sábado, 30 de julho de 2011
ADIVINHA
Adivinha...quem já nomeou 11 notoristas..15assessores..9 secretárias.Passos Coelho..claro. Sócrates..estás perdoado. ah ah
sexta-feira, 29 de julho de 2011
VIGARICES Á SOLTA
Meus amigos,
Apreciem a etiqueta do cesto, onde ficamos a saber que há uma fabriqueta em Torres Vedras que compra figos secos a granel na Turquia e também amêndoas descascadas à carrada nos Estados Unidos, embala tudo muito bem embalado num cesto, sei lá, talvez feito na Indonésia.
.... e com todo o descaramento do código de barras começar por 560 !!!!
Obra pronta, vende-a a bom preço no Algarve, terra de figueiras e amendoeiras.
Isto na altura em que o País está sem dinheiro e aquela gente que nos governa anda a ganir para, mesmo que sejam mais caros, comprar produtos nacionais.
Isto é uma FRAUDE!!!
Haja Deus!
Não podemos ser condescendentes com estas coisas.
Esta empresa não tem mail o que é uma pena!!!
Eurochocolate-Sociedade de Representações, Lda. Parque Empresarial De Torres Vedras Lote A11, Paúl-Torres Vedras, Lisboa 2560-233
p: 261336170 f: 261336179
Apreciem a etiqueta do cesto, onde ficamos a saber que há uma fabriqueta em Torres Vedras que compra figos secos a granel na Turquia e também amêndoas descascadas à carrada nos Estados Unidos, embala tudo muito bem embalado num cesto, sei lá, talvez feito na Indonésia.
.... e com todo o descaramento do código de barras começar por 560 !!!!
Obra pronta, vende-a a bom preço no Algarve, terra de figueiras e amendoeiras.
Isto na altura em que o País está sem dinheiro e aquela gente que nos governa anda a ganir para, mesmo que sejam mais caros, comprar produtos nacionais.
Isto é uma FRAUDE!!!
Haja Deus!
Não podemos ser condescendentes com estas coisas.
Esta empresa não tem mail o que é uma pena!!!
Eurochocolate-Sociedade de Representações, Lda. Parque Empresarial De Torres Vedras Lote A11, Paúl-Torres Vedras, Lisboa 2560-233
p: 261336170 f: 261336179
quinta-feira, 28 de julho de 2011
MUDAM AS MOSCAS
E ainda a procissão vai no adro...
Passos Coelho disse que chumbava o PEC IV do anterior Governo porque não se podia pedir mais sacrifícios aos portugueses. Afinal podia-se. Mentiu.
Outra razão para o chumbo do PEC IV era que o partido tinha sido apanhado de surpresa com as medidas lá constantes. Afinal conhecia-as e em detalhe, depois de uma reunião de quatro horas com Teixeira dos Santos. Mentiu.
Durante a campanha, defendeu sempre a redução da Taxa Social Única, garantindo que era uma medida acertada e que o seu governo iria levá-la adiante. Logo que tomou posse, informou que iria criar uma comissão de análise e avaliação da medida proposta. Ou seja, afinal não tinha tanta certeza sobre a bondade da medida. Mentiu.
A 1 de Abril, dia das mentiras e em plena campanha eleitoral, garantiu que era uma parvoíce cortar nos subsídios (férias e Natal). Logo que tomou posse, aplicou um corte no subsídio de Natal, mesmo para quem não o aufira (como é o meu caso, enquanto trabalhador independente). Mentiu.
Este corte no subsídio, que não é mais do que um imposto extraordinário (enquanto os empresários pagam menos impostos, com a redução da TSU, os trabalhadores pagam mais), foi justificado com a evolução da situação económica. Ora, esta medida até já estava prevista no programa de governo do PSD e já tinha sido discutida (como
revela o Expresso) na semana passada, ainda antes de serem publicamente conhecidos os números de execução orçamental, suposto motivo para o imposto. Mentiu.
Passos Coelho justificou ainda este imposto com os números de execução orçamental do primeiro trimestre deste ano. Mas sucede que esses números já eram conhecidos quando a troika cá veio e analisou as nossas contas. O PSD e o CDS ficaram, então, a conhecê-los. E assinaram o memorando. Mentiu.
Passos Coelho prometeu cortar nas despesas. Iria reduzir o número de Ministros, para o efeito. Dos dezasseis do anterior governo, passámos a ter onze. Secretários de estado, que eram vinte e cinco, passaram a ser trinta e cinco. Ou seja, mais despesa. Mentiu.
Uma das primeiras medidas de Passos Coelho foi passarem os elementos do governo a viajar em classe económica. Afinal, já não pagavam os bilhetes *, foi uma medida para eleitor ver. Mentiu.
Passos Coelho disse que não iria contratar boys para o governo. Miguel Relvas e Marco António Costa, dois dos elementos fortes do aparelho social-democrata, foram dos primeiros a ser contratados, seguindo-se assessores contratados a blogues apoiantes, premiando as batalhas blogosféricas travadas nos últimos anos. Mentiu.
Os governos costumam começar bem e terminar mal. A excepção, nos últimos anos, foi Santana Lopes, que começou logo enquanto desastre político. Passos Coelho começa mal e ameaça piorar ainda mais as coisas, como se tal fosse possível. Se Sócrates era mentiroso, Passos Coelho já deu mostras, mais do que suficientes, de que é igual. Mais
do mesmo, portanto.
Nota: 1. Os sublinhdos são meus
* 2. Se houvesse jornalismo sério neste país, já se sabia como, durante anos e
anos, este regabofe aconteceu e sempre à custa da TAP...!!!
"APENAS MUDARAM AS MOSCAS"
Passos Coelho disse que chumbava o PEC IV do anterior Governo porque não se podia pedir mais sacrifícios aos portugueses. Afinal podia-se. Mentiu.
Outra razão para o chumbo do PEC IV era que o partido tinha sido apanhado de surpresa com as medidas lá constantes. Afinal conhecia-as e em detalhe, depois de uma reunião de quatro horas com Teixeira dos Santos. Mentiu.
Durante a campanha, defendeu sempre a redução da Taxa Social Única, garantindo que era uma medida acertada e que o seu governo iria levá-la adiante. Logo que tomou posse, informou que iria criar uma comissão de análise e avaliação da medida proposta. Ou seja, afinal não tinha tanta certeza sobre a bondade da medida. Mentiu.
A 1 de Abril, dia das mentiras e em plena campanha eleitoral, garantiu que era uma parvoíce cortar nos subsídios (férias e Natal). Logo que tomou posse, aplicou um corte no subsídio de Natal, mesmo para quem não o aufira (como é o meu caso, enquanto trabalhador independente). Mentiu.
Este corte no subsídio, que não é mais do que um imposto extraordinário (enquanto os empresários pagam menos impostos, com a redução da TSU, os trabalhadores pagam mais), foi justificado com a evolução da situação económica. Ora, esta medida até já estava prevista no programa de governo do PSD e já tinha sido discutida (como
revela o Expresso) na semana passada, ainda antes de serem publicamente conhecidos os números de execução orçamental, suposto motivo para o imposto. Mentiu.
Passos Coelho justificou ainda este imposto com os números de execução orçamental do primeiro trimestre deste ano. Mas sucede que esses números já eram conhecidos quando a troika cá veio e analisou as nossas contas. O PSD e o CDS ficaram, então, a conhecê-los. E assinaram o memorando. Mentiu.
Passos Coelho prometeu cortar nas despesas. Iria reduzir o número de Ministros, para o efeito. Dos dezasseis do anterior governo, passámos a ter onze. Secretários de estado, que eram vinte e cinco, passaram a ser trinta e cinco. Ou seja, mais despesa. Mentiu.
Uma das primeiras medidas de Passos Coelho foi passarem os elementos do governo a viajar em classe económica. Afinal, já não pagavam os bilhetes *, foi uma medida para eleitor ver. Mentiu.
Passos Coelho disse que não iria contratar boys para o governo. Miguel Relvas e Marco António Costa, dois dos elementos fortes do aparelho social-democrata, foram dos primeiros a ser contratados, seguindo-se assessores contratados a blogues apoiantes, premiando as batalhas blogosféricas travadas nos últimos anos. Mentiu.
Os governos costumam começar bem e terminar mal. A excepção, nos últimos anos, foi Santana Lopes, que começou logo enquanto desastre político. Passos Coelho começa mal e ameaça piorar ainda mais as coisas, como se tal fosse possível. Se Sócrates era mentiroso, Passos Coelho já deu mostras, mais do que suficientes, de que é igual. Mais
do mesmo, portanto.
Nota: 1. Os sublinhdos são meus
* 2. Se houvesse jornalismo sério neste país, já se sabia como, durante anos e
anos, este regabofe aconteceu e sempre à custa da TAP...!!!
"APENAS MUDARAM AS MOSCAS"
CRISE? PARA QUEM?
Milionários portugueses imunes à crise
Nem a queda das bolsas nem a crise económica travam a acumulação das grandes fortunas em Portugal. Este ano, a fortuna dos 25 mais ricos cresceu 17,8% em relação a 2010.
Artigo | 28 Julho, 2011 - 01:55
Américo Amorim lidera a lista pelo quarto ano consecutivo. Foto Governo da Bahia/Flickr Américo Amorim continua líder do selecto grupo de milionários pelo quarto ano consecutivo, com 2587 milhões de euros - mais 18% que em 2010 -, enquanto a fortuna mais baixa do "top ten" vale 551 milhões. Todas juntas, as 25 maiores fortunas estão avaliadas em 17,4 mil milhões de euros, ou seja, um décimo do PIB português.
A lista é divulgada pela revista Exame, que assinala uma troca na segunda posição, com Belmiro de Azevedo (1297M€) a ceder o lugar a Alexandre Soares dos Santos (1917M€). O patrão da Jerónimo Martins beneficiou da valorização do grupo na bolsa e viu a sua fortuna disparar 89% no último ano, enquanto o homólogo da SONAE viu a fortuna crescer 1,1%, insuficiente para segurar o segundo lugar.
O autor do estudo disse ao jornal Público que a fortuna da família de Soares dos Santos, que controla 58% da Jerónimo Martins, vale mais de 4 mil milhões de euros, o que levou dois dos seus primos a entrarem na lista dos 25 mais ricos.
As duas entradas directas nos dez mais ricos pertenceram este ano à família Alves Ribeiro - Banco Invest e Alves Ribeiro Construções - cujos 780M€ foram suficientes para ascender ao quinto lugar do top. António da Silva Rodrigues, do grupo Simoldes, entrou para o décimo lugar da lista, com 551M€. Ausentes da lista de 2011 ficam assim Joe Berardo e as herdeiras de Horácio Roque.
As dez maiores fortunas de Portugal em 2011, segundo a revista Exame:
1. Américo Amorim: 2587,2 milhões de euros
2. Alexandre Soares dos Santos: 1917,4 milhões de euros
3. Belmiro de Azevedo: 1297,6 milhões de euros
4. Família Guimarães de Mello, 1006,6 milhões de euros
5. Família Alves Ribeiro: 779,7 milhões de euros
6. Perpétua Bordalo da Silva e Luís Silva: 679,7 milhões de euros
7. Rita Celeste Violas e Sá, Manuel Violas: 650,6 milhões de euros
8. Maria do Carmo Moniz Galvão Espírito Santo: 645,8 milhões de euros
9. Família Cunha José de Mello: 638 milhões de euros
10. António da Silva Rodrigues: 551 milhões de euros
Nem a queda das bolsas nem a crise económica travam a acumulação das grandes fortunas em Portugal. Este ano, a fortuna dos 25 mais ricos cresceu 17,8% em relação a 2010.
Artigo | 28 Julho, 2011 - 01:55
Américo Amorim lidera a lista pelo quarto ano consecutivo. Foto Governo da Bahia/Flickr Américo Amorim continua líder do selecto grupo de milionários pelo quarto ano consecutivo, com 2587 milhões de euros - mais 18% que em 2010 -, enquanto a fortuna mais baixa do "top ten" vale 551 milhões. Todas juntas, as 25 maiores fortunas estão avaliadas em 17,4 mil milhões de euros, ou seja, um décimo do PIB português.
A lista é divulgada pela revista Exame, que assinala uma troca na segunda posição, com Belmiro de Azevedo (1297M€) a ceder o lugar a Alexandre Soares dos Santos (1917M€). O patrão da Jerónimo Martins beneficiou da valorização do grupo na bolsa e viu a sua fortuna disparar 89% no último ano, enquanto o homólogo da SONAE viu a fortuna crescer 1,1%, insuficiente para segurar o segundo lugar.
