terça-feira, 8 de novembro de 2011

DITOS E MITOS


Ditos e  mitos
Quem vive muito acima das  suas possibilidades é o Estado, a classe política, os gestores  públicos.
A mentira mais repetida na  vida política portuguesa é a de que os portugueses vivem acima das suas  possibilidades, trabalham pouco, ganham demasiado e deveriam poupar mais. Nada  de mais errado: este conjunto de mitos constitui um embuste.
O primeiro mito é o de que  os portugueses vivem acima das suas possibilidades, fazem férias caras e compram  bens que não deviam. Um logro. Quando adquirem bens ou serviços, os cidadãos  fazem-no ou com o seu dinheiro ou a crédito. No primeiro caso, estão no seu  direito. Na segunda hipótese, a responsabilidade será sempre do cliente; ou, se  resulta de má avaliação ou ganância por parte da banca, é por esta que deve ser  assumido o prejuízo. Muito pelo contrário, quem vive muito acima das suas  possibilidades é o Estado, a classe política, os gestores públicos e todos os  que comem da manjedoura que é o orçamento do estado. O português comum, esse,  infelizmente, tem vivido muito abaixo do nível médio do europeu.
O segundo mito, em Portugal  trabalha-se pouco. Uma falsidade. Os nossos trabalhadores cumprem horários  semanais dos mais extensos da Europa. Estão é mal enquadrados e são mal  dirigidos. Na administração pública, a gestão é fraca, os dirigentes, "boys"  partidários, são, na sua maioria, habilidosos caciques e organizadores de  campanhas, mas péssimos gestores. Acresce que a incompetência se contagia às  empresas privadas que vivem de favores do Estado e que, para isso apenas,  contratam traficantes de influência. Com dirigentes destes, a produtividade só  poderia ser fraca. E ganham demais? Não me parece que salários altos alguma vez  tenham sido o problema de Portugal. Pelo contrário, é lamentável que tenhamos  chegado a 2011 com um ordenado bruto médio de 900 euros, o que representa um  rendimento líquido mensal de 711 euros. Isto é ganhar muito? Finalmente, é agora  moda pedir aos portugueses que poupem. Mas vir pedir a um povo, que tem salários  de miséria, para poupar é, no mínimo, ridículo e insultuoso. E inútil. Todo este  chorrilho de mentiras e moralismos apenas servem para disfarçar a incapacidade  dos políticos. O que os portugueses precisam não é de lições de moral, mas sim  de governantes competentes e sérios.
Paulo Morais, Professor Universitário  (CM  -01.11.2011)


GRANDE  VERDADE SR. PROFESSOR.

BEM  HAJA!

Mas já não  sei, se este povo é inocente ou é mesmo burro, acredita em tudo os que estes  políticos de meia tigela lhe dizem…

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