segunda-feira, 30 de abril de 2012

O NOSSO PAÍS


Vale e Azevedo para os Jerónimos, já! Loureiro para o Panteão, já! Jorge Coelho para o Mosteiro de Alcobaça, já! Sócrates para a Torre de Belém, já! A Torre de Belém não, que é tão feia. Para a Batalha. Fora com o Soldado Desconhecido, o Gama, o Herculano, as criaturas de pacotilha com que os livros de História nos enganaram. Que o Dia de Camões passe a chamar-se Dia de Armando Vara

Agora sol na rua a fim de me melhorar a disposição, me reconciliar com a vida. Passa uma senhora de saco de compras: não estamos assim tão mal, ainda compramos coisas, que injusto tanta queixa, tanto lamento. Isto é internacional, meu caro, internacional e nós, estúpidos, culpamos logo os governos. Quem nos dá este solzinho, quem é? E de graça. Eles a trabalharem para nós, a trabalharem, a trabalharem e a gente, mal agradecidos, protestamos. Deixam de ser ministros e a sua vida um horror, suportado em estóico silêncio. Veja-se, por exemplo, o senhor Mexia, o senhor Dias Loureiro, o senhor Jorge Coelho, coitados. Não há um único que não esteja na franja da miséria. Um único. Mais aqueles rapazes generosos, que, não sendo ministros, deram o litro pelo País e só por orgulho não estendem a mão à caridade.
O senhor Rui Pedro Soares, os senhores Penedos pai e filho, que isto da bondade às vezes é hereditário, dúzias deles.
Tenham o sentido da realidade, portugueses, sejam gratos, sejam honestos, reconheçam o que eles sofreram, o que sofrem. Uns sacrificados, uns Cristos, que pecado feio, a ingratidão. O senhor Vale e Azevedo, outro santo, bem o exprimiu em Londres. O senhor Carlos Cruz, outro santo, bem o explicou em livros. E nós, por pura maldade, teimamos em não entender. Claro que há povos ainda piores do que o nosso: os islandeses, por exemplo, que se atrevem a meter os beneméritos em tribunal. Pelo menos nesse ponto, vá lá, sobra-nos um resto de humanidade, de respeito.
Um pozinho de consideração por almas eleitas, que Deus acolherá decerto, com especial ternura, na amplidão imensa do Seu seio. Já o estou a ver Senta-te aqui ao meu lado ó Loureiro Senta-te aqui ao meu lado ó Duarte Lima Senta-te aqui ao meu lado ó Azevedo que é o mínimo que se pode fazer por esses Padres Américos, pela nossa interminável lista de bem-aventurados, banqueiros, coitadinhos, gestores que o céu lhes dê saúde e boa sorte e demais penitentes de coração puro, espíritos de eleição, seguidores escrupulosos do Evangelho. E com a bandeirinha nacional na lapela, os patriotas, e com a arraia miúda no coração. E melhoram-nos obrigando-nos a sacrifícios purificadores, aproximando-nos dos banquetes de bem-aventuranças da Eternidade. As empresas fecham, os desempregados aumentam, os impostos crescem, penhoram casas, automóveis, o ar que respiramos e a maltosa incapaz de enxergar a capacidade purificadora destas medidas. Reformas ridículas, ordenados mínimos irrisórios, subsídios de cacaracá? Talvez. Mas passaremos sem dificuldade o buraco da agulha enquanto os Loureiros todos abdicam, por amor ao próximo, de uma Eternidade feliz. A transcendência deste acto dá-me vontade de ajoelhar à sua frente.
Dá-me vontade? Ajoelho à sua frente, indigno de lhes desapertar as correias dos sapatos. Vale e Azevedo para os Jerónimos, já! Loureiro para o Panteão, já! Jorge Coelho para o Mosteiro de Alcobaça, já! Sócrates para a Torre de Belém, já! A Torre de Belém não, que é tão feia. Para a Batalha. Fora com o Soldado Desconhecido, o Gama, o Herculano, as criaturas de pacotilha com que os livros de História nos enganaram.
Que o Dia de Camões passe a chamar-se Dia de Armando Vara. Haja sentido das proporções, haja espírito de medida, haja respeito. Estátuas equestres para todos, veneração nacional. Esta mania tacanha de perseguir o senhor Oliveira e Costa: libertem-no. Esta pouca vergonha contra os poucos que estão presos, os quase nenhuns que estão presos por, como provou o senhor Vale e Azevedo, como provou o senhor Carlos Cruz, hedionda perseguição pessoal com fins inconfessáveis. Admitam-no. E voltem a pôr o senhor Dias Loureiro no Conselho de Estado, de onde o obrigaram, por maldade e inveja, a sair. Quero o senhor Mexia no Terreiro do Paço, no lugar de D. José que, aliás, era um pateta. Quero outro mártir qualquer, tanto faz, no lugar do Marquês de Pombal, esse tirano.
Acabem com a pouca vergonha dos Sindicatos.
Acabem com as manifestações, as greves, os protestos, por favor deixem de pecar. Como pedia o doutor João das Regras, olhai, olhai bem, mas vêde. E tereis mais fominha e, em consequência, mais Paraíso. Agradeçam este solzinho.
Agradeçam a Linha Branca. Agradeçam a sopa e a peçazita de fruta do jantar.
Abaixo o Bem-Estar. Vocês falam em crise mas as actrizes das telenovelas continuam a aumentar o peito: onde é que está a crise, então? Não gostam de olhar aquelas generosas abundâncias que uns violadores de sepulturas, com a alcunha de cirurgiões plásticos, vos oferecem ao olhinho guloso? Não comem carne mas podem comer lábios da grossura de bifes do lombo e transformar as caras das mulheres em tenebrosas máscaras de Carnaval. Para isso já há dinheiro, não é? E vocês a queixarem-se sem vergonha, e vocês cartazes, cortejos, berros.
Proíbam-se os lamentos injustos. Não se vendem livros? Mentira. O senhor Rodrigo dos Santos vende e, enquanto vender, o nível da nossa cultura ultrapassa, sem dificuldade, a Academia Francesa. Que queremos? Temos peitos, lábios, literatura e os ministros e os ex-ministros a tomarem conta disto.
Sinceramente, sejamos justos, a que mais se pode aspirar? O resto são coisas insignificantes: desemprego, preços a dispararem, não haver com que pagar ao médico e à farmácia, ninharias. Como é que ainda sobram criaturas com a desfaçatez de protestarem? Da mesma forma que os processos importantes em tribunal a indignação há-de, fatalmente, de prescrever. E, magrinhos, magrinhos mas com peitos de litro e beijando-nos um aos outros com os bifes das bocas seremos, como é nossa obrigação, felizes.






