O autor do estudo disse ao jornal Público que a fortuna da família de Soares dos Santos, que controla 58% da Jerónimo Martins, vale mais de 4 mil milhões de euros, o que levou dois dos seus primos a entrarem na lista dos 25 mais ricos.
As duas entradas directas nos dez mais ricos pertenceram este ano à família Alves Ribeiro - Banco Invest e Alves Ribeiro Construções - cujos 780M€ foram suficientes para ascender ao quinto lugar do top. António da Silva Rodrigues, do grupo Simoldes, entrou para o décimo lugar da lista, com 551M€. Ausentes da lista de 2011 ficam assim Joe Berardo e as herdeiras de Horácio Roque.
As dez maiores fortunas de Portugal em 2011, segundo a revista Exame:
1. Américo Amorim: 2587,2 milhões de euros
2. Alexandre Soares dos Santos: 1917,4 milhões de euros
3. Belmiro de Azevedo: 1297,6 milhões de euros
4. Família Guimarães de Mello, 1006,6 milhões de euros
5. Família Alves Ribeiro: 779,7 milhões de euros
6. Perpétua Bordalo da Silva e Luís Silva: 679,7 milhões de euros
7. Rita Celeste Violas e Sá, Manuel Violas: 650,6 milhões de euros
8. Maria do Carmo Moniz Galvão Espírito Santo: 645,8 milhões de euros
9. Família Cunha José de Mello: 638 milhões de euros
10. António da Silva Rodrigues: 551 milhões de euros
quarta-feira, 27 de julho de 2011
CLARA FERREIRA ALVES
CLARA FERREIRA ALVES
Não admira que num país assim emerjam cavalgaduras, que chegam ao
topo, dizendo ter formação, que nunca adquiriram, que usem dinheiros
públicos (fortunas escandalosas) para se promoverem pessoalmente face
a um público acrítico, burro e embrutecido.
Este é um país em que a Câmara Municipal de Lisboa, desde o 25 de
Abril distribui casas de RENDA ECONÓMICA - mas não de construção
económica - aos seus altos funcionários e jornalistas, em que estes
últimos, em atitude de gratidão, passaram a esconder as verdadeiras
notícias e passaram a
"prostituir-se" na sua dignidade profissional, a troco de participar
nos roubos de dinheiros públicos, destinados a gente carenciada, mas
mais honesta que estes bandalhos.
Em dado momento a actividade do jornalismo constituiu-se como O
VERDADEIRO PODER. Só pela sua acção se sabia a verdade sobre os podres
forjados pelos políticos e pelo poder judicial. Agora contínua a ser o
VERDADEIRO PODER
mas senta-se à mesa dos corruptos e com eles partilha os despojos,
rapando os ossos ao esqueleto deste povo burro e embrutecido. Para
garantir que vai continuar burro o grande cavallia (que em português
significa cavalgadura) desferiu o golpe de morte ao ensino público e
coroou a acção com a criação das Novas Oportunidades.
Gente assim mal formada vai aceitar tudo e o país será o pátio de
recreio dos mafiosos.
A justiça portuguesa não é apenas cega. É surda, muda, coxa e marreca.
Portugal tem um défice de responsabilidade civil, criminal e moral
muito maior do que o seu défice financeiro, e nenhum português se
preocupa com isso, apesar de pagar os custos da morosidade, do
secretismo, do encobrimento, do compadrio e da corrupção. Os
portugueses, na sua infinita
e pacata desordem existencial, acham tudo "normal" e encolhem os
ombros. Por uma vez gostava que em Portugal alguma coisa tivesse um
fim, ponto final, assunto arrumado. Não se fala mais nisso. Vivemos no
país mais inconclusivo do mundo, em permanente agitação sobre tudo e
sem concluir nada.
Desde os Templários e as obras de Santa Engrácia, que se sabe que,
nada acaba em Portugal, nada é levado às últimas Consequências, nada é
definitivo e tudo é improvisado, temporário, desenrascado.
Da morte de Francisco Sá Carneiro e do eterno mistério que a rodeia,
foi crime, não foi crime, ao desaparecimento de Madeleine McCann ou ao
caso Casa Pia, sabemos de antemão que nunca saberemos o fim destas
histórias, nem o
que verdadeiramente se passou, nem quem são os criminosos ou quantos
crimes houve.
Tudo a que temos direito são informações caídas a conta-gotas,
pedaços de enigma, peças do quebra-cabeças. E habituámo-nos a
prescindir de apurar a verdade porque intimamente achamos que não
saber o final da história é uma coisa normal em Portugal, e que este é
um país onde as coisas importantes são "abafadas", como se vivêssemos
ainda em ditadura.
E os novos códigos Penal e de Processo Penal em nada vão mudar este
estado de coisas. Apesar dos jornais e das televisões, dos blogs, dos
computadores e da Internet, apesar de termos acesso em tempo real ao
maior número de notícias de sempre, continuamos sem saber nada, e
esperando nunca vir a saber com toda a naturalidade.
Do caso Portucale à Operação Furacão, da compra dos submarinos às
escutas ao primeiro-ministro, do caso da Universidade Independente ao
caso da Universidade Moderna, do Futebol Clube do Porto ao Sport
Lisboa Benfica,
da corrupção dos árbitros à corrupção dos autarcas, de Fátima
Felgueiras a Isaltino Morais, da Braga Parques ao grande empresário
Bibi, das queixas tardias de Catalina Pestana às de João Cravinho, há
por aí alguém quem acredite que algum destes secretos arquivos e seus
possíveis e alegados, muitos alegados crimes, acabem por ser
investigados, julgados e devidamente punidos?
Vale e Azevedo pagou por todos?
Quem se lembra dos doentes infectados por acidente e negligência de
Leonor Beleza com o vírus da sida?
Quem se lembra do miúdo electrocutado no semáforo e do outro afogado
num parque aquático?
Quem se lembra das crianças assassinadas na Madeira e do mistério dos
crimes imputados ao padre Frederico?
Quem se lembra que um dos raros condenados em Portugal, o mesmo padre
Frederico, acabou a passear no Calçadão de Copacabana?
Quem se lembra do autarca alentejano queimado no seu carro e cuja
cabeça foi roubada do Instituto de Medicina Legal?
Em todos estes casos, e muitos outros, menos falados e tão sombrios e
enrodilhados como estes, a verdade a que tivemos direito foi nenhuma.
No caso McCann, cujos desenvolvimentos vão do escabroso ao incrível,
alguém acredita que se venha a descobrir o corpo da criança ou a
condenar alguém?
As últimas notícias dizem que Gerry McCann não seria pai biológico da
criança, contribuindo para a confusão desta investigação em que a
Polícia espalha rumores e indícios que não têm substância.
E a miúda desaparecida em Figueira? O que lhe aconteceu? E todas as
crianças desaparecidas antes delas, quem as procurou?
E o processo do Parque, onde tantos clientes buscavam prostitutos,
alguns menores, onde tanta gente "importante" estava envolvida, o que
aconteceu?
Arranjou-se um bode expiatório, foi o que aconteceu.
E as famosas fotografias de Teresa Costa Macedo? Aquelas em que ela
reconheceu imensa gente "importante", jogadores de futebol,
milionários, políticos, onde estão? Foram destruídas? Quem as destruiu
e porquê?
E os crimes de evasão fiscal de Artur Albarran mais os negócios
escuros do grupo Carlyle do senhor Carlucci em Portugal, onde é que
isso pára?
O mesmo grupo Carlyle onde labora o ex-ministro Martins da Cruz,
apeado por causa de um pequeno crime sem importância, o da cunha para
a sua filha.
E aquele médico do Hospital de Santa Maria, suspeito de ter
assassinado doentes por negligência? Exerce medicina?
E os que sobram e todos os dias vão praticando os seus crimes de
colarinho branco sabendo que a justiça portuguesa não é apenas cega, é
surda, muda, coxa e marreca.
Passado o prazo da intriga e do sensacionalismo, todos estes casos são
arquivados nas gavetas das nossas consciências e condenados ao
esquecimento.
Ninguém quer saber a verdade. Ou, pelo menos, tentar saber a verdade.
Nunca saberemos a verdade sobre o caso Casa Pia, nem saberemos quem
eram as redes e os "senhores importantes" que abusaram, abusam e
abusarão de
crianças em Portugal, sejam rapazes ou raparigas, visto que os abusos
sobre meninas ficaram sempre na sombra.
Existe em Portugal uma camada subterrânea de segredos e injustiças ,
de protecções e lavagens, de corporações e famílias, de eminências e
reputações, de dinheiros e negociações que impede a escavação da
verdade.
Este é o maior fracasso da democracia portuguesa
Clara Ferreira Alves - "Expresso"
Não admira que num país assim emerjam cavalgaduras, que chegam ao
topo, dizendo ter formação, que nunca adquiriram, que usem dinheiros
públicos (fortunas escandalosas) para se promoverem pessoalmente face
a um público acrítico, burro e embrutecido.
Este é um país em que a Câmara Municipal de Lisboa, desde o 25 de
Abril distribui casas de RENDA ECONÓMICA - mas não de construção
económica - aos seus altos funcionários e jornalistas, em que estes
últimos, em atitude de gratidão, passaram a esconder as verdadeiras
notícias e passaram a
"prostituir-se" na sua dignidade profissional, a troco de participar
nos roubos de dinheiros públicos, destinados a gente carenciada, mas
mais honesta que estes bandalhos.
Em dado momento a actividade do jornalismo constituiu-se como O
VERDADEIRO PODER. Só pela sua acção se sabia a verdade sobre os podres
forjados pelos políticos e pelo poder judicial. Agora contínua a ser o
VERDADEIRO PODER
mas senta-se à mesa dos corruptos e com eles partilha os despojos,
rapando os ossos ao esqueleto deste povo burro e embrutecido. Para
garantir que vai continuar burro o grande cavallia (que em português
significa cavalgadura) desferiu o golpe de morte ao ensino público e
coroou a acção com a criação das Novas Oportunidades.
Gente assim mal formada vai aceitar tudo e o país será o pátio de
recreio dos mafiosos.
A justiça portuguesa não é apenas cega. É surda, muda, coxa e marreca.
Portugal tem um défice de responsabilidade civil, criminal e moral
muito maior do que o seu défice financeiro, e nenhum português se
preocupa com isso, apesar de pagar os custos da morosidade, do
secretismo, do encobrimento, do compadrio e da corrupção. Os
portugueses, na sua infinita
e pacata desordem existencial, acham tudo "normal" e encolhem os
ombros. Por uma vez gostava que em Portugal alguma coisa tivesse um
fim, ponto final, assunto arrumado. Não se fala mais nisso. Vivemos no
país mais inconclusivo do mundo, em permanente agitação sobre tudo e
sem concluir nada.
Desde os Templários e as obras de Santa Engrácia, que se sabe que,
nada acaba em Portugal, nada é levado às últimas Consequências, nada é
definitivo e tudo é improvisado, temporário, desenrascado.
Da morte de Francisco Sá Carneiro e do eterno mistério que a rodeia,
foi crime, não foi crime, ao desaparecimento de Madeleine McCann ou ao
caso Casa Pia, sabemos de antemão que nunca saberemos o fim destas
histórias, nem o
que verdadeiramente se passou, nem quem são os criminosos ou quantos
crimes houve.
Tudo a que temos direito são informações caídas a conta-gotas,
pedaços de enigma, peças do quebra-cabeças. E habituámo-nos a
prescindir de apurar a verdade porque intimamente achamos que não
saber o final da história é uma coisa normal em Portugal, e que este é
um país onde as coisas importantes são "abafadas", como se vivêssemos
ainda em ditadura.
E os novos códigos Penal e de Processo Penal em nada vão mudar este
estado de coisas. Apesar dos jornais e das televisões, dos blogs, dos
computadores e da Internet, apesar de termos acesso em tempo real ao
maior número de notícias de sempre, continuamos sem saber nada, e
esperando nunca vir a saber com toda a naturalidade.
Do caso Portucale à Operação Furacão, da compra dos submarinos às
escutas ao primeiro-ministro, do caso da Universidade Independente ao
caso da Universidade Moderna, do Futebol Clube do Porto ao Sport
Lisboa Benfica,
da corrupção dos árbitros à corrupção dos autarcas, de Fátima
Felgueiras a Isaltino Morais, da Braga Parques ao grande empresário
Bibi, das queixas tardias de Catalina Pestana às de João Cravinho, há
por aí alguém quem acredite que algum destes secretos arquivos e seus
possíveis e alegados, muitos alegados crimes, acabem por ser
investigados, julgados e devidamente punidos?
