sábado, 27 de dezembro de 2014

UM CURRÍCULO E PERAS

http://youtu.be/CZMpF8qlz1M

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

SUBMARINOS E NÃO SÓ

rocesso dos submarinos pode não permitir a criminalização dos responsáveis, mas não pode deixar de exigir que pelo menos se puna quem permitiu os desmandos que estão patentes na frase dos Espírito Santo.
A frase foi dita por Ricardo Salgado numa reunião “familiar” para distribuir os despojos do negócio dos submarinos. A audição das gravações dessa reunião, que a TVI tornou possível, apesar da ameaça de processos, permitiu-nos ouvir os representantes dos diferentes clãs da família Espírito Santo a fazerem essa distribuição ao vivo. Salgado fala com uma voz pausada e de autoridade, os outros fazem perguntas concretas sobre a parte que lhes coube. Com a maior das calmas, sem sequer qualquer visível entusiasmo pelo que cada um ia receber — um milhão de euros, que deixariam qualquer mortal feliz —, percebe-se como era habitual lidarem com milhões e milhões, os que eram deles e os que não eram.
Só queriam explicações sobre por que é que não era mais, sabendo que outros tinham ficado pelo caminho, nos intermediários de baixo e no “alguém” que não é nomeado. A voz da ganância perguntava: “como é que aqueles três tipos receberam 15 milhões” e eles só cinco? Quando as perguntas começaram a querer ir mais longe, Salgado manda que não "[remexessem] mais no assunto”.
E saindo dali, da sala sumptuosa de madeiras vagamente cheirando a fragâncias naturais, o que é da natureza das boas madeiras, do couro nobre das cadeiras, dos cristais dos copos de água e dos quadros naturalistas nas paredes, dedicaram-se à esforçada tarefa de manter o seu milhão bem longe dos impostos fora de Portugal, e só o “importaram” quando o Governo permitiu o chamado "Regime Excepcional de Regularização Tributária" (RERT). O dinheiro, algum dinheiro, voltou, e foi um segundo excelente negócio, visto que pela fuga ao fisco pagaram menos impostos do que todos nós pagamos. Menos? Muito menos. Este regime do RERT foi um excepcional presente governamental para os Espírito Santo e para todos os que estiveram envolvidos nestes negócios.
De onde veio o dinheiro? Do bolso dos portugueses, os tais que estavam a “viver acima das suas posses” e que o pagaram quando compraram os submarinos mais caros devido ao rastro de corrupção que eles deixaram atrás. Sabem quando estas frases foram ditas? Há um ano, em Novembro de 2013, estavam os portugueses no seu quinto ano de empobrecimento.
A frase, pausada e grave de Ricardo Salgado merece ser ouvida na sua integralidade, visto que ela representa para todos nós uma vergonha colectiva pela impunidade dos nomeados – o autor da frase, os recebedores dos milhões, os “tipos” que ficaram com os 15 milhões, e o “alguém” – nesta semana em que o processo dos submarinos foi arquivado:
“E vocês têm todo o direito de perguntar: mas como é que aqueles três tipos receberam 15 milhões? A informação que temos é que há uma parte que não é para eles. Não sei se é ou não é. Como hoje em dia só vejo aldrabões à nossa volta... Os tipos garantem que há uma parte que teve de ser entregue a alguém em determinado dia.”  
Sim, os distintos membros do conselho superior do GES, tinham todo o “direito de perguntar” como é que “aqueles três tipos” receberam o que receberam, como nós temos todo o direito de perguntar como é que, com o arquivamento da investigação judicial, todos ficaram impunes dos seus crimes, porque estes “prescreveram”. Mas, mesmo que não seja possível perseguir na Justiça esses crimes, que estão escritos a néon nos céus de Portugal na frase de Ricardo Salgado, será que não é possível outro tipo de sanções?
Não é preciso ir mais longe do que ler o despacho de arquivamento do Ministério Público, para que se compreenda que em termos de responsabilidade, em particular de responsabilidade política, as investigações apontaram para ilegalidades, mesmo que precisem que a “prática de ilegalidade não tem, necessariamente, de configurar a prática de crime”. Muito bem, deixemos de falar em crime, passemos a falar de responsabilidades, porque, se o crime já não pode ser perseguido, pelo menos podemos exigir que um governo e políticos decentes exijam uma sanção pelas responsabilidades, por aquilo que custou muitos milhões aos portugueses.
Aliás, se há matéria que, se os portugueses conhecessem em detalhe, ainda endureceriam muito mais a sua crítica aos desmandos do poder, é a longa saga das compras de material militar e das chamadas “contrapartidas”, um dos negócios mais fraudulentos das últimas décadas. Juntem-no, se fazem favor, às PPP, porque são da mesma natureza: contratos leoninos, com cláusulas ficcionais, que estavam lá para aumentar o preço a pagar pelo Estado por aquilo que comprava e que ninguém contava vir a cumprir.
A coisa era tão escandalosa e o terreno tão pantanoso que mesmo os distintos membros do conselho superior do GES são aconselhados por Ricardo Salgado a não se meterem nestes negócios, “porque eles estavam-se a preparar para fazer o mesmo com carros blindados”. E na sala ouviu-se “e em metralhadoras e fragatas”. Quem conheça as encomendas previstas de material militar da última década, sabe muito bem do que eles estavam a falar.
            