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ALI BABÁ

sábado, 28 de abril de 2012

ELES E NÓS










Passa este e-mail, fá-lo circular por  Portugal
Um  dos Motivos porque o Governo se tornou fiador de 20 mil  milhões de euros de transacções intra bancárias......???
Os de hoje, vão estar como gestores de Banca amanhã,  pois os de ontem, já estão por lá hoje.
Correcto???? Se  pensa que não, vejamos:
 EIS A LISTA :
Fernando Nogueira:
Antes -Ministro da  Presidência, Justiça e Defesa
Agora - Presidente do BCP Angola
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Rui  Machete:  (AGORA NINGUÉM O OUVE)
Antes - Ministro dos Assuntos  Sociais
Agora - Presidente do Conselho Superior do  BPN; (o banco falido, é só gamanço) e Presidente do Conselho Executivo da  FLAD
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Paulo Teixeira Pinto:  (o tal que antes de trabalhar já estava reformado)
Antes - Secretário  de Estado da Presidência do Conselho de  Ministros, depois  Presidente do BCP (Ex. - Depois de  3 anos de 'trabalho', Saiu com 10 milhões de  indemnização !!! e mais 35.000EUR x 15 meses por ano até   morrer...)
Agora ? Novo administrador da Comissão Executiva da EDP
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Celeste Cardona: (a tal que só aceitava o lugar na Biblioteca do Porto se tivesse carro e motorista às ordens - mas o vencimento era muito curto)
Antes -  Ministra da Justiça, depois vogal do CA da CGD
Agora - Nova administradora da Comissão Executiva da EDP

