quarta-feira, 1 de junho de 2011

MANIFESTO

POR ACHAR QUE ESTE "Movimento" divulgou um manifesto que mnerece atenção dou nota do comunicado que recebi do mesmo.



Seguem notas da reunião de Lisboa de subscritores do
«Manifesto por uma Convergência e Alternativa»
Lisboa/ISEG, 31 Maio de 2011

Reuniram-se em Lisboa duas dezenas de subscritores do Manifesto para partilhar ideias sobre a situação económica, social e política que vivemos e a forma de nos organizarmos para conseguir concretizar a ideia fundadora: organizar a Convergência de todos os que rejeitam o Memorando imposto pela UE/FMI tendo em vista a construção de uma Alternativa política que recolha a preferência de uma parte importante do eleitorado.

Algumas intervenções chamaram a atenção para a importância dos movimentos de jovens que contestam não apenas a precariedade e o desemprego mas também a degradação das democracias contemporâneas, com destaque para o divórcio entre os eleitos para cargos políticos e os anseios e expectativas dos cidadãos. Foi referido o défice de proporcionalidade do actual método de Hondt no que toca à sua aplicação nos círculos eleitorais com menor número de eleitores, caso dos círculos do interior do Continente, Europa e resto do Mundo. Defendeu-se a importância de estarmos em sintonia com os novos movimentos sociais e evitarmos as velhas formas de organização geradoras de sectarismo e carreirismo.

Também foi defendida a ideia de que os partidos não tomam a iniciativa de se auto-reformarem, antes têm de ser desafiados a partir do exterior através de movimentos como este. O recente encontro entre o PCP e o BE foi considerado por alguns como tardio, sem ambição, e frustrante no que toca aos resultados divulgados.

Enquanto uns pediram esclarecimentos sobre o contributo específico do Manifesto no que toca à relação do País com a zona euro e a União Europeia, outros colocaram a tónica na urgência em pautar a acção política por princípios éticos e na necessidade de adoptar como objectivo central das políticas o combate às desigualdades sociais.

Uma preocupação comum a várias intervenções foi a urgência em definirmos com clareza as tarefas que terão prioridade na nossa intervenção após as eleições. Foi dito que devemos distinguir bem dois tempos, o da conjuntura, virado para o combate às políticas do Memorando UE/FMI, e o da estrutura, preocupado com a construção de uma nova proposta de esquerda. Ficou o aviso de que nos combates que marcam a actual conjuntura não devemos dar demasiada atenção à demarcação formal esquerda/direita dado que, no plano das convicções das pessoas envolvidas nas lutas concretas, essas fronteiras são frequentemente difusas e orientadas por critérios nem sempre convencionais.

Uma ideia consensual emergiu da partilha de ideias: é preciso passar à acção lançando iniciativas congregadoras de todos os movimentos que já estão no terreno, desde logo construindo uma rede entre eles para potenciar a sua intervenção. Considerou-se tarefa urgente criar uma equipa de economistas que comece a consolidar um discurso claro e fundamentado sobre a política económica alternativa que defendemos.

A reunião terminou com o apelo à participação mais empenhada de um núcleo coordenador das actividades da CeA na Grande Lisboa e a promessa de realização de uma reunião nacional logo que as condições de mobilização a justifiquem.

A divulgação destas notas também visa estimular a participação de todos os subscritores que pelas mais variadas razões não puderam estar presentes.


Saudações convergentes da
equipa de coordenação provisória.

Cipriano Justo
João Carlos Graça
Jorge Bateira
Jorge Martins
José Maria Silva

Portugal Continental e Arquipélago da Madeira , 01-06-2011 17:07:50,
Arquipélago dos Açores, 01-06-2011 16:07:5

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