Vale e Azevedo pagou por todos?
Quem se lembra dos doentes infectados por acidente e negligência de
Leonor Beleza com o vírus da sida?
Quem se lembra do miúdo electrocutado no semáforo e do outro afogado
num parque aquático?
Quem se lembra das crianças assassinadas na Madeira e do mistério dos
crimes imputados ao padre Frederico?
Quem se lembra que um dos raros condenados em Portugal, o mesmo padre
Frederico, acabou a passear no Calçadão de Copacabana?
Quem se lembra do autarca alentejano queimado no seu carro e cuja
cabeça foi roubada do Instituto de Medicina Legal?
Em todos estes casos, e muitos outros, menos falados e tão sombrios e
enrodilhados como estes, a verdade a que tivemos direito foi nenhuma.
No caso McCann, cujos desenvolvimentos vão do escabroso ao incrível,
alguém acredita que se venha a descobrir o corpo da criança ou a
condenar alguém?
As últimas notícias dizem que Gerry McCann não seria pai biológico da
criança, contribuindo para a confusão desta investigação em que a
Polícia espalha rumores e indícios que não têm substância.
E a miúda desaparecida em Figueira? O que lhe aconteceu? E todas as
crianças desaparecidas antes delas, quem as procurou?
E o processo do Parque, onde tantos clientes buscavam prostitutos,
alguns menores, onde tanta gente "importante" estava envolvida, o que
aconteceu?
Arranjou-se um bode expiatório, foi o que aconteceu.
E as famosas fotografias de Teresa Costa Macedo? Aquelas em que ela
reconheceu imensa gente "importante", jogadores de futebol,
milionários, políticos, onde estão? Foram destruídas? Quem as destruiu
e porquê?
E os crimes de evasão fiscal de Artur Albarran mais os negócios
escuros do grupo Carlyle do senhor Carlucci em Portugal, onde é que
isso pára?
O mesmo grupo Carlyle onde labora o ex-ministro Martins da Cruz,
apeado por causa de um pequeno crime sem importância, o da cunha para
a sua filha.
E aquele médico do Hospital de Santa Maria, suspeito de ter
assassinado doentes por negligência? Exerce medicina?
E os que sobram e todos os dias vão praticando os seus crimes de
colarinho branco sabendo que a justiça portuguesa não é apenas cega, é
surda, muda, coxa e marreca.
Passado o prazo da intriga e do sensacionalismo, todos estes casos são
arquivados nas gavetas das nossas consciências e condenados ao
esquecimento.
Ninguém quer saber a verdade. Ou, pelo menos, tentar saber a verdade.
Nunca saberemos a verdade sobre o caso Casa Pia, nem saberemos quem
eram as redes e os "senhores importantes" que abusaram, abusam e
abusarão de
crianças em Portugal, sejam rapazes ou raparigas, visto que os abusos
sobre meninas ficaram sempre na sombra.
Existe em Portugal uma camada subterrânea de segredos e injustiças ,
de protecções e lavagens, de corporações e famílias, de eminências e
reputações, de dinheiros e negociações que impede a escavação da
verdade.
Este é o maior fracasso da democracia portuguesa
Clara Ferreira Alves - "Expresso"
ALTERNATIVAS AO DESASTRE
Seguem as notas da reunião do núcleo de Lisboa da «Convergência e Alternativa»
(SPGL, 21 Julho 2011, 21h30m)
A primeira parte da reunião foi ocupada com a prestação de informações sobre as actividades da equipa de coordenação provisória após a primeira reunião do núcleo em 31 de Maio.
A Comissão Coordenadora Provisória prestou informações sobre a possibilidade da realização de auditoria cidadã à divida pública.
Informou-se sobre a reunião internacional de movimentos sociais promovida por uma delegação da Islândia tendo em vista partilhar experiências e alcançar uma boa articulação entre os movimentos nacionais.
Deu-se informações sobre a reunião da CeA com membros de vários movimentos sociais destinada a melhorar o conhecimento mútuo e estudar formas de articulação.
Fez-se um breve resumo da reunião realizada nesse mesmo dia nas instalações da Associação 25 de Abril com os representantes dos vários Manifestos publicados este ano, e/ou dos movimentos a que deram origem. O resultado mais importante dessa reunião foi a decisão de as entidades representadas partilharem informação sobre as suas iniciativas e de criarem um grupo de trabalho que estude a viabilidade de formas de comunicação alternativa que exerçam pressão sobre a comunicação social para que se abra ao pluralismo dos pontos de vista sobre a crise.
A segunda parte da reunião foi ocupada com uma partilha de opiniões sobre a presente crise, com destaque para a sua dimensão europeia e a incerteza da sobrevivência da zona euro, sobre o que cada um dos participantes espera da CeA na lutas sociais que se avizinham, e qual deve ser a sua relação com os partidos da esquerda.
Algumas ideias fortes animaram a discussão:
- a necessidade de valorizarmos as iniciativas conduzidas pelos jovens;
- a necessidade de a CeA colaborar com o que é novo no movimento social, os movimentos de jovens precários, e também com o que é tradicional (mas não forçosamente destinado a desaparecer), caso das lutas sindicais pelo emprego e a valorização do trabalho;
- a importância de a esquerda voltar a defender o pleno emprego como um objectivo central da política económica;
- a importância de a esquerda não ter pejo em assumir-se como dissidente do actual sistema político-económico e apresentar propostas que apelem a princípios éticos e recuperem os valores da fraternidade e do patriotismo;
- a identificação de uma previsível tendência para o aumento de uma resposta forte da direita, à medida que as lutas se intensifiquem;
- a vocação da CeA para promover a convergência de todos os que recusam a política de austeridade e ataque ao Estado Providência e para, uma vez chegada a hora de novas eleições legislativas, congregar todas as forças disponíveis para uma proposta política alternativa.
Este último tópico suscitou uma longa troca de pontos de vista sobre a natureza da CeA. Houve quem se manifestasse interessado em que a CeA não vá além de um movimento cívico, promotor de debates e iniciativas que interpelem os actuais partidos da esquerda. Também foi defendido que, para melhor promover a convergência das esquerdas realmente existentes, e não das que desejaríamos que existissem, a CeA deve evitar apresentar propostas políticas que inviabilizem à partida o diálogo com esses partidos. Em contraponto, foi recordado o subtítulo do Manifesto, e alguns parágrafos da sua secção final, para defender que a convergência que nos propomos alcançar envolve apenas os cidadãos, partidos e movimentos sociais que lutam contra as políticas do memorando assinado com a UE/FMI. Sendo esse o ponto de partida da CeA, também se considerou que é muito prematuro, e porventura mesmo inconveniente, especular sobre a futura criação de uma plataforma ou de um part
ido político. Também se referiu que, apesar do compromisso que o PS tem com o Memorando, deve ser preservada a abertura ao diálogo com a nova liderança.
Este debate político, a par da programação das actividades do núcleo da CeA em Lisboa, terá continuidade na próxima reunião a convocar em Setembro.
A comissão de coordenação provisória
(SPGL, 21 Julho 2011, 21h30m)
A primeira parte da reunião foi ocupada com a prestação de informações sobre as actividades da equipa de coordenação provisória após a primeira reunião do núcleo em 31 de Maio.
A Comissão Coordenadora Provisória prestou informações sobre a possibilidade da realização de auditoria cidadã à divida pública.
Informou-se sobre a reunião internacional de movimentos sociais promovida por uma delegação da Islândia tendo em vista partilhar experiências e alcançar uma boa articulação entre os movimentos nacionais.
Deu-se informações sobre a reunião da CeA com membros de vários movimentos sociais destinada a melhorar o conhecimento mútuo e estudar formas de articulação.
Fez-se um breve resumo da reunião realizada nesse mesmo dia nas instalações da Associação 25 de Abril com os representantes dos vários Manifestos publicados este ano, e/ou dos movimentos a que deram origem. O resultado mais importante dessa reunião foi a decisão de as entidades representadas partilharem informação sobre as suas iniciativas e de criarem um grupo de trabalho que estude a viabilidade de formas de comunicação alternativa que exerçam pressão sobre a comunicação social para que se abra ao pluralismo dos pontos de vista sobre a crise.
A segunda parte da reunião foi ocupada com uma partilha de opiniões sobre a presente crise, com destaque para a sua dimensão europeia e a incerteza da sobrevivência da zona euro, sobre o que cada um dos participantes espera da CeA na lutas sociais que se avizinham, e qual deve ser a sua relação com os partidos da esquerda.
Algumas ideias fortes animaram a discussão:
- a necessidade de valorizarmos as iniciativas conduzidas pelos jovens;
- a necessidade de a CeA colaborar com o que é novo no movimento social, os movimentos de jovens precários, e também com o que é tradicional (mas não forçosamente destinado a desaparecer), caso das lutas sindicais pelo emprego e a valorização do trabalho;
- a importância de a esquerda voltar a defender o pleno emprego como um objectivo central da política económica;
- a importância de a esquerda não ter pejo em assumir-se como dissidente do actual sistema político-económico e apresentar propostas que apelem a princípios éticos e recuperem os valores da fraternidade e do patriotismo;
- a identificação de uma previsível tendência para o aumento de uma resposta forte da direita, à medida que as lutas se intensifiquem;
- a vocação da CeA para promover a convergência de todos os que recusam a política de austeridade e ataque ao Estado Providência e para, uma vez chegada a hora de novas eleições legislativas, congregar todas as forças disponíveis para uma proposta política alternativa.
Este último tópico suscitou uma longa troca de pontos de vista sobre a natureza da CeA. Houve quem se manifestasse interessado em que a CeA não vá além de um movimento cívico, promotor de debates e iniciativas que interpelem os actuais partidos da esquerda. Também foi defendido que, para melhor promover a convergência das esquerdas realmente existentes, e não das que desejaríamos que existissem, a CeA deve evitar apresentar propostas políticas que inviabilizem à partida o diálogo com esses partidos. Em contraponto, foi recordado o subtítulo do Manifesto, e alguns parágrafos da sua secção final, para defender que a convergência que nos propomos alcançar envolve apenas os cidadãos, partidos e movimentos sociais que lutam contra as políticas do memorando assinado com a UE/FMI. Sendo esse o ponto de partida da CeA, também se considerou que é muito prematuro, e porventura mesmo inconveniente, especular sobre a futura criação de uma plataforma ou de um part
ido político. Também se referiu que, apesar do compromisso que o PS tem com o Memorando, deve ser preservada a abertura ao diálogo com a nova liderança.
Este debate político, a par da programação das actividades do núcleo da CeA em Lisboa, terá continuidade na próxima reunião a convocar em Setembro.
A comissão de coordenação provisória
terça-feira, 26 de julho de 2011
"DEMOCRACIA NA MADEIRA"
A 'democracia' dum sujeito PSD-Madeira no seu melhor-pior. Pobreza de espírito...
