sexta-feira, 31 de outubro de 2008

O T G V E NÃO SÓ

QUEM VAI SERVIR O TGV ?

Este é o pensamento político que temos , está em todos

· Estádios de futebol, hoje às moscas,

· TGV,

· novo aeroporto,

· nova ponte,

· auto-estradas onde bastavam estradas com bom piso,

· CCB luxuoso, etc. etc.

A quem na verdade serve tudo isto?
Nas próximas eleições legislativas : maiorias absolutas 'jamais' e por longos anos.....


PORTUGUESES, LEIAM AS LINHAS SEGUINTES E PENSEM A QUEM VAI SERVIR O TGV ...

1. AOS FABRICANTES DE MATERIAL FERROVIÁRIO,

2. ÀS CONSTRUTORAS DE OBRAS PÚBLICAS E ...CLARO,

3. AOS BANCOS QUE VÃO FINANCIAR A OBRA ...

OS PORTUGUESES FICARÃO - UMA VEZ MAIS - ENDIVIDADOS DURANTE DÉCADAS POR CAUSA DE MAIS UMA OBRA MEGALÓMANA ! ! !


Experimente ir de Copenhaga a Estocolmo de comboio.

Comprado o bilhete, dá consigo num comboio que só se diferencia dos nossos 'Alfa' por não ser tão luxuoso e ter menos serviços de apoio aos passageiros.

A viagem, através de florestas geladas e planícies brancas a perder de vista, demorou cerca de cinco horas.

Não fora conhecer a realidade económica e social desses países, daria comigo a pensar que os nórdicos, emblemáticos pelos superavites orçamentais, seriam mesmo uns tontos.

Se não os conhecesse bem perguntaria onde gastam eles os abundantes recursos resultantes da substantiva criação de riqueza.

A resposta está

· na excelência das suas escolas,

· na qualidade do seu Ensino Superior,

· nos seus museus e escolas de arte,

· nas creches e jardins-de-infância em cada esquina,

· nas políticas pró-activas de apoio à terceira idade.


Percebe-se bem porque não

· construíram estádios de futebol desnecessários,

· constroem aeroportos em cima de pântanos,

· nem optam por ter comboios supersónicos que só agradam a meia dúzia de multinacionais.

O TGV é um transporte adaptado a países de dimensão continental, extensos, onde o comboio rápido é, numa perspectiva de tempo de viagem/custo por passageiro, competitivo com o transporte aéreo.

É por isso que, para além da já referida pressão de certos grupos que fornecem essas tecnologias, só existe TGV em França ou Espanha (com pequenas extensões a países vizinhos).

É por razões de sensatez que não o encontramos

· na Noruega,

· na Suécia,

· na Holanda

· e em muitos outros países ricos.

Tirar 20 ou 30 minutos ao 'Alfa' Lisboa-Porto à custa de um investimento de cerca de 7,5 mil milhões de euros não trará qualquer benefício à economia do País.

Para além de que, dado ser um projecto praticamente não financiado pela União Europeia, ser um presente envenenado para várias gerações de portugueses que, com mais ou menos engenharia financeira, o vão ter de pagar.

Com 7,5 mil milhões de euros podem construir-se:

- 1000 (mil) Escolas Básicas e Secundárias de primeiríssimo mundo que substituam as mais de cinco mil obsoletas e subdimensionadas existentes (a 2,5 milhões de euros cada uma);

- mais 1.000 (mil) creches (a 1 milhão de euros cada uma);

- mais 1.000 (mil) centros de dia para os nossos idosos (a 1milhão de euros cada um).

E ainda sobrariam cerca de 3,5 mil milhões de euros para aplicar em muitas outras carências como, por exemplo, na urgente reabilitação de toda a degradada rede viária secundária.

Cabe ao Governo reflectir.

Cabe à Oposição contrapor.

Cabe-lhe a si

reencaminhar esta mensagem! ou deixar ficar.







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COMUNICADO CONJUNTO- FENPROF e PROMOVA

Olá colegas,

Nesta fase da contestação às políticas do ME e atendendo aos constrangimentos criados pela convocação de duas manifestações de professores (8 e 15 de Novembro), O Movimento PROmova partiu para o processo negocial com a Fenprof e os outros Movimentos com o lema “Unidos, ganhamos todos; divididos, perdemos todos”. A partir deste espírito, foi possível concertar posições à volta de um conjunto de princípios prioritários e indeclináveis para os professores, além de estruturantes da “genética” do PROmova, especificamente, a exigência de suspensão imediata deste modelo de avaliação do desempenho e a rejeição da divisão arbitrária e injusta da carreira que, entre outras injustiças, desacredita todo o processo de avaliação do desempenho. Como estes postulados se encontram salvaguardados no comunicado conjunto, não hesitamos em contribuir para a unidade dos professores, associando-nos à ideia de uma manifestação única de sindicatos e movimentos.

Neste sentido, apelamos a todos os educadores e professores portugueses para rumarem a Lisboa, no dia 8 de Novembro, dando um sinal inequívoco da sua força reivindicativa. Uns irão pelos seus sindicatos, outros irão pelos movimentos com que se identificam e outros irão por si próprios. Mas é importante que vamos todos!

Para nós, mantém-se o apelo que lançámos “Uma escola, um autocarro”, pelo que os professores que abriram, nas escolas, inscrições para o dia 15, devem manter essa iniciativa, transferindo-a para o dia 8, e apresentarem-se, em Lisboa, em nome da sua escola.

Encontramo-nos todos, em Lisboa, no dia 8 de Novembro.

Aquele abraço,

PROmova



COMUNICADO


A Federação Nacional dos Professores, FENPROF, representada por alguns elementos do seu Secretariado Nacional, e 3 Movimentos de Professores (APEDE, MUP e Promova), representados por alguns professores mandatados para o efeito, reuniram na noite do dia 29 de Outubro de 2008, em Lisboa, com o objectivo de trocarem impressões sobre a situação que se vive hoje nas escolas portuguesas, as movimentações de professores que resultam da necessidade de enfrentar a ofensiva sobre a escola pública (e os professores em concreto) que este Governo continua a desenvolver e, concretamente - conforme constava da iniciativa que estes 3 Movimentos tomaram ao solicitar este encontro à FENPROF -, serem explicitados os motivos que levaram à convocatória de uma iniciativa pública de professores marcada para o próximo dia 15 de Novembro.

Em relação à análise da situação hoje vivida nas escolas portuguesas, às causas e objectivos dos grandes factores de constrangimento a uma actividade lectiva encarada e desenvolvida com normalidade, e à ideia de ser imprescindível pôr cobro de imediato aos principais eixos da política educativa levada a cabo por este Governo, verificou-se uma grande convergência de opiniões entre todos os presentes, nomeadamente quanto:

· à mensagem que é necessário transmitir, para todos os sectores da sociedade civil, de que a luta actual dos professores não é movida por meros interesses corporativos, já que reflecte antes uma profunda preocupação com o futuro da escola pública e com as condições indispensáveis a uma dignificação da profissão docente enquanto factor indispensável a um ensino de qualidade

· ao repúdio, veemente e inequívoco, deste modelo de avaliação do desempenho docente, à necessidade de incentivar e apoiar todas as movimentações de escola que conduzam à suspensão imediata da sua aplicação e à urgente perspectiva de se abrirem negociações sobre outras soluções alternativas, que traduzam um novo modelo de avaliação, tanto mais que sucessivos incumprimentos do ME do memorando de entendimento que foi forçado a assinar no ano lectivo anterior com a Plataforma de Sindicatos praticamente o esvaziam de conteúdo e a delirante investida na alteração da legislação sobre concursos mais não faz do que confirmar

. à recusa dos princípios fundamentais em que assenta o Estatuto de Carreira Docente imposto pelo ME aos professores, nomeadamente a criação de duas carreiras, a hierarquização aí estabelecida e os constrangimentos ao acesso e à progressão na carreira, apontando-se também a divisão arbitrária e injusta da carreira como um factor que condiciona e desacredita as soluções ao nível de avaliação do desempenho docente e não só, pelo que urge a abertura de processos negociais tendentes à sua profunda revisão;

· à rejeição de um modelo de gestão e administração escolares que visa, essencialmente, o regresso ao poder centralizado de uma figura que foge ao controlo democrático dos estabelecimentos de ensino e se assume unicamente como representante da administração educativa nas escolas.

Por último, os representantes das estruturas, assim reunidos, reafirmam a sua intenção de tudo fazerem no sentido da convergência das lutas, para incrementar e reforçar a unidade entre todos os professores e em defesa da Escola Pública.

Lisboa, 30 de Outubro de 2008

FENPROF
APEDE
MUP
PROmova

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

AINDA A AVALIAÇÃO (3)

UMA ESCOLA COM 130 DOCENTES GASTA 1.560 hORAS NA aVALIAÇÃO


principal dificuldade do modelo de avaliação dos professores reside no número de horas necessárias para o processo, cerca de 12 horas/ano por professor. A conclusão é do Agrupamento de Escolas D. João II, em Santarém, após realizar uma 'avaliação teste' a 16 professores efectivos durante o último trimestre do ano lectivo passado. António Pina Braz, presidente do conselho directivo do agrupamento, revelou que 'a maior dificuldade sentida foi a gestão de tempo'. No total contabilizou-se a necessidade de 12 horas/ano para a avaliação de cada professor do agrupamento. Uma escola secundária com 130 docentes gastará 1560 horas com a avaliação de desempenho. São 1560 horas de trabalho a mais sem benefícios para a qualidade do ensino e das aprendizagens. Ao invés, essas 1560 horas acrescem à carga horária semanal do professor que, em muitos casos, excede as 40 horas. São 1560 horas de trabalho que contribuem para a exaustão do professor e que o impedem de dedicar tempo e energia à preparação das aulas, à elaboração de materiais de ensino, à relação pedagógica, ao apoio individualizado e à avaliação dos alunos.

A propósito do excesso de carga horária semanal dos professores, leia este depoimento da colega Isabel Fidalgo: 'Hoje estou mesmo de 'língua de fora'.Trabalhei 3 horas de manhã, em casa, a adiantar a correcção de testes diagnósticos; de tarde, 6horas na escola, a dar aulas e a traçar objectivos individuais. Agora estou em casa a trabalhar na direcção de turma, com a ajuda do meu marido, porque não houve tempo para que o trabalho fosse feito no devido local. Passei o fim-de-semana sem pôr os pés na rua, a corrigir testes. Amanhã tenho que estar às nove e vinte na escola. Vou na segunda semana de aulas e, não fora a experiência, seria uma lástima. Não sobra tempo para preparar estratégias que seduzam os alunos. Só a força anímica e o grande amor pelos jovens nos permitem continuar. Dentro da sala de aula esqueço tudo e sou feliz, porque vejo na actividade docente uma dimensão cultural e cívica que ainda me fascina. Mas hoje, tive que interromper uma aula, sentar-me dois minutos, segurar a cabeça, beber água e tomar um pacote de açúcar para me segurar. ESTOU EXAUSTA!!! Ninguém consegue humanamente fazer tanta coisa ao mesmo tempo.'







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quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Eu tambem sou reformado....

REFORMADOS ACTIVOS - SOMOS OS MELHORES


Ao menos num capítulo ninguém nos bate, seja na Europa, nas Américas
ou na Oceânia: nas políticas sociais de integração e valorização dos
reformados.

Aí estamos na vanguarda, mas muito na vanguarda. De acordo, aliás, com
estes novos tempos, em que a esperança de vida é maior e, portanto,
não devem ser postas na prateleira pessoas ainda com tanto a dar à
sociedade.

Nos últimos tempos, quase não passa dia sem que haja notícias
animadoras a este respeito. E nós que não sabíamos!

