domingo, 16 de março de 2008

Professores

Profs....a culpa é deles!
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> Neste momento, é óbvio para todos que a culpa do estado a que chegou o
> ensino é (sem querer apontar dedos) dos professores. Só pode ser
> deles, aliás. Os alunos estão lá a contragosto, por isso não contam. O
> ministério muda quase todos os anos, por isso conta ainda menos. Os
> únicos que se mantêm tempo suficiente no sistema são os professores.
> Pelo menos os que vão conseguindo escapar com vida.
>
> É evidente que a culpa é deles.
> E, ao contrário do que costuma acontecer nesta coluna, esta não é uma
> acusação gratuita. Há razões objectivas para que os culpados sejam os
> professores.
> Reparem: quando falamos de professores, estamos a falar de pessoas que
> escolheram uma profissão em que ganham mal, não sabem onde vão ser
> colocados no ano seguinte e todos os dias arriscam levar um banano de
> um aluno ou de qualquer um dos seus familiares.
>
> O que é que esta gente pode ensinar às nossas crianças? Se eles
> possuíssem algum tipo de sabedoria, tê-Ia-iam usado em proveito
> próprio. É sensato entregar a educação dos nossos filhos a pessoas com
> esta capacidade de discernimento? Parece-me claro que não.
>
> A menos que não se trate de falta de juízo mas sim de amor ao sofrimento.
>
> O que não posso dizer que me deixe mais tranquilo. Esta gente opta por
> passar a vida a andar de terra em terra, a fazer contas ao dinheiro e
> a ensinar o Teorema de Pitágoras a delinquentes que lhes querem bater.
> Sem nenhum desprimor para com as depravações sexuais -até porque sofro
> de quase todas -, não sei se o Ministério da Educação devia incentivar
> este contacto entre crianças e adultos masoquistas.
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> Ser professor, hoje, não é uma vocação; é uma perversão.
>
> Antigamente, havia as escolas C+S; hoje, caminhamos para o modelo de
> escola S/M. Havia os professores sádicos, que espancavam alunos; agora
> o há os professores masoquistas, que são espancados por eles. Tomando
> sempre novas qualidades, este mundo.
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> Eu digo-vos que grupo de pessoas produzia excelentes professores: o
> povo cigano.
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> Já estão habituados ao nomadismo e têm fama de se desenvencilhar bem
> das escaramuças. Queria ver quantos papás fanfarrões dos subúrbios iam
> pedir explicações a estes professores. Um cigano em cada escola, é a
> minha proposta.
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> Já em relação a estes professores que têm sido agredidos, tenho menos
> esperança.
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> Gente que ensina selvagens filhos de selvagens e, depois de ser
> agredida, não sabe guiar a polícia até à árvore em que os agressores
> vivem, claramente, não está preparada para o mundo.
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> Ricardo Araújo Pereira in Opinião, Boca do Inferno, Revista Visão
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