domingo, 5 de julho de 2009

É fartar..vilanagem

Copiado do "Jornal de Notícias"

Ontem
ALEXANDRA MARQUES E NUNO MIGUEL MAIA
Ascende a mais de 24 milhões de euros (24.301.669 euros) o montante total que os cinco arguidos do caso BCP (Banco Comercial Português) - os ex-membros do Conselho de Administração (CA) Jardim Gonçalves, Filipe Pinhal, Christopher de Beck, António Rodrigues e António Castro Henriques - receberam "indevidamente", entre 2001 e 2004.
A remuneração variável que cabia a cada administrador, relativa a cada exercício das contas, poderia atingir os 10% dos resultados líquidos consolidados pelo Grupo BCP, que são agora de 2%, desde que fossem aprovados em Assembleia Geral.
Para receberem mais do que lhes era devido - refere-se uma página final das quase 300 que compõem a acusação do Ministério Público - os arguidos apresentaram "resultados consolidados empolados", já que não incluíam as perdas sofridas pelas 17 "off-shore" das Ilhas Cayman e "off-shore Goes Ferreira", e contabilizavam indevidamente juros e comissões.
Desta forma, os membros da Comissão de Remunerações foram induzidos em erro e atribuíram aos administradores, "a título de 'participação nos resultados', valores superiores aos estatutariamente permitidos".
Jardim Gonçalves surge à cabeça da lista dos prémios com 9693 milhões de euros, seguido de Filipe Pinhal (2913), Christopher Beck (2684 ), António Rodrigues (2661) e António Castro Henriques (1505). "Montantes que os arguidos, apesar de bem saberem não lhes serem devidos, fizeram seus e permitiram que os restantes membros do CA igualmente o fizessem", sendo recebidos nos anos seguintes, tendo a última vez sido em Junho de 2007, sendo pagamento feito por cheques sacados à conta do BCP no Banco Bilbao, Vizcaya e Argentaria.

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