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

CINCO LIÇÕES

Cinco Lições e uma Moral da História
 

 
  Ladrões entraram num banco numa pequena cidade.

  Um deles gritou:

  - "Não se mexam! O dinheiro pertence ao banco mas as vidas são vossas".

 Imediatamente todas as pessoas se deitaram no chão em silêncio e sem pânico.

LIÇÃO 1: Este é um exemplo de como uma frase dita correctamente e na altura certa pode fazer toda a gente mudar a sua visão do mundo.

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Uma das mulheres estava deitada no chão de uma maneira provocante. Um dos assaltantes aproximou-se e disse-lhe: 
- "Minha senhora, isto é um roubo e não uma violação. Por favor, procure agir em conformidade. "

LIÇÃO 2: Este é um exemplo de como comportar-se de uma maneira profissional e concentrar-se apenas no objectivo.

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No decorrer do assalto, o ladrão mais jovem (que tinha um curso superior) disse para o assaltante mais velho (que tinha apenas o ensino secundário):
- "Olha lá, se calhar devíamos contar quanto é que vai render o assalto, não achas?". O homem mais velho respondeu: 

- "Não sejas estúpido! É uma data de dinheiro e por isso vamos esperar o Telejornal para descobrir exactamente quanto dinheiro conseguimos roubar".
LIÇÃO 3: Este é um exemplo de como a experiência de vida é mais importante do que uma educação superior.
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Após o assalto, o gerente do banco disse ao caixa: 
- "Vamos chamar a polícia e dizer-lhes o montante que foi roubado". 
- "Espere", disse o caixa "porque não acrescentamos os 800 mil Euros que tirámos há alguns meses e dizemos que também esse valor foi roubado no assalto de hoje”.
LIÇÃO 4: Este é um exemplo de como se deve tirar proveito de uma oportunidade que surja.
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No dia seguinte foi relatado nas notícias que o banco tinha sido roubado em 3 Milhões de Euros. Os ladrões contaram o dinheiro mas encontraram apenas 1 Milhão. Um deles começou a resmungar: 
- "Nós arriscamos as nossas vidas por 1 Milhão enquanto a administração do banco rouba 2 Milhões sem pestanejar e sem correr riscos? Talvez o melhor seja aprender a trabalhar dentro do sistema bancário em vez de ser um simples ladrão".

LIÇÃO 5: Este é um exemplo de como o conhecimento pode ser mais útil do que o poder.

  

Moral da história:

Dá uma arma a alguém e ele pode roubar um banco.

Dá um banco a alguém e ele pode roubar toda a gente.


- BPN? BES?...
 


  

 
 

ANTÓNIO ALEIXO



ANTÓNIO ALEIXO

Acho uma moral ruim
trazer o vulgo enganado:
mandarem fazer assim
e eles fazerem assado.

Sou um dos membros malditos
dessa falsa sociedade
que, baseada nos mitos,
pode roubar à vontade.

Esses por quem não te interessas
produzem quanto consomes:
vivem das tuas promessas
ganhando o pão que tu comes.