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José Silveira Godinho:
Antes - Secretário  de Estado das Finanças
Agora - Administrador do  BES

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João de Deus Pinheiro: (aquele que agora nem se vê)
Antes - Ministro da  Educação e Negócios Estrangeiros
Agora - Vogal do CA  do Banco Privado Português (O TAL QUE DEU O BERRO).
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Elias da  Costa:
Antes - Secretário de Estado da Construção e Habitação -
Agora - Vogal do CA do  BES
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Ferreira do Amaral: (O ESPERTALHÃO, QUE PREPAROU O TERRENO)

Antes - Ministro das  Obras Públicas (que entregou todas as pontes a jusante de Vila Franca de Xira à Lusoponte)
Agora - Presidente da Lusoponte, com quem se tem de renegociar o contrato (POIS CLARO, À TRIPA FORRA).
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Eduardo Catroga:
Antes ? Foi Vice Presidente da Quimigal, Presidente do CA da SAPEC e Ministro das Finanças do 12º Governo de Cavaco Silva
Agora ? Novo Chairman da EDP, que acumula com Administrador não Executivo da NUTRINVESTE e do BANCO FINANTIA (não prescinde de receber todas as reformas e pensões a que tem direito, pudera também eu!!!!!!)

etc etc etc...

O que é isto  ?
Cunha ?
Gamanço ?
É Portugal no seu esplendor  .
...e depois até querem que se  declarem as prendas de casamento e o seu valor.
Já é tempo de parar esta canalha nojenta !
Não te cales,DENUNCIA!
Passa este e-mail,  fá-lo circular  por Portugal.

(Eu faço a minha parte. Por mim estes sangue-sugas já os tinha posto a trabalhar na estiva...) 
Sabes quem é que tem a culpa desta roubalheira?
És tu, sou eu, somos todos nós, que permitimos todas estas situações.
Como é que estes gatunos ainda nos pedem sacrifícios?
Será que continuamos a ser, como dizia um monarca português, um País de bananas governados por ladrões....ops, desculpem eu não queria escrever ladrões mas sacanas.



 
"Em nome dos cortes salariais e do roubo, do subsídio de férias e Natal, vamos circular este apelo que ESTÁ CIRCULANDO EM TODA A ESPANHA!E PORQUE NÃO, EM PORTUGAL?
Exigimos:
Reduzir os salários de TODOS os cargos políticos em 50%.
Retirar TODOS os subsídios, abonos ou subvenções. Apenas poderão auferir o salário.
Limitar o salário dos cargos políticos, ao valor de 5 salários mínimos (+/- 2.500 ¤ ?)
Apenas poderão auferir UM salário.
Reforma para os políticos aos 65 anos de idade, como todos os outros portugueses.
ESTÁ CIRCULANDO EM TODA A ESPANHA!
Vamos fazê-la circular em PORTUGAL....MUITAS VEZES, tantas quantas as necessárias...













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quarta-feira, 18 de abril de 2012

segunda-feira, 16 de abril de 2012

terça-feira, 10 de abril de 2012

PONTO DA SITUAÇÃO ( Ricardo Araujo Pereira)


Ponto da situação
Passos Coelho bem avisou que iria fazer cortes na despesa. Só não disse que era na nossa. A nossa despesa com alimentação, habitação e transportes está cada vez menor...

Os portugueses vivem hoje num país nórdico: pagam impostos como no Norte da Europa; têm um nível de vida como no Norte de África. Como são um povo ao qual é difícil agradar, ainda se queixam. Sem razão, evidentemente.


A campanha eleitoral foi dominada por uma metáfora, digamos, dietética: o Estado era obeso e precisava de emagrecer. Chegava a ser difícil distinguir o tempo de antena do PSD de um anúncio da Herbalife. "Perca peso orçamental agora! Pergunte-me como!" O problema é que, ao que parece, um Estado gordo é caro, mas um Estado magro é caríssimo. Aqueles que acusavam o PSD de querer matar o Estado à fome enganaram-se. O PSD quer engordá-lo antes de o matar, como se faz com o porco. Ninguém compra um bácoro escanzelado, e quem se prepara para comprar o Estado também gosta mais de febra do que de osso.