Ora vejamos:

* O nosso Presidente da República é um reformado;

* o nosso mais 'mortinho por ser' candidato a Presidente da República
é um
reformado;

* o nosso ministro das Finanças é um reformado;

* o nosso anterior ministro das Finanças já era um reformado;

* o ministro das Obras Públicas é um reformado;

* gestores activíssimos como Mira Amaral (lembram-se?) são reformados;

* o novo presidente da Galp, Murteira Nabo, é um reformado;

* entre os autarcas, 'centenas, se não milhares' de reformados -
garantiu-o
o presidente da ANMP

* o presidente do Governo Regional da Madeira é um reformado;

E assim por diante...

Digam lá qual é o país da Europa que dá tanto e tão bom emprego a
reformados?

Que valoriza os seus quadros independentemente de já estarem a ganhar
uma pensãozita?

Que combate a exclusão e valoriza a experiência dos mais (ou menos...)
velhos?

Ao menos neste domínio, ninguém faz melhor que nós.

Ainda hão-de vir todos copiar este nosso tão generoso
'Estado
social'...

Joaquim Fidalgo

Jornalista

A ESCOLA PÚBLICA

Por acaso sabem em que escola andam os meninos sócrates? Numa pública? não,
na ESCOLA ALEMÃ!

A ESCOLA PÚBLICA E O FORDISMO, POR LUÍS TORGAL
>
> (Prof. Catedrático da Universidade de Coimbra)


A escola pública morreu, enquanto espaço democrático multifacetado (e
idealista) de instrução científica e artística e de formação cívica — já
oproclamei aqui algumas vezes. Foi abruptamente estilhaçada pelo maremoto
das
desconexas e demagógicas ordenações socratistas de 2008: novo estatuto
doaluno, nova lei sobre o ensino especial, novo regulamento de avaliação de
desempenho docente e novo modelo de gestão escolar. Foi desacreditada pela
propaganda do ministério e da ministra que a tutelam e caiu em desgraça
junto da opinião pública. Foi tomada por demasiados candidatos a futuros
directores escolares embevecidos pelos decálogos de José Sócrates e
inebriados pelas cartilhas sobre as dinâmicas de gestão no mundo
neoliberal – afinal, as mesmas cartilhas que agora puseram o mundo à beira
do caos. Foi pervertida pela imposição, por parte do Ministério da Educação,
de um sistema burocrático kafkiano que visa obrigar os professores a
fabricarem um sucesso educativo ilusório. Foi adulterada por alguns
professores pragmáticos ou desprovidos de consciência crítica, os quais
exibem a sua diligente e refinada burocracia como arma de arremesso para
camuflar as suas limitações científicas, pedagógicas e culturais. E, neste
momento, quando decorrem nas várias escolas eleições para os conselhos
gerais transitórios, está a ser vítima de um já previsível mas intolerável
processo de politização (no sentido mais pejorativo da palavra). Tal
processo é dirigido por forças que em muitos casos se mantiveram durante
anos alheados dos grandes problemas das escolas, mas que na actual
conjuntura encaram estas instituições (outrora) educativas como tribunas
privilegiadas para servirem maquiavélicos interesses de poder pessoal e/ou
de carácter político-partidário.
>
> A nova escola pública que está a emergir é uma farsa. Tornou-se um
> território deveras movediço, onde reina uma desmedida conflitualidade (e
> competitividade) social e política e uma grotesca e insuperável
> contradição entre os conceitos de 'escola inclusiva' e de 'pedagogia
> diferenciada'.
>
> Nesta instituição naufragaram, entretanto, num conspurcado lamaçal, os
> nobres ideais instrutivos, formativos e educativos. O famoso PC portátil
> 'Magalhães', ofertado em grande escala, numa bem encenada operação de
> marketing, a alunos do primeiro ciclo que cada vez sabem menos de
> Português ou Matemática e utilizam os computadores somente para simples
> divertimento é, de resto, o mais recente exemplo do sentido irreal e
> burlesco das prioridades deste sistema educativo.
>
> A nova escola pública é hoje uma empresa gerida por muitos tecnocratas
> alinhados com a actual ordem política, e equipada por operários que se
> desejam amanuenses servis e catequizados na alegada única ideologia
> vigente (a qual — agora já todos o sabemos — se encontra manifestamente em
> crise). A verdadeira função desta espécie de mal engendrada e desalmada
> linha de
> montagem é produzir, automaticamente, em massa, de forma acelerada, e a
> baixos custos, duvidosos produtos estandardizados. Esta nova escola é,
> afinal, um hino ao velho Fordismo. O tal sistema que venerou o dinheiro
> como deus supremo do homo sapiens sapiens e que projectou um mundo
> sublime, onde o Homem é castrado da sua capacidade cognitiva e coagido a
> demitir-se das suas quotidianas obrigações familiares bem como de outros
> cívicos desígnios sociais em nome do lucro desenfreado (de uns poucos), da
> sobrevivência, doconsumismo e do hedonismo desregrados. Aquele sistema
> perfeito superiormente ironizado por Aldous Huxley ('Admirável Mundo
> Novo') ou por Charlie Chaplin ('Tempos Modernos'), nos anos 30 do século
> XX, que está agora no epicentro de mais um 'tsunami' financeiro de
> consequências imprevisíveis para a humanidade, 'tsunami' esse cujas causas
> são reincidentes e estão bem diagnosticadas. Enfim, aquele implacável
> sistema materialista mecanicista e 'darwinista' cujo modo de vida John dos
> Passos também satirizou, numa obra datada dos mesmos anos 30 ('O Grande
> Capital'), com esta antológicas palavras: 'quinze minutos para almoçar,
> três para ir à casa de banho; potoda a parte a aceleração taylorizada:
> baixar, ajustar o berbequim-acertar a
> porca-apertar o parafuso.
>
> Baixar, ajustar o berbequim, acertar a porca apertar o parafuso, até que a
> última parcela de vida tenha sido aspirada pela produção e que os
> operários voltempara casa, trémulos, lívidos e completamente extenuados'.
>
> 'Porreiro pá!' Mas, pá, será esta a escola e o mundo que nós desejamos
> para os nossos alunos, para os nossos filhos?
>
>
>
>
>
>

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Já nem se pode almoçar com os amigos

Assunto: que já nem se pode almoçar com os amigos!




Gebalis: Cartões usados em férias
Gestores com oito cartões de crédito
Os ex-administradores da Gebalis Francisco Teixeira, Clara Costa e Mário Peças receberam, entre Fevereiro de 2006 e Outubro de 2007, oito cartões de crédito daquela empresa municipal. O limite de crédito atribuído àqueles ex-gestores oscilou entre cinco mil euros e dez mil euros por mês.


O despacho de acusação do Ministério Público, a que o CM teve acesso, diz que, 'no início do mandato, a cada um dos arguidos foram fornecidos cartões de crédito', apesar de haver 'uma omissão legal e dos próprios Estatutos da Gebalis [sobre essa regalia]', segundo o relatório da Polícia Judiciária.

A Francisco Ribeiro, ex-presidente da Gebalis, foram dados, segundo o despacho de acusação, três cartões de crédito: um do BES com limite de 7500 euros, um do BPI com dez mil euros e um do Millennium bcp com cinco mil euros. Mário Peças, ex-vogal da empresa, teve também três cartões de crédito: um do BES com 7500 euros, um do BPI com dez mil euros e um do Millennium bcp com cinco mil euros.

Já Clara Costa contou com um cartão de crédito do BES com um limite de crédito de 7500 euros e outro do Millennium bcp com cinco mil euros. À excepção do cartão de crédito do BPI atribuído a Mário Peças, todos os cartões tiveram vários números e diferentes datas.

'Com os respectivos cartões de crédito em seu poder, cada um dos arguidos decidiu que os utilizaria para pagamento das despesas relativas a refeições suas e com amigos e outras pessoas de cujo convívio poderiam beneficiar no seu percurso profissional, político ou financeiro, quer nos dias de trabalho, quer em férias ou fins-de-semana, quer, ainda, no decurso de viagens ao estrangeiro', precisa o despacho de acusação do Ministério Público.

Ontem, Clara Costa manifestou a sua 'total inocência'.

SAIBA MAIS

REFEIÇÕES E VIAGENS

De Março de 2006 a Outubro de 2007, Clara Costa gastou 11 530 euros em refeições com o cartão de crédito.

40 145 euros foi a despesa de Mário Peças em refeições, de Março de 2006 a Outubro de 2007, com cartões de crédito.

12 738 euros foi o gasto de Francisco Ribeiro em refeições, de Março de 2006 a Outubro de 2007, com cartões de crédito.

REFEIÇÕES EM RESTAURANTES DE LUXO

MÁRIO PEÇAS

RESTAURANTE
DATA/HORA
VALOR

Porto Sta Maria (Estrada do Guincho)
11-02-006 / 17h12
134,50 euros+10,5 euros gratificação

Porto Sta Maria (Estrada do Guincho)
05-03-2006 / 17h09
304,40 euros + 25,6 euros gratificação

Porto Sta Maria (Estrada do Guincho)
29-04-2006 / 15h10
233.55 euros + 16,45 euros gratificação

Porto Sta Maria (Estrada do Guincho)
21-05-2006 / 16h05
237.75 euros + 12,25 euros gratificação

Porto Sta Maria (Estrada do Guincho)
10-06-2006 / 15h20
217.60euros + 12,4 euros gratificação

Porto Sta Maria (Estrada do Guincho)
13-06-2006 / 15h32
261.70 euros + 18,3 euros gratificação

Porto Sta Maria (Estrada do Guincho)
09-07-2006 / 15h37
253.20 euros + 16,8 euros gratificação

Porto Sta Maria (Estrada do Guincho)
27-08-2006 / 15h23
247.85 euros + 22, 55 euros de gratificação

Porto Sta Maria (Estrada do Guincho)
11-11-2006 / 16h56
372.35 euros + 27,65 euros gratificação

Porto Sta Maria (Estrada do Guincho)
25-11-2006 / 16h25
305.40 euros + 24,6 euros gratificação

Porto Sta Maria (Estrada do Guincho)
14-01-2007 / 16h35
281.20euros + 38,8 euros gratificação

Porto Sta Maria (Estrada do Guincho)
05-05-2007 / 16h25
325 euros + 25 euros gratificação

Porto Sta Maria (Estrada do Guincho)
13-06-2007 / 16h01
287.30 euros + 22,7 euros gratificação

Porto Sta Maria (Estrada do Guincho)
29-09-2007 / 14h43
251.45 euros + 28,55 euros gratificação

Porto Sta Maria (Estrada do Guincho)
20-10-2007 / 16h11
310.85 euros + 29,15 euros gratificação