Não me deem mais desgostos
porque sei raciocinar...
Só os burros estão dispostos
a sofrer sem protestar!

 Esta mascarada enorme
 com que o mundo nos aldraba,
 dura enquanto o povo dorme,
 quando ele acordar, acaba.

  António Aleixo

  
 

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

SEM PREOCUPAÇÃO

Santos Pereira: Portas fez “intriga e chantagem” com o país e não merece “perdão”

28/11/2014, 20:40227.393 PARTILHAS
No livro "Reformar sem medo", o ex-ministro da Economia fala da sua saída do Governo e conta que Portas estava "descontraído" com promoção de Maria Luís horas antes de se demitir.
 
O ex-ministro da Economia Álvaro Santos Pereira fala pela primeira vez sobre a crise política do verão de 2013 em que acabou despedido do Governo e foi substituído por um centrista, Pires de Lima. No livro “Reformar sem medo”, que chegou esta sexta-feira às livrarias, o ex-ministro relata os dias frenéticos daquele verão e Paulo Portas, que passou de uma demissão a ser empossado vice-primeiro-ministro, não sai nada bem na fotografia. Portas “intrigou” contra Santos Pereira desde o primeiro dia do Governo e fez “chantagem” com o país numa atitude que não merece “perdão” – palavras do ex-ministro.
“O que me é insuportável é a intriga pela intriga, é os políticos fazerem tudo o que está ao seu alcance, sem olhar a meios, para ter mais poderes ou ganhos políticos. Isso acho profundamente lamentável, errado”, escreve Álvaro Santos Pereira, acusando Portas, líder do segundo partido de coligação, de ter feito, para mais, “intriga e chantagem com um país numa situação dramática e que estava sob assistência financeira”.
No capítulo “A intriga política”, o primeiro ministro da Economia de Passos Coelho conta como viveu os dois anos em que esteve no Governo e, por ordem cronológica, a sua versão dos acontecimentos nos primeiros dias de julho de 2013.
“Há pessoas que se dedicam quase em exclusivo à intriga política (…) frequentemente escudando-se por detrás de políticas populistas e de facilidade comunicacional”, diz, referindo-se a Portas e revelando que, desde o início do Governo, “houve intriga e conflitos internos”. “Não tenho dúvida que parte dos ataques foi interna”, explica, lembrando uma célebre frase do ex-primeiro-ministro britânico Winston Churchill: “Os adversários sentam-se em frente e os inimigos ao lado (na bancada do Governo)”.
“Tudo começou” pela tutela da AICEP, a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, – conta Santos Pereira – e “depois prosseguiu com tudo o que envolvesse boas notícias, investimentos, Concertação Social, ou até os ataques aos lóbis”. Foram “dois anos de ataque cerrado, embora nunca direto”, refere.
Até que chega o dia 1 de julho, em que o ministro das Finanças, Vítor Gaspar, se demite. “O timing da demissão de Vítor Gaspar surpreendeu-me”, disse. Mas, “a surpresa das surpresas aconteceu dia 2 de julho”, terça-feira, dia em que Portas apresenta a demissão – durante a tarde.
Nessa manhã de dia 2, Portas ainda lhe liga para discutir uma nomeação para a Autoridade da Concorrência, um “pretexto”, segundo Santos Pereira. Acabam a conversar sobre a demissão de Gaspar e Portas diz-lhe, a propósito da sua sucessora, Maria Luís Albuquerque, que “não conhecia bem a nova ministra”. Estava “relativamente descontraído” e disse que preferia que a escolha tivesse recaído sobre o ministro da Saúde, Paulo Macedo. Horas depois, Portas demite-se invocando ter sido contra a escolha de Maria Luís para substituir Gaspar.
Álvaro Santos Pereira tem conhecimento da demissão de Portas, nessa tarde, já em Berlim, onde tinha uma reunião de trabalho, e fica “siderado, atónito, perplexo” com a notícia. “Senti que a pátria tinha sido traída e que o país tinha sido atirado para a lama, tinhamos acabado de deitar o trabalho dos últimos dois anos para o lixo”, conta.
No livro, o ex-ministro revela que ligou a um ministro do CDS (teria sido Luís Pedro Mota Soares, ministro da Segurança Social pois a outra pessoa indicada pelo partido é uma mulher, Assunção Cristas, na Agricultura). Santos Pereira diz-lhe que “era preciso que o CDS continuasse no Governo” e aquele responde-lhe que “as coisas estavam muito mal entre os dois partidos, que não havia confiança entre eles e que o melhor mesmo era que o CDS saísse do Governo e haver um acordo de incidência parlamentar até ao final da legislatura”.
Essa solução era, para o então ministro da Economia, “um disparate e um caos total”. E diz ao interlocutor “que pedissem o que quisessem, mesmo a pasta da Economia”. Segundo Santos Pereira, esta pasta era “uma ambição do CDS desde o primeiro dia”. Um dirigente do CDS, António Pires de Lima, acabou a substitui-lo. “Para mim era evidente o que iria acontecer”, sublinha.
Pedro Passos Coelho já estava com Santos Pereira em Berlim quando Paulo Portas recua na sua decisão e dá o “irrevogável” por não dito. Santos Pereira reage sem oposição à sua substituição no Governo porque “o país não precisa de mais dramas e turbulências”, mas não deixa de considerar o que se passou “uma chantagem”.
Na segunda-feira seguinte, dia 8, o ministro começa a encaixotar as suas coisas no gabinete. O Presidente da República não dá posse aos novos ministros, porém, e pede um entendimento alargado. O processo de negociações, que termina sem sucesso, demora três semanas “bastante difíceis”.
Durante esse período, ocorre no Parlamento um debate do Estado da Nação e um debate de moção de censura ao Governo. “No debate do Estado da Nação, mantive a compostura e fiquei sentado a ouvir o discurso de alguém que fez o que fez ao país”, lembra, sobre Portas, acrescentando que “há limites” para “os sapos que se tem que engolir na política”. No debate seguinte, saiu da sala no momento em que Portas discursa e também já não vai à tomada de posse dos novos ministros para não ter que “apertar a mão” ao empossado vice-primeiro-ministro.
Santos Pereira termina o capítulo dedicado ao Portas com uma interrogação:
“Em qualquer outro país minimamente avançado e democrático, essas ações nunca seriam perdoadas, nem pela opinião pública, nem pela imprensa e muito menos pelo próprio partido. É chocante e é pena que os agentes políticos e a imprensa não tenham atuado em conformidade com alguém que assim agiu. Porque será?”.
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DÍVIDA


segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

sábado, 13 de dezembro de 2014

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

ANEDOTA

a pela rua aos trambolhões. De vez em quando parava e começava a gritar:
- Eu, se tivesse 5 € comprava o Passos Coelho! Eu, se tivesse 5 € comprava o Passos Coelho!
Claro que ao fim de um bocado foi preso, e no dia seguinte foi presente a tribunal.
O juiz - O senhor praticou um ato gravíssimo. Lembra-se?
O bêbedo - Oh senhor doutor juiz, eu estava um bocado “tocado”, sabe…
O juiz - Isso não é desculpa. O senhor andava a dizer que se tivesse 5 € comprava o Passos Coelho.
O bêbedo - Oh senhor doutor, nem me diga isso, um gajo quando está bêbedo lembra-se de comprar cada merda!
 


terça-feira, 2 de dezembro de 2014

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

CARLOS ALEXANDRE

Quem é Carlos Alexandre?

É o juiz que ilibou o CDS no caso dos sobreiros.

É o juiz que ilibou Oliveira e Costa e os outros amigos de Cavaco no caso BPN e que não investigou nem levou a julgamento os responsáveis do mesmo.

Foi ainda Juiz vendido de nome Carlos Alexandre, quem interrogou Salgado, notificando-o na sua casa, deixando-o depois sair sob caução, e que ainda não prendeu, nem vai prender, ninguém do BES.

Tudo o que investiga sai, como que por magia, no Sol, no Correio da Manhã e na TVI, todos com ligações a Felícia Cabrita, que consegue sempre a primazia das informações e a quem não investiga por indícios de fuga ao segredo de justiça. Isto não é Jornalismo!

Este "Juiz" com a detenção de José Sócrates, acabou de garantir a sua grande "reforma Vitalícia"!
Tirem as vossas ilações...