Embora o nutricionismo financeiro seja difícil de compreender, parece-me que deixámos de ter um Estado obeso e passámos a ter um Estado bulímico. Pessoalmente, preferia o gordo. Comia bastante mas era bonacheirão e deixava-me o décimo terceiro mês (o atual décimo segundo mês e meio, ou os décimos terceiros quinze dias) em paz.


Enfim, será o preço a pagar por viver num país com 10 milhões de milionários. Talvez o leitor ainda não tenha reparado, mas este é um país de gente rica: cada português tem um banco e uma ilha. É certo que é o mesmo banco e a mesma ilha, mas são nossos. Todos os contribuintes são proprietários do BPN e da Madeira. Tal como sucede com todos os banqueiros proprietários de ilhas, fizemos uma escolha: estes são luxos caros e difíceis de sustentar. Todos os meses, trabalhamos para sustentar o banco e a ilha, e depois gastamos o dinheiro que sobra em coisas supérfluas, como a comida, a renda e a eletricidade.


Felizmente, o governo ajuda-nos a gerir o salário com inteligência. Pedro Passos Coelho bem avisou que iria fazer cortes na despesa. Só não disse que era na nossa, mas era previsível. A nossa despesa com alimentação, habitação e transportes está cada vez menor. Afinal, o orçamento gordo era o nosso. Agora está muito mais magro, elegante e saudável. Mais sobra para o banco e para a ilha.


 


 



 

ANTÓNIO ALEIXO . Poesias



CINCO QUADRAS DO ANTÓNIO ALEIXO

Acho uma moral ruim
trazer o vulgo enganado:
mandarem fazer assim
e eles fazerem assado.
Sou um dos membros malditos
dessa falsa sociedade
que, baseada nos mitos,
pode roubar à vontade.
Esses por quem não te interessas
produzem quanto consomes:
vivem das tuas promessas
ganhando o pão que tu comes.
Não me dêem mais desgostos
porque sei raciocinar...
Só os burros estão dispostos
a sofrer sem protestar!
Esta mascarada enorme
com que o mundo nos aldraba,
dura enquanto o povo dorme,
quando ele acordar, acaba.

 










segunda-feira, 9 de abril de 2012

CANÇÃO

http://youtu.be/Ky4R6Xy38oU

CAVACO..OU UM PAÍS EM CAVACOS---



Os casos sucedem-se... ( a "família" é a mesma...)

"Poço Vasco da Gama", Cavaco/Ferreira do Amaral


Convém lembrar que:
Tomada de decisão: 1991
Adjudicação à Lusoponte: 1994
Seguiu-se a construção e o regabofe dos milhões em bola de neve ainda
em curso e para continuar.

Correio da manhã de 27Março
Poço Vasco da Gama
A construção da Ponte Vasco da Gama, a primeira parceria
público-privada, foi um negócio ruinoso para o estado português.
Por:Paulo Morais, Professor Universitário
A participação privada na nova travessia do Tejo nasceu de um embuste,
a tese de que o estado não teria dinheiro para construir a
infra-estrutura e recorria ao apoio dos privados, a quem mais tarde
pagaria determinadas rendas. Nada mais errado! Até porque os privados
entraram com apenas um quarto dos 897 milhões de euros em que orçava o
investimento. O restante foi garantido pelo estado português, através
do Fundo de Coesão da União Europeia (36%), da cedência da receita das
portagens da Ponte 25 de Abril (6,0%), e por um empréstimo do Banco
Europeu de Investimentos (33%). O verdadeiro investidor foi o estado
português, que assim garantiu a privados uma tença milionária ao longo
de anos. Só em 2010, as receitas das portagens atingiram quase 75
milhões de euros.
Ao mesmo tempo, os privados eliminavam a concorrência, pois garantiam
que ninguém poderia construir uma nova travessia no estuário do Tejo
sem lhes pagar o respectivo dízimo.
Para piorar a situação, o estado negociou, ao longo de anos,
sucessivos acordos para "a reposição de reequilíbrio financeiro",
através dos quais se foram concedendo mais vantagens aos
concessionários. Ainda antes da assinatura do contrato de concessão,
já o estado atribuía uma verba de 42 milhões de euros à Lusoponte para
a compensar por um aumento de taxas de juro. Mas os benefícios de
taxas mais baratas, esses reverteram sempre e apenas para a Lusoponte.
Sem razão aparente, o estado prolongou ainda a concessão por sete
anos, provocando perdas que foram superiores a mil milhões. E muito
mais… um poço sem fundo de prejuízos decorrentes de favorecimentos à
Lusoponte.
Aqui chegados, só há agora uma solução justa: a expropriação da Ponte
Vasco da Gama, devolvendo aos privados o que lá investiram. As
portagens chegam e sobram para tal. Não se pode é continuar a permitir
que, por pouco mais de duzentos milhões de euros, uns tantos senhores
feudais se tornem donos de uma ponte que não pagaram, cativem as
receitas da "25 de Abril" e sejam donos do estuário do Tejo por toda
uma geração.














