Espanha aqui tão perto...
Condenada pela agressividade do seu filho
O título bem poderia ser 'Condenada pela agressividade do seu educando
ou as razões porque, por cá, somos tão estranhos'.
Em Portugal uma aluna agride a professora. Pena máxima: transferência
de escola. Ou seja: 'Passa a outro e não ao mesmo'!
Em Espanha, os pais são responsabilizados. Leia-se este artigo no El
País (que aqui publicamos).
Vale a pena ler e repassar, para ver se este artigo chega ao PR, ao
PM, ao PGR ou a qualquer outro que tenha responsabilidades neste país
onde os pais nunca são responsabilizados pela educação que dão aos
filhos...
Uma colega, num e-mail que me enviou, dizia 'Se eu fôr atacada por um
cão, que é um animal irracional, o dono é responsável pelos actos e
pelos danos que o animal causar. Mas se eu for 'atacada' por um aluno,
a culpa é minha porque não soube impôr respeito.
Como é que os pais podem ser desresponsabilizados pelas atitudes dos
filhos, pelos valores e exemplos que lhes deram, pela falta de cuidado
e de preocupação com que os deixaram crescer em auto-gestão, sem lhes
impor regras nem limites?
Já a minha avó dizia que 'de pequenino é que se torce o pepino'. Mas
hoje os pais têm medo de educar os filhos; têm medo que eles fiquem
traumatizados porque, ao obrigá-los a pôr o cinto na cadeirinha do
carro, eles começam chorar...
É lógico que aos 10 - 15 anos (quando não mais cedo) o 'pepino' já
está demasiado torcido e 'Quem torto nasce, tarde ou nunca se
endireita'.
Eis a notícia:
Confira a notícia no El País.
Condenada pela agressividade do seu filho
O Tribunal de Sevilha condenou uma mãe pelo 'laxismo e tolerância' que
provocou a atitude violenta do seu educando.
O Tribunal de Sevilha condenou uma mulher ao pagamento de uma multa de
14.000 euros por causa de uma agressão do seu filho ocorrida no
Instituto de Secundaria em que anda a estudar. O tribunal considerou
que o 'laxismo e tolerância' da mulher na educação do menor é que
motivaram o comportamento violento do adolescente.
A multa servirá para pagar o tratamento de reconstituição dos dentes
do outro menor, colega no Instituto Castilla de Castilleja de la
Cuesta, Sevilha. Durante o julgamento, a mulher tentou atribuir a
responsabilidade ao centro educativo por não ter executado as 'tarefas
suficientes de vigilância' sobre os alunos, mas a sentença ajuizou que
os adolescentes não necessitam de uma vigilância tão rígida, antes que
'a brutalidade e intensidade' da agressão evidenciam 'uma falta de
comunicação ou assimilação de educação e a moderação de costumes no
agressor para uma convivência assente em valores'.
O Tribunal confirma assim a primeira decisão judicial que referia uma
'educação incorrecta ', que os juízos comparam com aquelas situações
em que os progenitores 'permitem ou não se preocupam em controlar os
seus filhos para que não levem para as escolas objectos que possam
tornar-se, por si mesmos, perigosos'.'
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