segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

ANDAR Á DERIVA

Para ler e meditar
Um grupo de amigos de Carlos Castro, em que se inclui La Féria, propõe ao
presidente da Câmara de Lisboa que o nome do cronista seja incluído na
toponímia da cidade "in Correio da Manhã"


Não me vou ficar pelo óbvio que seria dizer apenas e só: quem foi Carlos
Castro para dar o nome a rua, esquina, rotunda ou beco? Tem falecido muita
gente de grande valor nos últimos tempos. Relembro a recente perda do
jornalista Carlos Pinto Coelho, um grande, enorme comunicador e ícone da
cultura e sua transmissão neste país. Mas pelos visto é outro Carlos quem
está na calha para ser eternizado dando o seu nome a uma rua. Eu sugiro
antes uma ladeira ou rampa. Não era ele que servia de rampa de lançamento
para tudo o que é pára-quedista social?


Estou a ver daqui a uns anos o avô com o netinho pelo braço, a passearem e
a disfrutar do sol da capital quando o petiz se sai com esta: "ó avô quem
foi o Carlos Castro?" "Quem? Diz o velhote visivelmente atrapalhado..."
"Ali avô - apontando - a placa diz rua Carlos Castro." "Ah sim meu
filho... Olha esse senhor lançava muita gente no mundo cor-de-rosa com as
suas crónicas de grande veia poética e conhecimentos no mundo do jet-set.
Sabes o que é o jet-set filho? "Não avô, o que é isso?"

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