sexta-feira, 18 de novembro de 2011
HONESTIDADE E COERÊNCIA
Vejam a data da publicação no Diário da República! Não têm mesmo vergonha ...
Vamos continuar a comer e a calar?
Diário da República, 2.ª série -- N.º 217 -- 11 de Novembro de 2011
Gabinete do Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais
Despacho n.º 15296/2011
Nos termos e ao abrigo do artigo 11.º do Decreto -Lei n.º 262/88, de 23 de
Julho, nomeio o mestre João Pedro Martins Santos, do Centro de Estudos
Fiscais, para exercer funções de assessoria no meu Gabinete, em regime de
comissão de serviço, através do acordo de cedência de interesse público,
auferindo como remuneração mensal, pelo serviço de origem, a que lhe é
devida em razão da categoria que detém*, acrescida de dois mil euros por
mês, diferença essa a suportar pelo orçamento do meu Gabinete, com direito
à percepção dos subsídios de férias e de Natal.
O presente despacho produz efeitos a partir de 1 de Setembro de 2011.
9 de Setembro de 2011. -- O Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Paulo
de Faria Lince Núncio.
* A sua remuneração mensal anda na casa dos 3.000 euros
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
F M I ~FEIOS MAUS INCAPAZES
FMI atribui a ex-funcionários pensões superiores a 7 mil euros
Os planos de reforma do Fundo Monetário Internacional (FMI) prevêm que os trabalhadores aufiram pensões vitalícias a partir dos 50 anos. Ao mesmo tempo que impõe cortes salariais e diminuição das pensões em países como Irlanda, Grécia e Portugal, o FMI distribui pelos seus ex-funcionários pensões que chegam a ultrapassar os 7 mil euros mensais.
Artigo | 17 Novembro, 2011 - 03:55
Foto de Mário Cruz, LUSA.
As prestações devidas a ex-funcionários do FMI chegam a ascender, por sua vez, a mais de 7 mil euros, o que contrasta, tal como tem vindo a denunciar Dean Baker, codiretor do Centro de Pesquisa Económica e Política, em Washington, com as "escassas pensões de algumas centenas de euros por mês auferidas pelos gregos e que tanto têm irritado os banqueiros".
Segundo Baker, caso a proposta do ex-ministro grego George Papandreu, no sentido de submeter o novo pacote de ajuda financeira a um escrutínio popular, tivesse, de facto, avançado, "o povo grego, que já foi forçado a aceitar um aumento da sua idade de reforma e pensões mais baixas, poderia sugerir o mesmo para os economistas do FMI".
"Mas a oportunidade de o povo grego participar na discussão rapidamente foi vedada", lamenta o codiretor do Centro de Pesquisa Económica e Política num artigo na sua coluna semanal no Guardian. "Estamos de novo perante um diálogo entre banqueiros e políticos", onde "não há muito espaço para a democracia", conclui.
quarta-feira, 16 de novembro de 2011
OPORTUNIDADE DE NEGÓCIO
VENDE-SE PAíS PERIFÉRICO INTEGRADO NA UNIÃO EUROPEIA COM VARIAS ÁREAS
DE INTERESSE:
2 MIL KM/2 DE PRAIAS
10 MILHÕES DE INQUILINOS /+ DE 50% COM MÉDIA DE IDADES SUPERIOR A 60
ANOS (PERSPECTIVA DE VIDA DE CURTA DURAÇÃO), SEM COMPROMISSOS SOCIAIS
E ENCARGOS COM A POPULAÇÃO. (Completamente submissos)
EXCELENTES AREAS DE EXPLORAÇÃO:
ELECTRICIDADE, ÁGUAS, TRANSPORTES, COMPANHIA AÉREA, TELEVISÃO,
CORREIOS, PETRÓLEO E ENERGIAS ALTERNATIVAS.
MILHARES DE HECTARES DE TERRAS PARA CULTIVO ABANDONADAS
MILHARES DE KM DE AUTO-ESTRADAS DESERTAS
MILHARES DE KM DE MAR PARA PESCA AINDA SEM EXPLORAÇÃO
ALGUMAS MINAS DE OURO E OUTROS METAIS PARA EXPLORAÇÃO
CLIMA TROPICAL /APROXIMADAMENTE 7 MESES DE SOL
2 REGIÕES AUTONOMAS UMA DELAS CHEIA DE BURACOS, MAS COM OFFSHORES E
COM REI DE BRINCADEIRA
DIVERSOS PALACIOS PUBLICOS COM INQUILINOS A CONTRATO
2 ESTALEIROS NAVAIS FECHADOS
1 SIDERURGIA E VARIAS UNIDADES FABRIS DESACTIVADAS
REDE EFICIENTE DE COBRADORES
VARIOS ESTADIOS DE FUTEBOL SEM INQUILINOS
DOS MELHORES PARQUES AUTOMOVEIS DA EUROPA
DOS MELHORES GESTORES PUBLICOS DO MUNDO A JULGAR PELOS VENCIMENTOS E MORDOMIAS
UM EXERCITO DE DESEMPREGADOS QUE ACEITAM TUDO A QUALQUER PREÇO
OFERECE-SE COMO BONUS A MODERNIZAÇÃO DAS LINHAS FERROVIARIAS.
PREÇO BASE DE LICITAÇÃO: 240 MIL MILHÕES de euros
ENVIO DE PROPOSTAS PARA:
PALACIO DE SÃO BENTO,
RUA DE SÃO BENTO, LISBOA
AO CUIDADO DO SR. VITOR GASPAR,
MOTIVO: ORÇAMENTO 2012.
terça-feira, 15 de novembro de 2011
NÃO DEIXEM DE LER
Stryker: Por que a Islândia deveria, mas não está nas notícias
A história que um programa de rádio italiano conta acerca da revolução que decorre na Islândia é um exemplo impressionante de quão pouco os media nos dizem sobre o que se passa no resto do mundo. Os norte-americanos lembrar-se-ão de que no início da crise financeira de 2008, a Islândia caiu literalmente na bancarrota. As razões foram mencionadas apenas de passagem e, desde então, este membro pouco conhecido da União Europeia caiu de novo no esquecimento.
Por Deena Stryker*
Há medida que um país europeu atrás do outro atinge ou fica próximo de atingir a bancarrota, pondo em perigo o Euro e com repercussões para o mundo inteiro, a última coisa que os poderes em questão querem é que a Islândia se torne um exemplo. Eis a razão:
Cinco anos de um regime puramente neoliberal fizeram da Islândia (população de 320 mil habitantes, sem Exército) um dos mais ricos países do mundo. Em 2003 todos os bancos do país foram privatizados e, num esforço para atrair o investimento estrangeiro, passaram a oferecer serviços on-line, cujos custos reduzidos lhes permitiram oferecer taxas internas de rendibilidade relativamente elevadas. Estas contas, designadas “IceSave”, atraíram muitos pequenos investidores ingleses e holandeses. Mas, à medida que os investimentos cresciam, também a dívida externa dos bancos aumentava. Em 2003, a dívida islandesa equivalia a 200 vezes o seu PIB e, em 2007, era de 900%. A crise financeira de 2008 foi o golpe de misericórdia. Os três principais bancos islandeses, o Landbanki, o Kapthing e o Glitnir caíram e foram nacionalizados, enquanto o Kroner perdeu 85% do seu valor em relação ao Euro. No final do ano, a Islândia declarou a bancarrota.
Ao contrário do que se poderia esperar, da crise resultou que os islandeses recuperaram os seus direitos soberanos, através de um processo de democracia participativa direta, que acabou por conduzir a uma nova Constituição. Mas só depois de muito sofrimento.
Geir Haarde, primeiro-ministro de um governo de coligação social-democrata, negociou um empréstimo de dois milhões e cem mil dólares, ao qual os países nórdicos acrescentaram mais dois milhões e meio. Mas a comunidade financeira internacional pressionou a Islândia a impor medidas drásticas. O FMI e a União Europeia quiseram apoderar-se da sua dívida, alegando que este era o único caminho para que o país pudesse pagar à Holanda e ao Reino Unido, que haviam prometido reembolsar os seus cidadãos.
Os protestos e as revoltas continuaram, acabando por forçar o governo a demitir-se. As eleições foram antecipadas para Abril de 2009, resultando numa coligação de esquerda, que condenou o sistema económico neoliberal, mas logo cedeu às exigências daquele, de acordo com as quais a Islândia deveria pagar um total de três milhões e meio de Euros. Isto exigia que cada cidadão islandês pagasse 100 euros por mês (cerca de US $ 130) por quinze anos, a juros de 5,5%, para pagar uma dívida contraída por particulares perante particulares. Foi a gota de água que fez transbordar o copo.
O que aconteceu depois foi extraordinário. A crença de que os cidadãos tinham que pagar pelos erros de um monopólio financeiro, que uma nação inteira deveria ser tributada para pagar dívidas privadas caiu por terra, transformando a relação entre os cidadãos e suas instituições políticas, e acabando por trazer os líderes da Islândia para o mesmo lado dos seus eleitores. O Chefe de Estado, Olafur Ragnar Grímsson, recusou-se a ratificar a lei que teria feito os cidadãos da Islândia responsáveis pelas dívidas seus banqueiros, e aceitou o repto para um referendo.
