segunda-feira, 6 de junho de 2011

COMENTÁRIO POLÍTICO-LEGISLATIVAS 2011

COMENTÁRIO POLÍTICO
• Os resultados da eleição de ontem merecem certamente uma profunda reflexão.
A primeira coisa que salta à vista foi a enorme percentagem de abstenção, a maior de sempre em eleições legislativas portuguesas, cerca de 42 por cento.
Se somarmos a esse número 150.000 pessoas que votaram em branco.. temos quase 50 por cento da população que podia votar e que não manifestou a sua preferência por qualquer partido.
• Pensamos que este facto é bastamte penalizador para a Democracia e para todas as forças políticas;
• Depois tem de se reconhecer que houve uma profunda viragem à direita. E porquê? Nos últimos anos tivemos um governo do P.S. que aumentou de forma escandalosa a divida pública portuguesa, que se enredou em escândalos que atingiram o seu próprio secretário geral, que facilitou o compadrio, enquanto a justiça se tornou cada vez mais complexa, a saúde , a educação, os direitos de quem trabalha foram atingidos por medidas durissimas, o desemprego aumentou exponencialmente.
• A comunicação social nesta campanha não divulgou minimamente as medidas que a troika impôs a Portugal e tentou apresentá--las como inevitáveis. Só CDU e Bloco de Esquerda tentaram explicar que havia outros caminhos, mas na falta de informação a mensagem não passou e também esses dois partidos concorrendo isoladamente, embora com posições semelhantes nunca apareceram ao eleitorado como uma alternativa de poder;
• Passos Coelho e Portas, apareceram com uma imagem de bons gestores, para gerir as tais medidas da troika que a população foi convencida que seria inevitável aceitar
• E como o português gosta de apostar no vencedor ( até aí houve mistificação pois n+os íamos escolher 230 deputados e não o primeiro ministro)é fácil expçicar a hecatombe que atingiu o P.S.
• Já quanto à esquerda do P.S. se viu uma CDU que conseguiu resistir ao apelo do voto útil e até subir ligeiramente é mais difícil explanar as causas da quebra do B.E. em metade do seu eleitorado e do número de deputados eleitos.
• Todos os militantes e simpatizantes do Bloco têm agora obrigação de fazer uma profunda reflexão sobre os motivos do sucedido.
• A colagem de Bloco e P.S. na candidatura fracassada de Manuel Alegre, enquanto ao mesmo tempo os dois partidos se atacavam mutuamente terá dado uma ideia de falta de coerência política, um programa demasiado igual ao do PCP, pode ter afastado outros eleitores. E, note-se que quem deixou de votar BE nem sequer terá votado PS, muito possivelmente ter-se-à refugiado na abstenção.
• Muitas lições há a tirar. Ficam aqui uma breves reflexões.

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