Conferência de imprensa suspensa
DN do Funchal queixa-se à ERC dos insultos de Jaime Ramos a jornalista 18.07.2011 - 20:00 Por Tolentino de Nóbrega - Público O Diário de Notícias da Madeira vai apresentar uma queixa na Entidade Reguladora para a Comunicação Social e processar judicialmente o secretário-geral do PSD regional, Jaime Ramos por ofensas verbais ao seu jornalista Élvio Passos, proferidas hoje, antes de suspender a conferência de imprensa em que deveria apresentar a festa do Chão da Lagoa. “Jaime Ramos dirigiu-se aos jornalistas, onde nos encontrávamos, e distribuiu umas folhas e um folheto, deixando de fora o DN”, relata o jornalista visado. “Anunciou também que devido à nossa presença, já não haveria conferência de imprensa”, acrescenta Passos.Quando este interpelou o dirigente social-democrata a solicitar os documentos distribuídos, Ramos “disse que não convivia com ´paneleiros´. A partir daí foi um conjunto alargado de agressões verbais, com predominância do calão e de acusações pessoais”. Conta ainda o jornalista que o também líder parlamentar do PSD-Madeira lhe chamou "filho da p...a", "mentiroso", "corrupto", de estar “feito com eles" e de ter recebido dinheiro para escrever. Depois convidou o jornalista a ir "para o c...". No final de todas estas “agressões verbais”, o número dois de Jardim no partido deixou ao jornalista o desafio: "Escreve isto tudo".A atitude de Ramos – que hoje contactado pelo PÚBLICO esteve indisponível para comentar o incidente – foi repudiada pelo Sindicato de Jornalistas que expressou a sua solidariedade a Élvio Passos. A direcção do SJ condenou o conjunto de” insultos, a linguagem “vernácula e soez” e as expressões “atentatórias da sua dignidade pessoal e profissional”, assim como “a atitude ilegal e prepotente de discriminação do DN/Madeira”, considerando que tanto o jornalista ofendido como o jornal para que trabalha são “credores de uma retractação pública” por parte de Ramos e da direcção do PSD.Não é a primeira vez que alguns jornalistas são declarados “persona non grata” em conferências de imprensa do PSD. Em Março de 1994 os correspondentes do DN de Lisboa, da SIC e do PÚBLICO foram expulsos da sua sede, na Rua dos Netos, onde nas regionais de 1992 os enviados de órgãos de comunicação social nacionais foram impedidos de entrar na noite eleitoral.Também não são inéditas as expressões usadas por Ramos que no parlamento já chamou “filho da p…” ao deputado Bernardo Martins (PS), “cabra” a Rita Pestana (PS), “chulo” e “vadio” a Edgar Silva (PCP) a quem ameaçou de “um tiro nos cornos”, “gatuno” e “burro” a Jacinto Serrão (PS). Também “mimoseou” Violante Matos (BE) com um “vai à merda” e até ao presidente do parlamento “convidou” a que fosse “para o c…”Ramos que na semana passada ameaçou processar o deputado Francisco Louçã (BE), o líder da candidatura socialistas às próximas eleições regionais, Maximiano Martins, o DN funchalense e o PÚBLICO, por referências à empresa Norvia/Prima de que diz não fazer parte, acusou aquele jornal madeirense de “cumplicidade” com os “imbecis” e “traidores” “pseudo-políticos” da oposição. No editorial do jornal do PSD-M, “Madeira Livre” de que é director, Ramos acusou também os correspondentes da região em “alguns” órgãos nacionais de “denegrir a imagem dos madeirenses a troco de alguns euros”. “São autênticos vendilhões e traidores que preferem o dinheiro à sua verticalidade profissional”, conclui.
Conferência de imprensa suspensa
DN do Funchal queixa-se à ERC dos insultos de Jaime Ramos a jornalista 18.07.2011 - 20:00 Por Tolentino de Nóbrega - Público O Diário de Notícias da Madeira vai apresentar uma queixa na Entidade Reguladora para a Comunicação Social e processar judicialmente o secretário-geral do PSD regional, Jaime Ramos por ofensas verbais ao seu jornalista Élvio Passos, proferidas hoje, antes de suspender a conferência de imprensa em que deveria apresentar a festa do Chão da Lagoa. “Jaime Ramos dirigiu-se aos jornalistas, onde nos encontrávamos, e distribuiu umas folhas e um folheto, deixando de fora o DN”, relata o jornalista visado. “Anunciou também que devido à nossa presença, já não haveria conferência de imprensa”, acrescenta Passos.Quando este interpelou o dirigente social-democrata a solicitar os documentos distribuídos, Ramos “disse que não convivia com ´paneleiros´. A partir daí foi um conjunto alargado de agressões verbais, com predominância do calão e de acusações pessoais”. Conta ainda o jornalista que o também líder parlamentar do PSD-Madeira lhe chamou "filho da p...a", "mentiroso", "corrupto", de estar “feito com eles" e de ter recebido dinheiro para escrever. Depois convidou o jornalista a ir "para o c...". No final de todas estas “agressões verbais”, o número dois de Jardim no partido deixou ao jornalista o desafio: "Escreve isto tudo".A atitude de Ramos – que hoje contactado pelo PÚBLICO esteve indisponível para comentar o incidente – foi repudiada pelo Sindicato de Jornalistas que expressou a sua solidariedade a Élvio Passos. A direcção do SJ condenou o conjunto de” insultos, a linguagem “vernácula e soez” e as expressões “atentatórias da sua dignidade pessoal e profissional”, assim como “a atitude ilegal e prepotente de discriminação do DN/Madeira”, considerando que tanto o jornalista ofendido como o jornal para que trabalha são “credores de uma retractação pública” por parte de Ramos e da direcção do PSD.Não é a primeira vez que alguns jornalistas são declarados “persona non grata” em conferências de imprensa do PSD. Em Março de 1994 os correspondentes do DN de Lisboa, da SIC e do PÚBLICO foram expulsos da sua sede, na Rua dos Netos, onde nas regionais de 1992 os enviados de órgãos de comunicação social nacionais foram impedidos de entrar na noite eleitoral.Também não são inéditas as expressões usadas por Ramos que no parlamento já chamou “filho da p…” ao deputado Bernardo Martins (PS), “cabra” a Rita Pestana (PS), “chulo” e “vadio” a Edgar Silva (PCP) a quem ameaçou de “um tiro nos cornos”, “gatuno” e “burro” a Jacinto Serrão (PS). Também “mimoseou” Violante Matos (BE) com um “vai à merda” e até ao presidente do parlamento “convidou” a que fosse “para o c…”Ramos que na semana passada ameaçou processar o deputado Francisco Louçã (BE), o líder da candidatura socialistas às próximas eleições regionais, Maximiano Martins, o DN funchalense e o PÚBLICO, por referências à empresa Norvia/Prima de que diz não fazer parte, acusou aquele jornal madeirense de “cumplicidade” com os “imbecis” e “traidores” “pseudo-políticos” da oposição. No editorial do jornal do PSD-M, “Madeira Livre” de que é director, Ramos acusou também os correspondentes da região em “alguns” órgãos nacionais de “denegrir a imagem dos madeirenses a troco de alguns euros”. “São autênticos vendilhões e traidores que preferem o dinheiro à sua verticalidade profissional”, conclui.
PS...PSD...CDS7PP CÓPIAS A PAPEL QUIMICO
tenham vergonha Para quem ainda tinha dúvidas !!!! Afinal é tudo igual.........muda o Governo e a Assembleia da República e fica tudo na mesma....... Presidente da Assembleia da República atribuiu gabinete e pessoal a Mota Amaral A presidente da Assembleia da República acaba de atribuir a Mota Amaral, na qualidade de ex-presidente do Parlamento, um gabinete, uma secretária, um BMW 320 e um motorista.
O despacho é assinado por Assunção Esteves, e remete para o articulado que regulamenta o funcionamento dos serviços da Assembleia da República, a Lei de Organização e Funcionamento dos Serviços da Assembleia da República (LOFAR), publicada em anexo à Lei n.º 28/2003, de 30 de Julho, e do n.º 8, alínea a), do artigo 1.º da Resolução da Assembleia da República n.º 57/2004, de 6 de Agosto, alterada pela Resolução da Assembleia da República n.º 12/2007, de 20 de Março.
O facto está a ser divulgado na Internet, e está a ser apresentado como uma prova de que a Assembleia da República não aplica a si mesma os cortes que, na atual crise, o governo tem vindo a impor aos portugueses.
Os e-mails que já correm na Internet sobre este assunto apresentam como título "Poupar????? É só para alguns....."
Transcreve-se o despacho em causa:
"Despacho n.º 1/XII — Relativo à atribuição ao ex-Presidente da Assembleia da República Mota Amaral de um gabinete próprio, com a afectação de uma secretária e de um motorista do quadro de pessoal da Assembleia da República.
Ao abrigo do disposto no artigo 13.º da Lei de Organização e Funcionamento dos Serviços da Assembleia da República (LOFAR), publicada em anexo à Lei n.º 28/2003, de 30 de Julho, e do n.º 8, alínea a), do artigo 1.º da Resolução da Assembleia da República n.º 57/2004, de 6 de Agosto, alterada pela Resolução da Assembleia da República n.º 12/2007, de 20 de Março, determino o seguinte:
a) Atribuir ao Sr. Deputado João Bosco Mota Amaral, que foi Presidente da Assembleia da República na IX Legislatura, gabinete próprio no andar nobre do Palácio de São Bento;
b) Afectar a tal gabinete as salas n.º 5001, para o ex-Presidente da Assembleia da República, e n.º 5003, para a sua secretária;
c) Destacar para o desempenho desta função a funcionária do quadro da Assembleia da República, com a categoria de assessora parlamentar, Dr.a Anabela Fernandes Simão;
d) Atribuir a viatura BMW, modelo 320, com a matrícula 86-GU-77, para uso pessoal do ex-Presidente da Assembleia da República;
e) Encarregar da mesma viatura o funcionário do quadro de pessoal da Assembleia da República, com a qualificação de motorista, Sr. João Jorge Lopes Gueidão;
Palácio de São Bento, 21 de junho de 2011
A Presidente da Assembleia da República, Maria da Assunção Esteves.
Publicado
DAR II Série-E — Número 1
24 de Junho de 2011"
O despacho é assinado por Assunção Esteves, e remete para o articulado que regulamenta o funcionamento dos serviços da Assembleia da República, a Lei de Organização e Funcionamento dos Serviços da Assembleia da República (LOFAR), publicada em anexo à Lei n.º 28/2003, de 30 de Julho, e do n.º 8, alínea a), do artigo 1.º da Resolução da Assembleia da República n.º 57/2004, de 6 de Agosto, alterada pela Resolução da Assembleia da República n.º 12/2007, de 20 de Março.
O facto está a ser divulgado na Internet, e está a ser apresentado como uma prova de que a Assembleia da República não aplica a si mesma os cortes que, na atual crise, o governo tem vindo a impor aos portugueses.
Os e-mails que já correm na Internet sobre este assunto apresentam como título "Poupar????? É só para alguns....."
Transcreve-se o despacho em causa:
"Despacho n.º 1/XII — Relativo à atribuição ao ex-Presidente da Assembleia da República Mota Amaral de um gabinete próprio, com a afectação de uma secretária e de um motorista do quadro de pessoal da Assembleia da República.
Ao abrigo do disposto no artigo 13.º da Lei de Organização e Funcionamento dos Serviços da Assembleia da República (LOFAR), publicada em anexo à Lei n.º 28/2003, de 30 de Julho, e do n.º 8, alínea a), do artigo 1.º da Resolução da Assembleia da República n.º 57/2004, de 6 de Agosto, alterada pela Resolução da Assembleia da República n.º 12/2007, de 20 de Março, determino o seguinte:
a) Atribuir ao Sr. Deputado João Bosco Mota Amaral, que foi Presidente da Assembleia da República na IX Legislatura, gabinete próprio no andar nobre do Palácio de São Bento;
b) Afectar a tal gabinete as salas n.º 5001, para o ex-Presidente da Assembleia da República, e n.º 5003, para a sua secretária;
c) Destacar para o desempenho desta função a funcionária do quadro da Assembleia da República, com a categoria de assessora parlamentar, Dr.a Anabela Fernandes Simão;
d) Atribuir a viatura BMW, modelo 320, com a matrícula 86-GU-77, para uso pessoal do ex-Presidente da Assembleia da República;
e) Encarregar da mesma viatura o funcionário do quadro de pessoal da Assembleia da República, com a qualificação de motorista, Sr. João Jorge Lopes Gueidão;
Palácio de São Bento, 21 de junho de 2011
A Presidente da Assembleia da República, Maria da Assunção Esteves.
Publicado
DAR II Série-E — Número 1
24 de Junho de 2011"
PARCERIAS PUBLICO- PRIVADAS
Custo das PPP rodoviárias derrapa para 1.160 milhões de euros em 2011
Os encargos com as parcerias público-privadas (PPP) rodoviárias aumentam 148%, face aos gastos previstos no orçamento de Estado para 2011 e estão a custar ao Estado cerca de 3,2 milhões de euros por dia.
Artigo | 25 Julho, 2011 - 11:30
Scut's estão a custar ao Estado cerca de 3,2 milhões de euros por dia. O custo das Scut derrapou 695,7 milhões de euros, noticia o jornal “Correio da Manhã” desta segunda feira. Esta derrapagem significa um aumento de 148% face ao que estava estipulado no orçamento de Estado, que previa uma despesa de 470 milhões de euros com parcerias público-privadas (PPP) rodoviárias, mas cujo montante irá realmente ser de 1.160 milhões de euros.
A notícia tem por base um relatório da Direcção Geral do Tesouro e Finanças (DGTF), que não explica a causa da derrapagem dos custos das PPP rodoviárias, mas segundo o jornal “tudo indica” que o drástico aumento da despesa terá a ver com o pagamento de indemnizações às concessionárias devido a uma menor circulação de automóveis do que o previsto.