É claro que isto apenas fez com que a comunidade internacional aumentasse a pressão sobre a Islândia. O Reino Unido e a Holanda ameaçaram com represálias terríveis, que isolariam o país. Quando os islandeses foram a votos, os banqueiros estrangeiros ameaçaram bloquear qualquer ajuda do FMI. O governo britânico ameaçou congelar poupanças islandesas e contas correntes. Como afirmou Grimsson: “Foi-nos dito que, se recusássemos as condições da comunidade internacional, nos tornaríamos na Cuba do Norte. Mas, se tivéssemos aceitado, ter-nos-íamos tornado antes no Haiti do Norte.” (Quantas vezes escrevi que quando os cubanos olham para os problemas do seu vizinho, o Haiti, consideram que têm sorte.)
No referendo de Março de 2010, 93% dos islandeses votou contra o pagamento da dívida. O FMI imediatamente congelou o seu empréstimo. Mas a revolução (apesar de não ter sido transmitida nos EUA), não se deixaria intimidar. Com o apoio de uma cidadania em fúria, o governo colocou sob investigações civis e penais os responsáveis pela crise financeira. A Interpol lançou um mandado internacional de captura para o ex-presidente do Kaupthing, Sigurdur Einarsson, à medida que outros banqueiros envolvidos no crash fugiram do país.
Mas os islandeses não pararam por aí: decidiram elaborar uma nova constituição que iria libertar o país do poder exagerado da finança internacional e do dinheiro virtual. (A que vigorava havia sido escrita quando a Islândia ganhou sua independência à Dinamarca, em 1918, sendo que a única diferença relativamente à Constituição Dinamarquesa a de que a palavra “presidente” a palavra substituiu a palavra “rei”.)
Para escrever a nova constituição, o povo da Islândia elegeu 25 cidadãos, de entre 522 adultos que não pertenciam a nenhum partido político, mas recomendados por pelo menos trinta cidadãos. Este documento não foi obra de um punhado de políticos, mas foi escrito na Internet. Reuniões da Constituinte são transmitidas on-line, e os cidadãos podem enviar os seus comentários e sugestões, vendo o documento tomar forma. A Constituição que resultará deste processo participativo e democrático será submetida ao Parlamento para aprovação depois das próximas eleições.
Alguns leitores lembrar-se-ão de que a crise agrícola da Islândia do século 9 foi tratada no livro de Jared Diamond que tem esse nome. Hoje, esse país está a recuperar do colapso financeiro de forma exactamente oposta àquela geralmente considerada inevitável, como foi confirmado ontem pela nova presidente do FMI, Christine Lagarde, a Fareed Zakaria. Foi dito ao povo da Grécia que a privatização de seu sector público é a única solução. Os povos da Itália, da Espanha e de Portugal enfrentam a mesma ameaça.
Estes povos devem olhar para a Islândia. Recusando curvar-se perante os interesses estrangeiros, este pequeno país afirmou, alto e a bom som, que o povo é soberano.
É por isso que já não aparece nas notícias.
* Deena Stryker é jornalista
A história que um programa de rádio italiano conta acerca da revolução que decorre na Islândia é um exemplo impressionante de quão pouco os media nos dizem sobre o que se passa no resto do mundo. Os norte-americanos lembrar-se-ão de que no início da crise financeira de 2008, a Islândia caiu literalmente na bancarrota. As razões foram mencionadas apenas de passagem e, desde então, este membro pouco conhecido da União Europeia caiu de novo no esquecimento.
Por Deena Stryker*
Há medida que um país europeu atrás do outro atinge ou fica próximo de atingir a bancarrota, pondo em perigo o Euro e com repercussões para o mundo inteiro, a última coisa que os poderes em questão querem é que a Islândia se torne um exemplo. Eis a razão:
Cinco anos de um regime puramente neoliberal fizeram da Islândia (população de 320 mil habitantes, sem Exército) um dos mais ricos países do mundo. Em 2003 todos os bancos do país foram privatizados e, num esforço para atrair o investimento estrangeiro, passaram a oferecer serviços on-line, cujos custos reduzidos lhes permitiram oferecer taxas internas de rendibilidade relativamente elevadas. Estas contas, designadas “IceSave”, atraíram muitos pequenos investidores ingleses e holandeses. Mas, à medida que os investimentos cresciam, também a dívida externa dos bancos aumentava. Em 2003, a dívida islandesa equivalia a 200 vezes o seu PIB e, em 2007, era de 900%. A crise financeira de 2008 foi o golpe de misericórdia. Os três principais bancos islandeses, o Landbanki, o Kapthing e o Glitnir caíram e foram nacionalizados, enquanto o Kroner perdeu 85% do seu valor em relação ao Euro. No final do ano, a Islândia declarou a bancarrota.
Ao contrário do que se poderia esperar, da crise resultou que os islandeses recuperaram os seus direitos soberanos, através de um processo de democracia participativa direta, que acabou por conduzir a uma nova Constituição. Mas só depois de muito sofrimento.
Geir Haarde, primeiro-ministro de um governo de coligação social-democrata, negociou um empréstimo de dois milhões e cem mil dólares, ao qual os países nórdicos acrescentaram mais dois milhões e meio. Mas a comunidade financeira internacional pressionou a Islândia a impor medidas drásticas. O FMI e a União Europeia quiseram apoderar-se da sua dívida, alegando que este era o único caminho para que o país pudesse pagar à Holanda e ao Reino Unido, que haviam prometido reembolsar os seus cidadãos.
Os protestos e as revoltas continuaram, acabando por forçar o governo a demitir-se. As eleições foram antecipadas para Abril de 2009, resultando numa coligação de esquerda, que condenou o sistema económico neoliberal, mas logo cedeu às exigências daquele, de acordo com as quais a Islândia deveria pagar um total de três milhões e meio de Euros. Isto exigia que cada cidadão islandês pagasse 100 euros por mês (cerca de US $ 130) por quinze anos, a juros de 5,5%, para pagar uma dívida contraída por particulares perante particulares. Foi a gota de água que fez transbordar o copo.
O que aconteceu depois foi extraordinário. A crença de que os cidadãos tinham que pagar pelos erros de um monopólio financeiro, que uma nação inteira deveria ser tributada para pagar dívidas privadas caiu por terra, transformando a relação entre os cidadãos e suas instituições políticas, e acabando por trazer os líderes da Islândia para o mesmo lado dos seus eleitores. O Chefe de Estado, Olafur Ragnar Grímsson, recusou-se a ratificar a lei que teria feito os cidadãos da Islândia responsáveis pelas dívidas seus banqueiros, e aceitou o repto para um referendo.
É claro que isto apenas fez com que a comunidade internacional aumentasse a pressão sobre a Islândia. O Reino Unido e a Holanda ameaçaram com represálias terríveis, que isolariam o país. Quando os islandeses foram a votos, os banqueiros estrangeiros ameaçaram bloquear qualquer ajuda do FMI. O governo britânico ameaçou congelar poupanças islandesas e contas correntes. Como afirmou Grimsson: “Foi-nos dito que, se recusássemos as condições da comunidade internacional, nos tornaríamos na Cuba do Norte. Mas, se tivéssemos aceitado, ter-nos-íamos tornado antes no Haiti do Norte.” (Quantas vezes escrevi que quando os cubanos olham para os problemas do seu vizinho, o Haiti, consideram que têm sorte.)
No referendo de Março de 2010, 93% dos islandeses votou contra o pagamento da dívida. O FMI imediatamente congelou o seu empréstimo. Mas a revolução (apesar de não ter sido transmitida nos EUA), não se deixaria intimidar. Com o apoio de uma cidadania em fúria, o governo colocou sob investigações civis e penais os responsáveis pela crise financeira. A Interpol lançou um mandado internacional de captura para o ex-presidente do Kaupthing, Sigurdur Einarsson, à medida que outros banqueiros envolvidos no crash fugiram do país.
Mas os islandeses não pararam por aí: decidiram elaborar uma nova constituição que iria libertar o país do poder exagerado da finança internacional e do dinheiro virtual. (A que vigorava havia sido escrita quando a Islândia ganhou sua independência à Dinamarca, em 1918, sendo que a única diferença relativamente à Constituição Dinamarquesa a de que a palavra “presidente” a palavra substituiu a palavra “rei”.)
Para escrever a nova constituição, o povo da Islândia elegeu 25 cidadãos, de entre 522 adultos que não pertenciam a nenhum partido político, mas recomendados por pelo menos trinta cidadãos. Este documento não foi obra de um punhado de políticos, mas foi escrito na Internet. Reuniões da Constituinte são transmitidas on-line, e os cidadãos podem enviar os seus comentários e sugestões, vendo o documento tomar forma. A Constituição que resultará deste processo participativo e democrático será submetida ao Parlamento para aprovação depois das próximas eleições.
Alguns leitores lembrar-se-ão de que a crise agrícola da Islândia do século 9 foi tratada no livro de Jared Diamond que tem esse nome. Hoje, esse país está a recuperar do colapso financeiro de forma exactamente oposta àquela geralmente considerada inevitável, como foi confirmado ontem pela nova presidente do FMI, Christine Lagarde, a Fareed Zakaria. Foi dito ao povo da Grécia que a privatização de seu sector público é a única solução. Os povos da Itália, da Espanha e de Portugal enfrentam a mesma ameaça.
Estes povos devem olhar para a Islândia. Recusando curvar-se perante os interesses estrangeiros, este pequeno país afirmou, alto e a bom som, que o povo é soberano.
É por isso que já não aparece nas notícias.
* Deena Stryker é jornalista
segunda-feira, 14 de novembro de 2011
MERKEL A PATROA
Louçã: "o governo comporta-se como uma espécie de embaixador da senhora Merkel"
Durante uma visita a Penafiel, o deputado bloquista acusou o governo de se comportar como “uma espécie de embaixador da senhora Merkel", acusando a chanceler alemã e o primeiro-ministro português de "quererem uma política de terra queimada na Europa".