Gambrinus (Luxo)
01-12-2006 / 16h09
223.50 euros + 16,5 euros gratificação

Gambrinus (Luxo)
04-12-2006 / 15h58
142 euros + 18 euros gratificação

Gambrinus (Luxo)
14-12-2006 / 16h42
471.20 euros + 28,8 euros gratificação

Gambrinus (Luxo)
05-01-2007 / 15h27
206.50 euros +23,5 euros gratificação

Gambrinus (Luxo)
29-01-2007 / 16h52
262.50 euros + 27,5 euros gratificação

Gambrinus (Luxo)
01-03-2007 / 15h36
212.50 euros + 17,5 euros gratificação

Gambrinus (Luxo)
08-03-2007 / 15h42
225 euros + 25 euros gratificação

Gambrinus (Luxo)
10-03-2007 / 15h04
180.890 euros + 39,1 euros gratificação

Gambrinus (Luxo)
27-03-2007 / 21h50
147 euros + 15 euros gratificação

Gambrinus (Luxo)
28-03-2007 / 14h54
185.30 euros +14,7 euros gratificação

Gambrinus (Luxo)
18-04-2007 / 16h00
458.60 euros + 21,3 euros gratificação

Gambrinus (Luxo)
25-05-2007 / 14h59
318 euros +32 euros gratificação

Gambrinus (Luxo)
12-06-2007 / 22h52
206.90 euros + 13,1 euros gratificação

Gambrinus (Luxo)
25-07-2007 / 15h13
129.40 euros + 15 euros gratificação

Gambrinus (Luxo)
01-08-2007 / 16h06
209.40 euros + 10,6 euros gratificação

Gambrinus (Luxo)
28-08-2007 / 15h25
167.60 euros + 15 euros gratificação

Gambrinus (Luxo)
29- 08- 2007 / 14h56
141 euros + 19 euros gratificação

Gambrinus (Luxo)
18-09-2007 / 15h56
217.30 euros + 22,7 euros gratificação

Gambrinus (Luxo)
17-10-2007 / 15h38
151 euros

Varanda da União
s/ data
106 euros + 9 euros gratificação

Varanda da União
20-02-2006
137.75 euros + 12,25 euros gratificação

Varanda da União
16-03-2006
212 euros + 18 euros gratificação

Varanda da União
29-05-2006
141.50 euros + 13,5 euros gratificação

Varanda da União
26-06-2006
90 euros + 10 euros gratificação

Varanda da União
30-10-2006
817 euros + 53 euros gratificação

Varanda da União
29-11-2006
112 euros + 13 euros gratificação

Varanda da União
18-12-2006
223.25 euros + 21.75 euros gratificação

Varanda da União
10-04-2007
204 euros + 16 euros gratificação

Varanda da União
17-04-2007
110 euros + 10 euros gratificação

Varanda da União
10-08-2007
153.25 euros + 16.75 euros gratificação

António do Barrote
03-08-2006
125.95 euros + 14.05 euros gratificação

António do Barrote
17-08-2006
208.95 euros + 11.05 euros gratificação

António do Barrote
18-01-2007
144.50 euros + 15.5 euros gratificação

António do Barrote
13-03-2007
188.85 euros + 21.15 euros gratificação

António do Barrote
29-05-2007
160.85 euros + 14. 15 euros gratificação

Sabores, Artes, Imagens (Parque das Nações)
01-09-2006
96.10 euros + 8,9 euros gratificação

Sabores, Artes, Imagens (Parque das Nações)
07-09-2006
65 euros + 5 euros gratificação

Restaurante o Terreiro do Paço
31-10-2006
213.30 euros + 11,7 euros gratificação

O Nobre
02-11-2006
190 euros + 9,12 euros gratificação

O Nobre
13-11-2006
149.30 euros + 10.7 euros gratificação

Jardim Visconde da Luz (Cascais)
05-11-2006
198.90 euros + 11,1 euros gratificação

Rstaurante A Gondola
15-11-2006
105.30euros + 24.7 euros gratificação

Atanvá
30-11-2006
89.70 euros + 5,3 euros gratificação

Atanvá
29-03-2007
194.70 euros + 25.3 euros gratificação

Atanvá
30-07-2007
62.20 euros + 17,8 euros gratificação

Atanvá
16-08-2007
62.30 euros + 7,7 euros gratificação

Atanvá
27-08-2007
72.55 euros + 7,45 euros gratificação

Atanvá
28-08-2007
114.50 euros + 10.5 euros gratificação

Atanvá
13-09-2007
152.90 euros + 17,1 euros gratificação

Atanvá
11-10-2007
56.80 euros + 8,2 euros gratificação

Antavá
23-10-2007
73.55 euros + 6.45 euros gartificação

Restaurante Paberesbares
12-12-2006
131.50 euros + 13.5 euros gratificação

Restaurante Paberesbares
03-10-2007
113 euros + 17 euros gratificação

Restaurante O Cortador
13-12-2006
152.20 euros + 17,8 euros gratificação

O Jacinto
15-12-2006
125 euros + 15 euros gratificação

O Jacinto
17-12-2006
98.95 euros + 10.05 euros gratificação

O Jacinto
11-04-2007
158.65 euros + 11.35 euros gratificação

Tico Tico
11-03-2007
97.95 euros + 12.05 euros gratificação

A Laurentina
13-04-2007
61.20 euros + 13.8 euros gratificação

Taberna Ibérica
04-06-2007
199.60 euros + 20.4 euros gratificação

O Mercado do Peixe
14-06-2007
160.68 euros + 17.32 euros gratificação

Le Petit
26-07-2007
68.20 euros + 6.8 euros gratificação

O Polícia
22-08-2007
152.20 euros + 17,8 euros gratificação

Casa Gallega
16-08-2007
227.90 euros + 7.1 euros gratificação

Marisqueira Cais Sodré
19-09-2007
89.10 euros + 10.9 euros gratificação

Belcanto
27-09-2007
102 euros + 13 euros gratificação

Belcanto
24-10-2007
77 euros + 8 euros gratificação

1º Direito
04-10-2007
57 euros + 6 euros gratificação

O Galito
29-10-2007
57.55 euros + 7.45 euros gratificação

Ritz Four Seasons (Lisboa)
20-07-2006
321.75 euros + 28.25 euros gratificação

Ritz Four Seasons (Lisboa)
25-01-2007
110 euros

Sete Mares
16-04-2007
510.45 euros + 39.55 euros gratificação

Sete Mares
25-07-2007
251.25 euros + 18.75 euros gratificação

Vela Latina
31-03-2006
99.60 euros + 11,4 euros gratificação

Tertúlia do Paço
20-03-2006
112.20 euros + 7.8 euros gratificação

Restaurante XL
27-03-2006
106.05 euros + 8.95 euros gratificação

Gambrinus (Luxo)
08-05-2007 / 15h43
170.10 euros + 14,9 euros gratificação

Restaurante Paberesbares
s/ data
130.50 euros +9.5 euros gratificação

Varanda da União
06-09-2006
102.25 euros + 7.75 euros



FRANCISCO RIBEIRO

Francisco Ribeiro efectuou pagamentos de refeições, utilizando cartões de crédito do BES (...) a partir de 31-05-2007 (...), do BPI (...) a partir de Setembro de 2007 (...) e Millenium (...) a partir de Março de 2007, num valor mensal aproximado e distribuídos pelos seguintes números de dias:

Mês
Nº dias
Valor/Mês

Março 06
13
794,00 euros

Abril 06
13
415,28 euros

Maio 06
10
321,35 euros

Junho 06
14
675,43 euros

Julho 06
13
302,19 euros

Agosto 06
8
629,29 euros

Setembro 06
14
729,27 euros

Outubro 06
9
297,98 euros

Novembro 06
8
163,41 euros

Dezembro 06
4
295,00 euros

Janeiro 07
4
158,00 euros

Fevereiro 07
6
245,00 euros

Março 07
7
508,00 euros

Abril 07
10
839,00 euros

Maio 07
13
1100,00 euros

Junho 07
13
610,00 euros

Julho 07
8
770,00 euros

Agosto 07
6
420,00 euros

Setembro 07
4
176,00 euros

Outubro 07
15
990,00 euros

Três anos depois

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Criando um Monstro





O que pode criar um monstro?

O que leva um rapaz de 22 anos a estragar a própria vida e a vida de outras duas jovens por... Nada?

Será que é índole? Talvez, a mídia? A influência da televisão? A situação social da violência?

Traumas? Raiva contida? Deficiência social ou mental? Permissividade da sociedade?

O que faz alguém achar que pode comprar armas de fogo, entrar na casa de uma família, fazer reféns, assustar e desalojar vizinhos, ocupar a polícia por mais de 100 horas e atirar em duas pessoas inocentes?

O rapaz deu a resposta: "ela não quis falar comigo".

A garota disse não, não quero mais falar com você.

E o garoto, dizendo que a amava, não aceitou um não.

Seu desejo idiota era mais importante.

Não quero ser mais um desses psicólogos de araque que infestam os programas vespertinos de televisão, que explicam tudo de maneira muito simplista e falam descontextualizadamente sobre a vida dos outros sem serem chamados.

Mas ontem, enquanto não conseguia dormir pensando nesse absurdo todo, pensei que o não da menina Eloá foi o único.

Faltaram muitos outros nãos nessa história toda.

Faltou um pai e uma mãe dizerem que a filha de 12 anos NÃO podia namorar um rapaz de 19.

Faltou uma outra mãe e pai dizer que NÃO iria sucumbir ao medo e ir lá tirar o filho do tal apartamento, talvez até a puxões de orelha como a moda antiga.

Faltou outros pais dizerem que NÃO iriam atender ao pedido de um policial maluco de deixar a filha voltar para o cativeiro de onde, com sorte, já tinha escapado com vida.

Faltou a polícia dizer NÃO ao próprio planejamento errôneo de mandar a garota de volta pra lá.

Faltou o governo dizer NÃO ao sensacionalismo da imprensa em torno do caso, que permitiu que o tal sequestrador conversasse e chorasse compulsivamente em todos os programas de TV que o procuraram.

É, simples assim: bastava um NÃO.

Pelo jeito, a única que disse não nessa história, foi punida com uma bala na cabeça.

O mundo está carente de Nãos.

Vejo que cada vez mais os pais e professores morrem de medo de dizer não às crianças.

Mulheres ainda têm medo de dizer não aos seus maridos (e alguns maridos, temem dizer não às esposas).

Pessoas têm medo de dizer não aos amigos.

Noras que não conseguem dizer não às sogras, chefes que não dizem não aos subordinados, gente que não consegue dizer não aos próprios desejos.

E assim, são criados alguns monstros...

Talvez alguns não cheguem a sequestrar pessoas.

Mas terão pequenos surtos quando escutarem um não, seja do guarda de trânsito, do chefe, do professor, da namorada, do gerente do banco...

Essas pessoas acabam crendo que abusar é normal.

E que é legal.

Os pais dizem: "não posso traumatizar meu filho".

E, não é raro ver alguns já tomando tapas de bebês com 1 ou 2 anos de idade.

Outros, gastam o que não têm em brinquedos todos os dias e em festas de aniversário faraônicas para suas crias.

Sem falar nos adolescentes.

Hoje em dia, é difícil ouvir alguém dizer:

Não, você não pode bater no seu amiguinho.

Não, você não vai assistir a uma novela feita para adultos.

Não, você não vai fumar maconha enquanto for contra a lei. Não, você não vai passar a madrugada na rua.

Não, você não vai dirigir sem carteira de habilitação.

Não, você não vai beber uma cervejinha enquanto não fizer 18 anos.

Não, essas pessoas não são companhias pra você.

Não, hoje você não vai ganhar brinquedo ou comer salgadinho e chocolate.

Não, aqui não é lugar para você ficar.

Não, você não vai faltar na escola sem estar doente.

Não, essa conversa não é pra você se meter.

Não, com isto você não vai brincar.

Não, hoje você está de castigo e não vai brincar no parque. Não, etc...

Crianças e adolescentes que crescem sem ouvir bons, justos e firmes NÃOS, crescem sem saber que o mundo onde vivem não é só deles.

E aí, no primeiro não que a vida dá (e a vida dá muitos) surtam de vez.

Usam drogas.

Compram armas.

Transam sem camisinha.

Batem em professores.

Furam o pneu do carro do chefe.

Chutam mendigos e prostitutas na rua.

E daí por diante...

Não estou defendendo a volta da educação rígida e sem diálogo, pelo contrário...

Acredito piamente que crianças e adolescentes tratados com um amor real, sem culpa, tranquilo e livre, conseguirão entender perfeitamente uma sanção do pai ou da mãe, um tapa, um castigo, um NÃO.

Intuem que o amor dos adultos pelas crianças não é só prazer - é também responsabilidade.

E com certeza: "quem ouve uns Nãos de vez em quando, também aprende a dizê-los quando é preciso".

Acaba aprendendo que é importante dizer não com respeito e firmeza, mesmo que sejam pessoas que nos amem.

O "NÃO" protege, ensina e prepara as pessoas.

Por mais que seja difícil, eu tento dizer não aos seres humanos que cruzam o meu caminho, quando acredito que é hora - e tento respeitar também os nãos que recebo.

Nem sempre consigo, mas tento...

Acredito que é por aí que está a verdadeira prova de amor e da responsabilidade social.

