terça-feira, 30 de dezembro de 2008

ADIVINHA

QUE É?

Ela tem um perfil indefinível.
Apresenta-se, pois, indecifrável.
É dama de vontade irreversível
e mora na paisagem do improvável.

O seu rosto divisa-se invisível.
Não tem gesto civil nem amorável.
Com frieza de mármore, impassível,
age sempre de modo indisfarçável.

O que é essa coisa tão incrível
que nos cai de maneira irreparável
e que nunca almejamos ser possível?

Já, por si, a ninguém é desejável,
não parece ter prazo irremovível,
pois mistério da vida, irrevogável.

Fort., 28/12/2008.


Eis a minha resposta:



Com os votos de um bom ano de 2009, aqui envio a resposta à charada que, em verso, me propôs:

Chama-se Lurdes, mas não é Modesto.
Nem Lurdes Pintasilgo. Não me obrigues
a repetir tal nome que detesto:
É Maria de Lurdes, mas... Rodrigues.

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