Artigo | 13 Novembro, 2011 - 19:59
Foto de Tobias Kleinschmidt, EPA/Lusa.
"Isso dá-nos a pior noção do que pode acontecer em Portugal com o desemprego, a austeridade e a crise social”, avançou Francisco Louçã.
Louçã alertou ainda para a “confusão política” instalada em Portugal. “O governo e o presidente da República andam absolutamente desavindos, o que dá uma ideia que a falta de equidade provoca também uma questão importante para a democracia".
“O presidente apresentou uma proposta sensata, o Banco Central Europeu que responda. E o governo veio dizer não, a senhora Merkel não quer e não se fala mais no assunto”, realçou Louçã. O dirigente bloquista frisou ainda que “a senhora Merkel, que é quem governa a Europa com mão de ferro, já acha que pode impor governos em países como a Itália ou como a Grécia".
“É preciso soluções sensatas na Europa, porque é preciso soluções sensatas para Portugal. Não podemos aceitar que cortem pensões aos reformados. Porque uma pessoa que recebe uma pensão de 485 euros não é um afortunado, não é um milionário, não viveu acima das suas possibilidades, não prejudicou o país, só trabalhou pelo país”, avançou ainda o dirigente bloquista.
Segundo Francisco Louçã, o Orçamento do Estado para 2012 não vem resolver quaisquer problemas, mas sim aumentá-los: “É preciso agora soluções que não aumentem a dívida, a maior crítica que temos a fazer ao orçamento do governo é que ele nos dá a certeza, nas contas do governo, que apesar de tudo o que está a fazer a dívida vai aumentar, e vamos estar piores daqui a um ano do que estamos agora”.
O Bloco vai esforçar-se para "impedir uma sangria à vida das pessoas" que é “a retirada dos subsídios de férias e de Natal e o aumento do desemprego", garante Louçã.
"Vamos exigir à parte do país que nada fez por nós, da gente que vive acima das possibilidades de todos, porque vive da especulação, que têm de pagar, porque é preciso trazer justiça para este país", avançou o dirigente bloquista.
Termos relacionados:
CONVERGÊNCIA E ALTERNATIVA( comentários)
Tempos houve em que uma greve geral era um ato revolucionário: pretendia derrubar um governo ou, pelo menos, alterar radicalmente uma situação política. Os tempos mudaram: as greves, mesmo as greves gerais, tornaram-se importantes momentos de resistência, de protesto, de denúncia. Tal não significa, porém, que tenham perdido importância. Pelo contrário, mobilizam todos os trabalhadores (e outros estratos sociais) na construção de um modo de estar, que é um modo de ir construindo alternativas sociais e democráticas. É isso que os portugueses vão fazer no dia 24 de novembro próximo. Vão dizer, de forma clara, que há uma oposição firme à política de desastre económico e social que o governo de direita está a impor ao país. Porque não se trata de um ato imediatamente revolucionário, o governo manter-se-á; o que se poderá ter alterado é o estado de espírito dos portugueses: uma greve bem sucedida – e esta tem condições para o ser – dará uma sapatada furiosa na cultura de resignação e de aceitação da ideologia da “inevitabilidade” e do mafioso enleio com que nos tentam embrulhar invocando o superior interesse do país para justificar os roubos salariais, os ataques aos direitos laborais, a redução à indigência dos serviços públicos que um estado civilizado atual tem obrigação de garantir.
Saúde-se o facto de a greve ser convocada, de forma pública e inequívoca, pelas duas centrais sindicais – a CGTP-IN e a UGT. A unidade dos trabalhadores é indispensável neste esforço para salvar o país, a democracia, a dignidade de um povo. Unidade sindical – que não é unicidade – que deveria servir de alento e de exemplo à convergência de todas as forças da esquerda, no respeito pelas suas pluralidades. Uma saída democrática para a crise (nacional, europeia, mundial) exige estas duas convergências: a dos trabalhadores, através dos seus sindicatos e de outras movimentações sociais, e a dos partidos políticos porque só eles, na nossa estrutura democrática, podem corporizar politicamente as reivindicações dos trabalhadores e da população.
O sucesso da greve geral de 24 de Novembro também passa pela capacidade que tiver de exigir às forças de esquerda – a todas, incluindo o Partido Socialista – que dêem passos decisivos para a derrota desta direita ultramontana que desfigura o espírito e as conquistas de Abril.
O sucesso da greve medir-se-á pela sua capacidade de unir. É nesse espírito que a Convergência e Alternativa aposta. É por isso que estamos nesta greve geral.
Ler aqui
As escolhas do Orçamento
(Excerto do artigo dos investigadores e professores universitários Américo Mendes, Ana Costa, João Ferrão, José Castro Caldas, Manuel Brandão Alves, Manuela Silva no jornal PÚBLICO de 2-11-2011)
As medidas inscritas na proposta de lei do Orçamento do Estado para 2012 – corte de dois meses de salário e pensões no sector público, cortes na despesa com a Segurança Social, a Saúde e a Educação, e aumento da carga fiscal indirecta – convergem no sentido de uma profunda depressão económica em Portugal.
A estratégia subjacente ao Orçamento de 2012 será incapaz de cumprir os objectivos de redução do défice e da dívida pública. A capacidade de obtenção de receita fiscal irá ressentir-se não só da contracção do rendimento, como da expansão da economia paralela e do aumento da evasão fiscal. Iremos assistir a sucessivas “surpresas” e adendas restritivas. Ao longo deste processo, o endividamento não deixará de aumentar em valor absoluto e em percentagem do PIB.
A “desvalorização interna” implícita no Orçamento não permitirá reequilibrar o défice externo. A recessão anunciada para 2012 é instrumental para a estratégia de “desvalorização interna”, que visa aumentar o desemprego para reduzir o nível dos salários, de forma a tornar mais competitivas as exportações portuguesas. No entanto, esta desvalorização interna é enganosa por dois motivos: (a) o nível de redução dos salários necessário para produzir um resultado comparável ao de uma desvalorização cambial é socialmente insustentável; (b) o efeito da desvalorização interna em Portugal será anulado, como acontece com o das desvalorizações competitivas, pelo facto de os maiores parceiros comerciais de Portugal estarem a prosseguir estratégias idênticas.
Ler aqui
Como foi que verdadeiramente se chegou a “isto”?
João Carlos Graça
Como foi que verdadeiramente se chegou a “isto”? Aliás, em que é que exactamente consiste “isto”? Aqui ficam algumas sugestões. Antes de mais, tivemos toda uma década de integração no euro que foi já uma década praticamente perdida: crescimento médio do PIB de 0.7 por cento ao ano, menos do que a média da UE. Já estávamos abaixo da média daquela e durante todo este período permanecemos em divergência, “atrasámo-nos”. (Antes, registemo-lo, não era assim, estávamos em convergência.)
Em segundo lugar, houve um problema diagnosticado de défice orçamental excessivo, que durante toda a década se procurou denodadamente combater evitando “engordar” o Estado, isto é, cortando nas despesas públicas. Como consequência desse esforço para sermos “bem-comportados” face a Bruxelas, entretanto, o desempenho económico global empastelou ainda mais, evidentemente: uma política de “consolidação orçamental” não é expansiva, bem pelo contrário. Não se pode querer “sol na eira e chuva no nabal”. O Estado corta na despesa, o PIB contrai-se, as receitas fiscais depois são menores do que o previsto, o défice orçamental não se resolve e entretanto tudo piora…
Ler aqui
Uma Auditoria contra a Hegemonia
João Camargo
Nos escuros tempos em que vivemos, revestem-se de particular importância iniciativas que permitam lançar luz sobre a realidade dos nossos dias. Neste quadro, a Iniciativa por uma Auditoria Cidadã à Dívida é uma ferramenta de valor inultrapassável para a desconstrução do discurso hegemónico da inevitabilidade, da austeridade e dos preconceitos chauvinistas que o justificam. O discurso pré-formatado que declara que portugueses, como gregos e irlandeses, vivem acima das suas possibilidades não se baseia em qualquer observação do real, mas em puros preconceitos de classe. Não observa, em particular no que concerne a Portugal, o facto dos salários praticados pelas entidades empregadoras serem, absoluta e relativamente, os mais baixos da Europa. Não observa o facto de as rendas serem elevadas. Não observa a concertação entre patronato e banca que forçou quem vive do seu trabalho a endividar-se para aceder a condições dignas de vida para si e para os seus, quer falemos de habitação, quer de alimentação, saúde ou educação.
Ler aqui
Continuar a tentar pensar, de São José Almeida
Maria José Casa-Nova
A Editora Sextante acaba de dar à estampa mais um livro de São José Almeida, jornalista do jornal Público. O livro, intitulado “Continuar a tentar pensar”, reúne um conjunto seleccionado de textos publicados naquele jornal durante a década de 2000, abrangendo temáticas como a violência de género, a discriminação das mulheres, dos homossexuais, das lésbicas, dos transexuais e dos imigrantes e a situação política e económica de Portugal.
Dividido em quatro capítulos, o livro apresenta algo inédito no panorama editorial português: quatro prefácios, elaborados por duas prefaciadoras e dois prefaciadores, que precedem os quatro capítulos que constituem o livro.
