segunda-feira, 9 de abril de 2012

CAVACO..OU UM PAÍS EM CAVACOS---



Os casos sucedem-se... ( a "família" é a mesma...)

"Poço Vasco da Gama", Cavaco/Ferreira do Amaral


Convém lembrar que:
Tomada de decisão: 1991
Adjudicação à Lusoponte: 1994
Seguiu-se a construção e o regabofe dos milhões em bola de neve ainda
em curso e para continuar.

Correio da manhã de 27Março
Poço Vasco da Gama
A construção da Ponte Vasco da Gama, a primeira parceria
público-privada, foi um negócio ruinoso para o estado português.
Por:Paulo Morais, Professor Universitário
A participação privada na nova travessia do Tejo nasceu de um embuste,
a tese de que o estado não teria dinheiro para construir a
infra-estrutura e recorria ao apoio dos privados, a quem mais tarde
pagaria determinadas rendas. Nada mais errado! Até porque os privados
entraram com apenas um quarto dos 897 milhões de euros em que orçava o
investimento. O restante foi garantido pelo estado português, através
do Fundo de Coesão da União Europeia (36%), da cedência da receita das
portagens da Ponte 25 de Abril (6,0%), e por um empréstimo do Banco
Europeu de Investimentos (33%). O verdadeiro investidor foi o estado
português, que assim garantiu a privados uma tença milionária ao longo
de anos. Só em 2010, as receitas das portagens atingiram quase 75
milhões de euros.
Ao mesmo tempo, os privados eliminavam a concorrência, pois garantiam
que ninguém poderia construir uma nova travessia no estuário do Tejo
sem lhes pagar o respectivo dízimo.
Para piorar a situação, o estado negociou, ao longo de anos,
sucessivos acordos para "a reposição de reequilíbrio financeiro",
através dos quais se foram concedendo mais vantagens aos
concessionários. Ainda antes da assinatura do contrato de concessão,
já o estado atribuía uma verba de 42 milhões de euros à Lusoponte para
a compensar por um aumento de taxas de juro. Mas os benefícios de
taxas mais baratas, esses reverteram sempre e apenas para a Lusoponte.
Sem razão aparente, o estado prolongou ainda a concessão por sete
anos, provocando perdas que foram superiores a mil milhões. E muito
mais… um poço sem fundo de prejuízos decorrentes de favorecimentos à
Lusoponte.
Aqui chegados, só há agora uma solução justa: a expropriação da Ponte
Vasco da Gama, devolvendo aos privados o que lá investiram. As
portagens chegam e sobram para tal. Não se pode é continuar a permitir
que, por pouco mais de duzentos milhões de euros, uns tantos senhores
feudais se tornem donos de uma ponte que não pagaram, cativem as
receitas da "25 de Abril" e sejam donos do estuário do Tejo por toda
uma geração.














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