quarta-feira, 5 de maio de 2010

ESTAMOS COMPLETAMENTE LIXADOS

Foi há um mês que Passos Coelho fez a sua campanha interna jurando que, se fosse líder, o PSD rejeitaria o Programa de Estabilidade e Crescimento e qualquer aumento de impostos! Só que, esta semana, Passos Coelho e Sócrates caíram nos braços um do outro! E, de repente, o novo líder do PSD "esqueceu" tudo o que tinha dito e deu luz verde ao PEC e à antecipação de algumas das suas medidas mais graves, no essencial, as propostas que o CDS já avançara e que transformam os desempregados e pobres de Portugal nos malandros causadores da crise e dos males de que o País padece.
Haverá alguém que não se interrogue sobre qual o grau de confiança que pode merecer um homem que quer ganhar eleições e que, antes de falar ao País, começa logo por aldrabar os seus próprios militantes?
Dirão alguns que, a cambalhota que levou Coelho e Sócrates a reeditarem o Bloco Central, foi o crash provocado pela situação do país. Só que a situação já assim estava quando Passos Coelho era candidato a líder do PSD e dizia fazer tudo aquilo que hoje já ninguém quer lembrar, nem o PSD, nem os comentadores e analistas mais ou menos encartados…
A intimidação reforçou-se. Com a instauração da "união nacional" entre PSD e PS, bombardeiam-nos com a gravidade da situação e a inexistência de alternativa. Quanto à gravidade, não foram os desempregados, nem os trabalhadores que causaram a crise; ela foi provocada pela alta finança e o casino das bolsas sob o patrocínio e apoio dos governos que tudo permitiram e permitem. São esses quem deve pagar o preço da crise. E é por isto mesmo que a alternativa existe, a que faz do crescimento económico, da capacidade de produzir, da valorização dos portugueses e do seu poder de compra a linha de partida para uma outra corrida, a de um projecto próprio e diferente para Portugal.

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