Escrito por uma mulher de uma enorme consciência social e defensora de agendas sociais que reivindicam direitos de cidadania para actores que tradicionalmente, por um conjunto de razões, se vêem privados do seu exercício, o livro convida-nos desde logo a pensar a partir do próprio título. Um título que interpreto como “continuar a tentar pensar” dentro de um sistema democrático que constrange os seus cidadãos na liberdade de expressar o seu pensamento; que procura condicionar e direccionar a forma e o conteúdo desse pensamento, numa espécie de “fabricação do consentimento”, como dizia Chomsky (1988).
Ler aqui
http://www.convergenciaealternativa.com
)
sábado, 12 de novembro de 2011
sexta-feira, 11 de novembro de 2011
THOMAS JEFFERSON
quinta-feira, 10 de novembro de 2011
A VER SE A GENTE PERCEBE
Vou só ali ao Brasil matar alguém e volto já
>
> Por João Miguel Tavares
>
>
> Deixem-me cá ver se eu percebo. Todos os juristas escutados a propósito do
caso Duarte Lima afirmaram que mesmo que o ex-deputado venha a ser condenado à
revelia pelo assassinato de Rosalina Ribeiro dificilmente será extraditado para
o Brasil – porque não se extraditam cidadãos nacionais – e
dificilmente será preso em Portugal – devido a falhas de legislação na
transmissão de sentenças entre os dois países.
>
>
> Seguindo este extraordinário raciocínio, se o caro leitor estiver indisposto
com alguém, tiver um vizinho irritante ou se a sua esposa deixar demasiadas
vezes queimar o arroz ao jantar, tem agora uma forma simples de solucionar o
seu problema. Basta-lhe comprar duas viagens para o Brasil, afogar o motivo de
incómodo numa cachoeira ou baleá-lo à beira da estrada, e raspar-se de lá o
quanto antes. Nem sequer precisa de se dar ao trabalho de cometer o crime
perfeito: apenas assegurar que foge a tempo para Portugal. A partir daí, tem de
ter cuidado nas visitas a Badajoz, por causa da Interpol, mas pode gozar um
justo repouso aqui na piolheira. Seja Duarte Lima culpado ou não, qualquer
pessoa que tenha acompanhado a investigação sabe que o caso fede – e não
é pouco. As provas são fortíssimas, as contradições assustadoras, e é óbvio que
Duarte Lima tem de responder à justiça. E no entanto, acontece esta coisa
espantosa: a única entidade que parece minimamente empenhada em deslindar o
alegado assassinato de uma cidadã portuguesa por um cidadão português é a
polícia brasileira. Portugal, esse, limita-se ao seu papel de offshore da
justiça: quem tem dinheiro consegue sempre escapar.
>
>
>
terça-feira, 8 de novembro de 2011
DITOS E MITOS
Ditos e mitos
Quem vive muito acima das suas possibilidades é o Estado, a classe política, os gestores públicos.
A mentira mais repetida na vida política portuguesa é a de que os portugueses vivem acima das suas possibilidades, trabalham pouco, ganham demasiado e deveriam poupar mais. Nada de mais errado: este conjunto de mitos constitui um embuste.
O primeiro mito é o de que os portugueses vivem acima das suas possibilidades, fazem férias caras e compram bens que não deviam. Um logro. Quando adquirem bens ou serviços, os cidadãos fazem-no ou com o seu dinheiro ou a crédito. No primeiro caso, estão no seu direito. Na segunda hipótese, a responsabilidade será sempre do cliente; ou, se resulta de má avaliação ou ganância por parte da banca, é por esta que deve ser assumido o prejuízo. Muito pelo contrário, quem vive muito acima das suas possibilidades é o Estado, a classe política, os gestores públicos e todos os que comem da manjedoura que é o orçamento do estado. O português comum, esse, infelizmente, tem vivido muito abaixo do nível médio do europeu.
O segundo mito, em Portugal trabalha-se pouco. Uma falsidade. Os nossos trabalhadores cumprem horários semanais dos mais extensos da Europa. Estão é mal enquadrados e são mal dirigidos. Na administração pública, a gestão é fraca, os dirigentes, "boys" partidários, são, na sua maioria, habilidosos caciques e organizadores de campanhas, mas péssimos gestores. Acresce que a incompetência se contagia às empresas privadas que vivem de favores do Estado e que, para isso apenas, contratam traficantes de influência. Com dirigentes destes, a produtividade só poderia ser fraca. E ganham demais? Não me parece que salários altos alguma vez tenham sido o problema de Portugal. Pelo contrário, é lamentável que tenhamos chegado a 2011 com um ordenado bruto médio de 900 euros, o que representa um rendimento líquido mensal de 711 euros. Isto é ganhar muito? Finalmente, é agora moda pedir aos portugueses que poupem. Mas vir pedir a um povo, que tem salários de miséria, para poupar é, no mínimo, ridículo e insultuoso. E inútil. Todo este chorrilho de mentiras e moralismos apenas servem para disfarçar a incapacidade dos políticos. O que os portugueses precisam não é de lições de moral, mas sim de governantes competentes e sérios.
Paulo Morais, Professor Universitário (CM -01.11.2011)
GRANDE VERDADE SR. PROFESSOR.
BEM HAJA!
Mas já não sei, se este povo é inocente ou é mesmo burro, acredita em tudo os que estes políticos de meia tigela lhe dizem…
CÓPIA DE CARTAS
À ATENÇÃO DA "DUPLA" MERKEL/SARKOZY:
Troca de cartas publicadas na revista Stern.
Há algum tempo, foi publicada na revista Stern, uma “carta aberta” de
um cidadão alemão, Walter Wuelleenweber, dirigida a “caros gregos”,
com os seguintes título e sub-título:
Depois da Alemanha ter tido de salvar os bancos,
agora tem de salvar também a Grécia!
Os gregos, que primeiros fizeram alquimias com o euro,
agora, em vez de fazerem economias, fazem greves
Caros gregos,
Desde 1981 pertencemos à mesma família.
Nós, os alemães, contribuímos como ninguém mais para um Fundo comum,
com mais de 200 mil milhões de euros, enquanto a Grécia recebeu cerca
de 100 mil milhões dessa verba, ou seja a maior parcela per capita de
qualquer outro povo da U.E.
Nunca nenhum povo até agora ajudou tanto outro povo e durante tanto tempo.
Vocês são, sinceramente, os amigos mais caros que nós temos.
O caso é que não só se enganam a vocês mesmos, como nos enganam a nós.
No essencial, vocês nunca mostraram ser merecedores do nosso Euro.
Desde a sua incorporação como moeda da Grécia, nunca conseguiram, até
agora, cumprir os critérios de estabilidade. Dentro da U.E., são o
povo que mais gasta em bens de consumo
Vocês descobriram a democracia, por isso devem saber que se governa
através da vontade do povo, que é, no fundo, quem tem a
responsabilidade. Não digam, por isso, que só os políticos têm a
responsabilidade do desastre. Ninguém vos obrigou a durante anos fugir
aos impostos, a opor-se a qualquer política coerente para reduzir os
gastos públicos e ninguém vos obrigou a eleger os governantes que têm
tido e têm.
Os gregos são quem nos mostrou o caminho da Democracia, da Filosofia e
dos primeiros conhecimentos da Economia Nacional.
Mas, agora, mostram-nos um caminho errado. E chegaram onde chegaram,
não vão mais adiante!!!
Na semana seguinte, a Stern publicou uma carta aberta de um grego,
dirigida a Wuelleenweber:
Caro Walter,
Chamo-me Georgios Psomás. Sou funcionário público e não “empregado
público” como, depreciativamente, como insulto, se referem a nós os
meus compatriotas e os teus compatriotas.
O meu salário é de 1.000 euros. Por mês, hem!... não vás pensar que
por dia, como te querem fazer crer no teu País. Repara que ganho um
número que nem sequer é inferior em 1.000 euros ao teu, que é de
vários milhares.
Desde 1981, tens razão, estamos na mesma família. Só que nós vos
concedemos, em exclusividade, um montão de privilégios, como serem os
principais fornecedores do povo grego de tecnologia, armas,
infraestruturas (duas autoestradas e dois aeroportos internacionais),
telecomunicações, produtos de consumo, automóveis, etc.. Se me esqueço
de alguma coisa, desculpa. Chamo-te a atenção para o facto de sermos,
dentro da U.E., os maiores importadores de produtos de consumo que são
fabricados nas fábricas alemãs.
A verdade é que não responsabilizamos apenas os nossos políticos pelo
desastre da Grécia. Para ele contribuíram muito algumas grandes
empresas alemãs, as que pagaram enormes “comissões” aos nossos
políticos para terem contratos, para nos venderem de tudo, e uns
quantos submarinos fora de uso, que postos no mar, continuam tombados
de costas para o ar.
Sei que ainda não dás crédito ao que te escrevo. Tem paciência,
espera, lê toda a carta, e se não conseguir convencer-te, autorizo-te
a que me expulses da Eurozona, esse lugar de VERDADE, de PROSPERIDADE,
da JUSTIÇA e do CORRECTO.
Estimado Walter,
Passou mais de meio século desde que a 2ª Guerra Mundial terminou.
QUER DIZER MAIS DE 50 ANOS desde a época em que a Alemanha deveria ter
saldado as suas obrigações para com a Grécia.
Estas dívidas, QUE SÓ A ALEMANHA até agora resiste a saldar com a
Grécia (Bulgária e Roménia cumpriram, ao pagar as indemnizações
estipuladas), e que consistem em:
1. Uma dívida de 80 milhões de marcos alemães por indemnizações, que
ficou por pagar da 1ª Guerra Mundial;
2. Dívidas por diferenças de clearing, no período entre-guerras, que
ascendem hoje a 593.873.000 dólares EUA.