domingo, 8 de abril de 2012

JORNAL "EXPRESSO"

Coluna de opinião do Semanário Expresso) Nicolau Santos
Terça-feira, 6 de Março de 2012
Senhor Primeiro-ministro, depois das medidas que anunciou sinto uma força a crescer-me nos dedos e uma raiva a nascer-me nos dentes. Também eu, senhor Primeiro-ministro. Só me apetece rugir!...
O que o Senhor fez, foi um Roubo! Um Roubo descarado à classe média, no alto da sua impunidade política! Por isso, um duplo roubo: pelo crime em si e pela indecorosa impunidade de que se revestiu. E, ainda pior: Vossa Excelência matou o País!
Invoca Sua Sumidade, que as medidas são suas, mas o déficite é do Sócrates! Só os tolos caem na esparrela desse argumento.
O déficite já vem do tempo de Cavaco Silva, quando, como bom aluno que foi, nos anos 80, a mando dos donos da Europa, decidiu, a troco de 700 milhões de contos anuais, acabar com as Pescas, a Agricultura e a Industria. Farisaicamente, Bruxelas pagava então, aos pescadores para não pescarem e aos agricultores para não cultivarem. O resultado, foi uma total dependência alimentar, uma decadência industrial e investimentos faraónicos no cimento e no alcatrão. Bens não transaccionáveis, que significaram o êxodo rural para o litoral, corrupção larvar e uma classe de novos muitíssimo-ricos. Toda esta tragédia, que mergulhou um País numa espiral deficitária, acabou, fragorosamente, com Sócrates. O déficite é de toda esta gente, que hoje vive gozando as delícias das suas malfeitorias.
E você é o herdeiro e o filho predilecto de todos estes que você, agora, hipocritamente, quer pôr no banco dos réus?
Mas o Senhor também é responsável por esta crise. Tem as suas asas crivadas pelo chumbo da sua própria espingarda. Porque deitou abaixo o PEC4, de má memória, dando asas aos abutres financeiros para inflacionarem a dívida para valores insuportáveis e porque invocou como motivo para tal chumbo, o carácter excessivo dessas medidas. Prometeu, entretanto, não subir os impostos. Depois, já no poder, anunciou como excepcional, o corte no subsídio de Natal. Agora, isto! Ou seja, de mentira em mentira, até a este colossal embuste, que é o Orçamento Geral do Estado.
Diz Vossa Eminência que não tinha outra saída. Ou seja, todas as soluções passam pelo ataque ao Trabalho e pela defesa do Capital Financeiro. Outro embuste. Já se sabia no que resultaram estas mesmas medidas na Grécia: no desemprego, na recessão e num déficite ainda maior. Pois o senhor, incauto e ignorante, não se importou de importar tão assassina cartilha. Sem Economia, não há Finanças, deveria saber o Senhor. Com ainda menos Economia (a recessão atingirá valores perto do 5% em 2012), com muito mais falências e com o desemprego a atingir o colossal valor de 20%, onde vai Sua Sabedoria buscar receitas para corrigir o déficite? Com a banca descapitalizada (para onde foram os biliões do BPN?), como traçará linhas de crédito para as pequenas e médias empresas, responsáveis por 90% do desemprego?O Senhor burlou-nos e espoliou-nos. Teve a admirável coragem de sacar aos indefesos dos trabalhadores, com a esfarrapada desculpa de não ter outra hipótese. E há tantas! Dou-lhe um exemplo: o Metro do Porto.
Tem um prejuízo de 3.500 milhões de euros, é todo à superfície e tem uma oferta 400 vezes (!!!) superior à procura. Tudo alinhavado à medida de uns tantos autarcas, embandeirados por Valentim Loureiro.
Outro exemplo: as parcerias público-privadas, grande sugadouro das finanças públicas.
Outro exemplo: Dizem os estudos que, se V. Ex.ª cortasse na mesma percentagem, os rendimentos das 10 maiores fortunas de Portugal, ficaríamos aliviadinhos de todo, desta canga deficitária. Até porque foram elas, as grandes beneficiárias desta orgia grega que nos tramou. Estaria horas, a desfiar exemplos e Você não gastou um minuto em pensar em deslocar-se a Bruxelas, para dilatar no tempo, as gravosas medidas que anunciou, para Salvar Portugal!
Diz Boaventura de Sousa Santos que o Senhor Primeiro-ministro é um homem sem experiência, sem ideias e sem substrato académico para tais andanças. Concordo! Como não sabe, pretende ser um bom aluno dos mandantes da Europa, esperando deles, compreensão e consideração. Genuína ingenuidade! Com tudo isto, passou de bom aluno, para lacaio da senhora Merkel e do senhor Sarkhozy, quando precisávamos, não de um bom aluno, mas de um Mestre, de um Líder, com uma Ideia e um Projecto para Portugal. O Senhor, ao desistir da Economia, desistiu de Portugal! Foi o coveiro da nossa independência. Hoje, é, apenas, o Gauleiter de Berlim.
Demita-se, senhor primeiro-ministro, antes que seja o Povo a demiti-lo.


