O grande equívoco chamado Aníbal Cavaco Silva, continua a pairar sobre nós.
Desde o célebre congresso da Figueira que catapultou o ilustre desconhecido de Boliqueime para a política que esta personalidade não tem feito outra coisa senão enterrar o País e no entanto estranhamente o povo português masoquista quanto baste continua rendido à sua corte e às suas falácias.
Cavaco tem tirado partido da natural apatia do povo português que não quer ou não consegue ver erros graves de Cavaco Silva e que têm contribuído para o nosso atraso estrutural deixando o País à deriva. A elite política tem feito dele uma personalidade de competência que tem vendido aos eleitores da sua área política com sucesso. Já assim foi com Sá Carneiro que coitado nem sequer tempo teve para deixar obra fosse ela boa ou má, no entanto à falta de melhor todos eles se reclamam de seus seguidores. Com Cavaco a situação é diferente ele teve a oportunidade histórica de transformar Portugal, em duas maiorias absolutas consecutivas e numa altura em que o ciclo económico era favorável (a economia estava em crescimento) com o País a ser inundado com MILHÕES e MILHÕES vindos da então CEE a fundo PERDIDO e que ele deixou esvair para o bolso de meia dúzia de oportunistas, sem consequências. O País ficou mais pobre e os seus “amigos” ainda mais ricos tendo os processos instaurados pelo Estado Português prescrito convenientemente, com é costume.
Qualquer manual de economia para principiantes ensina que as reformas estruturais numa economia devem ser feitas quando se reunirem 2 condições, estabilidade política e ciclo económico em expansão. Cavaco teve essas duas condições aliadas à entrada de MILHÕES a fundo perdido. O que fez Cavaco? Reformas estruturais ZERO, limitou-se a fazer algumas centenas de quilómetros de AUTO-ESTRADAS (nas quais pagamos para lá passar) e brindou-nos com a obra do seu regime o Centro Cultural de Belém (mais um elefante branco). Este erro crasso do regime cavaquista é a MÃE da crise estrutural que o País atravessa e da qual jamais sairá (oxalá esteja enganado). Como se isto não bastasse Cavaco cometeu outro grande e GRAVE erro de LESA PÁTRIA, estranhamente nunca referido pelos média, e assim se vai reescrevendo a História e criando mitos.
Ele, Cavaco Silva, enquanto Primeiro-ministro e Tavares Moreira enquanto governador do Banco de Portugal, são os RESPONSÁVEIS pelo DESAPARECIMENTO de várias TONELADAS de OURO do Banco de Portugal que terão sido displicentemente “investidas” numa empresa norte-americana que entretanto faliu, ficando o País a ver navios e sem o OURO.
Num País civilizado isto teria no mínimo responsabilidades políticas e Cavaco não poderia ter outra aventura política, no entanto os portugueses, resolveram meter a raposa no galinheiro, premiando-o com a presidência da república, onde para além de ir coleccionando lautas reformas, vai fazendo o que pode pelos seus correligionários políticos, como foi o caso de Dias Loureiro que se manteve foragido no Conselho de Estado protegido pela sua asa protectora até ao limite do absurdo.
A “roubalheira” do BPN, que todos nós portugueses pagámos, foi feita IMPUNEMENTE por pessoas com altos cargos no PSD e nos governos de Cavaco Silva, e o único responsável que se encontra preso em “domiciliária” encontra-se bastante doente, estando todos à espera que ele morra para mais uma vez a culpa morrer solteira, enquanto todos os outros vão escapando pela malha larga da justiça, do bloco central de interesses.
É preciso não esquecer que este brilhante economista no seu consulado de primeiro ministro em duas maiorias absolutas consecutivas, nas melhores condições económicas conjunturais de sempre, deixou crescer a dívida pública em dez por cento para além de não ter feito uma única reforma estrutural de que o país carecia.
A partir de D. Dinis, no Século XIII, com o tratado de Alcanizes, o nosso espaço territorial tem sido mais ou menos estável, foi preciso terem passado 700 anos para pela mão de outro político, com tiques monárquicos, que segundo o próprio “nunca tem dúvidas e raramente se engana”, chamado Cavaco Silva, tendo sido acompanhado nesta negociata monstruosa, pelo seu ministro das obras públicas,Ferreira do Amaral, que assim ambos ficarão na História (trágica) portuguesa por ambos terem protagonizado a alienação de território nacional.
Assim sendo, leiam esta história de pasmar. O Estado português, sob a direcção de Cavaco Silva, numa “negociata” favorável a uma empresa privada, a LUSOPONTE, abdicando da soberania em todo o espaço do território nacional e cedeu uma parte do território nacional a …essa mesma empresa privada.
Agora com a construção (previsível) de uma nova ponte a montante da Vasco da Gama para a poder construir o Estado Português, terá de, ao abrigo deste “estranho e lesivo acordo” terá de indemnizar a Lusoponte. Para melhor compreendermos o “interesse nacional” a pessoa que negociou em nome do Estado este mesmo acordo “ruinoso” para o próprio Estado, assim que sai do governo vai direitinho para a Administração da (imaginem) Lusoponte, empresa esta que é a grande beneficiária do acordo que ele mesmo assinou enquanto ministro das obras públicas do governo de Cavaco Silva.
É também preciso “recordar” o caso SIRESP da responsabilidade do governo de Cavaco Silva, caso este também bastante nebuloso, mas “curiosamente” vindo a ser arquivado segundo parece pelo PS quando era ministro da área o actual presidente da Câmara de Lisboa, António Costa.
Para terminar se existe por aí algum algum cavaquista empedernido que desminta estes factos e que juntamente me esclareça da tal “obra cavaquista” legada pelo seu longo consulado, da qual só se conhecem generalidades difusas, mas da qual ainda não vi factos.
Para ser sério, competente e honesto não basta dizê-lo.
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