3. Os empréstimos em obrigações que contraíu o III Reich em nome da
Grécia, na ocupação alemã, que ascendem a 3,5 mil milhões de dólares
durante todo o período de ocupação.
4. As reparações que deve a Alemanha à Grécia, pelas confiscações,
perseguições, execuções e destruições de povoados inteiros, estradas,
pontes, linhas férreas, portos, produto do III Reich, e que, segundo o
determinado pelos tribunais aliados, ascende a 7,1 mil milhões de
dólares, dos quais a Grécia não viu sequer uma nota.
5. As imensuráveis reparações da Alemanha pela morte de 1.125.960
gregos (38,960 executados, 12 mil mortos como dano colateral, 70 mil
mortos em combate, 105 mil mortos em campos de concentração na
Alemanha, 600 mil mortos de fome, etc., et.).
6. A tremenda e imensurável ofensa moral provocada ao povo grego e aos
ideais humanísticos da cultura grega.
Amigo Walter, sei que não te deve agradar nada o que escrevo. Lamento-o.
Mas mais me magoa o que a Alemanha quer fazer comigo e com os meus compatriotas.
Amigo Walter: na Grécia laboram 130 empresas alemãs, entre as quais se
incluem todos os colossos da indústria do teu País, as que têm lucros
anuais de 6,5 mil milhões de euros. Muito em breve, se as coisas
continuarem assim, não poderei comprar mais produtos alemães porque
cada vez tenho menos dinheiro. Eu e os meus compatriotas crescemos
sempre com privações, vamos aguentar, não tenhas problema. Podemos
viver sem BMW, sem Mercedes, sem Opel, sem Skoda. Deixaremos de
comprar produtos do Lidl, do Praktiker, da IKEA.
Mas vocês, Walter, como se vão arranjar com os desempregados que esta
situação criará, que por ai os vai obrigar a baixar o seu nível de
vida, Perder os seus carros de luxo, as suas férias no estrangeiro, as
suas excursões sexuais à Tailândia?
Vocês (alemães, suecos, holandeses, e restantes “compatriotas” da
Eurozona) pretendem que saíamos da Europa, da Eurozona e não sei mais
de onde.
Creio firmemente que devemos fazê-lo, para nos salvarmos de uma União
que é um bando de especuladores financeiros, uma equipa em que jogamos
se consumirmos os produtos que vocês oferecem: empréstimos, bens
industriais, bens de consumo, obras faraónicas, etc.
E, finalmente, Walter, devemos “acertar” um outro ponto importante, já
que vocês também disso são devedores da Grécia:
EXIGIMOS QUE NOS DEVOLVAM A CIVILIZAÇÃO QUE NOS ROUBARAM!!!
Queremos de volta à Grécia as imortais obras dos nosos antepassados,
que estão guardadas nos museus de Berlim, de Munique, de Paris, de
Roma e de Londres.
E EXIJO QUE SEJA AGORA!! Já que posso morrer de fome, quero morrer ao
lado das obras dos meus antepassados.
Cordialmente,
Georgios Psomás
Apetece dizer:
toma e vai-te curar!
(in Anónimo Sec XXI)
Troca de cartas publicadas na revista Stern.
Há algum tempo, foi publicada na revista Stern, uma “carta aberta” de
um cidadão alemão, Walter Wuelleenweber, dirigida a “caros gregos”,
com os seguintes título e sub-título:
Depois da Alemanha ter tido de salvar os bancos,
agora tem de salvar também a Grécia!
Os gregos, que primeiros fizeram alquimias com o euro,
agora, em vez de fazerem economias, fazem greves
Caros gregos,
Desde 1981 pertencemos à mesma família.
Nós, os alemães, contribuímos como ninguém mais para um Fundo comum,
com mais de 200 mil milhões de euros, enquanto a Grécia recebeu cerca
de 100 mil milhões dessa verba, ou seja a maior parcela per capita de
qualquer outro povo da U.E.
Nunca nenhum povo até agora ajudou tanto outro povo e durante tanto tempo.
Vocês são, sinceramente, os amigos mais caros que nós temos.
O caso é que não só se enganam a vocês mesmos, como nos enganam a nós.
No essencial, vocês nunca mostraram ser merecedores do nosso Euro.
Desde a sua incorporação como moeda da Grécia, nunca conseguiram, até
agora, cumprir os critérios de estabilidade. Dentro da U.E., são o
povo que mais gasta em bens de consumo
Vocês descobriram a democracia, por isso devem saber que se governa
através da vontade do povo, que é, no fundo, quem tem a
responsabilidade. Não digam, por isso, que só os políticos têm a
responsabilidade do desastre. Ninguém vos obrigou a durante anos fugir
aos impostos, a opor-se a qualquer política coerente para reduzir os
gastos públicos e ninguém vos obrigou a eleger os governantes que têm
tido e têm.
Os gregos são quem nos mostrou o caminho da Democracia, da Filosofia e
dos primeiros conhecimentos da Economia Nacional.
Mas, agora, mostram-nos um caminho errado. E chegaram onde chegaram,
não vão mais adiante!!!
Na semana seguinte, a Stern publicou uma carta aberta de um grego,
dirigida a Wuelleenweber:
Caro Walter,
Chamo-me Georgios Psomás. Sou funcionário público e não “empregado
público” como, depreciativamente, como insulto, se referem a nós os
meus compatriotas e os teus compatriotas.
O meu salário é de 1.000 euros. Por mês, hem!... não vás pensar que
por dia, como te querem fazer crer no teu País. Repara que ganho um
número que nem sequer é inferior em 1.000 euros ao teu, que é de
vários milhares.
Desde 1981, tens razão, estamos na mesma família. Só que nós vos
concedemos, em exclusividade, um montão de privilégios, como serem os
principais fornecedores do povo grego de tecnologia, armas,
infraestruturas (duas autoestradas e dois aeroportos internacionais),
telecomunicações, produtos de consumo, automóveis, etc.. Se me esqueço
de alguma coisa, desculpa. Chamo-te a atenção para o facto de sermos,
dentro da U.E., os maiores importadores de produtos de consumo que são
fabricados nas fábricas alemãs.
A verdade é que não responsabilizamos apenas os nossos políticos pelo
desastre da Grécia. Para ele contribuíram muito algumas grandes
empresas alemãs, as que pagaram enormes “comissões” aos nossos
políticos para terem contratos, para nos venderem de tudo, e uns
quantos submarinos fora de uso, que postos no mar, continuam tombados
de costas para o ar.
Sei que ainda não dás crédito ao que te escrevo. Tem paciência,
espera, lê toda a carta, e se não conseguir convencer-te, autorizo-te
a que me expulses da Eurozona, esse lugar de VERDADE, de PROSPERIDADE,
da JUSTIÇA e do CORRECTO.
Estimado Walter,
Passou mais de meio século desde que a 2ª Guerra Mundial terminou.
QUER DIZER MAIS DE 50 ANOS desde a época em que a Alemanha deveria ter
saldado as suas obrigações para com a Grécia.
Estas dívidas, QUE SÓ A ALEMANHA até agora resiste a saldar com a
Grécia (Bulgária e Roménia cumpriram, ao pagar as indemnizações
estipuladas), e que consistem em:
1. Uma dívida de 80 milhões de marcos alemães por indemnizações, que
ficou por pagar da 1ª Guerra Mundial;
2. Dívidas por diferenças de clearing, no período entre-guerras, que
ascendem hoje a 593.873.000 dólares EUA.
3. Os empréstimos em obrigações que contraíu o III Reich em nome da
Grécia, na ocupação alemã, que ascendem a 3,5 mil milhões de dólares
durante todo o período de ocupação.
4. As reparações que deve a Alemanha à Grécia, pelas confiscações,
perseguições, execuções e destruições de povoados inteiros, estradas,
pontes, linhas férreas, portos, produto do III Reich, e que, segundo o
determinado pelos tribunais aliados, ascende a 7,1 mil milhões de
dólares, dos quais a Grécia não viu sequer uma nota.
5. As imensuráveis reparações da Alemanha pela morte de 1.125.960
gregos (38,960 executados, 12 mil mortos como dano colateral, 70 mil
mortos em combate, 105 mil mortos em campos de concentração na
Alemanha, 600 mil mortos de fome, etc., et.).
6. A tremenda e imensurável ofensa moral provocada ao povo grego e aos
ideais humanísticos da cultura grega.
Amigo Walter, sei que não te deve agradar nada o que escrevo. Lamento-o.
Mas mais me magoa o que a Alemanha quer fazer comigo e com os meus compatriotas.
Amigo Walter: na Grécia laboram 130 empresas alemãs, entre as quais se
incluem todos os colossos da indústria do teu País, as que têm lucros
anuais de 6,5 mil milhões de euros. Muito em breve, se as coisas
continuarem assim, não poderei comprar mais produtos alemães porque
cada vez tenho menos dinheiro. Eu e os meus compatriotas crescemos
sempre com privações, vamos aguentar, não tenhas problema. Podemos
viver sem BMW, sem Mercedes, sem Opel, sem Skoda. Deixaremos de
comprar produtos do Lidl, do Praktiker, da IKEA.
Mas vocês, Walter, como se vão arranjar com os desempregados que esta
situação criará, que por ai os vai obrigar a baixar o seu nível de
vida, Perder os seus carros de luxo, as suas férias no estrangeiro, as
suas excursões sexuais à Tailândia?