INFELIZMENTE NÃO É ANEDOTA


COM  TODA A CERTEZA ESTA É A MELHOR DO ANO  ........
  Um menino de 5 anos queria ganhar 100 euros e rezou durante 2 semanas para  Deus.
  Como nada acontecia, ele resolveu mandar uma carta para o
  Todo-Poderoso com seu pedido.
  O correio recebeu uma carta endereçada para 'Deus-Portugal'
  Resolveram mandá-la para o Passos Coelho.
  Passos ficou muito comovido com o pedido e resolveu mandar uma nota de 10  euros para o menino, pois achou que 100 euros era muito dinheiro para uma  criança.
  O miudo recebeu os 10 euros e imediatamente notou o endereço do
  remetente: Governo Portugues.
  Pegou em papel e caneta e sentou-se para escrever uma carta de agradecimento:
- Prezado Deus: Muito obrigado por me mandar o dinheiro que pedi,
  contudo, eu pediria que, na próxima vez, o Senhor Deus mandasse directo  para o meu endereço, porque quando passa pelo Governo Portugues, esses  filhos da mãe ..., ficam logo com 90% !!!
  Obrigado!












  

sexta-feira, 6 de abril de 2012

FILHOS DA...

Olá Amigos:
Estes politicos miseráveis, em quem os portugueses votam, só fazem disto!!!!



























TDT - A vergonha nacional... sabiam disto?








"TDT é um imposto disfarçado para ver televisão".
Ontem, num debate proposto pelo PCP sobre a TDT (Televisão Digital Terrestre) ficou provado, mais uma vez, que podíamos ter muitos mais canais gratuitos e não uns míseros 4 canais.



Esta operação foi um tremendo negócio para a PT.
Curiosidade: Alemanha tem 20 canais gratuitos; França tem 29 canais gratuitos; Espanha tem 20 canais gratuitos; Itália 27 tem canais gratuitos; Reino Unido tem 38 canais gratuitos.
O Governo podia ter incluído mais canais, mas não o fez para manter o negócio de alguns «tubarões»...
ESTAMOS A SER ROUBADOS. PARTILHEM!






