quinta-feira, 11 de março de 2010

SOLIDARIEDADE

É uma vergonha o que se passa com o valor das chamadas telefónicas
de ajuda a vítimas de catástrofes.

Vejamos então o que se passa com as ditas chamadas:

* Cada chamada custa a quem a faz 72 centimos (60 centimos + IVA).
* No entanto para as organizações de ajuda no terreno são
canalizados apenas 50 centimos, ou seja mais ou menos 69% do
que pagámos.
* Os restantes 31% - 22 cêntimos - vão uma parte para o IVA -
20% e restante não sabemos bem para
quem.


*Assim dos 72 centimos que oferecemos temos que:*

- organizações de Solideriedade recebem 50 centimos

- para os cofres do governo através do IVA 20% 12 cêntimos

- não sabemos exactamente para quem vai 10 centimos


É aqui que acho haver uma grande IMORALIDADE pois estas chamadas têm
o mesmo tratamento por parte das autoridades que qualquer outra
chamada de valor acrescentado, como se a pesoa que a efectua
estivesse num qualquer concurso que agora por aí prolíferam, e não a
ajudar quem necessita.


Mais ainda é de estranhar mais uma vez que se fizermos um donativo
em dinheiro para qualquer instituição de solideriedade a pessoa ou
entidade que o faz vai ter benefícios fiscais em sede de IRS e IRC
conforme seja pessoa singular ou colectiva.

É claro que se analizarmos isto apenas por uma chamada, os valores
são irrisórios.

No entanto é preciso não esquecer que são muitos milhares de
chamadas que estão em questão.


Vejamos um exemplo:

É vulgar ouvirmos, numa qualquer estação de televisão que esteja a
patrocinar uma dessas campanhas, que já conseguiram angariar 200.000
euros para uma tal organização. Asim temos que foram feitas 400.000
chamadas que custaram a quem as fez 288.000 eurs ou seja mais 44% do
que o valor que a organização recebeu, sendo que 40.000 euros (20%)
não sabemos exactamente para onde foram e os outros 48.000 euros
(24%) foram para o governo através do IVA.
Ora olhando para os números acima temos que concordar que o negócio
é no mínimo apetecível.

Por isso acho *vergonhoso e IMORAL* e é obrigação de todos
alertarmos para esta situação divulgando-a o mais possível com o fim
de que pelo menos o valor do IVA seja retirado ou melhor ainda, seja
acrescentado aos tais 50 centimos e entregarem não 50 mas 62
centimos ás organizações de soliriedade que actuam no terreno.

Em relação aos outros 10 centimos é de lamentar como se aproveita o
sofrimento de uns e a solideriedade de outros para se fazer negócio.

Divulgar o mais possível

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