domingo, 16 de maio de 2010

SILVA LOPES E A GENTE DA SUA LAIA

Sr. Doutor Silva Lopes, que foi Ministro das Finanças de Portugal e, portanto, um dos coveiros responsáveis pela situação em que o pais se encontra, fez esta declaração citada pelo Diário de Notícias:

- "Os povos da orla mediterrânica não tem capacidade de aceitar sacrifícios sem fazer barulho. Mes em Portugal quem faz reinvindicações sãos os previlegiados, não são os pobres diabos que trabalham nas fábricas texteis".

Há que salientar, das palavras deste senhor três pontos fulcrais:

1º - "Os povos da orla mediterrânica não tem capacidade de aceitar sacrifícios sem fazer barulho"

2º - "em Portugal quem faz reinvindicações sãos os previlegiados"

3º - "não são os pobres diabos que trabalham nas fábricas texteis"

Todos os pontos referidos merecem reflexão especial. Assim:

1º Ponto - Que conhecimento tem S.L. da capacidade de aceitação de sacrificios dos povos da Orla Mediterrânica? Quererá ele dizer que os Gregos se revoltam contra uma classe política corrupta que os roubou, que levou o país à banca rota e que, ainda, continua a governar ( e a governar-se) à custa de quem trabalha e não tem as mãos sujas das traficâncias que os políticos e as classes dirigentes praticaram, não aceitos, como carneiros que vão para o matadouro, a sobrecarga que lhes é imposta? Não terá, este Senhor, o mínimo de pudor e decência? Ele, que também é co-autor do que por cá se passa?

2º - Previlegiados? Quem faz as reinvindicações? Como explicará ele o fosso abissal entre salários no nosso país. Não será INDECORASA a repartição da riqueza que ele ajudou a construir?

3º - Sim, senhor! Os trabalhadores texteis devem ficar muito gratos a este senhor! Foream tratados de Pobres Diabos! Nem mais!

Tanta arrogância, tanto desprezo, lembra a posição feudal em fins da Idade Média.

Mas, afinal, quem reconhece a este senhor alguma autoridade para falar daqueles que ele ajudou a espoliar?
A resposta só pode ser uma: os da sua laia.

Que todos reflitam sobre este tema e tomem a posição que acharem adequada ao seu pensamento, dignidade e perspectiva de futuro.

Com uma certeza: com este e outros como este, teremos sempre e sempre mais do mesmo.






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