Sabiam também que os aparelhos  descodificadores

foram distribuídos  gratuitamente nos

outros países???


!!!



















terça-feira, 3 de abril de 2012

CATROGA E COMPANHIA


O tacho de Catroga &   Companhia...

"Eduardo Catroga representa tudo o que está de   errado no pântano de "Lesboa".





Há uns meses, este indivíduo dizia que   o sector da energia tinha rendas excessivas; agora diz que está tudo bem, coitadinha da   EDP.



,   dedico uma estrofe dos Super Dragões ao Dr. Mexia, ao Dr. Catroga e à astronauta   Cardona:
"Nós só queremos ver   "Lesboa" a arder."

(Como uma imagem vale mais do que mil   palavras, não esquecer de ver a imagem em   anexo...)

segunda-feira, 2 de abril de 2012

O MELHGOR DE 2010 ah ah

http://youtu.be/gNu5BBAdQec

JOAQUIM PESSOA- Poemas

Obrigado, excelências.
Obrigado por nos destruírem o sonho e a oportunidade de vivermos felizes e
em paz.
Obrigado pelo exemplo que se esforçam em nos dar de como é possível viver
sem vergonha, sem respeito e sem dignidade.
Obrigado por nos roubarem. Por não nos perguntarem nada.
Por não nos darem explicações.
Obrigado por se orgulharem de nos tirar as coisas por que lutámos e às quais
temos direito.
Obrigado por nos tirarem até o sono. E a tranquilidade. E a alegria.
Obrigado pelo cinzentismo, pela depressão, pelo desespero.
Obrigado pela vossa mediocridade.
E obrigado por aquilo que podem e não querem fazer.
Obrigado por tudo o que não sabem e fingem saber.
Obrigado por transformarem o nosso coração numa sala de espera.
Obrigado por fazerem de cada um dos nossos dias um dia menos interessante
que o anterior.
Obrigado por nos exigirem mais do que podemos dar.
Obrigado por nos darem em troca quase nada.
Obrigado por não disfarçarem a cobiça, a corrupção, a indignidade.
Pelo chocante imerecimento da vossa comodidade
e da vossa felicidade adquirida a qualquer preço.
E pelo vosso vergonhoso descaramento.
Obrigado por nos ensinarem tudo o que nunca deveremos querer, o que nunca
deveremos fazer, o que nunca deveremos aceitar.
Obrigado por serem o que são.
Obrigado por serem como são.
Para que não sejamos também assim.
E para que possamos reconhecer facilmente quem temos de rejeitar.
Joaquim Pessoa
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Joaquim Pessoa nasceu no Barreiro em 1948.
Iniciou a sua carreira no Suplemento Literário Juvenil do Diário de Lisboa.
O primeiro livro de Joaquim Pessoa foi editado em 1975 e, até hoje, publicou
mais de vinte obras incluindo duas antologias. Foram lhe atribuídos os
prémios literários da Associação Portuguesa de Escritores e da Secretaria de
Estado da Cultura (Prémio de Poesia de 1981), o Prémio de Literatura António
Nobre e o Prémio Cidade de Almada.
Poeta, publicitário e pintor, é uma das vozes mais destacadas da poesia
portuguesa do pós 25 de Abril, sendo considerado um "renovador" nesta área.
O amor e a denúncia social são uma constante nas suas obras, e segundo David
Mourão Ferreira, é um dos poetas progressistas de hoje mais naturalmente de
capazes de comunicar com um vasto público.
Bibliografia: "O Pássaro no Espelho", "A Morte Absoluta", "Poemas de
Perfil", "Amor Combate", "Canções de Ex cravo e Malviver", "Português
Suave", "Os Olhos de Isa", "Os Dias da Serpente", "O Livro da Noite", "O
Amor Infinito", "Fly", "Sonetos Perversos", "Os Herdeiros do Vento",
"Caderno de Exorcismos", "Peixe Náufrago", "Mas.", "Por Outras Palavras", "À
Mesa do Amor", "Vou me Embora de Mim".