Já em 2010 a despesa orçamentada era de 699,2 milhões de euros, mas acabou por derrapar para 896,6 milhões de euros. Segundo o relatório da DGTF, “o valor total líquido dos encargos suportados pelo conjunto das PPP rodoviárias ficou acima 28% das previsões para 2010, justificado pelos pagamentos de acordos celebrados e reequilíbrios financeiros derivados de alterações aos traçados das vias”.
Os gastos em cada ano face ao anterior também vêm subindo, assim em 2010 as despesas subiram 33% face a 2009, enquanto em 2011 crescerão mais 29%. Os custos das PPP rodoviárias que serão pagos em 2011 representam 172% do que foi pago em 2009.
Artigos relacionados:
PPP custarão 1.500.000.000 de euros em 2011 Parcerias Público-Privadas: “má gestão de recursos públicos” O negócio milionário das PPP rodoviárias Termos relacionados: Notícias política
Os encargos com as parcerias público-privadas (PPP) rodoviárias aumentam 148%, face aos gastos previstos no orçamento de Estado para 2011 e estão a custar ao Estado cerca de 3,2 milhões de euros por dia.
Artigo | 25 Julho, 2011 - 11:30
Scut's estão a custar ao Estado cerca de 3,2 milhões de euros por dia. O custo das Scut derrapou 695,7 milhões de euros, noticia o jornal “Correio da Manhã” desta segunda feira. Esta derrapagem significa um aumento de 148% face ao que estava estipulado no orçamento de Estado, que previa uma despesa de 470 milhões de euros com parcerias público-privadas (PPP) rodoviárias, mas cujo montante irá realmente ser de 1.160 milhões de euros.
A notícia tem por base um relatório da Direcção Geral do Tesouro e Finanças (DGTF), que não explica a causa da derrapagem dos custos das PPP rodoviárias, mas segundo o jornal “tudo indica” que o drástico aumento da despesa terá a ver com o pagamento de indemnizações às concessionárias devido a uma menor circulação de automóveis do que o previsto.
Já em 2010 a despesa orçamentada era de 699,2 milhões de euros, mas acabou por derrapar para 896,6 milhões de euros. Segundo o relatório da DGTF, “o valor total líquido dos encargos suportados pelo conjunto das PPP rodoviárias ficou acima 28% das previsões para 2010, justificado pelos pagamentos de acordos celebrados e reequilíbrios financeiros derivados de alterações aos traçados das vias”.
Os gastos em cada ano face ao anterior também vêm subindo, assim em 2010 as despesas subiram 33% face a 2009, enquanto em 2011 crescerão mais 29%. Os custos das PPP rodoviárias que serão pagos em 2011 representam 172% do que foi pago em 2009.
Artigos relacionados:
PPP custarão 1.500.000.000 de euros em 2011 Parcerias Público-Privadas: “má gestão de recursos públicos” O negócio milionário das PPP rodoviárias Termos relacionados: Notícias política
segunda-feira, 25 de julho de 2011
PENSAMENTOS
Viver ou Juntar dinheiro?
Há determinadas mensagens que, de tão interessantes, não precisam nem sequer de comentários. Como esta que recebi recentemente. Li em uma revista um artigo no qual jovens executivos davam receitas simples e práticas para qualquer um ficar rico. Aprendi, por exemplo, que se tivesse simplesmente deixado de tomar um cafezinho por dia, nos últimos quarenta anos, teria economizado 30mil reais. Se tivesse deixado de comer uma pizza por mês, 12 mil reais.
E assim por diante. Impressionado, peguei um papel e comecei a fazer contas. Para minha surpresa, descobri que hoje poderia estar milionário. Bastaria não ter tomado as caipirinhas que tomei, não ter feito muitas viagens que fiz, não ter comprado algumas das roupas caras que comprei. Principalmente, não ter desperdiçado meu dinheiro em itens supérfluos e descartáveis.
Ao concluir os cálculos, percebi que hoje poderia ter quase 500 mil reais na minha conta bancária. É claro que não tenho este dinheiro. Mas, se tivesse, sabe o que este dinheiro me permitiria fazer? Viajar, comprar roupas caras, me esbaldar em itens supérfluos e descartáveis, comer todas as pizzas que quisesse e tomar cafezinhos à vontade.
Por isso, me sinto muito feliz em ser pobre. Gastei meu dinheiro por prazer e com prazer. E recomendo aos jovens e brilhantes executivos que façam a mesma coisa que fiz. Caso contrário, chegarão aos 61 anos com uma montanha de dinheiro, mas sem ter vivido a vida.
"Não eduque seu filho para ser rico, eduque-o para ser feliz. Assim ele saberá o VALOR das coisas e não o seu PREÇO"
Que tal um cafezinho?
Há determinadas mensagens que, de tão interessantes, não precisam nem sequer de comentários. Como esta que recebi recentemente. Li em uma revista um artigo no qual jovens executivos davam receitas simples e práticas para qualquer um ficar rico. Aprendi, por exemplo, que se tivesse simplesmente deixado de tomar um cafezinho por dia, nos últimos quarenta anos, teria economizado 30mil reais. Se tivesse deixado de comer uma pizza por mês, 12 mil reais.
E assim por diante. Impressionado, peguei um papel e comecei a fazer contas. Para minha surpresa, descobri que hoje poderia estar milionário. Bastaria não ter tomado as caipirinhas que tomei, não ter feito muitas viagens que fiz, não ter comprado algumas das roupas caras que comprei. Principalmente, não ter desperdiçado meu dinheiro em itens supérfluos e descartáveis.
Ao concluir os cálculos, percebi que hoje poderia ter quase 500 mil reais na minha conta bancária. É claro que não tenho este dinheiro. Mas, se tivesse, sabe o que este dinheiro me permitiria fazer? Viajar, comprar roupas caras, me esbaldar em itens supérfluos e descartáveis, comer todas as pizzas que quisesse e tomar cafezinhos à vontade.
Por isso, me sinto muito feliz em ser pobre. Gastei meu dinheiro por prazer e com prazer. E recomendo aos jovens e brilhantes executivos que façam a mesma coisa que fiz. Caso contrário, chegarão aos 61 anos com uma montanha de dinheiro, mas sem ter vivido a vida.
"Não eduque seu filho para ser rico, eduque-o para ser feliz. Assim ele saberá o VALOR das coisas e não o seu PREÇO"
Que tal um cafezinho?
domingo, 24 de julho de 2011
AGÊNCIAS DE RATING...uma simples definiçao
O QUE SÃO AGÊNCIAS DE RATING:
Todos os dias o Miguel, filho do dono da mercearia, rouba pastilhas
elásticas ao pai para as vender aos colegas na escola. Os colegas, cujos
pais só lhes dão dinheiro para uma pastilha, não resistem e começam a
consumir em média cinco pastilhas diárias, pagando uma e ficando a dever
quatro.
Até que um dia já todos devem bastante dinheiro ao Miguel, por isso ele
conversa com o Cabeças, - alcunha do matulão lá escola, um gajo que já
chumbou quatro vezes - e nomeia-o a sua agência de rating.
Basicamente, cada vez que um miúdo quer ficar a dever mais uma pastilha ao
Miguel, é o Cabeças que dá o aval, classificando a capacidade financeira de
cada um dos putos com "A+", "A", "A-", "B"...
e por aí fora.
A Ritinha já está com uma dívida muito grande e um peso na consciência ainda
maior, por isso acaba por confessar aos pais que tem consumido mais
pastilhas do que devia. Os pais ao perceberem que a Ritinha está endividada,
estabelecem um plano de ajuda para que ela possa saldar a sua dívida,
aumentando-lhe a semanada mas obrigando-a a prometer que não gasta mais
enquanto não pagar a dívida contraída.
O Cabeças quando descobre isto, desce imediatamente o rating da Ritinha
junto do Miguel que, por sua vez, passa a vender-lhe cada pastilha pelo
dobro do preço. A Ritinha prolonga o pagamento da sua dívida e o Miguel
divide o lucro daí obtido com o Cabeças que, como é o mais forte, é
respeitado por todos.
Todos os dias o Miguel, filho do dono da mercearia, rouba pastilhas
elásticas ao pai para as vender aos colegas na escola. Os colegas, cujos
pais só lhes dão dinheiro para uma pastilha, não resistem e começam a
consumir em média cinco pastilhas diárias, pagando uma e ficando a dever
quatro.
Até que um dia já todos devem bastante dinheiro ao Miguel, por isso ele
conversa com o Cabeças, - alcunha do matulão lá escola, um gajo que já
chumbou quatro vezes - e nomeia-o a sua agência de rating.
Basicamente, cada vez que um miúdo quer ficar a dever mais uma pastilha ao
Miguel, é o Cabeças que dá o aval, classificando a capacidade financeira de
cada um dos putos com "A+", "A", "A-", "B"...
e por aí fora.
A Ritinha já está com uma dívida muito grande e um peso na consciência ainda
maior, por isso acaba por confessar aos pais que tem consumido mais
pastilhas do que devia. Os pais ao perceberem que a Ritinha está endividada,
estabelecem um plano de ajuda para que ela possa saldar a sua dívida,
aumentando-lhe a semanada mas obrigando-a a prometer que não gasta mais
enquanto não pagar a dívida contraída.
O Cabeças quando descobre isto, desce imediatamente o rating da Ritinha
junto do Miguel que, por sua vez, passa a vender-lhe cada pastilha pelo
dobro do preço. A Ritinha prolonga o pagamento da sua dívida e o Miguel
divide o lucro daí obtido com o Cabeças que, como é o mais forte, é
respeitado por todos.
sábado, 23 de julho de 2011
EMAGRECER O ESTADO
Promessas... é precisopoupar nas despesas públicas
Tlvez por isso o número de administradores da caixa Geral de Depósitos passou de 7 para 11
E viva a poupança..
Tlvez por isso o número de administradores da caixa Geral de Depósitos passou de 7 para 11
E viva a poupança..
sexta-feira, 22 de julho de 2011
ECONOMIA EM SALDO (PARA RIR)
Que tal??
Curso rápido de Economia
Um viajante chega a um hotel para dormir, mas pede para ver o quarto.
Entretanto, entrega ao recepcionista duas notas de 100 euros.
Enquanto o viajante inspecciona os quartos, o gerente do hotel sai a correr com as duas notas de 100€,
e vai à mercearia ao lado pagar uma dívida antiga, ... exactamente de 200 euros.
Surpreendido pelo pagamento inesperado da dívida, o merceeiro aproveita para pagar a um fornecedor uma dívida que tinha há muito... também de 200 euros.
O fornecedor, por sua vez, pega também nas duas notas e corre à farmácia,
para liquidar uma dívida que aí tinha de ... 200,00 euros.
O farmacêutico, com as duas notas na mão, corre disparado e vai a uma casa de alterne ali ao lado,
liquidar uma dívida com uma prostituta. ... coincidente mente, a dívida era de 200 euros.
A prostituta agradecida, sai com o dinheiro em direcção ao hotel,
lugar onde habitualmente levava os seus clientes e que ultimamente não havia pago pelas acomodações.
Valor total da dívida: ... 200 euros.
Ela avisa o gerente que está a pagar a conta e coloca as notas em cima do balcão.
Nesse preciso momento, o viajante retorna do quarto, diz não ser o que esperava,
pega nas duas notas de volta, agradece e sai do hotel.
Ninguém ganhou ou gastou um cêntimo, porém agora toda a cidade vive sem dívidas,
com o crédito restaurado e começa a ver o futuro com confiança!
MORAL DA HISTÓRIA:
NINGUÉM ENTENDE A ECONOMIA!
(nem o gajo que escreveu isto!)
Curso rápido de Economia
Um viajante chega a um hotel para dormir, mas pede para ver o quarto.
Entretanto, entrega ao recepcionista duas notas de 100 euros.
Enquanto o viajante inspecciona os quartos, o gerente do hotel sai a correr com as duas notas de 100€,
e vai à mercearia ao lado pagar uma dívida antiga, ... exactamente de 200 euros.
Surpreendido pelo pagamento inesperado da dívida, o merceeiro aproveita para pagar a um fornecedor uma dívida que tinha há muito... também de 200 euros.
O fornecedor, por sua vez, pega também nas duas notas e corre à farmácia,
para liquidar uma dívida que aí tinha de ... 200,00 euros.
O farmacêutico, com as duas notas na mão, corre disparado e vai a uma casa de alterne ali ao lado,
liquidar uma dívida com uma prostituta. ... coincidente mente, a dívida era de 200 euros.
