segunda-feira, 16 de maio de 2011

PARA PENSAR

“Onde está o dinheiro é a pergunta mais importante da democracia portuguesa”
“O que o país não pode fazer é trocar uma dívida que já é cara por uma dívida que é caríssima”, afirmou Francisco Louçã em Vila Real, salientando que a solução “é simplesmente renegociar, auditar a dívida, saber o que se está a pagar, proteger a economia, proteger as pessoas”. No comício intervieram ainda os candidatos pelo distrito Paulo Justo e Irina Castro (na foto).
Artigo | 16 Maio, 2011 - 03:41

Irina Castro, cabeça de lista do Bloco por Vila Real - Foto de Paulete Matos Francisco Louçã realçou que é preciso saber “onde está o dinheiro”, porque o “país não teve mais investimento, mais emprego, melhores serviços públicos, como a saúde ou educação, mas tem mais dívida nas autoestradas ou nas parcerias público-privadas”. O dirigente do Bloco defendeu a renegociação da dívida, sublinhando que “é assim que nos protegemos do calote social, é assim que evitamos que o Estado promova um calote contra as pensões, um calote contra os salários”.

No comício do Bloco, realizado em Vila Real neste domingo, também foi apresentada a lista candidata às próximas eleições legislativas pelo distrito, intervieram Irina Castro e Paulo Justo - os dois primeiros candidatos - e Francisco Louçã, que abordou as nove propostas já apresentadas, sublinhando que a campanha do Bloco é “apresentar propostas”.

Paulo Justo dirigiu-se aos jovens, afirmando que o Bloco lutará “por políticas públicas que visem dar oportunidades aos mais jovens desta região”, “para criar condições para que apliquem aqui o vosso potencial e não tenham de ir embora por necessidade, para que tenham possibilidades para viver, trabalhar, inovar e ajudar a desenvolver esta região”.

Irina Castro disse que no programa do Bloco de Esquerda para o distrito há “um compromisso com a necessidade do progresso e do desenvolvimento da região e neste plano a UTAD é absolutamente central”. A cabeça de lista do Bloco por Vila Real afirmou que “não se pode admitir que o ensino superior se continue a financiar à custa do esforço dos estudantes e à custa do esforço dos docentes”. “Os jovens estudam e trabalham e por isso não têm de se endividar para poderem pagar propinas e para poderem frequentar o ensino superior”, disse, acrescentando que “há aqui um combate que precisa de ser travado”.

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