 2 euro, e ainda recebo mais, é que se no jogo me saírem os 15 milhões a Lady Swap palma-me logo 3, fico só com 12… Prefiro mesmo apostar em ficar com os estaleiros. Recapitulemos as razões que me deixam em vantagem em relação à Martifer: 1. Eu não entendo nada de construção naval. Eles também não; 2. Eles têm um passivo brutal. O meu é bem mais modesto; 3. Eles aceitam que o Estado fique com os ossos todos. Também não me oponho; 4. Estamos todos de acordo que o Estado é que vai tratar de despedir os trabalhadores; 5. A Martifer diz que vai criar 400 postos de trabalho. Eu garanto 450; 6. A Martifer paga a renda em 18 anos. Eu pago a totalidade assim que receber o pagamento da encomenda em carteira Parece-me Sr. Ministro que a minha candidatura é bem mais séria e forte que a da Martifer. Seguramente Vexa não vai ter nenhuma dúvida na escolha. Diga lá, se faz favor, quando é que posso tomar posse dos estaleiros? http://noticiasonline89.com/2013/12/02/senhor-ministro-eu-fico-com-os-estaleiros/

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

OS AMIGOS

OS Amigos servem para isto,o que é uma vergonha Assunto: Estoril Sol CLARO QUE REPASSO…………………….. Foram hoje publicadas, no site da CMVM, as contas respeitantes a 30/09/2013 da “Estoril Sol” ( Casinos do Estoril, de Lisboa-Expo, e da Póvoa de Varzim). Têm elementos muito curiosos: - A empresa fechou o 3º Trimestre com lucros de 1.258.281 €; -As receitas diminuíram 5% face às da mesma data de 2012. No entanto fazendo uma análise mais fina constata-se que caíram 7% as respeitantes às “slot-machines” e subiram 2% as respeitantes ao jogo bancado (bacará, gamão, etc); -No total de 137.771.294 € de receita contabilizada, 42% respeitam ao Casino de Lisboa,37% ao Casino Estoril e 21% ao Casino da Póvoa; - Os benefícios fiscais recebidos ascendem a 2.333.516 € ( 1,8% do total da receita e perto do dobro do lucro registado). Os benefícios foram atribuídos como apoio do Estado à renovação dos equipamentos de jogo e 405.000€ como apoio do Estado à “animação realizada”. É basto estranho! O Governo corta nas pensões mais baixas de viúvas e viúvos de poucas centenas de euros e concede benefícios de milhões para a renovação de “slot machines” e para os espetáculos realizados nos Casinos!

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

O ABOMINÁVEL HOMEM DAS NEVES

Para o Abominável Homem das Neves em Portugal há quatro classes sociais:* *1. - os qualificados * *2. - os ricos* *3. - os pobres, * *4. - os reformados e os fingidos* *Os qualificados, não fazem parte do problema nacional porque é uma alegria vê-los partir e resta rezar umas orações e desejar-lhes boa sorte.* *Os ricos por sua vez são uma classe à parte, a classe do caviar, dos carros de luxo, das estadias em hotéis de 5 estrelas, das vivendas de luxo e são capital enquanto tal e nem vale a pena questionar a possibilidade de lhes aumentar a carga fiscal. Quantos mais ricos houverem melhor, é bom que não fujam e quanto mais a distribuição de rendimentos for injusta melhor, mais ricos irão aparecer.* *Os pobres, gente que nasceu para trabalhar, que aguenta o que for preciso, ai aguentam, aguentam, e que não há nada a fazer. É um erro tirar aos ricos para dar aos pobres, até porque foi Deus que inventou a pobreza, foi para que os pobres fossem o símbolo da virtude e por isso aumentar o salário mínimo é uma aberração até porque se os pobres ganharem mais o resultado é ficarem mais pobres. * *Finalmente os reformados é que são uma praga, gente riquíssima, que leva uma vida luxuosa e ainda têm o descaramento de andar armados em pobres. São os parasitas do sistema como não há forma de o país se livrar deles o melhor é reduzi-los à subsistência* Cl

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

MAÇÃ(E) S PODRES

pesar de anticomunista, Churchill não hesitou em apoiar a URSS em 1941, dizendo: "Se Hitler invadisse o Inferno, eu faria, pelo menos, uma referência favorável ao Diabo na Câmara dos Comuns." Leio pelos jornais que um membro do Governo de Passos Coelho, chamado Maçães, foi à Grécia envergonhar o nosso país. Apesar de, a acreditar pelo CV publicado no sítio do Governo, ele ter alguma escolaridade em matéria de Direito e Ciência Política, a sua recusa perentória de uma frente de países do Sul (onde se incluiriam até a França, a Itália e a Espanha) contra a política que Merkel está a impor à Europa inteira revela que, no mínimo, ainda não atingiu aquele grau de estabilidade emocional e hormonal a que uns chamam maturidade e outros, simplesmente, juízo. A indigência intelectual deste Governo está a ultrapassar todos os limites. Desde quando um secretário de Estado vincula o seu país numa situação tão estrategicamente delicada? Desde quando um país em hemorragia aberta pode descartar alianças com aqueles, mesmo que sejam "diabos", que têm objetivos comuns (interromper a austeridade destrutiva)? Desde quando é sensato aderir incondicionalmente a uma política (do Governo de Berlim) que é diametralmente oposta ao interesse nacional? A imprensa grega não tem razão ao chamar "alemão" a Maçães. Os alemães não se confundem com o seu Governo conjuntural, como os portugueses não podem ficar ostracizados pelo trágico episódio desta coligação. O seu problema foi diagnosticado por La Boétie, no século XVI: só há tirania porque há demasiada gente pronta à "servidão voluntária". Este Governo é um equívoco dos "lugares naturais". Os lacaios passaram do anexo para o palácio. Importa devolvê-los ao seu lugar, antes que a pilhagem seja irreversível.