A prostituta agradecida, sai com o dinheiro em direcção ao hotel,
lugar onde habitualmente levava os seus clientes e que ultimamente não havia pago pelas acomodações.
Valor total da dívida: ... 200 euros.
Ela avisa o gerente que está a pagar a conta e coloca as notas em cima do balcão.
Nesse preciso momento, o viajante retorna do quarto, diz não ser o que esperava,
pega nas duas notas de volta, agradece e sai do hotel.
Ninguém ganhou ou gastou um cêntimo, porém agora toda a cidade vive sem dívidas,
com o crédito restaurado e começa a ver o futuro com confiança!
MORAL DA HISTÓRIA:
NINGUÉM ENTENDE A ECONOMIA!
(nem o gajo que escreveu isto!)
quinta-feira, 21 de julho de 2011
OM SENHOR PRESIDENTE
INTERESSANTE NA VERDADEReavivar memórias - O nosso Presidente
Quem ouvir Cavaco Silva e não o conhecer bem, ficará a pensar que está perante alguém que nada teve a ver com a situação catastrófica em que se encontra este país. Quem o ouvir e não o conhecer bem, ficará a pensar que está perante alguém que pode efectivamente ser a solução para um caminho diferente daquele até aqui seguido.
Só que... Este senhor,... ou sofre de amnésia, ou tem como adquirido que nós portugueses temos todos a memória curta, eu diria mesmo, muito curta.
Vejamos, então qual o contributo de Cavaco Silva para que as coisas estejam como estão e não de outra maneira:
Cavaco Silva foi ministro das finanças entre 1980 e 1981 no governo da AD. Foi primeiro-ministro de Portugal entre 1985 e 1995 (10 anos!!!). Cavaco Silva foi só a pessoa que mais tempo esteve na liderança do governo neste país desde o 25 de Abril. É presidente da República desde 2005 até hoje (5 anos) Por este histórico, logo se depreende que este senhor nada teve a ver com o estado actual do país.
Mas vejamos quais foram as marcas deixadas por Cavaco Silva nestes anos todos de andanças pelo poder:
Cavaco Silva enquanto primeiro-ministro alterou drasticamente as práticas na economia, nomeadamente reduzindo o intervencionismo do Estado, atribuindo um papel mais relevante à iniciativa privada e aos mecanismos de mercado.
Foi Cavaco Silva quem desferiu o primeiro ataque sobre o ensino "tendencialmente gratuíto".
Foi Cavaco Silva o pai do famoso MONSTRO com a criação de milhares de "jobs" para os "boys" do PPD/PSD e amigos. Além de ter inserido outros milhares de "boys" a recibos verdes no aparelho do Estado,
Foi no consulado Cavaquista que começou a destruição do aparelho produtivo português. Em troca dos subsídios diários vindos da então CEE, começou a aniquilar as Pescas, a Agricultura e alguns sectores da
Indústria. Ou seja: começou exactamente com Cavaco Silva a aniquilação dos nossos recursos e capacidades produtivas.
Durante o "consulado Cavaquista", entravam em Portugal muitos milhões de euros diáriamente como fundos estruturais da CEE. Pode-se afirmar que foram os tempos das "vacas gordas" em Portugal. Como foram aplicados esses fundos?
O que se investiu na saúde? E na educação? E na formação profissional?
Que reforma se fez na agricultura? O que foi feito para o desenvolvimento industrial?
A situação actual do país responde a tudo isto! NADA!
Mas então como foi gasto o dinheiro?
Simplesmente desbaratado sem rigor nem fiscalização pela incompetência do governo de Cavaco Silva.
Tal como eu, qualquer habitante do Vale do Ave, minimamente atento, sabe como muitos milhões vindos da CEE foram "surripiados" com a conivência do governo "Cavaquista".
Basta lembrar que na época, o concelho de Felgueiras era o local em Portugal com mais Ferraris por metro quadrado.
Quando acabaram os subsídios da CEE, onde estava a modernização e o investimento das empresas? Nos carros topo de gama, nas casas de praia em Esposende, Ofir, etc. Etc.
Quanto às empresas... Essas faliram quase todas. Os trabalhadores - as vítimas habituais destas malabarices patronais - foram para o desemprego, os "chico-espertos" que desviaram o dinheiro continuaram por aí como se nada se tivesse passado.
Quem foi o responsável? Óbviamente, Cavaco Silva e os seus ministros!
Quanto à formação profissional... Talvez ainda possamos perguntar a Torres Couto como se fartou de ganhar dinheiro durante o governo Cavaquista, porque é que teve que ir a tribunal justificar o desaparecimento de milhões de contos de subsídios para formação profissional. Talvez lhe possamos perguntar: como, porquê e para quê, Cavaco Silva lhe "ofereceu" esse dinheiro.
Foi também o primeiro-ministro Cavaco Silva que em 1989 recusou conceder ao capitão de Abril, Salgueiro Maia, quando este já se encontrava bastante doente, uma pensão por "Serviços excepcionais e relevantes prestados ao país", isto depois do conselho Consultivo da Procuradoria Geral da República ter aprovado o parecer por unanimidade.
Mas foi o mesmo primeiro-ministro Cavaco Silva que em 1992, assinou os pedidos de reforma de 2 inspectores da polícia fascista PIDE/DGS, António Augusto Bernardo, último e derradeiro chefe da polícia política em Cabo Verde, e Óscar Cardoso, um dos agentes que se barricaram na sede António Maria Cardoso e dispararam sobre a multidão que festejava a liberdade.
Curiosamente, Cavaco Silva, premiou os assassinos fascistas com a mesma reforma que havia negado ao capitão de Abril Salgueiro Maia, ou seja: por "serviços excepcionais ou relevantes prestados ao país".
Como tenho memória, lembro-me também que Cavaco Silva e o seu "amigo" e ministro Dias Loureiro foram os responsáveis por um dos episódios mais repressivos da democracia portuguesa. Quando um movimento de
cidadãos, formado de forma espontânea, se juntou na Ponte 25 de Abril, num "buzinão" de bloqueio, em protesto pelo aumento incomportável das portagens. Dias Loureiro (esse mesmo do BPN e que está agora muito
confortávelmente em Cabo Verde), com a concordância do chefe, Cavaco Silva, ordenou uma despropositada e desproporcional carga policial contra os manifestantes. Nessa carga policial "irracional", foi disparado um tiro contra um jovem, que acabou por ficar tetraplégico.
Era assim nos tempos do "consulado Cavaquista", resolvia-se tudo com a repressão policial. Foi assim na ponte, foi assim com os mineiros da Marinha Grande, foi assim com os estudantes nas galerias do Parlamento...
Foi ainda no reinado do primeiro-ministro Cavaco Silva, que o governo vetou a candidatura deJosé Saramago a um prémio literário europeu por considerar que o seu romance "O Evangelho segundo Jesus Cristo" era um
ataque ao património religioso nacional. Este veto levou José Saramago a abandonar o país para se instalar em
Lanzarote, na Espanha, onde viveu até morrer. Considerou Saramago, que não poderia viver num país com censura.
Cavaco Silva foi o Presidente da República nos últimos 5 anos. Sendo ele o dono da famosa frase: "nunca tenho dúvidas e raramente me engano", como é que deixou Portugal chegar até à situação em que se encontra?
Mais! Diz a sabedoria popular: "diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és."
Bem... Alguns dos ministros, amigos, apoiantes e financiadores das suas campanhas eleitorais não abonam nada a seu favor. Embora, na minha opinião, esta gente reflete exactamente a essência do Cavaquismo.
Oliveira e Costa - Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais do governo Cavaquista entre 1985 e 1991. Ex presidente do famoso BPN. A história deste fulano já é mais conhecida que os tremoços, nem vale a pena escrever mais nada.Dias Loureiro - Ministro dos governos Cavaquistas. Assuntos Parlamentares entre1987 e 1991, Administração Interna entre1991 e 1995. Associado aos crimes financeiros do BPN, com ligações ainda não clarificadas ao traficante de armas libanês, Abdul Rahman El-Assir, de quem é grande amigo. Foi conselheiro de estado por nomeação directa de Cavaco Silva, função que ocupou com a "bênção" de Cavaco, até já não ser possível manter-se no lugar devido às pressões políticas e judiciais. Encontra-se actualmente, muito confortavelmente a viver em Cabo Verde.
Ferreira do Amaral - Ministro dos governos Cavaquistas. Comércio e Turismo, entre 1985 e 1990, Obras Públicas, Transportes e Comunicações entre 1990 e 1995. Foi nesta condição (ministro das obras públicas do governo Cavaquista) que assinou os contratos de construção da Ponte Vasco da Gama com a Lusoponte, e a concessão (super-vantajosa para a Lusoponte) de 40 anos sobre as portagens das duas pontes de Lisboa. Ferreira do Amaral é actualmente presidente do conselho de administração da Lusoponte. (Apenas por mera coincidência...)
Duarte Lima - Lider da bancada do PPD/PSD durante o Cavaquismo. Envolvido em transacções monetárias "estranhas" no caso Lúcio Tomé Feteira"
Quem ouvir Cavaco Silva e não o conhecer bem, ficará a pensar que está perante alguém que nada teve a ver com a situação catastrófica em que se encontra este país. Quem o ouvir e não o conhecer bem, ficará a pensar que está perante alguém que pode efectivamente ser a solução para um caminho diferente daquele até aqui seguido.
Só que... Este senhor,... ou sofre de amnésia, ou tem como adquirido que nós portugueses temos todos a memória curta, eu diria mesmo, muito curta.
Vejamos, então qual o contributo de Cavaco Silva para que as coisas estejam como estão e não de outra maneira:
Cavaco Silva foi ministro das finanças entre 1980 e 1981 no governo da AD. Foi primeiro-ministro de Portugal entre 1985 e 1995 (10 anos!!!). Cavaco Silva foi só a pessoa que mais tempo esteve na liderança do governo neste país desde o 25 de Abril. É presidente da República desde 2005 até hoje (5 anos) Por este histórico, logo se depreende que este senhor nada teve a ver com o estado actual do país.
Mas vejamos quais foram as marcas deixadas por Cavaco Silva nestes anos todos de andanças pelo poder:
Cavaco Silva enquanto primeiro-ministro alterou drasticamente as práticas na economia, nomeadamente reduzindo o intervencionismo do Estado, atribuindo um papel mais relevante à iniciativa privada e aos mecanismos de mercado.
Foi Cavaco Silva quem desferiu o primeiro ataque sobre o ensino "tendencialmente gratuíto".
Foi Cavaco Silva o pai do famoso MONSTRO com a criação de milhares de "jobs" para os "boys" do PPD/PSD e amigos. Além de ter inserido outros milhares de "boys" a recibos verdes no aparelho do Estado,
Foi no consulado Cavaquista que começou a destruição do aparelho produtivo português. Em troca dos subsídios diários vindos da então CEE, começou a aniquilar as Pescas, a Agricultura e alguns sectores da
Indústria. Ou seja: começou exactamente com Cavaco Silva a aniquilação dos nossos recursos e capacidades produtivas.
Durante o "consulado Cavaquista", entravam em Portugal muitos milhões de euros diáriamente como fundos estruturais da CEE. Pode-se afirmar que foram os tempos das "vacas gordas" em Portugal. Como foram aplicados esses fundos?
O que se investiu na saúde? E na educação? E na formação profissional?
Que reforma se fez na agricultura? O que foi feito para o desenvolvimento industrial?
A situação actual do país responde a tudo isto! NADA!
Mas então como foi gasto o dinheiro?
Simplesmente desbaratado sem rigor nem fiscalização pela incompetência do governo de Cavaco Silva.
Tal como eu, qualquer habitante do Vale do Ave, minimamente atento, sabe como muitos milhões vindos da CEE foram "surripiados" com a conivência do governo "Cavaquista".
Basta lembrar que na época, o concelho de Felgueiras era o local em Portugal com mais Ferraris por metro quadrado.
Quando acabaram os subsídios da CEE, onde estava a modernização e o investimento das empresas? Nos carros topo de gama, nas casas de praia em Esposende, Ofir, etc. Etc.
Quanto às empresas... Essas faliram quase todas. Os trabalhadores - as vítimas habituais destas malabarices patronais - foram para o desemprego, os "chico-espertos" que desviaram o dinheiro continuaram por aí como se nada se tivesse passado.
Quem foi o responsável? Óbviamente, Cavaco Silva e os seus ministros!