E, é também por aí, que estará o começo para a solução da violência e da insegurança, cada vez mais desmedida e absurda dos nossos dias.

Penso nisso: A vida deve ser bela e que não pode ter monstros...

AS VEZES É PRECISO DIZER... NÃO



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Esta mensagem foi verificada pelo E-mail Protegido Terra.
Atualizado em 25/10/2008




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Checked by AVG Free Edition.
Version: 7.5.516 / Virus Database: 269

A culpa é sua..senhora Ministra

AS ESCOLAS PORTUGUESAS ESTÃO UM VERDADEIRO CAOS!!!!

A CULPA É TODA SUA, SRª MINISTRA!

Depois de ouvir hoje o que disse a Srª Ministra, depois de ler os
desabafos de muitos colegas nossos, na minha Escola, na blogosfera,
invadiu-me uma raiva que não consigo mais conter e gostaria de a
gritar ao Mundo.

Dizia a Srª Ministra, com o seu ar sereno, que "o processo de
avaliação de desempenho dos professores está a avançar de "forma
normal e com grande sentido de responsabilidade" na maioria das
escolas." e eu pergunto Srª Ministra:

- Quem tenta enganar? Os Professores? Os Pais dos alunos? A opinião
pública? A Comunicação social? Quem? A si própria? O seu governo?

Na maioria das Escolas, Srª Ministra, a situação é esta:

- Os Professores estão cansados, desmotivados, não aguentam tanto
trabalho para nada. Reuniões, grelhas, objectivos, mais reuniões,
relatório, mais reuniões... e continua assim, semana atrás de semana.
Resultado:

Os Professores não têm tempo para aquilo que gostam de fazer: ENSINAR!!!

A CULPA É TODA SUA, SRª MINISTRA!

Na maioria das escolas, muitos Professores que até agora eram
empenhados na preparação das suas aulas, limitam-se a fazer o mais
fácil, não têm tempo para pesquisa, para partilhar com os alunos. Os
alunos não aprendem!

A CULPA É TODA SUA, SRª MINISTRA!

Na maioria das Escolas muitos Professores que tinham ainda TANTO para
dar à Escola, eram o pilar da Escola, uma referência para os mais
novos, estão a abandonar, vão para a APOSENTAÇÃO, mesmo com
penalizações graves! É fácil perceber: por cada três que saem, entram
apenas dois, com vencimentos muito mais baixos. O factor economicista
sempre à frente!

Não lhe passa pela cabeça, Srª Ministra, o potencial humano que as
Escolas estão a perder e os efeitos de tal fuga!

A CULPA É TODA SUA, SRª MINISTRA!

Na maioria das Escolas, há Professores de baixa médica, Professores
esgotados que não aguentam mais esta loucura, que metem atestados e
então vem outro professor substituir ou não vem… não faz mal! os
alunos terão a farsa das aulas de substituição e, em vez de terem
Português ou Matemática, têm aula com um Professor de Ed. Física ou
Geografia… tanto faz, o que interessa é ter tudo ocupadinho,
Professores e Alunos. Srª Ministra, são muitas aulas em que os alunos
não têm aulas com o SEU professor, porque este está doente, em que a
matéria não é leccionada.

A CULPA É TODA SUA, SRª MINISTRA!

Na maioria das Escolas, os Professores andam às voltas com o novo
Estatuto do Aluno. A Srª Ministra mandou cá para fora um documento em
que obriga os alunos que faltam a fazerem uma prova de recuperação
mesmo que faltem porque não lhes apetece, um documento que não prevê
distinção entre os alunos que faltam porque estão doentes e aqueles
que ficaram a dormir até mais tarde. Os Professores têm que fazer a
prova! Fazer a prova, prepará-la, corrigi-la, plano de
recuperação…quantas horas implica tudo isto, Srª Ministra? Solução
fácil! Esqueçamo-nos de marcar faltas! Se isto é para ser a brincar,
nós fazemos-lhe a vontade.

A CULPA É TODA SUA, SRª MINISTRA!

Os Professores que até ao ano lectivo anterior eram uma classe que
partilhava, onde não se sentia, regra geral, a competição, deixaram de
confiar uns nos outros, vivem em função da avaliação de desempenho,
num verdadeiro egoísmo. Desconfiam do colega que o vai avaliar, querem
apanhar as quotas dos Excelentes ou Muito Bom. O mau estar nas Escolas
é geral, um clima de desconfiança instalou-se!

A CULPA É TODA SUA, SRª MINISTRA!

E dirá a Srª Ministra: "Os Professores não querem ser avaliados".
Engana-se Srª Ministra "Os Professores querem ser avaliados!!!! Sempre
foram, tal como Vossa Excelência é e será avaliada (talvez não precise
de tanta grelha, mas será!!). Os Professores fazem um trabalho
público! São avaliados diariamente. QUEREM UMA AVALIAÇÃO SÉRIA e não
um faz-de-conta.

Mas acha, Srª MINISTRA, que é avaliar seriamente um Professor, quando:

1 – Um colega (que pode ter menos habilitações e não é da área
disciplinar) vai assistir a TRÊS aulas em 150 aulas que um Professor
dá à turma? É tão fácil BRILHAR em três aulas, mesmo que nas outras
147 não se faça nada! Os Professores já tiveram aulas assistidas nos
estágios…. Sabem fazê-lo. Não têm medo disso, Srª Ministra!!! Isto é
avaliação séria, Srª Ministra?

2 – Um colega Coordenador de Departamento é de Francês/Inglês
(excelente profissional na sua área, mas como viveu muitos anos em
França, tem dificuldades na língua Portuguesa) vai avaliar um colega
de Estudos Portugueses que, por não ter tido tantos cargos como o
primeiro, não é TITULAR e por isso vai ser avaliado nas suas aulas de
Português (com 30 anos de serviço) pelo primeiro. Isto é avaliação
séria, Srª Ministra?

3 – Um colega de Educação Tecnológica, com uma licenciatura da
Universidade Aberta obtida há alguns anos, vai avaliar colegas de
MATEMÁTICA do seu Departamento (Ciências Exactas), alguns já com o
Mestrado na área (Repito: os colegas são excelentes profissionais, mas
não PODEM SER avaliadores de quem tem mais ou diferentes habilitações
do que eles. Eles não têm culpa e muitos desejavam não representar tal
papel). Isto é avaliação séria, Srª Ministra?

4 – Um dos elementos da avaliação dos alunos é a progressão dos
resultados escolares dos seus alunos. Srª Ministra, é tão fácil
falsear a progressão dos resultados escolares dos alunos…se NÃO formos
sérios e quisermos contribuir apenas para o sucesso estatístico. Acha
que os Professores, sabendo que estes dados contam para a sua
avaliação, vão dar classificações baixas? Isto é avaliação séria, Srª
Ministra?

5 – E o dito portefólio ou "dossier pedagógico" ser outro factor na
avaliação?! É tão fácil, hoje em dia, enchê-lo com materiais LINDOS,
pedagógicos….mesmo que os alunos nem os tenham visto, mesmo que estes
materiais não sejam nossos. Isto é avaliação séria, Srª Ministra?

E finalmente, uma das aberrações do 2/2008

6 – O Presidente do Conselho Executivo, e simultaneamente Presidente
do Conselho Pedagógico, não precisa ser TITULAR! Como explica isto Srª
Ministra? A senhora Ministra criou esta distinção entre TITULARES e
PROFESSOR! Então os Professores TITULARES não seriam aqueles que iriam
desempenhar as funções de maior responsabilidade nas Escolas, um grupo
altamente qualificado? Ou será que o Presidente do CE e do CP não é um
cargo de responsabilidade? Como justifica que não seja necessário o
título de TITULAR, se para outros cargos de menor importância, como
Coordenador de Departamento ou de Directores de turma tal cargo é
exigido? EXPLIQUE Srª Ministra! E quando este mesmo Presidente do
Conselho Executivo tem apenas o equivalente ao antigo 7º ano (ou seja,
é bacharel, depois de uma formação à distância de alguns meses)? Há
TANTOS nas nossas escolas! Vai avaliar colegas com mestrados e
licenciaturas? É ele que vai avaliar TODOS os colegas da Escola.
Muitas vezes, para além de ter habilitação muito inferior aos
avaliados, há anos que não lecciona! Isto é avaliação séria, Srª
Ministra?

7 – Claro que há Professores, como há médicos, como há advogados, como
há MINISTROS menos competentes. Mas acha que é assim que a situação
vai melhorar? Quem não é tão bom profissional, vai continuar a não
sê-lo e os bons agora também não têm tempo para o ser. Por que razão
não se ajuda com avaliação formativa aqueles que têm mais
dificuldades, sem o intuito de os penalizar? Acha que é justo um
avaliador faltar às aulas das suas turmas (12avaliadosx3 aulas de
90mn= é só fazer as contas) para ir avaliar colegas? E os alunos ficam
entregues a outros Professores que podem não ser seus? Então primeiro
a avaliação dos Professores e depois a dos alunos?

Isto é avaliação séria, Srª Ministra?

Srª Ministra:

- Sou uma professora que, tal como milhares neste país (a senhora viu
quantos no 8 de Março, mas fez que não viu!), dediquei toda a minha
vida ao Ensino. Dei sempre o meu melhor, trabalhei com gosto para os
meus alunos, férias, fins-de-semana, noites; gosto de ensinar mas
sinto-me REVOLTADA por a srª Ministra nos ter tirado (ou querer tirar)
esse grande prazer: ENSINAR!

- Sou uma Professora que, tal como milhares neste país, poderia ir
agora para a reforma, mesmo com penalizações, mas VOU RESISTIR, não
vou deixar que me obriguem a abandonar com mágoa, os meus alunos, a
minha Escola!

- Sou uma Professora que confio no bom senso e tenho esperança que
ainda vá a horas de não deixar a degradação atingir, ainda mais as
nossas escolas.

- Srª Ministra oiça gente que sabe, (muita gente) dizer que é um crime
o que se está a passar nas escolas portuguesas. Medina Carreira disse
há poucos dias que se os pais tivessem a verdadeira percepção do que
se está a passar na Escola em Portugal, viriam para a rua. Ele sabe do
que fala.

- Srª Ministra OIÇA os Professores. Eles estão nas Escolas, no
terreno. Mais do que ninguém, eles estão a dizer-lhe que assim NÃO
teremos sucesso educativo. Assim, o sucesso será apenas ESTATÍSTICO e
ECONÓMICO!

OS PROFESSORES (na sua maioria) SÃO SÉRIOS! QUEREM ENSINAR E QUEREM
QUE OS SEUS ALUNOS APRENDAM! CONFIE NELES!OIÇA-NOS SRª MINISTRA!

E para terminar, um poema de Alberto Caeiro que encontrei hoje no blog
Terrear e uma frase de JMA.

Des (aprender)

Procuro despir-me do que aprendi
Procuro esquecer-me do modo de lembrar que me ensinaram,
E raspar a tinta com que me pintaram os sentidos,
Desencaixotar as minhas emoções verdadeiras,
Desembrulhar-me e ser eu...

Alberto Caeiro

P.S. Peço desculpa a quem me ler, pela agressividade de algumas
expressões, mas tenho de soltar este grito de REVOLTA! Aos puristas
linguísticos, também, mas a intenção não foi fazer prosa. Imaginei a
Srª Ministra à minha frente e pus no papel aquilo que gostaria de lhe
dizer.

Peço desculpa também por não me identificar (por enquanto). Não o
costumo fazer, mas as razões são óbvias!

UM ENORME BEM-HAJA A TODOS OS PROFESSORES!"

--
Publicada por Moriae em 'a sinistra ministra' a 10/24/2008 04:57:00 PM

"A grande e inadiável urgência de desaprender. De ver. Mesmo que isso
nos custe. Porque a alternativa só pode ser a cegueira" JMA in blog
Terrear



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Ashera

domingo, 26 de outubro de 2008

Inquérito

UMA FRASE QUE PODERIA FACILMENTE TER GANHO O PRÉMIO DA

MELHOR FRASE DA SEMANA.

