Bruxelas impõe «reforço da austeridade» - e fica à espera.
«Os Mercados aprovam» - e ficam à espera.
O Governo declara que vai já tratar do assunto.
Os analistas aplaudem a imposição de Bruxelas, a aprovação dos Mercados e a declaração do Governo - e dão sugestões.
«O Governo estuda o aumento do IVA e cortes no 13º mês»- e há que reconhecer o pragmatismo das medidas em estudo:
é preciso dinheiro, muito e com muita urgência?
Vai-se buscar onde o há.
E onde é que o há?.
Naturalmente, nas contas bancárias dos que trabalham e vivem do seu trabalho...
A ideia é brilhante!
Os analistas não se cansam de aplaudir a ideia e de a apontar como «a forma mais fácil e rápida de garantir as receitas necessárias»...
De facto, feitas as contas, dá isto: se o Governo roubar aos trabalhadores o total do 13º mês, o saque andará pelos «2 300 a 2 400 milhões de euros».
Fácil e rápido, como se vê.
É claro que a ideia não é nova: quem, pela primeira vez, a teve e aplicou foi... digam lá, digam lá... exactamente, ele mesmo, esse, o mais, o maior: o «pai da democracia!».
Nessa altura, Bruxelas chamava-se FMI - mas a família é a mesma...
E também por cá, a família é a mesma: quem há aí que seja capaz de descobrir diferenças entre o Governo Sócrates/PS/em contacto permanente com Passos Coelho/PSD e o Governo Soares/PS /Mota Pinto/PSD?...
Mas uma coisa sabemos nós - e sabem eles: é que a ideia deles só irá por diante se nós deixarmos.
A propósito: dia 29, a luta é em Lisboa.
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