Quanto à formação profissional... Talvez ainda possamos perguntar a Torres Couto como se fartou de ganhar dinheiro durante o governo Cavaquista, porque é que teve que ir a tribunal justificar o desaparecimento de milhões de contos de subsídios para formação profissional. Talvez lhe possamos perguntar: como, porquê e para quê, Cavaco Silva lhe "ofereceu" esse dinheiro.
Foi também o primeiro-ministro Cavaco Silva que em 1989 recusou conceder ao capitão de Abril, Salgueiro Maia, quando este já se encontrava bastante doente, uma pensão por "Serviços excepcionais e relevantes prestados ao país", isto depois do conselho Consultivo da Procuradoria Geral da República ter aprovado o parecer por unanimidade.
Mas foi o mesmo primeiro-ministro Cavaco Silva que em 1992, assinou os pedidos de reforma de 2 inspectores da polícia fascista PIDE/DGS, António Augusto Bernardo, último e derradeiro chefe da polícia política em Cabo Verde, e Óscar Cardoso, um dos agentes que se barricaram na sede António Maria Cardoso e dispararam sobre a multidão que festejava a liberdade.
Curiosamente, Cavaco Silva, premiou os assassinos fascistas com a mesma reforma que havia negado ao capitão de Abril Salgueiro Maia, ou seja: por "serviços excepcionais ou relevantes prestados ao país".
Como tenho memória, lembro-me também que Cavaco Silva e o seu "amigo" e ministro Dias Loureiro foram os responsáveis por um dos episódios mais repressivos da democracia portuguesa. Quando um movimento de
cidadãos, formado de forma espontânea, se juntou na Ponte 25 de Abril, num "buzinão" de bloqueio, em protesto pelo aumento incomportável das portagens. Dias Loureiro (esse mesmo do BPN e que está agora muito
confortávelmente em Cabo Verde), com a concordância do chefe, Cavaco Silva, ordenou uma despropositada e desproporcional carga policial contra os manifestantes. Nessa carga policial "irracional", foi disparado um tiro contra um jovem, que acabou por ficar tetraplégico.
Era assim nos tempos do "consulado Cavaquista", resolvia-se tudo com a repressão policial. Foi assim na ponte, foi assim com os mineiros da Marinha Grande, foi assim com os estudantes nas galerias do Parlamento...
Foi ainda no reinado do primeiro-ministro Cavaco Silva, que o governo vetou a candidatura deJosé Saramago a um prémio literário europeu por considerar que o seu romance "O Evangelho segundo Jesus Cristo" era um
ataque ao património religioso nacional. Este veto levou José Saramago a abandonar o país para se instalar em
Lanzarote, na Espanha, onde viveu até morrer. Considerou Saramago, que não poderia viver num país com censura.
Cavaco Silva foi o Presidente da República nos últimos 5 anos. Sendo ele o dono da famosa frase: "nunca tenho dúvidas e raramente me engano", como é que deixou Portugal chegar até à situação em que se encontra?
Mais! Diz a sabedoria popular: "diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és."
Bem... Alguns dos ministros, amigos, apoiantes e financiadores das suas campanhas eleitorais não abonam nada a seu favor. Embora, na minha opinião, esta gente reflete exactamente a essência do Cavaquismo.
Oliveira e Costa - Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais do governo Cavaquista entre 1985 e 1991. Ex presidente do famoso BPN. A história deste fulano já é mais conhecida que os tremoços, nem vale a pena escrever mais nada.Dias Loureiro - Ministro dos governos Cavaquistas. Assuntos Parlamentares entre1987 e 1991, Administração Interna entre1991 e 1995. Associado aos crimes financeiros do BPN, com ligações ainda não clarificadas ao traficante de armas libanês, Abdul Rahman El-Assir, de quem é grande amigo. Foi conselheiro de estado por nomeação directa de Cavaco Silva, função que ocupou com a "bênção" de Cavaco, até já não ser possível manter-se no lugar devido às pressões políticas e judiciais. Encontra-se actualmente, muito confortavelmente a viver em Cabo Verde.
Ferreira do Amaral - Ministro dos governos Cavaquistas. Comércio e Turismo, entre 1985 e 1990, Obras Públicas, Transportes e Comunicações entre 1990 e 1995. Foi nesta condição (ministro das obras públicas do governo Cavaquista) que assinou os contratos de construção da Ponte Vasco da Gama com a Lusoponte, e a concessão (super-vantajosa para a Lusoponte) de 40 anos sobre as portagens das duas pontes de Lisboa. Ferreira do Amaral é actualmente presidente do conselho de administração da Lusoponte. (Apenas por mera coincidência...)
Duarte Lima - Lider da bancada do PPD/PSD durante o Cavaquismo. Envolvido em transacções monetárias "estranhas" no caso Lúcio Tomé Feteira"
POR ACASO VC VOTOU NELES? EU NÃO ..MAS TAMBEM PAGO
Preço dos transportes aumenta 15% em Agosto
Os bilhetes e os passes sociais dos transportes públicos vão aumentar 15 por cento, em média, já a 1 de Agosto. Para atingir aquele valor médio, existirão preços que subirão 25 por cento.
Artigo | 21 Julho, 2011 - 02:09
Foto de Paulete Matos Depois do corte no subsídio de Natal, o Governo decide aumentar significativamente os preços dos transportes públicos. Segundo o Diário Económico, o Governo vai comunicar nesta quinta feira às empresas de transportes públicos que tanto os bilhetes como os passes sociais deverão sofrer um aumento médio de 15% já no dia 1 de Agosto, prevendo-se que existam preços que subirão até 25%.
Segundo o jornal, o Governo quer também rever a noção de serviço público, para reduzir ou até eliminar algumas carreiras de transporte.
Sendo o aumento do preço dos transportes uma das medidas impostas pelo acordo com a troika, trata-se de mais uma medida brutal de agravamento das condições de vida da maioria da população e, em particular, dos sectores de trabalhadores mais pobres.
Os bilhetes e os passes sociais dos transportes públicos vão aumentar 15 por cento, em média, já a 1 de Agosto. Para atingir aquele valor médio, existirão preços que subirão 25 por cento.
Artigo | 21 Julho, 2011 - 02:09
Foto de Paulete Matos Depois do corte no subsídio de Natal, o Governo decide aumentar significativamente os preços dos transportes públicos. Segundo o Diário Económico, o Governo vai comunicar nesta quinta feira às empresas de transportes públicos que tanto os bilhetes como os passes sociais deverão sofrer um aumento médio de 15% já no dia 1 de Agosto, prevendo-se que existam preços que subirão até 25%.
Segundo o jornal, o Governo quer também rever a noção de serviço público, para reduzir ou até eliminar algumas carreiras de transporte.
Sendo o aumento do preço dos transportes uma das medidas impostas pelo acordo com a troika, trata-se de mais uma medida brutal de agravamento das condições de vida da maioria da população e, em particular, dos sectores de trabalhadores mais pobres.
terça-feira, 19 de julho de 2011
AINDA AS AGÊNCIAS DE RATING
MERECE SER LIDO E REFLECTIR SOBRE O ASSUNTO!!!!
Notícia de última hora em New York
Opinião no NY Times: «Agências de rating armadilharam Portugal»
Por Redacção
Opinião publicada no New York Times por Robert M. Fishman, professor de Sociologia da Universidade de Notre Dame. Caso português é aviso para muitos outros países.
A culpa do pedido de ajuda financeiro feito por Portugal é das agência de rating e da falta de regulação sobre a forma como as mesmas avaliam a fiabilidade da economia dos países. A opinião é de Robert M. Fishman, professor de Sociologia da Universidade de Notre Dame, de Indiana, Estados Unidos, e escritor galardoado - venceu a Menção Honrosa para Melhor Livro de Políticas Sociólogas em 2005, pelo seu livro Democracy's Voices. Por Robert M. Fishman, professor de Sociologia da Universidade de Notre DameO desnecessário resgate de Portugal
«O pedido de ajuda de Portugal para as suas dívidas junto do Fundo Monetário Internacional e da União Europeia na última semana deve servir de aviso para todas as democracias.
As crises que começaram com os resgates da Grécia e Irlanda no ano passado tiveram uma feia reviravolta. Contudo, este terceiro pedido de resgate não é realmente sobre dívida. Portugal teve uma forte performance económica nos anos 90 e estava a conseguir a sua recuperação da recessão global melhor do que muitos outros países na Europa, mas viu-se sob injusta e arbitrária pressão dos correctores, especuladores e analistas de rating de crédito que, por visão curta ou razões ideológicas, conseguiram forma de afastar uma administração democraticamente eleita e potencialmente amarrar as mãos da próxima.
Se deixadas sem regulação, estas forças de mercado ameaçam eclipsar a capacidade dos governos democráticos — talvez até da América — para fazerem as suas próprias escolhas sobre impostos e despesas.
As dificuldades de Portugal eram admitidamente semelhantes às da Grécia e Irlanda: para os três países, a adopção do Euro há uma década significou que tiveram de ceder o controlo das suas políticas monetárias, e um repentino incremento dos níveis de risco que regulam os mercados de obrigações atribuíram às suas dívidas soberanas foi o gatilho imediato para os pedidos de resgate.
Mas na Grécia e Irlanda o veredicto dos mercados reflectiu profundos e facilmente identificáveis problemas económicos. A crise portuguesa é bastante diferente; não houve uma genuína crise subjacente. As instituições e políticas económicas em Portugal que alguns analistas financeiros vêem como potencialmente desesperadas tinham alcançado notável sucesso antes desta nação ibérica de dez milhões ser sujeita às sucessivas ondas de ataque dos mercados de obrigações.
O contágio dos mercados e redução de notação, que começaram quando a magnitude das dificuldades da Grécia emergiu no início de 2010, transformaram-se numa profecia que se cumpriu a si própria: ao aumentar os custos da dívida portuguesa para níveis insustentáveis, as agências de rating forçaram Portugal a procurar o resgate. O resgate deu poder aos ‘salvadores’ de Portugal a pressionarem por impopulares políticas de austeridade que afectaram empréstimos de estudantes, pensões de reforma, subsídios sociais e salários públicos de todos os tipos.
A crise não é culpa do que Portugal fez. A sua dívida acumulada está bem abaixo do nível de nações como a Itália que não foi sujeita a tão devastadoras avaliações. O seu défice orçamental é mais baixo do que muitos outros países europeus e estava a diminuir rapidamente graças aos esforços governamentais.
E quanto às perspectivas de crescimento do país, que os analistas convencionalmente assumem serem sombrias? No primeiro quarto de 2010, antes dos mercados empurrarem as taxas de juro nas obrigações portuguesas para os limites, o país tinha uma das melhores taxas de recuperação económica na União Europeia. Numa série de reformas — encomendas industriais, inovação empresarial, realização educacional, e crescimento das exportações — Portugal igualou ou mesmo ultrapassou os seus vizinhos do Sul e até da Europa Ocidental.
Por que razão, então, foi tão desclassificada a dívida portuguesa e a sua economia empurrada para o limite? Há duas possíveis explicações. Uma é o cepticismo ideológico em torno do seu modelo económico misto, que suportava empréstimos às pequenas empresas, em conjunto com algumas grandes companhias públicas e um robusto estado-providência. Os mercados fundamentalistas detestam intervenções de estilo keynesiano em áreas da política interna portuguesa — que evitavam uma bolha e preservavam a disponibilização de rendas urbanas baixas — quanto a assistência aos pobres.
A falta de perspectiva histórica é outra explicação. O nível de vida dos portugueses cresceu muito nos 25 anos que se seguiram à revolução democrática de Abril de 1974. Nos anos 90 a produtividade laboral cresceu rapidamente, as empresas privadas aprofundaram o investimento com a ajuda do governo, e partidos tanto de centro-direita como de centro-esquerda apoiaram o aumento da despesa social. Por altura do fim do século o país tinha uma das taxas de desemprego mais baixas da Europa.
Em justiça, o optimismo dos anos 90 deu origem a desequilíbrios financeiros e ao gasto excessivo; os cépticos quanto à saúde da economia portuguesa apontam para a sua relativa estagnação entre 2000 e 2006. Apesar disso, no início da crise financeira global em 2007, a economia estava de novo a crescer e o desemprego a descer. A recessão acabou com essa recuperação, mas o crescimento retomou-se no segundo quarto de 2009, mais cedo do que noutros países.
Não se podem culpar as políticas domésticas. O primeiro-ministro José Sócrates e o governo socialista mexeram-se para cortar no défice enquanto promoviam a competitividade e controlavam a despesa pública; a oposição insistia que podia fazer melhor e forçou o senhor Sócrates a demitir-se este mês, preparando o palco para novas eleições em Junho. Isto é normal em política, não um sinal de confusão ou incompetência como alguns críticos de Portugal acenaram.
