BOAS FESTAS
Vai ali a criança que
tem fome,
Parado à esquina o
velho sem abrigo,
Mais à frente a
mulher sem um amigo
Que já há muitos dias
que não come.
Deste lado um poeta
sem ter nome,
Dos versos piedosos
inimigo,
Que na dor e revolta
se consome.
Mas o mundo recusa-se
a pensar
Caminha p’ro abismo
sem parar
Como um escravo do
ouro, o vil metal.
Amigos, se entendeis
que algo mereço
Com ternura e amor é
que vos peço
Façamos algo bom
neste Natal.
Natal de 2011
Nogueira Pardal
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