Vocês (alemães, suecos, holandeses, e restantes “compatriotas” da
Eurozona) pretendem que saíamos da Europa, da Eurozona e não sei mais
de onde.
Creio firmemente que devemos fazê-lo, para nos salvarmos de uma União
que é um bando de especuladores financeiros, uma equipa em que jogamos
se consumirmos os produtos que vocês oferecem: empréstimos, bens
industriais, bens de consumo, obras faraónicas, etc.
E, finalmente, Walter, devemos “acertar” um outro ponto importante, já
que vocês também disso são devedores da Grécia:
EXIGIMOS QUE NOS DEVOLVAM A CIVILIZAÇÃO QUE NOS ROUBARAM!!!
Queremos de volta à Grécia as imortais obras dos nosos antepassados,
que estão guardadas nos museus de Berlim, de Munique, de Paris, de
Roma e de Londres.
E EXIJO QUE SEJA AGORA!! Já que posso morrer de fome, quero morrer ao
lado das obras dos meus antepassados.
Cordialmente,
Georgios Psomás
Apetece dizer:
toma e vai-te curar!
(in Anónimo Sec XXI)
segunda-feira, 7 de novembro de 2011
COMENTÁRIO
A TRAPEIRA DO JOB
Isto que eu vou dizer vai parecer ridículo a muita gente.
Mas houve um tempo em que as pessoas se lembravam ainda, da época da infância, da primeira caneta de tinta permanente, da primeira bicicleta, da idade adulta, das vezes em que se comia fora, do primeiro frigorífico e do primeiro televisor, do primeiro rádio, de quando tinham ido ao estrangeiro.
Houve um tempo em que, nos lares, se aproveitava para a refeição seguinte o sobejante da refeição anterior, em que, com ovos mexidos e a carne ou peixe restante se fazia "roupa velha". Tempos em que as camisas iam a mudar o colarinho e os punhos do avesso, assim como os casacos, e se tingia a roupa usada, tempos em que se punham meias solas com protectores. Tempos em que ao mudar-se de sala se apagava a luz, tempos em que se guardava o "fatinho de ver a Deus e à sua Joana".
E não era só no Portugal da “mesquinhez salazarista”. Na Inglaterra dos Lordes, na França dos Luíses, a regra era esta. Em 1945 passava-se fome na Europa, a guerra matara milhões e arrasara tudo quanto a selvajaria humana pode arrasar.
Houve tempos em que se produzia o que se comia e se exportava. Em que o País tinha uma frota de marinha mercante, fábricas, vinhas, searas.
Veio depois o admirável mundo novo do crédito. Os novos pais tinham como filhos, uns pivetes tiranos, exigindo malcriadamente o último modelo de mil e um /gadgets/ e seus consumíveis, porque os filhos dos outros também tinham. Pais que se enforcavam por carrões de brutal cilindrada para os encravaram no lodo do trânsito e mostrarem que tinham aquela extensão motorizada da sua potência genital. Passou a ser tempo de gente em que era questão de /pedigree/ viver no condomínio fechado e sobretudo dizê-lo, em que luxuosas revistas instigavam em /couché/ os feios a serem bonitos, à conta de /spas/ e de marcas, assim se visse a etiqueta, em que a /beautiful people/ era o símbolo de /status/ como a língua nos cães para a sua raça.
Foram anos em que o campo tornou-se num imenso /ressort/ de turismo de habitação, as cidades uma festa permanente, entre o /coktail party/ e a /rave/. Houve quem pensasse até que um dia os serviços seriam o único emprego futuro ou com futuro.
O país que produzia o que comíamos ficou para os labregos dos pais e primos parolos, de quem os citadinos se envergonhavam, salvo quando regressavam à cidade dos fins de semana com a mala do carro atulhada do que não lhes custara a cavar e às vezes nem obrigado.
O país que produzia o que se podia transaccionar esse ficou com o operariado da ferrugem, empacotados como gado em dormitórios e que os víamos chegar, mortos de sono logo à hora de acordarem, as casas
verdadeiras bombas relógio de raiva contida, descarregada nos cônjuges, nos filhos, na idiotização que a TV tornou negócio.
Sob o oásis dos edifícios de vidro, miragem de cristal, vivia o mundo subterrâneo de quantos aguentaram isto enquanto puderam, a sub-gente. Os intelectuais burgueses teorizavam, ganzados de alucinação, que o conceito de classes sociais tinha desaparecido. A teoria geral dos sistemas supunha que o real era apenas uma noção, a teoria da informação, substituía os cavalos-força da maquinaria pelos /megabytes/ de RAM da computação universal. Um dia os computadores tudo fariam, o ser humano tornava-se um acidente no barro de um oleiro velho e tresloucado, que caído do Céu, morrera pregado a dois paus, e que julgava chamar-se Deus, confundindo-se com o seu filho e mais uma trinitária pomba.
Ás tantas os da cidade começaram a notar que não havia portugueses a servir à mesa, porque estávamos a importar brasileiros, que não havia portugueses nas obras, porque estávamos a importar negros e eslavos.
A chegada das lojas dos trezentos já era alarme de que se estava a viver de pexibeque, mas a folia continuava. A essas sucedeu a vaga das lojas chinesas, porque já só havia para comprar «balato». Mas o festim
prosseguia e à sexta-feira as filas de trânsito em Lisboa eram o caos e até ao dia quinze os táxis não tinham mãos a medir.
Fora disto os ricos, os muito ricos, viram chegar os novos ricos. O ganhão alentejano viu sumir o velho latifundário absentista pelo novo turista absentista com o mesmo monte mais a piscina e seus amigos, intelectuais claro, e sempre pela reforma agrária e vai um uísque de malte, sempre ao lado do povo e já leu o /New Yorker/?
A agiotagem financeira essa ululava. Viviam do tempo, exploravam o tempo, do tempo que só ao tal Deus pertencia mas, esse, Nietzsche encontrara-o morto em Auschwitz. Veio o crédito ao consumo, a conta-ordenado, veio tudo quanto pudesse ser o ter sem pagar. Porque nenhum banco quer que lhe devolvam o capital mutuado quer é esticar ao máximo o lucro que esse capital rende.
Aguilhoando pela publicidade enganosa os bois que somos nós todos, os bancos instigavam à compra, ao /leasing/, ao /renting/ ao seja como for desde que tenha e já, ao cartão, ao descoberto autorizado.
Tudo quanto era vedeta deu a cara, sendo actor, as pernas, sendo futebolista, ou o que vocês sabem, sendo o que vocês adivinham, para aconselhar-nos a ir àquele balcão bancário buscar dinheiro,
vender-mo-nos ao dinheiro, enforcar-mo-nos na figueira infernal do dinheiro. Satanás ria. O Inferno começava na terra.
Claro que os da política do poder, que vivem no pau de sebo perpétuo do fazear arrear, puxando-os pelos fundilhos, quantos treparam para o poder, querem a canalha contente. E o circo do consumo, a palhaçada do crédito servia-os. Com isso comprávamos os plasmas mamutes onde eles vendiam à noite propaganda governamental, e nos intervalos, imbelicidades e telefofocadas que entre a oligofrenia e a debilidade mental a diferença é nula. E contentes, cretinamente contentinhos, os portugueses tinham como tema de conversa a telenovela da noite, o jogo de futebol do dia e da noite e os comentários políticos dos "analistas" que poupavam os nossos miolos de pensarem, pensando por nós.
Estamos nisto.
Este fim de semana a Grécia pode cair. Com ela a Europa.
Que interessa? O Império Romano já caiu também e o mundo não acabou.
Nessa altura em Bizâncio discutia-se o sexo dos anjos. Talvez porque Deus se tivesse distraído com a questão teológica, talvez porque o Diabo tenha ganho aos dados a alma do pobre Job na sua trapeira. O Job que somos grande parte de nós.
Publicada por José António Barreiros[1] em 8:04 PM[2]
Ligações:
---------
[1]
[2] http://revoltadaspalavras.blogspot.com/2011/10/trapeira-do-job.html
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POUPANÇAS
A Comitiva do Sr. Presidente da República ..muito recente
________________________________
«NINGUÉM ESTA IMUNE AOS SACRIFÍCIOS», disse ele.
SE ASSIM NÃO FOSSE, COMO SERIA O SÉQUITO ESCOLHIDO???
(notícia do Público de 23/09/11)
O Presidente Cavaco Silva na sua visita discreta aos Açores de 5 dias levou 30
acompanhantes, entre os quais:
- sua esposa
- o chefe da casa civil e sua esposa
- 4 assessores
- 2 consultores
- 1 médico pessoal
- 1 enfermeira
- 2 bagageiros???
- 2 fotógrafos oficiais
- 1 mordomo
- 12 agentes de segurança
e à chegada disse "Ninguém está imune aos sacrifícios".
Convém lembrar que quando o príncipe Carlos e a sua mulher Camila
visitaram oficialmente Portugal, chovia e seguravam nos seus próprios
guarda-chuvas. O nosso Presidente e mulher - na mesma ocasião tinham
alguém que lhes segurava o guarda-chuva......
E ESTA HEIM??? Como diria o Fernando Pessa...
( Esta lista foi dada aos jornalistas, não pensem que isto é gozo!)
________________________________
«NINGUÉM ESTA IMUNE AOS SACRIFÍCIOS», disse ele.
SE ASSIM NÃO FOSSE, COMO SERIA O SÉQUITO ESCOLHIDO???