H

H

H





O que pensa sobre o aborto?

- Considero-o um péssimo 1.º ministro e acho que está a governar muito mal o País!

Ainda e sempre..o ensino

PASSA ESTA PEÇA 'ILUMINADA'.
ESTÁ EXCELENTE.




António Pina é uma das vozes mais críticas das políticas conduzidas pelo Governo de Sócrates. Brinda-nos com excelentes crónicas no JN.
Ontem, escreveu sobre a debandada geral dos professores, fartos de humilhações, papelada e reuniões para tratar de papelada e de avaliação burocrática de colegas:

Quem pode, foge. Muitos sujeitam-se a perder 40% do vencimento. Fogem para a liberdade. Deixam para trás a loucura e o inferno em que se transformaram as escolas. Em algumas escolas, os conselhos executivos ficaram reduzidos a uma pessoa. Há escolas em que se reformaram
antecipadamente o PCE e o vice-presidente. Outras em que já não há docentes para leccionar nos CEFs. Nos grupos de recrutamento de Educação Tecnológica, a debandada tem sido geral, havendo já enormes dificuldades em conseguir substitutos nas cíclicas. O mesmo acontece com o grupo de recrutamento de Contabilidade e Economia. Há centenas de professores de Contabilidade e de Economia que optaram por reformas antecipadas, com penalizações de 40% porque preferem ir trabalhar como profissionais liberais ou em empresas de consultadoria. Só não sai quem não pode. Ou porque não consegue suportar os cortes no vencimento ou porque não tem a idade mínima exigida. Conheço
pessoalmente dois professores do ensino secundário, com doutoramento, que optaram pela reforma antecipada com penalizações de 30% e 35%. Um deles, com 53 anos de idade e 33 anos de serviço, no 10º escalão, saiu com uma reforma de 1500 euros. O outro, com 58 anos de idade e 35 anos de
serviço saiu com 1900 euros. E por que razão saíram? Não aguentam mais a humilhação de serem avaliados por colegas mais novos e com menos habilitações académicas. Não aguentam a quantidade de papelada, reuniões e burocracia. Não conseguem dispor de tempo para ensinar.
Fogem porque não aceitam o novo paradigma de escola e professor e não aceitam ser prestadores de cuidados sociais e funcionários administrativos.

'Se não ficasse na história da educação em Portugal como autora do lamentável 'pastiche' de Woody Allen 'Para acabar de vez com o ensino', a actual ministra teria lugar garantido aí e no Guinness por ter causado a maior debandada de que há memória de professores das escolas portuguesas.

Segundo o JN de ontem, centenas de professores estão a pedir todos os meses a passagem à reforma, mesmo com enormes penalizações salariais, e esse número tem vindo a mais que duplicar de ano para ano.

Os professores falam de 'desmotivação', de 'frustração', de
'saturação', de 'desconsideração cada vez maior relativamente à profissão', de 'se sentirem a mais' em escolas de cujo léxico desapareceram, como do próprio Estatuto da Carreira Docente, palavras como ensinar e aprender. Algo, convenhamos, um pouco diferente da
'escola de sucesso', do 'passa agora de ano e paga depois', dos milagres estatísticos e dos passarinhos a chilrear sobre que discorrem a ministra e os secretários de Estado sr. Feliz e sr. Contente. Que futuro é possível esperar de uma escola (e de um país) onde os professores se sentem a mais?'

Manuel António Pina




--


Ângela Margarida Gomes

Ministra?

Como pode ser?! Cinco anos de estudos nocturnos não dão doutoramento
em parte nenhuma.... não seria a licenciatura?!


>
> Circula pela internet um e-mail intitulado: "O Currículo da Sinistra". Eu mudaria o título para: A Ministra sem Currículo…
>
> Para quem não o recebeu, passo a transcrever:
>
> Agora se entende porque é que por exemplo, as Educadoras de Infância dos cursos de promoção (de 2 anos e em horário pós-laboral), com apenas o 9º ano (5º ano) de escolaridade, passaram do 7º escalão para o topo da carreira, com este governo!!!!! Com uma Madrinha destas…palavras para quê?!!!!! e ainda vão ser avaliadores de quem tem maior currículo académico e profissional!!!! E esta hein?!!!!!!
>
> Sabiam? "Não sirvas a quem serviu, nem peças a quem pediu."…
>
> Interessante é ver como em Portugal um Professor que NUNCA FOI AVALIADO chega ao topo da Carreira Docente (Ministra da Educação!) e se põe a disparar em todos os sentidos contra os Profs. não-avaliados. Vejamos, a Drª Maria de Lurdes tirou o antigo 5º (5º!-actual 9º) ano e ingressou no Magistério Primário (naquele tempo eram dois anos de curso). Deu aulas na Primária até se inscrever no ISCTE (com o 5ºano+2 anos de Mag. Primário!). Ao fim de 5 (CINCO) anos de estudos em curso nocturno, sai com um DOUTORAMENTO que lhe permitiu dar aulas(?!) no ISCTE, por acaso onde o sr. Engenheiro (Sócrates) fez a pós-graduação (mestrado?) a seguir à "licenciatura" da UNI. Digam lá que não lhe deu um certo jeito nunca ser PROFESSORA AVALIADA! Do outro lado da barricada, também era CONTRA a avaliação dos Professores, não era Drª Maria de Lurdes? Pelo menos o seu ex-Professor Iturra diz que sim…e ainda nenhum ex-aluno veio aqui para os fóruns gabar-lhe os dotes docentes!
> Não teremos mesmo melhor? Os professores poderão lidar com os alunos como a Srª lida com os professores? Exigir-lhes tudo ensinando pouco e com tão parco exemplo?
>
PODEM VER AQUI TUDO:

http://ashera.sedrul.net/


--

sábado, 25 de outubro de 2008

IMPARÁVEL

REENVIEM



Resistência interna contra a avaliação burocrática alastra por todo o país
O movimento de resistência interna à avaliação burocrática de desempenho não pára de alastrar. Sem querer ser exaustivo, deixo aqui uma lista de escolas e agrupamentos que, nos últimos dias, aprovaram moções ou fizeram circular um abaixo-assinado a exigirem a suspensão do processo. Se carregar nos links, poderá ler as moções aprovadas.
1. Agrupamento de escolas de Vouzela
2. Agrupamento de escolas de Ourique
3. Agrupamento de escolas Clara de Resende, no Porto
4. Agrupamento de escolas de Ovar
5. Agrupamento de escolas de Vila Nova de Poiares
6. Escola Secundária D. João II, em Setúbal
7. Agrupamento de escolas de Armação de Pêra
8. Escola Eugénio de Castro, em Coimbra
Apelo aos colegas para enviarem para o meu email as moções aprovadas nas escolas e agrupamentos. O direito à reunião e à aprovação de moções é um direito protegido pela Constituição. Nada há a temer. Os pedidos de suspensão do processo de avaliação estão a alastrar por todo o lado. Nada há a recear. Não pode haver processos disciplinares em consequência da simples aprovação de moções a exigirem a suspensão do processo

APELO

MOVIMENTO ESCOLA PÚBLICA
IGUALDADE E DEMOCRACIA



www.movescolapublica.net



Apelo a sindicatos e movimentos de professores



Apelo assinado por Paulo Guinote, João Madeira e Constantino Piçarra :



A instabilidade que se vive nas escolas, por conta das políticas deste Ministério da Educação, e a desfiguração da escola pública, exigem, mais do que nunca, um movimento de professores forte e unido.

Os sindicatos de professores são fundamentais para dar força e combatividade aos anseios e reivindicações da classe docente. Igualmente indispensáveis são os movimentos e blogues de professores que surgiram no último ano e que têm dado novas esperanças e dinâmicas na luta por uma escola mais justa.

Porque juntos os professores têm mais força para combater as políticas burocráticas e arrogantes do governo, apelamos ao diálogo entre sindicatos e movimentos para que, sem apagar as suas diferenças, convirjam numa grande manifestação de professores. Uma só manifestação, uma só voz, pelo fim do experimentalismo legislativo e pela qualificação da escola pública, e pelo fim da humilhação dos professores que são o seu rosto.



Assim:

- apelamos aos sindicatos para que reconsiderem a sua posição face ao Memorando de Entendimento assinado com o Ministério da Educação, e que criem condições de abertura à activa participação dos movimentos, reconhecendo as suas reivindicações e prevendo o seu direito à palavra na manifestação nacional de 8 de Novembro.

- apelamos aos movimentos para que, garantidas as condições anteriores, desconvoquem a manifestação de 15 de Novembro e participem na mobilização para a manifestação de 8 de Novembro.




Paulo Guinote (Professor, autor do blogue "A Educação do Meu Umbigo")
João Madeira (Professor, Movimento Escola Pública)
Constantino Piçarra (Professor, Agrupamento de Escolas de Ourique)

Consulta o apelo em www.movescolapublica.net

e no blogue "A Educação do Meu Umbigo"

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Ainda há jornalistas...

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

A LUTA DOS PROFESSORES

Como somos uma classe privilegiada no uso da inteligência vou apenas enumerar alguns factos evitando emitir qualquer juízo de valor.

A presidente do Conselho Científico para a Avaliação de Desempenho dos Professores (exclui os educadores) aposentou-se alguns meses depois de ser nomeada.

O presidente que a substituiu demitiu-se recentemente mas segundo consta há mais membros demissionários.

Dia 18 de Outubro reuniram no Pragal-Almada cerca de 60 professores para perspectivar formas luta contra as políticas do ME, com especial relevância para a avaliação de desempenho.

Dezenas de escolas estão a propor a suspensão do modelo de avaliação de desempenho.

O Bloco de Esquerda apresentou na Assembleia da República um pedido de suspensão deste modelo de avaliação.

Na próxima Segunda Feira o SPGL e a FRENPROF vão fazer conferência de imprensa para exigir a suspensão da avaliação de desempenho em curso.

Dia 29 de Outubro os sindicatos reúnem com os movimentos promotores da manifestação de 15 de Outubro para tentar unificar os professores numa única manifestação.

Dia 4 de Novembro está agendada uma vigília em Almada, para protestar contra o modelo de avaliação docente.

Dia 8 de Novembro está convocada pela Plataforma Sindical uma manifestação nacional de professores para exigir a suspensão do regime de avaliação, protestar contra os horários inadequados, lutar contra o projecto de concursos do ME e pela defesa da gestão democrática nas escolas.

Dia 15 de Novembro está convocada por três movimentos de professores, (algum tempo antes da manifestação de 8 de Novembro), uma
manifestação nacional contra o modelo de avaliação de desempenho.

Foi aberto novo concurso para professores titulares onde podem concorrer todos os que não acederam a titular no concurso anterior, alargando essa possibilidade aos professores anteriormente excluídos onde se inserem aos dirigentes sindicais e deputados. Os concorrentes estão no mesmo pé de igualdade contando desta vez com os 8 anos anteriores.
Sobre este assunto circula na net uma campanha de difamação dos dirigentes sindicais.

O memorando assinado entre Plataforma Sindical e o Ministério da Educação foi ratificado no dia D por cerca de 85% dos professores.
Os dirigentes sindicais foram acusados de traição por terem assinado um documento que mereceu a aprovação esmagadora da maioria dos professores e educadores que participaram nas reuniões.

A plataforma sindical convocou uma vigília, logo a seguir à imposição do Estatuto da Carreira Docente, em frente do ME onde compareceram apenas cerca de 200 professores. O Estatuto da Carreira Docente além de dividir os professores entre titulares e não titulares foi o prenúncio das medidas que vieram a seguir, entre elas a avaliação de desempenho.

Muitos dirigentes do SPGL , entre eles o seu presidente António Avelãs exercem actividade lectiva nas suas escolas, com excepção dos educadores e professores do 1º ciclo por exercerem monodocência.

