Francisco Louçã assumiu na segunda-feira que o Bloco de Esquerda (BE) é a "alternativa de esquerda" a Sócrates e estabeleceu como metas da moção de censura ao Governo "combater o rotativismo" PS/ PSD e "tornar claro quem manda" em Portugal.
Estas posições do líder do BE foram apresentadas numa sessão de esclarecimento, em Braga, com o mote "Eles roubam, Tu pagas, Nós censuramos", sobre os motivos que levaram os bloquistas a apresentar uma moção de censura ao Governo de José Sócrates. "Um dos grandes objectivos desta atitude do bloco era perceber, tornar claro quem manda em Portugal", afirmou Francisco Louçã, explicando que "ficou claro quem manda quando o PSD veio de imediato recusar a moção do BE, mesmo sem a ler, com a justificação que não é altura para criar instabilidade". A razão do apoio do PSD ao Governo de Sócrates é "simples" para o líder bloquista.
"O PS está a realizar o sonho da direita com as políticas quem tem adoptado na saúde, no ensino. Está a fazer o trabalho sujo que o PSD deseja, por isso o PSD não pode ir contra o PS. E o PS precisa do PSD", explicou. Francisco Louçã adiantou também que outro dos objectivos da moção de censura apresentada pelo BE é "combater o rotativismo PS/ PSD". "Trinta anos de rotativismo levaram o país para o buraco em que hoje está. Um rotativismo com o sistema financeiro como centro", em que, segundo Louçã, o PS "não representa uma alternativa de esquerda" já que "prossegue políticas de direita".
Assim, a moção apresentada pelo BE "pretende assumir" uma alternativa. "Esta moção não é um grito de revolta. Não é vazia. Quem quer eleições, que são o fim último de qualquer moção de censura, quer dizer qual é a alternativa", disse.
"Ao fim de 12 anos de história o BE representa a alternativa de esquerda, de combate ao sistema financeiro e aqueles que o representam", concluiu. Segundo Francisco Louçã, das quatro moções de censura apresentadas pelo BE esta é a mais "arrojada e combativa". "Em 12 anos o bloco apresentou quatro moções de censura: a primeira ao pântano político de Guterres, a segunda ao Governo de Durão Barroso, após a cimeira das Lajes, a terceira contra a maioria absoluta de Sócrates e agora esta", enumerou. "Esta, porque não podemos deixar que continue a degradação da política social de Portugal e o ataque a quem mais precisa", explicou Louçã.
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