(notícia do Público de 23/09/11)
O Presidente Cavaco Silva na sua visita discreta aos Açores de 5 dias levou 30
acompanhantes, entre os quais:
- sua esposa
- o chefe da casa civil e sua esposa
- 4 assessores
- 2 consultores
- 1 médico pessoal
- 1 enfermeira
- 2 bagageiros???
- 2 fotógrafos oficiais
- 1 mordomo
- 12 agentes de segurança
e à chegada disse "Ninguém está imune aos sacrifícios".
Convém lembrar que quando o príncipe Carlos e a sua mulher Camila
visitaram oficialmente Portugal, chovia e seguravam nos seus próprios
guarda-chuvas. O nosso Presidente e mulher - na mesma ocasião tinham
alguém que lhes segurava o guarda-chuva......
E ESTA HEIM??? Como diria o Fernando Pessa...
( Esta lista foi dada aos jornalistas, não pensem que isto é gozo!)
domingo, 6 de novembro de 2011
AINDA O B P N
9 . 7 1 0 . 5 3 9 . 9 4 0 , 0 9 (NOVE-MIL-SETECENTOS-E-DEZ-MILHÕES-DE-EUROS)
CASO BPN: ESCÂNDALO E IMPUNIDADE
A burla cometida no BPN não tem precedentes na história de Portugal !!!
O montante do desvio atribuído a Oliveira e Costa, Luís Caprichoso, Francisco Sanches e Vaz Mascarenhas é algo de tão elevado, que só a sua comparação com coisas palpáveis nos pode dar uma ideia da sua grandeza.
Com 9.710.539.940,09 (NOVE MIL SETECENTOS E DEZ MILHÕES DE EUROS.....) poderíamos:
Comprar 48 aviões Airbus A380 (o maior avião comercial do mundo).
Comprar 16 plantéis de futebol iguais ao do Real Madrid.
Construir 7 TGV de Lisboa a Gaia.
Construir 5 pontes para travessia do Tejo.
Construir 3 aeroportos como o de Alcochete.
Para transportar os 9,7 MIL MILHÕES DE EUROS seriam necessárias 4.850 carrinhas de transporte de valores!
Assim, talvez já se perceba melhor o que está em causa.
Distribuído pelos 10 milhões de portugueses,
caberia a cada um cerca de 971 euros !!!
Então e os Dias Loureiro e os Arlindos de Carvalho onde andam?!
E que tamanho deveria ter a prisão para albergar esta gente?!
ONDE ESTÃO OS PRESIDENTES DA REPÚBLICA, OS MINISTROS, DEPUTADOS, JUÍZES, AUTARCAS, ETC. ETC., PARA DEFENDER O NOSSO POVO?
sábado, 5 de novembro de 2011
CARTA DUMA PORTUGUESA AO PRIMEIRO MINISTRO E...
Carta Aberta
ao primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, ao ministro da Economia Álvaro
Pereira e ao ministro das Finanças Vítor Gaspar
Srs.
Governantes de Portugal,
Sou uma técnica administrativa, de uma empresa pública de
transportes da área metropolitana de Lisboa (que está prestes a ser destruída),
sou possivelmente uma candidata séria ao desemprego, pois aquilo que está
previsto para esta área é bastante preocupante. Aufiro um vencimento que ronda
os 1100€ (líquido), tenho 36 anos e “visto a camisola” da minha empresa desde
os 19 anos.
Tenho o 12º ano de escolaridade, porque na época em que
estudava os meus pais, que queriam o melhor para mim, não tinham possibilidade
de me pagar uma universidade, por isso tive de ingressar cedo no mercado de
trabalho, investi na minha formação e tirei alguns cursos para evoluir,
continuo a ambicionar tirar um curso superior. Pensava efectuar provas no
próximo ano, para tentar ingressar numa universidade pública, faria um sacrifício
para pagar as propinas (talvez com o dinheiro que recebesse do IRS, conseguisse
pagá-las), mas realizaria um sonho antigo.
Comprei casa há uns anos (cerca de 7 anos), consciente de que
conseguia pagar a dívida que estava a contrair, nessa altura era possível e de
acordo com a lógica de evolução das coisas, a minha vida melhoraria
gradualmente, este era o meu pensamento e julgo que partilhado pela maioria dos
portugueses. Não vivo, nem nunca vivi acima das minhas possibilidades. Tenho um
carro de 1996, porque sou contra o endividamento e achei sempre que não podia
dar-me ao luxo de ter um carro melhor, confesso que já me custa conduzir aquela
lata velha, mas peço todos os dias para que não me deixe ficar mal, esse carro
foi comprado a pronto, custou-me cerca de 1.000€, que paguei com um subsídio de
férias ou de natal, direito alienável de qualquer trabalhador. Esses subsídios
permitem-me pagar o condomínio, os seguros de carro e casa, o IMI ou outras
despesas extra com as quais não estou a contar (como por exemplo a oficina,
quando a lata velha resolve avariar).
Até hoje paguei sempre as minhas contas a tempo e horas. Tenho
um cartão de crédito que a banca me ofereceu, mas que nunca utilizo, porque sou
consciente dos juros exorbitantes que são cobrados e tenho exemplos de que não
se deve gastar o que não se tem. Não pago qualquer prestação para além da casa,
se não tiver dinheiro, não efectuo a compra. Isto tudo para dizer, que não
devo, nem nunca devi nada a ninguém. Pago todos os meus impostos, portagens,
saúde, alimentação, água, luz, gás, gasolina, etc. Não tenho filhos, e hoje dou
graças a deus, porque não sei em que condições viveriam, se os tivesse.
Esta pequena introdução sobre a história da minha vida, que
acho que não interessa a ninguém, mas apenas a mim, serve para que percebam a
minha realidade, que certamente é a realidade de milhares de portugueses,
haverá uns em situação muito pior e alguns em situação bem melhor. Mas posso
servir bem, como um pequeno exemplo ilustrativo, para aqueles que governam um
país, que por acaso tem pessoas, algo que me parece muitas vezes ser esquecido.
É esta a minha forma de demonstrar a minha indignação perante
alguns comentários efectuados por alguns de vós e tendo em conta a actual
situação do nosso país. Aproveitando também para lhes pedir alguns
esclarecimentos.
Eu já ouvi o primeiro-ministro português, dizer que não sente
que tem de pedir desculpas aos portugueses, pelo défice e pela dívida, mas
pergunto Sr. Primeiro-ministro, sou eu que tenho de pedir desculpas, por um
orçamento de estado herdado do governo anterior, que sem a sua ajuda não teria
sido aprovado, ou já se esqueceu desse pormenor? Desde essa altura, portanto,
desde o início deste ano, que vejo o meu vencimento reduzido em 5% e que
contribuo mais que os outros portugueses, para o equilíbrio das contas públicas
e para o défice. Sim, porque ao que me parece, eu e todos os funcionários
públicos, que têm o azar de trabalhar para o estado, ou na máquina do mesmo,
são mais portugueses do que os outros. Não sei se eles se contentariam em
receber uma medalha, pela parte que me toca, dispenso essa honra, pois isso
contribuiria para o agravamento da despesa, por isso não se incomodem, prefiro
que poupem esse dinheiro e me continuem a pagar os subsídios a que tenho
direito.
Direito, Estado de Direito… Neste momento e em Portugal, não
consigo descortinar o que isso é, até porque a legislação e constituição têm
sido ajustadas à medida, de acordo com os interesses em vigor, pois se assim
não fosse, teria sido inconstitucional a redução do meu salário, bem como seria
impossível, cortarem-me o subsídio de natal e de férias nos próximos dois anos,
peço que me esclareçam também nestes pontos, pois existem muitas coisas que não
estou a perceber, acredite, que não sou assim tão ignorante.
Outra coisa que me faz alguma confusão, é ouvi-lo dizer que o
orçamento é seu, mas o défice não… Pergunto Sr. Primeiro-ministro, o défice é
meu? O défice é dos trabalhadores portugueses, mas não é seu? O Sr. porventura não
é português? Não contribuiu em nada para a situação em que nos encontramos? Há
qualquer coisa aqui que não bate certo.
Agora aquilo que mais me transtorna é pedirem ainda mais
sacrifícios ao povo português e terem a ousadia de dizer que o povo vive acima
das suas possibilidades. Como já tive oportunidade de demonstrar a minha
realidade, acho que não preciso voltar a explicar a minha forma de viver e a “ginástica”
que tenho de fazer com meu vencimento para conseguir pagar as minhas contas e
ainda assim sobreviver. Nem consigo imaginar, como farão famílias inteiras, que
apenas recebem o ordenado mínimo nacional, é para mim um exercício difícil,
apenas me posso compadecer, pela situação miserável em que devem estar a viver
e dar-lhes também voz, nesta minha missiva.
Por isso, posso garantir que pela parte que me toca, não vivo
acima das minhas possibilidades, mas certamente, que o Estado português e as
empresas públicas, estão a viver acima das possibilidades de todos os trabalhadores
portugueses. Apesar de relativamente a este assunto ainda não o ter ouvido
dizer que iam haver cortes, ou os poucos que referiu, ainda não me conseguiram
convencer… Dou-lhe alguns exemplos práticos, para que perceba e qualquer leigo
no assunto também…
Vou referir-me a todos os que ocupam cargos relevantes na
nossa sociedade, são eles os administradores de empresas, os directores, os
autarcas, os deputados, ministros, assessores, vogais, etc. Todos eles e vocês auferem
vencimentos superiores ao meu e da maioria dos trabalhadores, vamos supor que
ganham entre os 2.000€ e os 10.000€ mensais, sabemos bem que estas contas não
são as reais e que os valores são bem superiores, nalguns casos, mas para
demonstrar o que pretendo, podemos usar estes valores como base.
