quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

APRE ASSOCIAÇÃOPORTUGUESA DSE REFORMADOS

Cara(o)s associada(o)s
O nosso associado, o Capitão de Abril e escritor, Carlos Matos Gomes, já nos habituou a uma escrita, seja em livros ou em artigos, de inegável valor.
A sua capacidade de crítica, contundente, satírica e eficaz, não é surpresa para nós.
Pois bem, aqui temos um bom exemplo de tudo isso, que ele publicou hoje na sua página do Facebook.
Leiam, que vale a pena.
Felicitações ao Carlos, com um grande abraço amigo, que estendo a todas e a todos.
Vasco Lourenço
O expressionista!
A ideia de fazer do Relvas uma vítima do fascismo e da falta de liberdade de expressão revela que o infinito existe. Neste caso 2 infinitos: o infinito impudor de uns, que sabem o que dizem (os manipuladores) e a infinita ingenuidade de umas almas que acreditam que a vida é como os antigos filmes de cobóis: no final faz-se justiça e os maus são castigados.
Primeira questão, a falta, ou impedimento, de liberdade de expressão ao Relvas. Ora o que o Relvas mais tem tido é liberdade de expressão! Liberdade para aldrabar currículos universitários, moradas, liberdade para dizer uma coisa e fazer outra, liberdade para dizer hoje uma coisa e amanhã outra. Liberdade para aceder a todos os púlpitos. A relação entre o Relvas e a liberdade de expressão é de excesso. O Relvas é um expressionista! O que está a acontecer ao Relvas resulta do excesso de liberdade de expressão. Ele enojou o comum dos cidadãos com o excesso da sua liberdade de se expressar por títulos académicos, por negociatas, por exibição de ostentação em eventos sociais e por mil casos que já fazem dele a maior fonte de anedotas nacional. O que está acontecer ao Relvas com a liberdade de expressão é o mesmo que aconteceu ao sapo da fábula que começou a fumar e rebentou.
Segunda questão: os compungidos. Os compungidos são de dois tipos: os políticos que querem prevenir-se de igual sorte e ter argumentos para tal. Isto é, os que se antecipam ao verem as barbas do Relvas a arder e os do tipo dos sacristães, que estão sempre do lado da ordem, os religiosos, adeptos da resignação porque ela redime e até paga em esmolas (e quantos as esperam e quantos vivem delas!)
Quanto ao que está a acontecer. O que está a acontecer não tem a ver com a liberdade de expressão. Tem a ver com a falta de respeito. Falta de respeito do Relvas pela sociedade onde se apresentou ao serviço como politico e se transformou à vista de todos (foi essa a imagem que deu de si) num videirinho. Falta de respeito da sociedade pelo Relvas que, sendo ministro, membro de um órgão de soberania, merecia um mínimo de respeito institucional. E é esta falta de respeito na sociedade que devíamos estar a discutir e que nos devia preocupar. Devia preocupar também, digo eu, aquele senhor que vive em Belém (acamado, presumo).


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