Perante as privatizações propostas pelo PSD/CDS, o texto do Cadernos de
Lanzarote, do Saramago, vem mesmo "a matar".**
«Privatize-se tudo, privatize-se o mar e o céu, privatize-se a água e o ar,
privatize-se a justiça e a lei, privatize-se a nuvem que passa,
privatize-se o sonho, sobretudo se for diurno e de olhos abertos. E
finalmente, para florão e remate de tanto privatizar, privatizem-se os
Estados, entregue-se por uma vez a exploração deles a empresas privadas,
mediante concurso internacional. Aí se encontra a salvação
do mundo... e, já agora, privatize-se também a puta que os pariu a todos.»
José Saramago - Cadernos de Lanzarote - Diário III - pag. 148*****
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