Tudo o que vou descrever abaixo, é a realidade do meu país e
da vossa má gestão enquanto governo. Não vos dei o meu voto, nem a todos os que
passaram por aí desde o 25 de Abril de 1975. Apesar de concordar com os
princípios básicos da democracia, há muito que deixei de acreditar que vivia
numa. Isto não é democracia, em democracia, também se ouve o povo, em
democracia os órgãos de comunicação social não manipulam a opinião pública, nem
são marionetas do Governo. Acredito mesmo assim, que a maioria daqueles que
votaram e vos deram a vitória nestas eleições, acreditavam de facto numa
mudança, mas mais uma vez, mudaram apenas as moscas e rodaram as cadeiras.
Por tudo isto, agradeço que descontem tudo o que descrevo em
baixo dos meus impostos, porque isto, meus senhores, nem eu, nem os trabalhadores
portugueses, temos possibilidades de pagar!
Esclareçam-me quanto aos seguintes pontos e quanto tudo isto
me custa (a mim e a todos os contribuintes portugueses):
- Se me desloco em viatura própria para o meu trabalho e a
maioria das pessoas usam o transporte público, digam-me porque é que tenho de
comprar carros topo de gama para toda esta gente, que ganha no mínimo o dobro
que eu e que ainda tem viatura própria superior à minha? Porque tenho de lhes
comprar os BMW’s e os Audis, pagar-lhes a gasolina, as portagens, as
inspecções, as revisões, os seguros, os motoristas e quanto isso me custa? Acham
que o povo português pode e quer, continuar a pagar isto?
- Se tenho um cartão de crédito que não utilizo, porque tenho
de vos pagar os cartões de crédito com “plafond” mensal para despesas diversas?
Quem vos disse que queríamos que gastassem assim o nosso dinheiro? Quem vos
autorizou?
- Se almoço no refeitório da Empresa e suporto com o meu
vencimento, todas as minhas refeições, porque tenho de pagar as vossas em
restaurantes de luxo? - Acham que temos possibilidade de continuar a viver
assim? Como têm o descaramento de nos continuar a pedir sacrifícios?
- Se não saio do país, porque não tenho hipótese (como
adorava poder efectuar uma viagem por ano), porque tenho de vos pagar, as
viagens, as despesas de alojamento e as ajudas de custo? Porque viajam em
classe executiva, porque ficam alojados em hotéis de 5 estrelas, se estamos a
viver num país falido e endividado?
- Porque tenho de pagar os vossos telemóveis e as vossas
contas?
- Porque tenho de vos pagar computadores portáteis, se para
pagar o meu tive de fazer sacrifícios e ainda o utilizo ao serviço da empresa,
quando necessário.
- Porque tenho de pagar 1.700€ de subsídio de alojamento, aos
membros do governo que não residem em Lisboa? Se só posso pagar de renda um
máximo de 500€, isto, enquanto não ficar desempregada, porque nessa altura,
terei provavelmente de vender a casa ou entregá-la ao banco e procurar emprego
noutro sítio qualquer e quero ver quem me vai pagar o subsídio de alojamento ou
de arrendamento. Aliás onde estão esses subsídios para os milhares de
desempregados deste país?
- Não quero pagar pensões vitalícias a ex-membros do governo
que continuam no activo e a acumular cargos e pensões.
- Não quero pagar ajudas de custo, ninguém me paga ajudas de
custo para coisa nenhuma, não tenho de o fazer a quem aufere o triplo e o
quádruplo do meu vencimento.
- Não quero pagar estudos, nem pareceres, nem quero, que
estejam contemplados no Orçamento de Estado, se não têm capacidade para
governar, não se candidatem aos cargos, um governo ao ser constituído, escolhe
as pessoas de acordo com a sua experiência e competência nas diversas áreas (ou
assim deveria ser).
- Não quero pagar mais BPN’s, nem recapitalizações da banca,
nem TGV’s, nem PPP’s que penalizam sempre o estado e beneficiam o privado.
- Não quero mais privatizações em áreas essenciais, como a
dos transportes, dos correios, das águas de Portugal, etc. Se são necessárias
reformas, façam-nas, sentando-se à mesa com os trabalhadores e negociando, não
aniquilando as Empresas.
- Quero uma verdadeira política de regulação e supervisão do
direito à concorrência, coisa que não existe neste país.
- Quero ver nas barras dos tribunais e a indeminizarem o
estado e o povo português, todos os que efectuaram crimes de colarinho branco,
de corrupção, de má gestão, que defraudaram o estado em milhões de euros. Se eu
cometer um crime sou responsabilizada por ele. Eles também têm de ser.
Estes são apenas alguns exemplos das despesas, que nem eu,
nem a maioria dos trabalhadores portugueses, querem pagar. Por isso meus
senhores, façam as contas, digam-nos quanto poupam com todas estas coisas e
depois sim, podem pedir sacrifícios aos portugueses, mas a todos, não só a
alguns, nem sempre aos mesmos.
Até lá, restituam-me o que me estão a roubar no vencimento
desde o inicio deste ano. Peço que tirem de uma vez por todas essa ideia da
cabeça, de me tirarem os subsídios de natal e de férias dos próximos anos,
aliás, isso é inconstitucional e ilegal ("Os
subsídios de Natal e de férias são inalienáveis e impenhoráveis". - F. Sá
Carneiro, Decreto-Lei n.º 496/80 de 20 de Outubro, promulgado em 10.10.1980,
pelo Presidente da República A. Ramalho Eanes), acho que estão a ter algum problema
com os vossos responsáveis da área jurídica e não vos estão a prestar os
devidos esclarecimentos, por isso, deixo aqui o meu pequeno contributo.
E para não dizerem que nós não queremos fazer sacrifícios,
deixo também uma pequena lista das áreas para onde quero contribuir, com os
meus impostos e onde quero ver o meu dinheiro aplicado:
- Posso continuar a descontar para a Segurança Social e a
mantê-la sustentável, para pagamento de:
- Reformas daqueles que trabalharam e
descontaram uma vida inteira, daqueles que lutaram pelo nosso país e foram
obrigados a ir para uma guerra, que não era deles e onde ainda hoje impera a
vergonha nacional, na forma como são tratados os ex-combatentes. Não me importo
e concordo, que a reforma mínima, seja aumentada para um valor que garanta
dignidade aos nossos idosos, o que está longe de acontecer nos dias de hoje;
- Abono de Família, com aumento para
as famílias mais desfavorecidas ou com rendimentos inferiores a 1.000€
(aumentando de acordo com o número de filhos).
- Pagamento de subsídio de apoio
social, desde que verificada a real necessidade da família ou indivíduo. Bem
como, de todos os subsídios (de doença, desemprego, assistência à família,
maternidade, etc.), desde que verificadas as situações, o que me parece já ser
uma prática comum.
- Aumento do ordenado mínimo nacional
para 500€ (o que continua a ser uma vergonha).
Continuo a pagar impostos para garantir uma boa Educação,
Saúde, Justiça (neste caso para todos e não só para alguns), Segurança,
Cultura, ou seja, para todas as áreas onde o governo tem reduzido e quer
reduzir ainda mais, ao abrigo da austeridade.
Agora peço-vos que não insultem mais a inteligência dos
portugueses, a única coisa estúpida que fazem, é continuar a dar poder a
pessoas pequeninas como os senhores, que pouco ou nada contribuem para lhes
melhorar a vida.
Não nos voltem a dizer, que estas medidas são necessárias e
suficientes, porque sabemos que é mentira e enquanto não apostarem no crescimento
real da economia, na produção de recursos e na criação de emprego, todas as
medidas que tomarem, terão um efeito nulo e só agravarão a situação do país e
das famílias. Não é necessário ser um grande génio financeiro, pois até o Sr.
Zé da mercearia (com todo o respeito que tenho pelo sr., e que apenas estudou
até à 4ª classe), percebe isto.
Não nos comparem nunca mais, com outros países mais
desenvolvidos, ou quando o fizerem, esclareçam também, quais os benefícios sociais
que eles têm e os ordenados que eles recebem, digam também quanto pagam de
impostos e por serviços e quanto pagamos nós. Somos dos mais pobres e dos que
mais pagam por tudo. Por isso meus senhores não nos peçam mais nada, porque já
passaram todos os limites.
Fico a aguardar uma resposta a todas estas minhas questões.
Não me despeço com consideração, porque infelizmente, ainda
não a conseguiram ganhar.
Manuela Cortes
REGRESSO
Regressado duma curta ausência retomo o contacto com quem tem a paciência de ler este blogue.
E enquanto não me atualizo com os ultimos acontecimentos..deixo aqui uma frase da escritora Any rand, que viveu na primeira metade do século XX
" Quando você perceber que, para produzir, precisa obter autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais do que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de nós; quando perceber que a corrupção é recompensada e a honestidade se converte em auto sacrifício..., então poderemos afirmar, sem temor de errar, que a nossa Sociedade está condenada.”
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E enquanto não me atualizo com os ultimos acontecimentos..deixo aqui uma frase da escritora Any rand, que viveu na primeira metade do século XX
" Quando você perceber que, para produzir, precisa obter autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais do que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de nós; quando perceber que a corrupção é recompensada e a honestidade se converte em auto sacrifício..., então poderemos afirmar, sem temor de errar, que a nossa Sociedade está condenada.”
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