Com estes dados que considero objectivos, espero ter contribuído para o aprofundamento da nossa reflexibilidade crítica e sobretudo para a mobilização para a nossa luta comum, exigindo respeito pela profissão docente e saindo em defesa da Escola Pública.

Com saudações fraternais
Joaquim Sarmento

O AZAR CONTINUA



De: Assunto: AZAR???
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Antigamente dizia-se assim :

O António há-de morrer !
A Oliveira há-de secar !
O Sal há-de derreter !
E o azar há-de acabar !

Actualmente é caso para dizer:



O António já morreu !
A Oliveira já secou !
O Sal já derreteu !
Mas a merda do azar ainda não acabou !








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quinta-feira, 23 de outubro de 2008

PROFESSORES

Professores,

quando é que vão parar de reenviar mails com lamúrias ou considerações filosóficas, legais, etc. sobre o que, diariamente, sentem na pele, nas vossas escolas e nas vossas vidas, e passam à acção? Quando é que muitos de vós param de fingir que está tudo bem indo para as escolas pedrados em ansiolíticos, anti-depressivos e outros fármacos (que praticamente nos imploram) para aguentar o quotidiano e pensam mais em vocês agindo?

Há que fazer alguma coisa, ir novamente para a rua, mas agora falando na primeira pessoa já que a gigantesca Manifestação de 8 de Março (dia da mulher, e os professores são maioritariamente mulheres) não operou as mudanças exigíveis à qualidade de vida a que todo o ser humano tem direito!

Lutem por vocês! Façam qualquer coisa! Falem na primeira pessoa, peçam que algum partido da oposição apoie a vossa luta e a vossa causa por uma vida própria, digna e saudável exigível à qualidade de ensino e comecem a exigir nas escolas hiper burocráticas mais respeito pelo ser humano que vocês são!



O mundo está completamente louco! As pessoas perderam a sua identidade, já ninguém age e o mundo é o que realmente é! As pessoas começaram a viver uma vida de mentira em que todos fazem as mesmas coisas, como se todos fossem robots e todos obedecem ao comando de alguns que, infelizmente, não têm consciência alguma daquilo que mandam fazer. Quem está a ser maltratado é quem se apercebe das injustiças e, portanto, cabe a vocês mudar a situação, já que são vocês os prejudicados! Quem fala do ensino fala de tudo o que esta sociedade nos impõe diariamente e que tem de ser modificado com urgência! Se alguém não der o primeiro passo, tudo ficará igual e todos nos continuaremos a lamentar em vão. É tempo de agir, de olharmos por e para nós como seres humanos e lutarmos por quem somos! Por isso, professores e todos os que lerem isto, juntem o vosso sentir a este mail e reenviem-no. Os mais peritos em sites que vos apoiem e que o façam chegar até onde for preciso (canais de televisão, rádios, jornais, etc.) e juntos VENCERÃO!!!



Há já muitos professores internados a fazer curas de sono e não só! Actuem, pelos vossos direitos e pela vossa saúde física e mental. Não é justo que os futuros cidadãos do país tenham professores doentes, esgotados, revoltados com o que têm a fazer e que nada tem a ver com leccionar (o sonho das suas vidas), sem tempo para dormir e para ter uma vida própria!



Como professor, mas sobretudo como ser humano, vou para a rua gritar e exijir os meus direitos:


1-Tenho direito a ter tempo para mim!
2-Tenho direito a ter tempo para os meus filhos!
3-Tenho direito a ter tempo para o meu marido!
4-Tenho direito a ter tempo para os meus pais e familiares!
5-Tenho direito a ter tempo para a minha esposa!
6-Tenho direito a ter tempo para dormir!
7-Tenho direito a ter tempo para fazer uma alimentação saudável!
8-Tenho direito a ter tempo para preparar aulas para os meus alunos!
9-Tenho direito a ter uma vida saudável!

10-Tenho direito a ter fins de semana culturais e a partilhá-los com os meus alunos!

11-Tenho direito a ter tempo para brincar com os meus filhos!

12-Tenho direito a ir ver os meus filhos no fim de semana pois lecciono a 200Km de casa!

13-Tenho direito a ter tempo para fazer as tarefas domésticas (limpar a casa, cozinhar, passar a ferro, etc.)

14-Tenho direito a ter tempo para fazer os meus filhos!

15-Tenho direito a ter saúde física e mental!

16-Tenho direito a ter tempo para ler e cultivar-me!

17-Tenho...

18-

19-

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Notícias direto do New York

Movimento imparável

MOÇÃO COM VISTA À SUSPENSÃO DA APLICAÇÃO DO NOVO MODELO DE AVALIAÇÃO EM NOME DE UMA AVALIAÇÃO PROMOTORA DO SUCESSO E DA DIGNIFICAÇÃO DA CARREIRA DOCENTE

EX.MA SRª
PRESIDENTE DO CONSELHO PEDAGÓGICO DO
AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE VOUZELA


Os professores e educadores do Agrupamento de Escolas de Vouzela, abaixo assinados, declaram o seu mais veemente protesto e desacordo perante o novo Modelo de Avaliação de Desempenho introduzido pelo Decreto Regulamentar n.º 2/2008.

Não questionam a avaliação de desempenho como instrumento conducente à valorização das suas práticas docentes, com resultados positivos nas aprendizagens dos alunos e promotor do desenvolvimento profissional. Consideram que a Avaliação de Desempenho constitui assunto demasiado sério, que deve resultar de uma ampla e séria discussão, não devendo, por isso, estar sustentada em arbitrariedades, desconfiança e vazio de conteúdo. Advogam um modelo de avaliação resultante de um amplo debate nacional entre professores, seus legítimos representantes e a tutela, consistente, que motive os professores e fomente a qualidade e o prestígio da escola pública. O Modelo de Avaliação regulamentado pelo Decreto Regulamentar nº. 2/2008 não assegura a justiça, a imparcialidade e o rigor, nem valoriza, de facto, o desempenho dos docentes.

Os critérios que nortearam o primeiro Concurso de Acesso a Professor Titular geraram uma divisão artificial e gratuita entre “professores titulares” e “professores”, valorizando apenas a ocupação de cargos nos últimos 7 anos, independentemente de qualquer avaliação da sua competência pedagógica, científica ou técnica e certificação da mesma. Nesta “lotaria ministerial” ficaram de fora muitos professores com currículos altamente qualificados, com anos de trabalho dedicado ao serviço da educação e com investimento na sua formação pessoal, gerando nas escolas injustiças aviltantes. Semeia-se terreno para, no nosso quotidiano escolar, se desencadearem situações paradoxais como por exemplo os avaliadores possuírem formação científico-pedagógica e académica inferior aos avaliados.

Este Modelo de Avaliação configura, igualmente, uma lógica burocrática desviando os reais objectivos que devem presidir ao processo de ensino-aprendizagem e criando outras situações paradoxais como a existência de avaliadores oriundos de grupos disciplinares muito díspares dos pertencentes aos dos avaliados.

Por outro lado, a sua apressada implementação tem desviado as funções dos professores para tarefas burocráticas de elaboração e reformulação de documentos legais necessários à implementação deste Modelo de Avaliação em detrimento das funções pedagógicas. Estes documentos têm sido o resultado de um trabalho puramente técnico por parte dos professores, consistindo quase todos num agregado de propostas às já elaboradas por outras escolas e não um trabalho pedagógico e consistentemente estruturado no Projecto Educativo desta escola. Estaremos, deste modo, a pensar numa escola para todos e de cada um, como preconiza a LBSE e à medida da realidade específica deste Agrupamento, de acordo com o regime de Autonomia, Administração e Gestão das escolas? As escolas são, neste momento, cenário de professores afogados em burocracia, instabilidade e insegurança, situação inconciliável com o verdadeiro propósito da docência. Como pode haver ensino de qualidade e sucesso escolar se os professores investem a maior parte do seu tempo (que no momento ultrapassa largamente as 35 horas semanais) na elaboração e preenchimento de um emaranhado de documentos burocráticos nos quais ancora este Modelo de Avaliação?

Não é legítimo que a avaliação de desempenho dos professores e a sua progressão na carreira se subordine a parâmetros como o sucesso dos alunos, o abandono escolar e avaliação atribuída aos seus alunos. Desprezam-se variáveis inerentes à realidade social, económica, cultural e familiar dos alunos que escapam ao controlo e responsabilidade do professor e que são fortemente condicionadoras do sucesso educativo. Neste registo, este modelo não discrimina positivamente os docentes que leccionam turmas com situações problemáticas e com maiores dificuldades de aprendizagem. A imputação de responsabilidade individual ao docente pela avaliação dos seus alunos configura uma violação grosseira do previsto na legislação em vigor quanto à decisão da avaliação final do aluno, a qual é da competência do Conselho de Turma sob proposta do(s) professor (es) de cada área curricular disciplinar e não disciplinar.

Os docentes deste Agrupamento rejeitam a penalização do uso de direitos constitucionalmente protegidos como sejam a maternidade/paternidade, doença, participação em eventos de reconhecida relevância social ou académica, cumprimento de obrigações legais e nojo, nos critérios de obtenção de Muito Bom ou de Excelente.

Rejeitam, igualmente, um modelo que impõe uma avaliação entre pares, parcial e perigosa, porque criadora de um péssimo ambiente na escola. Esta avaliação é, por demais, injusta e geradora de desigualdades, na medida em que aqueles que vão avaliar (coordenadores e avaliadores) não serão avaliados por um inspector, pelo menos, no presente ano lectivo. Por outro lado, a grande maioria não tem formação nem experiência em supervisão que lhe permita a avaliação dos seus pares. A formação que o Ministério da Educação tem vindo, recentemente, a proporcionar aos avaliadores, para além de não abranger uma parte significativa dos mesmos, é perfeitamente extemporânea, dado que decorreu, em grande parte, já depois do início do novo ano escolar, numa fase em que tudo deveria estar pronto para o arranque do “dito processo avaliativo” e em que os professores andam sobrecarregados com toda a parafernália de actividades inerentes ao lançamento do novo ano lectivo.

O horário de trabalho dos professores imposto pelo Ministério da Educação é demasiado escasso para responder às inúmeras tarefas e funções que lhe são atribuídas ou solicitadas. Dez ou onze tempos de trabalho individual não são suficientes para a planificação de aulas, a análise das estratégias mais adequadas, a criação de recursos diversificados e inovadores, a elaboração de recursos para os apoios educativos e para os alunos que exigem um ensino diferenciado, a preparação de instrumentos de avaliação diagnóstica, formativa e sumativa, a correcção dos mesmos, a reflexão sobre os resultados, a reformulação de práticas, … tudo isto multiplicado por uma média de cem alunos; cinco, seis ou sete turmas; três, quatro ou cinco níveis. Para além destas funções, há ainda a participação nas reuniões dos órgãos de gestão intermédia sem esquecer a dinamização/participação em actividades extra-curriculares e de intervenção na comunidade educativa.
Com que legitimidade impõe o Ministério da Educação aos professores uma avaliação que lhes vai consumir o tempo e a alma com reuniões, papéis e relatórios, em prejuízo claro da sua vida pessoal, familiar e, sobretudo, profissional, porque, quer queiramos quer não, os principais lesados serão sempre os alunos.
E os avaliadores?.Além de professores com todo o apelo que a função exige, além de avaliados como os seus pares, terão que “fabricar” tempo para pôr de pé uma estrutura avaliativa megalómana que o Ministério da Educação criou e que ele próprio não é capaz de sustentar, como se pode ver pela incapacidade de preparar e colocar no terreno inspectores para avaliação dos Coordenadores. Este Ministério não pode pôr de pé um sistema avaliativo construído sobre o desrespeito, a anulação e a exploração dos professores.

O regime de quotas impõe uma manipulação dos resultados da avaliação, gerando nas escolas situações de profunda injustiça e parcialidade, devido aos “acertos” impostos pela existência de percentagens máximas para atribuição das menções qualitativas de Excelente e Muito Bom, estipuladas pelo Despacho n.º 20131/2008, e que reflectem claramente o objectivo economicista que subjaz a este Modelo de Avaliação.

