quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

É fartar..-vilanagem

Des)ajustes directos em Portugal
Portugal, País de grandes tradições e brandos costumes... pelo menos é o que muitos pensam ser verdade... até abrirem os olhos.

Agora, expliquem-me, porque eu devo estar a ver mal, como é que se justificam as despesas que foram recentemente detectadas e a seguir transcritas:


1) Gastar mais de 10.000,00 euros num GPS para um instituto público, quando nos dizem que não há dinheiro para baixar as propinas aos alunos.

2) A aquisição de:1 armário persiana, 2 mesas de computador, 3 cadeiras c/rodízios, braços e costas altas pela módica quantia de 97.560,00 EUROS (!!!)

3) Em Vale de Cambra, vai-se mais longe... e se pensam que o Ferrari do Cristiano Ronaldo é caro, esperem para ver. Quanto custa um autocarro de 16 lugares para as crianças? Pois são só 2.922.000,00 €
É isso mesmo: quase 3 milhões de euros???

4) No Alentejo , as reparações de fotocopiadoras também não ficam baratas. A reparação de 2 Fotocopiadores WorkCentre Pró 412 e 1 Fotocopiador WorkCentre PE 16 do Centro de Saúde de Portel: 45.144,00 €

5) Ao menos em Alcobaça a felicidade e alegria as crianças fala mais alto: 8.849,60€ para a Concentra em brinquedos para os filhos dos funcionários da câmara!
Crianças... se não receberam uma Nintendo Wii no Natal, reclamem ao Pai Natal, porque alguém vos atrofiou o esquema!

6) Mas voltemos ao Alentejo, onde por uns meros 375.600,00 Euros se podem adquirir: 14 módulos de 3 cadeiras em viga e 10 módulos de 2 cadeiras em viga
Ora... 14x3 + 10x2 = 62 cadeiras... a 375.600,00 euros dá um custo de... 6.058,00 Euros por cadeira!
Mas, pensando bem, num país onde quem precisa de ir a um hospital passa mais tempo sentado à espera do que a ser atendido - talvez justifique investir estes montantes no conforto dos utentes...

7) Em Ílhavo , a informática também está cara, 3 computadores e mais uns acessórios custam 380.666,00 € Sem dúvida, uns supercomputadores para a Câmara Municipal conseguir descobrir onde andam a estourar o orçamento.

8) Falando de informática. Se se interrogam sobre o facto da Microsoft ser tão amiga do nosso País, e de como o Bill Gates é/era o homem mais rico do mundo... é fácil quando se olham para as contas: Renovação do licenciamento do software Microsoft: 14.360.063,00 €
Já diz o ditado popular: Dezena de milhão a dezena de milhão, enche a Microsoft o papo!
Isto dava para quantas reformas, de pessoas que trabalharam e descontaram "uma vida inteira" ?
9) Mas, para acabar em pleno, cagar na Capital fica muito caro meus amigos! A Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa gastou 5.806,08 € em 9072 rolos de papel higiénico!!!

Ora, uma pesquisa rápida pela net revelou-me que no Jumbo facilmente se encontram rolos de papel higiénico (de folha dupla, pois claro! - pois não queremos tratar indignamente os rabos dos nossos futuros doutores) por cerca de 0,16 Euros a unidade...
Mas na Faculdade de Letras, aparentemente isso não é suficiente, e o melhor que conseguiram foi um preço de 0,64 Euros a unidade!
É "apenas" quatro vezes mais do que qualquer consumidor consegue comprar, e sem sequer pensarmos no factor de "descontos" para tais quantidades industriais.

Num País minimamente decente, eu deveria poder exigir que me devolvessem o valor pago em excesso, não?
Mandava o link para a Faculdade de Letras de Lisboa, e exigia que me devolvessem os 4.000 e tal euros pagos a mais. (Se comprassem no Jumbo, teriam pago apenas 1.451 euros pelo mesmo número de rolos de papel higiénico.)

Oh MEUS AMIGOS.... como é que é possível justificarem estas situações?
Que, como se pode imaginar, não são as únicas. Se continuasse a pesquisar nunca mais parava, como por exemplo, os mais de 650 mil euros gastos em vinho tinto e branco em Loures. Leitores de Loures, não têm por aí nada onde estes 650 mil euros fossem melhor empregues???
É preciso ser doutor, ou engenheiro, ou ministro, ou criar uma comissão de inquérito, para perceber como o dinheiro dos nossos impostos anda a ser desperdiçado?
Isto até me deixa doente... é mesmo deitar o dinheiro pela retrete abaixo (literalmente, no caso da Faculdade de Letras de Lisboa!)

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