MST e a sua masturbação em directo
"Sinais de fogo" é a última porno chachada a que tive acesso. Na semana passada o enredo era, nitidamente, sado maso. Na presença do primeiro-ministro, MST demonstrou uma capacidade de lamber botas que o faria apontar com o dedo, se visto em qualquer outra pessoa. MST estava excitado (em horny, mesmo) por estar ali com o homem de quem todos falam. A teatralização da entrevista foi brutal. As perguntas suaves e meigas eram vociferadas num tom arrogante e agressivo. Talvez ninguém percebesse, assim, que MST estava inebriado com toda a demonstração de poder que estava a dar: ele tinha, no seu primeiro programa, o primeiro-ministro deste país. O primeiro-ministro que está na berlinda, o primeiro-ministro que faz primeiras páginas, o primeiro-ministro a quem tantos queriam perguntar tanta coisa... que MST deixou por perguntar, disfarçadamente, como quem tenta ludibriar-nos.
Depois houve hoje. Hoje, MST convidou Gonçalo Amaral e tomou a posição do Grande Masturbador. Para quem viu a entrevista (se se pode chamar entrevista a um monólogo) fica a recordação de uma repetição à exaustão e num tom que já não era agressivo, de tão mal-educado, da frase "é a minha opinião". De Gonçalo Amaral há a dizer que foi parvo. Porque admitiu ir a um programa de um umbiguista. Porque aceitou ir a um programa quando, por ordem judicial, não poderia responder a metade das perguntas. De MST há a dizer que foi como um caniche irritante, que se esconde de medo quando o dono lhe dá um grito, mas ladra esbaforida e irritantemente ao pastor alemão que ele vê com trela. É assim, MST, tão apologista da sua liberdade, tão admirador da sua própria opinião: um gajo igual aos outros, com opiniões tão válidas como os outros, mas com tempo de antena em horário nobre. Pois galhofe com o seu tempo de antena, Dr. Sousa Tavares. Antes os Morangos com açúcar do que a sua masturbação pública. E não me leve a mal. É a minha opinião.
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