Enquanto todas as limitações, arbitrariedades, incoerências e injustiças que enformam este modelo de avaliação não forem corrigidas, e, ainda que, no presente ano lectivo, o modelo se encontre, apenas, em regime de experimentação, os professores signatários desta moção, por não lhe reconhecerem qualquer efeito positivo sobre a qualidade da educação e do seu desempenho profissional, solicitam ao Conselho Pedagógico a suspensão de toda e qualquer iniciativa relacionada com a avaliação por ele preconizada.

POEMA DO MIGALHÃES....

MIGALHÃES

Lá vem pelo avelar
O filho do Zé João
Vem do centro escolar
Cansado de palmilhar
A caminho da povoação

Não há médico na aldeia
E a antiga escola fechou
Não tem carne para a ceia
Nem petróleo para a candeia
Porque o dinheiro acabou

O seu pai foi para França
Trabalhar na construção
E a mãe desta criança
Trabalha na vizinhança
Lavando pratos e chão

Mas o puto vem contente
Com o Migalhães na mão
E passa por toda a gente
Em alegria aparente
De quem já sabe a lição

Um senhor muito invulgar
Que chegou com mais senhores
Veio para visitar
O novo centro escolar
E dar os computadores

E lá vem o Joãozinho
No seu contínuo vaivém
Calcorreando o caminho
Desesperando sozinho
À espera da sua mãe

Neste país de papões
A troco de dois vinténs
Agravam-se as disfunções
O rico ganha milhões
E o pobre Migalhães!!!

AOS PROFESSORES E..NÃO SÓ

Para ler e divulgar..se concorda.
Publicado em
www.maleducado66.blogspot.com

NB- E espero que o bom senso triunfe e haje uma ÚNICA MAS GRANDE manifestação dos professores que derrote de vez os maquiavélicos projectos dio M.E.

-------Mensagem original-------

De: Octávio V Gonçalves
Data: 23-10-2008 1:31:34
Para: Octávio V Gonçalves
Assunto: O Modelo de Avaliação tem os dias contados!...

Olá colegas,

A dinâmica que se tem vindo a gerar no sentido da suspensão deste Modelo de Avaliação é imparável, pelo que, todos os dias, aumenta o número de escolas e agrupamentos que enveredam por esta forma de resistência interna.

Neste âmbito, divulgo em anexo o texto final da posição assumida pelos bravos colegas de Chaves, bem como o Manifesto aprovado pela esmagadora maioria dos colegas da Escola S/3 Camilo Castelo Branco de Vila Real.

Chamo a atenção para a posição corajosa dos colegas da Escola S/3 Camilo Castelo Branco de Vila Real, pois a mesma inaugura uma segunda geração de resistência, não remetendo a suspensão do processo para uma decisão do C. Pedagógico ou do C. Executivo. São os próprios docentes que recusam a entrega dos objectivos individuais e, desta forma, paralisam todo o processo de avaliação. E isto faz toda a diferença!... Esta postura merece ser acompanhada pelos docentes que rejeitam este modelo de avaliação, pelo que, muitas outras escolas e agrupamentos seguirão, nos próximos dias, esta nova orientação.

Entretanto, a comunicação social começa a interessar-se pelo tema. Veja-se a cobertura da Agência Lusa e do JN (parabéns Delfina! Este modelo absurdo tem, em Vila Real, uma oposição inamovível) http://jn.sapo.pt/paginainicial/interior.aspx?content_id=1032684

Abraço,

Octávio V Gonçalves

TEATRO..OU TALVEZ NÃO

CENAS DA VIDA DE UM PROFESSOR
(Texto para teatro. Não se sabe bem se será uma comédia ou uma tragédia.
Qualquer semelhança com a realidade poderá não ser pura coincidência.)
Sinto-me
um pouco
louco.
Personagens:
- Professor
- Filho
- Esposa
- Mãe
- Irmão
- - Barbeiro
- Dono do restaurante
- Padre
- Psiquiatra
- Santo António
CENA 1
(O professor passa apressado em frente à barbearia. O barbeiro, que está à porta, interpela-o.)
BARBEIRO Olha, o senhor professor!
Essa barba por fazer...
X O cabelo desgrenhado...
Desculpe ter de o dizer:
Devia ter mais cuidado.
Já não vem ao seu barbeiro!
Dispensou o meu serviço?
PROFESSOR Um professor a tempo inteiro
Já não tem tempo para isso.
CENA 2
(O professor está em casa a preparar aulas. Ouve o telefone e atende. É a mãe.)
MÃE Que filho desnaturado!
Não ligas à tua mãe!
E andei-te eu a criar!...
PROFESSOR Tenho andado cansado.
Já não ligo a ninguém.
Passo a vida a trabalhar.
1

CENA 3
(O professor está em casa a corrigir testes. Tocam à campainha. Ele abre a porta. É o irmão.)
IRMÃO Olá, mano. Como vais?
X Há tempos que te não via.
Já não telefonas, não sais...
Como eras... quem diria...
PROFESSOR Divertir-me já não posso.
Já nem janto nem almoço.
Sabes que esta vida é dura.
IRMÃO Isso não é profissão.
Mais parece uma prisão.
Voltaste à ditadura.
CENA 4
(O professor passa apressado em frente de um restaurante. O dono vem à porta, cumprimentá-lo.)
X DONO REST. Então, que é feito de si?!
Que antes comia aqui
Cabidela e feijoada?...
2
PROFESSOR Nem para comer tenho tempo.
Dentro do meu pensamento.
Só há trabalho e mais nada.
CENA 5
(O professor está no quarto com a esposa.)
ESPOSA Que se passa, meu amor?
Já não sinto em ti calor.
Ponho roupa provocante,
Mas tu pareces distante.
Olhas triste para a janela...
PROFESSOR Sei que é ideia sinistra,
Mas só penso na Ministra,
Já só me excito com ela.
CENA 6
(O professor está em casa, de volta dos livros. Numa das paredes, está um altar com um Santo
António. O Santo sai do altar e dirige-se ao professor.)
SANTO ANTÓNIO Por onde andas, meu filho?
Menino Jesus,
livra-te de ires
para professor!
Que já não falas comigo...
Perdeste a devoção?
Sou santo conhecedor.
Sinto tua angústia e dor
Dentro do teu coração.
PROFESSOR Ó meu rico Santo António!
Belos tempos que lá vão!...
Dirigia-te oração,
Era teu adorador.
Mas com esta profissão,
Já não tenho tempo, não.
É vida de professor...
3
CENA 7
(O professor está no quarto, a colocar roupa numa mala de viagem. O filho entra.)
FILHO Porque levas tua roupa?
Estás a pensar dar à sola?
Deixas-me a mim e à mamã?
PROFESSOR Tenho a cabeça louca!
Vou viver para a minha escola.
Já lá fico para amanhã.
CENA 8
(O professor vai à igreja confessar-se ao padre.)
PROFESSOR Senhor padre, eu pequei.
Foi culpa da diarreia.
É que ontem mal trabalhei,
A defecar a tarde inteira.
PADRE Pois se pecaste, meu filho,
A Deus Pai pede perdão.
Compensa o tempo perdido.
Regressa à tua missão.
CENA 9
(O professor vai a uma consulta de psiquiatria. O psiquiatra abana a cabeça.)
PSIQUIATRA Vou ser curto e directo:
Se isto continua assim,
Vou ter de o internar.
PROFESSOR Deus me livre! Vade Retro!
O que seria de mim
Sem poder ir trabalhar?!
4
CENA 10
(O professor está já morto e enterrado. Vê-se a lápide. Ouve-se voz narrando o que aí está escrito.)
VOZ Aqui jaz homem honrado.
De virtudes um modelo.
Ao trabalho consagrado.
Tomara qualquer um sê-lo.
Todos os papéis preenchia.
Nas reuniões sempre presente.
Para o trabalho vivia,
Mesmo estando já doente.
Sofrendo do coração,
Trôpego, de idade avançada,
Ficarás
sempre no
meu
coração
Ministra da
Educação
Faleceu de exaustão,
No meio da papelada.
Abençoado sejas.
Ficarás sempre no meu coração.
Ministra da Educação.
Elaborado por Sara M V Repolho
(filha de uma professora à beira de um ataque de nervos)
5

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

NO REINO UNIDOÉ ASSIM...EM PORTUGAL É...

DIVULGUEM O MAIS POSSÍVEL ... PARA VER SE A MINISTRA QUE NOS TUTELA LÊ ISTO E TOMA UMA ATITUDE EM VEZ DE UMA ÁGUA DAS PEDRAS :-)



O exemplo britânico. Os pais dos alunos com comportamentos violentos nas escolas britânicas vão passar a ser multados num valor que pode ir até aos 1450 euros. 'As intimidações verbais e físicas não podem continuar a ser toleradas nas nossas escolas, seja quais forem as motivações' sublinhou a Secretária de Estado para as Escolas. Disse também que ' as crianças têm de distinguir o bem e o mal e saber que haverá consequências se ultrapassarem a fronteira'. Acrescentou ainda que 'vão reforçar a autoridade dos professores, dando-lhes confiança e apoio para que tomem atitudes firmes face a todas formas de má conduta por parte dos alunos'. A governante garantiu que 'as novas regras transmitem aos pais uma mensagem bem clara para que percebam que a escola não vai tolerar que eles não assumam as suas responsabilidades em caso de comportamento violento dos seus filhos. Estas medidas serão sustentadas em ordens judiciais para que assumam os seus deveres de pais e em cursos de educação para os pais, com multas que podem chegar às mil libras se não cumprirem as decisões dos tribunais'. O Livro Branco dá ainda aos professores um direito 'claro' de submeter os alunos à disciplina e de usar a força de modo razoável para a obter, se necessário.
Em Portugal, como todos sabemos, o panorama é radicalmente diferente. Por cá, continua a vingar a teoria do coitadinho: há que desculpabilizar as crianças até ao limite do possível, pois considera-se que o aluno é intrinsecamente bem formado, o que o leva a assumir comportamentos desviantes são factores externos (contexto social e familiar) que ele coitado não consegue superar. Temos assim que o aluno raramente é penalizado e quando o é, os castigos ficam-se na sua maioria por penas ligeiras, não vá correr-se o risco de o menino/a sofrer traumas que o podem marcar para o resto da vida. As notícias sobre actos de vandalismo, de agressão, de indisciplina e de violência praticados em contexto escolar que, com progressiva frequência vamos conhecendo, deviam merecer da parte de quem tutela a educação, medidas mais enérgicas que infelizmente tardam em chegar.

NOVAS OPORTUNIDADES

MAIS UM A CAMINHO DAS NOVAS OPORTUNIDADES...

Sabe quem é António Pinto de Sousa ?

Ora vejam:

É o novo responsável máximo pelo gabinete de comunicação e imagem do IDT
(Instituto da Droga e Toxicodependência).

Tem competência atribuída para empossar quem quiser,
independentemente da sua qualificação académica e profissional,
para os cargos dirigentes do Instituto,
contrariando os próprios estatutos do IDT.


Ah... já esquecia de dizer o mais importante:
é irmão de José Sócrates.

Uma frase simples

Há homens que lutam um dia, e são bons;
Há outros que lutam um ano, e são melhores;
Há aqueles que lutam muitos anos, e são muito bons;
Porém há os que lutam toda a vida
Estes são os imprescindíveis

Bertold Brecht

PARA DESCONTRAIR

Isto é tão verdade....!!!


Um pescador de caranguejos, quando ia á pesca tinha por hábito nunca tapar o balde em que colocava os caranguejos que ia apanhando.

Isso intrigava todas as pessoas que estavam á sua volta.

Um belo dia alguém que o observava já algum tempo perguntou-lhe:

- Desculpe, mas explique-me porque não tapa o balde dos caranguejos ? Não tem medo que eles possam escapar?

