A Sovenco, criada em 1990, era uma Sociedade de Venda de Combustíveis.
A sua constituição: Armando Vara, Fátima Felgueiras, José Sócrates, Virgílio
de Sousa.
Armando Vara - condenado a 4 anos de prisão (pena suspensa) Fátima
Felgueiras – condenada a 3 anos e três meses de prisão (pena
suspensa)
Virgílio de Sousa - condenado a prisão por um processo de corrupção no
Centro de Exames de Condução de Tábua (Blog Sonhos perdidos 11.02.05)
Armando Vara, quando era secretário de Estado adjunto do ministro da
Administração Interna, recorreu ao director-geral do GEPI (Gabinete de
Estudos e Planeamento de Instalações do MAI) e a engenheiros que dele
dependiam para projectar a moradia que construiu perto de Montemor-o-Novo.
Para fazer as obras serviu-se de uma empresa e de um grupo ao qual o GEPI
adjudicava muitos dos seus concursos públicos.
Com 3500 contos (17.500 euros) o actual administrador da Caixa Geral de
Depósitos e licenciado pela Universidade Independente tornou-se dono, em
1998, de 13.700 m2 situados junto a Fazendas de Cortiços, a três quilómetros
de Montemor-o-Novo. Em Março de 1999 requereu à câmara o licenciamento da
ampliação e alteração da velha casa ali existente.
Onde a história perde a banalidade é quando se vê quem projectou e construiu
a moradia. O projecto de arquitectura tem o nome de Ana Morais.
O alvará da empresa que fez a casa diz que a mesma dá pelo nome de
Constrope. A arquitecta Ana Morais era à época casada com António José
Morais, o então director do GEPI, que fora assessor de Armando Vara entre
Novembro de 1995 e Março de 1996. Nessa altura, recorde-se, foi nomeado
director do GEPI por Armando Vara - cargo em que se manteve até Junho de
2002 - e era professor de quatro das cinco disciplinas que deram a José
Sócrates o título de licenciado em Engenharia pela UnI.
A Constrope era uma firma de construção civil sediada em Belmonte, que
também trabalhava para o GEPI e tinha entre os seus responsáveis um
empresário da Covilhã, Carlos Manuel Santos Silva, então administrador da
Conegil - uma empresa do grupo HLC que veio a falir e à qual o GEPI
adjudicou dezenas de obras no tempo de Morais.
(Publico 20.04.07)
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