O pescador olhou para o individuo e muito calmamente respondeu:

- Não é preciso... Estes são caranguejos portugueses! quando um tenta subir, os outros imediatamente o puxam para baixo!

terça-feira, 21 de outubro de 2008

A TODOS OS PROFESSORES

MUITO IMPORTANTE

Texto de Ramiro Marques:

Foi na sexta-feira passada, dia 17/10. A ministra reuniu, em Lisboa, com duas dezenas de membros das recentemente criadas 'equipas de apoio à avaliação de desempenho'. São 22 professores, quase todos directores ou ex-directores de CFAEs, que integram as equipas de apoio criadas pela DGRHE com a função de darem formação aos PCEs e avaliadores e acompanharem os processos de avaliação de desempenho nos agrupamentos onde houver mais dificuldades ou o processo estiver paralisado. São uma espécie de 'INEM' da avaliação de desempenho ou bombeiros para todo o serviço. Doze actuam na região de Lisboa e Sul do país e dez no Centro e Norte.

A reunião do dia 17/10 durou um dia inteiro e a ministra da educação esteve presente durante algumas horas, prestou esclarecimentos e deu alguns conselhos:

1. Digam aos PCEs e aos avaliadores que podem agregar os itens das fichas de avaliação de desempenho de modo a torná-las mais fáceis de preencher. Não explicou com que base legal nem os presentes tiveram a coragem ou a lucidez de fazer a pergunta.

2. Os professores que tiverem excelente não precisarão de ter aulas observadas nos próximos anos. Também não explicou com que base legal e ninguém se deu ao trabalho de perguntar.

3. As reuniões entre avaliadores e avaliados podem ter a duração que as escolas quiserem e podem, em certos casos, não se realizar. Também não indicou a base legal.

Alguns professores presentes na reunião informaram-me que a ministra da educação está disposta a aceitar a simplificação do processo e está, pela primeira vez, aberta à possibilidade de deixar cair os resultados dos alunos para efeitos da avaliação de desempenho dos professores.

O que é que isto significa?
i. O ME está em pânico com o movimento de resistência interna nas escolas. Os avaliadores e os avaliados que têm aprovado moções a pedir a suspensão do processo ou estão a solicitar esclarecimentos antes de avançarem com o processo são verdadeiros heróis e heroínas. A estratégia está a resultar. O ME está a dar sinais de quebrar.

ii. O ME está com receio de que os professores saiam à rua em proporções semelhantes às do 8 de Março. Há muitas pressões de deputados - em particular de António José Seguro, o responsável pela Comissão de Educação da AR - no sentido de o Governo se entender com os professores ao longo de 2009. Esse entendimento obrigará a um recuo do ME no processo de avaliação de desempenho.

iii. Perante isto, justifica-se que a Plataforma Sindical e a APEDE, PROmova e MUP se entendam, durante a semana que vem, de forma a agendarem uma única grande manifestação de professores que faça tremer o Governo e aumente a pressão dos deputados do PS - que naturalmente estão com medo de perderem os lugares - sobre a ministra da educação e sobre o primeiro-ministro.

O momento é demasiado crucial para que a divisão dos professores se mantenha. É preciso apagar o orgulho e o ressentimento que tomou conta dos nossos corações.






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Antes de imprimir pense na sua responsabilidade e compromisso para com o meio ambiente.Será mesmo necessário mais uma impressão?

Até que enfim.-..

MOTIVO DE ORGULHO:

Somos os terceiros a nivel mundial..terceiro ligar no Mundo..fantástico...
Não..não é em futebol...
A OCDE revelou que Portugal é o TERCEIRO PAÍS DO MUNDO com maior desiguakladade entre os que ganham muito e os que ganham pouco...
Primeiro...México..segundo...Turquia..terceiro PORTUGAL.
Temos ou não motivos para ORGULHO?

A BANCA NACIONALIZOU O GOVERNO

Comentário de Ricardo Pereira:

banca nacionalizou o Governo





A troco de apenas algum dinheiro, os bancos emprestam-nos o nosso próprio dinheiro para que possamos fazer com ele o que quisermos. A nobreza desta atitude dos bancos deve ser sublinhada



Quando, no passado domingo, o Ministério das Finanças anunciou que o Governo vai prestar uma garantia de 20 mil milhões de euros aos bancos até ao fim do ano, respirei de alívio. Em tempos de gravíssima crise mundial, devemos ajudar quem mais precisa. E se há alguém que precisa de ajuda são os banqueiros. De acordo com notícias de Agosto deste ano, Portugal foi o país da Zona Euro em que as margens de lucro dos bancos mais aumentaram desde o início da crise. Segundo notícias de Agosto de 2007, os lucros dos quatro maiores bancos privados atingiram 1,137 mil milhões de euros, só no primeiro semestre desse ano, o que representava um aumento de 23% relativamente aos lucros dos mesmos bancos em igual período do ano anterior. Como é que esta gente estava a conseguir fazer face à crise sem a ajuda do Estado é, para mim, um mistério.

A partir de agora, porém, o Governo disponibiliza aos bancos dinheiro dos nossos impostos. Significa isto que eu, como contribuinte, sou fiador do banco que é meu credor. Financio o banco que me financia a mim. Não sei se o leitor está a conseguir captar toda a profundidade deste raciocínio. Eu consegui, mas tive de pensar muito e fiquei com dor de cabeça. Ou muito me engano ou o que se passa é o seguinte: os contribuintes emprestam o seu dinheiro aos bancos sem cobrar nada, e depois os bancos emprestam o mesmo dinheiro aos contribuintes, mas cobrando simpáticas taxas de juro. A troco de apenas algum dinheiro, os bancos emprestam-nos o nosso próprio dinheiro para que possamos fazer com ele o que quisermos. A nobreza desta atitude dos bancos deve ser sublinhada.

Tendo em conta que, depois de anos de lucros colossais, a banca precisa de ajuda, há quem receie que os bancos voltem a não saber gerir este dinheiro garantido pelo Estado. Mas eu sei que as instituições bancárias aprenderam a sua lição e vão aplicar ajuizadamente a ajuda do Governo. Tenho a certeza de que os bancos vão usar pelo menos parte desse dinheiro para devolver aos clientes aqueles arredondamentos que foram fazendo indevidamente no crédito à habitação, por exemplo, e que ascendem a vários milhares de euros no final de cada empréstimo. Essa será, sem dúvida nenhuma, uma prioridade. Vivemos tempos difíceis, e julgo que todos, sem excepção, temos de dar as mãos. Por mim, dou as mãos aos bancos. Assim que eles tirarem as mãos do meu bolso, dou mesmo

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

ANEDOTA..ou talvez não?

Um sujeito entra num bar novo, hi-tech, e pede uma bebida. O barman
é um robô que pergunta:

- Qual o seu QI?

O homem responde:

- 150.

Então o robô serve um cocktail perfeito e inicia uma conversa sobre
aquecimento global, espiritualidade, física quântica, interdependência
ambiental, teoria das cordas, nanotecnologia e por aí.



O tipo ficou impressionado, e resolveu testar o robô. Saiu, deu uma
Volta e retornou ao balcão. Novamente o robô pergunta:

- Qual o seu QI?

O homem responde:

- Deve ser uns 100.

Imediatamente o robô serve-lhe um whisky e começa a falar, agora
sobre futebol, fórmula 1, super-modelos, comidas favoritas, armas,
corpo DA mulher e outros assuntos semelhantes.



O sujeito ficou abismado. Sai do bar, pára, pensa e resolve voltar e
fazer mais um teste. Novamente o robô lhe pergunta:

> - Qual o seu QI?

O homem disfarça e responde:

- Uns 20, eu acho!

Então o robô lhe serve-lhe uma pinga de tinto, inclina-se no balcão e
diz bem pausadamente:

- E então meu, vamos votar no Sócrates de novo?

FRASE

FRASE DITA PELO DR. DRÁUZIO VARELA

Citação...


''No mundo actual está se investindo cinco vezes mais em remédios para virilidade masculina e silicone para mulheres do que na cura do Mal de Alzheimer. Daqui a alguns anos teremos velhas de mamas grandes e velhos de pila dura, mas que não se lembrarão para que servem''...

Mail recebido..mail respondido...

Prezados Senhores:
Não sou professor..mas tenho sempre apoiado a vossa luta... até porque tenho familiares professores.
Tenho divulgado todos os vossos comunicados inclusive a professores meus amigos.
Tenho sincera pena que neste momento não se registe a UNIDADE que seria de desejar.
Os Sindicatos foram eleitos por todos os professores e foram eles quem conduziu as formas de luta..no passado e que convocaram a grande e inesquecível manifestação dos 100.000.
É certo que houve uma primeira convocação para dia 15...legítima Se os Sindicatos não convocassem nenhuma nem aderissem a essa seria muito mau..e essa seria a manifestação da classe.
Mas se os Sindicatos entenderam convocar uma para dia 8...não seria legítimo que todos os movimentos a ela se juntassem..considerando que são realmente eles..que representam em ultima instância os professores.?
Custa-me muito assistir a sinais de divisão que espero possam ser ultrapassados em prol de que a classe consiga aquilo a que legitimamente tem direito.
Espero que haja uma reflexão e não se assista a uma guerrinha sobre qual a manifestação que mais pessoas reune, o que só serviria o M.E. e seus objectivos.
Que a razão triunfe.

NB- Divulgarei a vossa nota e os meus comentários a quem considere oportuno e publicarei no meu blogue
www.maleducado66.blogspot.com


Cumprimentos
Nuno Manuel




-------Mensagem original-------

De: Octávio V Gonçalves
Data: 19-10-2008 23:59:48
Para: Octávio V Gonçalves
Assunto: Reafirmação da Manifestação de Professores no dia 15 de Novembro, em Lisboa

Olá colegas,

Face à mobilização imparável de professores por todo o país, com muitas situações em que o número de professores inscritos, em cada escola, já supera a lotação de um autocarro (mobilização nunca vista!), alguns procuram desenterrar métodos de actuação do passado, incorrendo na desinformação como forma de desmobilização. Infelizmente para a desejável unidade dos professores, não é verdade que decorram quaisquer contactos entre os Movimentos e a Plataforma, como é, rotundamente, falso que se tenha acordado o dia 8 para uma manifestação nacional e o dia 15 para manifestações regionais. Os professores não são ingénuos, estão bem informados e, como tal, não caem em truques desonestos que apenas desqualificam quem os concebe e os dissemina.

Encontramo-nos todos, em Lisboa, no dia 15 de Novembro de 2008.

Vamos forçar o ME a deixar cair as duas medidas que indignaram as escolas e que envergonham o bom senso, a ética e o respeito pelo trabalho de décadas dos professores (as carreiras dos docentes não têm 7 anos!...), a saber, a divisão arbitrária e injusta dos professores entre titulares e não titulares, e este modelo de avaliação do desempenho, na sua matriz burocrática, persecutória, inútil e absurda.

Abraço

Octávio V Gonçalves

A GRANDE MANIFESTAÇÃO DOS PROFESSORES REALIZAR-SE-Á NO DIA 15 DE NOVEMBRO DE 2008, COM CONCENTRAÇÃO NO MARQUÊS DE POMBAL, EM LISBOA, DESEJAVELMENTE COM OS SINDICATOS TAMBÉM ASSOCIADOS (MAS, A OPÇÃO É DELES).

Como tal, este SMS que anda a circular por telemóveis e na Internet é FALSO!

"ATENCÃO! Aos colegas que estão a contactar aluguer de autocarros para dia 15, deverão esperar, pois estão a decorrer contactos entre Movimentos e plataforma no sentido de se fazer uma GRANDE manifestação dia OITO em Lisboa e dia 15 por todas as capitais de distrito. TODOS JUNTOS vamos vencer esta batalha! UNAMOS AS MÃOS!!! Levemos connosco os PAIS dos nossos alunos! JUNTOS contra a arrogância! Passa a todos os teus contactos por mail ou sms! Abraço solidário, Safira"