Podia a Europa ter evitado este resgate? O Banco Central Europeu podia ter comprado de forma agressiva as obrigações de Portugal e protegido o país do pânico mais recente. Regulação da União Europeia e dos Estados Unidos sobre o processo utilizado pelas agências de rating para avaliar a fiabilidade de crédito da dívida de um país é essencial. Distorcendo as percepções dos mercados sobre a estabilidade portuguesa, as agências de rating — cujo papel em fomentar a crise hipotecária nos Estados Unidos está amplamente documentado — armadilharam tanto a sua recuperação económica como a sua liberdade política.
No destino de Portugal reside um claro aviso para os outros países, os Estados Unidos incluídos. A revolução portuguesa de 1974 inaugurou uma onda de democratização que varreu o globo. É bem possível que 2011 possa marcar o começo de uma onda de invasão da democracia por mercados desregulados, com Espanha, Itália ou Bélgica como próximas vítimas potenciais.
Os americanos não iriam gostar muito se instituições internacionais tentassem dizer a Nova Iorque, ou a outra qualquer cidade americana, para abandonar as suas leis de controlo de rendas. Mas é este precisamente o tipo de interferência que agora acontece em Portugal — tal como aconteceu na Grécia ou Irlanda, apesar desses países terem maiores responsabilidades no seu destino.Apenas governos eleitos e os seus líderes podem assegurar que esta crise não acaba por minar os processos democráticos. Até agora parecem ter deixado tudo nas mãos da imprevisibilidade dos mercados de obrigações e das agências de rating.»
Notícia de última hora em New York
Opinião no NY Times: «Agências de rating armadilharam Portugal»
Por Redacção
Opinião publicada no New York Times por Robert M. Fishman, professor de Sociologia da Universidade de Notre Dame. Caso português é aviso para muitos outros países.
A culpa do pedido de ajuda financeiro feito por Portugal é das agência de rating e da falta de regulação sobre a forma como as mesmas avaliam a fiabilidade da economia dos países. A opinião é de Robert M. Fishman, professor de Sociologia da Universidade de Notre Dame, de Indiana, Estados Unidos, e escritor galardoado - venceu a Menção Honrosa para Melhor Livro de Políticas Sociólogas em 2005, pelo seu livro Democracy's Voices. Por Robert M. Fishman, professor de Sociologia da Universidade de Notre DameO desnecessário resgate de Portugal
«O pedido de ajuda de Portugal para as suas dívidas junto do Fundo Monetário Internacional e da União Europeia na última semana deve servir de aviso para todas as democracias.
As crises que começaram com os resgates da Grécia e Irlanda no ano passado tiveram uma feia reviravolta. Contudo, este terceiro pedido de resgate não é realmente sobre dívida. Portugal teve uma forte performance económica nos anos 90 e estava a conseguir a sua recuperação da recessão global melhor do que muitos outros países na Europa, mas viu-se sob injusta e arbitrária pressão dos correctores, especuladores e analistas de rating de crédito que, por visão curta ou razões ideológicas, conseguiram forma de afastar uma administração democraticamente eleita e potencialmente amarrar as mãos da próxima.
Se deixadas sem regulação, estas forças de mercado ameaçam eclipsar a capacidade dos governos democráticos — talvez até da América — para fazerem as suas próprias escolhas sobre impostos e despesas.
As dificuldades de Portugal eram admitidamente semelhantes às da Grécia e Irlanda: para os três países, a adopção do Euro há uma década significou que tiveram de ceder o controlo das suas políticas monetárias, e um repentino incremento dos níveis de risco que regulam os mercados de obrigações atribuíram às suas dívidas soberanas foi o gatilho imediato para os pedidos de resgate.
Mas na Grécia e Irlanda o veredicto dos mercados reflectiu profundos e facilmente identificáveis problemas económicos. A crise portuguesa é bastante diferente; não houve uma genuína crise subjacente. As instituições e políticas económicas em Portugal que alguns analistas financeiros vêem como potencialmente desesperadas tinham alcançado notável sucesso antes desta nação ibérica de dez milhões ser sujeita às sucessivas ondas de ataque dos mercados de obrigações.
O contágio dos mercados e redução de notação, que começaram quando a magnitude das dificuldades da Grécia emergiu no início de 2010, transformaram-se numa profecia que se cumpriu a si própria: ao aumentar os custos da dívida portuguesa para níveis insustentáveis, as agências de rating forçaram Portugal a procurar o resgate. O resgate deu poder aos ‘salvadores’ de Portugal a pressionarem por impopulares políticas de austeridade que afectaram empréstimos de estudantes, pensões de reforma, subsídios sociais e salários públicos de todos os tipos.
A crise não é culpa do que Portugal fez. A sua dívida acumulada está bem abaixo do nível de nações como a Itália que não foi sujeita a tão devastadoras avaliações. O seu défice orçamental é mais baixo do que muitos outros países europeus e estava a diminuir rapidamente graças aos esforços governamentais.
E quanto às perspectivas de crescimento do país, que os analistas convencionalmente assumem serem sombrias? No primeiro quarto de 2010, antes dos mercados empurrarem as taxas de juro nas obrigações portuguesas para os limites, o país tinha uma das melhores taxas de recuperação económica na União Europeia. Numa série de reformas — encomendas industriais, inovação empresarial, realização educacional, e crescimento das exportações — Portugal igualou ou mesmo ultrapassou os seus vizinhos do Sul e até da Europa Ocidental.
Por que razão, então, foi tão desclassificada a dívida portuguesa e a sua economia empurrada para o limite? Há duas possíveis explicações. Uma é o cepticismo ideológico em torno do seu modelo económico misto, que suportava empréstimos às pequenas empresas, em conjunto com algumas grandes companhias públicas e um robusto estado-providência. Os mercados fundamentalistas detestam intervenções de estilo keynesiano em áreas da política interna portuguesa — que evitavam uma bolha e preservavam a disponibilização de rendas urbanas baixas — quanto a assistência aos pobres.
A falta de perspectiva histórica é outra explicação. O nível de vida dos portugueses cresceu muito nos 25 anos que se seguiram à revolução democrática de Abril de 1974. Nos anos 90 a produtividade laboral cresceu rapidamente, as empresas privadas aprofundaram o investimento com a ajuda do governo, e partidos tanto de centro-direita como de centro-esquerda apoiaram o aumento da despesa social. Por altura do fim do século o país tinha uma das taxas de desemprego mais baixas da Europa.
Em justiça, o optimismo dos anos 90 deu origem a desequilíbrios financeiros e ao gasto excessivo; os cépticos quanto à saúde da economia portuguesa apontam para a sua relativa estagnação entre 2000 e 2006. Apesar disso, no início da crise financeira global em 2007, a economia estava de novo a crescer e o desemprego a descer. A recessão acabou com essa recuperação, mas o crescimento retomou-se no segundo quarto de 2009, mais cedo do que noutros países.
Não se podem culpar as políticas domésticas. O primeiro-ministro José Sócrates e o governo socialista mexeram-se para cortar no défice enquanto promoviam a competitividade e controlavam a despesa pública; a oposição insistia que podia fazer melhor e forçou o senhor Sócrates a demitir-se este mês, preparando o palco para novas eleições em Junho. Isto é normal em política, não um sinal de confusão ou incompetência como alguns críticos de Portugal acenaram.
Podia a Europa ter evitado este resgate? O Banco Central Europeu podia ter comprado de forma agressiva as obrigações de Portugal e protegido o país do pânico mais recente. Regulação da União Europeia e dos Estados Unidos sobre o processo utilizado pelas agências de rating para avaliar a fiabilidade de crédito da dívida de um país é essencial. Distorcendo as percepções dos mercados sobre a estabilidade portuguesa, as agências de rating — cujo papel em fomentar a crise hipotecária nos Estados Unidos está amplamente documentado — armadilharam tanto a sua recuperação económica como a sua liberdade política.
No destino de Portugal reside um claro aviso para os outros países, os Estados Unidos incluídos. A revolução portuguesa de 1974 inaugurou uma onda de democratização que varreu o globo. É bem possível que 2011 possa marcar o começo de uma onda de invasão da democracia por mercados desregulados, com Espanha, Itália ou Bélgica como próximas vítimas potenciais.
Os americanos não iriam gostar muito se instituições internacionais tentassem dizer a Nova Iorque, ou a outra qualquer cidade americana, para abandonar as suas leis de controlo de rendas. Mas é este precisamente o tipo de interferência que agora acontece em Portugal — tal como aconteceu na Grécia ou Irlanda, apesar desses países terem maiores responsabilidades no seu destino.Apenas governos eleitos e os seus líderes podem assegurar que esta crise não acaba por minar os processos democráticos. Até agora parecem ter deixado tudo nas mãos da imprevisibilidade dos mercados de obrigações e das agências de rating.»
segunda-feira, 18 de julho de 2011
VOCÊ PERCEBE? EU NÃO.
O Banco Central Europeu analisou vários bancos portugueses e considerou-os fora de perigo de insolvência a curto/médio prazo.
No mesmo dia a agência Moddys classificou os mesmos bancos como lixo.
A análise feita quer por uns quer por outros deveria ser de carácter puramente técnico.
Claro que não é,
Se fosse...não deveriam chegar a conclusões parecidas?
Claro que nós...aqueles que não estão ligados aos grandes grupos ecomómicos...aqueles que não tivemos culpa nenhuma da crise...nós a grande naioria do povo português...estamos inteiramente à mercê daqueles que como agências de rating e outros..decidem sobre o nosso destino.
E esses decidiram que nos deviamos tornar quase todos pobres para que meia dúzia se tornassem cada vez mais...e mais...ricos..
SERÁ QUE VAMOS ACEITAR ISTO PASSIVAMENTE'
No mesmo dia a agência Moddys classificou os mesmos bancos como lixo.
A análise feita quer por uns quer por outros deveria ser de carácter puramente técnico.
Claro que não é,
Se fosse...não deveriam chegar a conclusões parecidas?
Claro que nós...aqueles que não estão ligados aos grandes grupos ecomómicos...aqueles que não tivemos culpa nenhuma da crise...nós a grande naioria do povo português...estamos inteiramente à mercê daqueles que como agências de rating e outros..decidem sobre o nosso destino.
E esses decidiram que nos deviamos tornar quase todos pobres para que meia dúzia se tornassem cada vez mais...e mais...ricos..
SERÁ QUE VAMOS ACEITAR ISTO PASSIVAMENTE'
RESGATE DA DIVIDA
Resgate das dívidas tem sido bom negócio para a Alemanha
O resgate das dívidas de Portugal e da Irlanda tem sido um bom negócio para os países que financiaram e em particular para a Alemanha, diz o alemão Klaus Regling, presidente do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF).
Artigo | 17 Julho, 2011 - 12:02
Euro – foto aranjuez1404/Flickr "Até hoje, só houve ganhos para os alemães, porque recebemos da Irlanda e de Portugal juros acima dos refinanciamentos que fizemos, e a diferença reverte a favor do orçamento alemão", disse Klaus Regling, presidente do FEEF numa entrevista ao jornal alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung, publicada neste domingo.
Regling acrescenta que o que a Alemanha ganha é o “prémio” pelas garantias que dá, mas considera que “os contribuintes alemães não acreditam”.
Mas o presidente do FEEF vai mais longe e diz que mesmo que Portugal e a Irlanda tenham de reestruturar as suas dívidas soberanas, os países que financiam podem continuar a ganhar e justifica com a experiência do FMI: “Temos de olhar para a experiência feita pelo FMI, que já concedeu empréstimos a muitos países em dificuldades, e houve poucos que não devolveram o dinheiro, casos da Somália, Zimbabwe e Libéria, por exemplo”.
Na entrevista, Klaus Regling admite que o FEEF compre dívida de países em dificuldades financeiras no mercado primário e, mesmo no mercado secundário onde os juros são muito mais elevados, desde que haja uma decisão política nesse sentido. Com esta declaração, o presidente do FEEF justifica a possibilidade do fundo financiar a compra de dívida grega nos mercados financeiros.
Klaus Regling diz ainda que o FEEF não tem tido dificuldade em arranjar investidores para financiar os resgates de Grécia, Irlanda e Portugal e divulga que “os investidores asiáticos compraram cerca de 40 por cento dos títulos, nas três emissões que fizemos”.
O resgate das dívidas de Portugal e da Irlanda tem sido um bom negócio para os países que financiaram e em particular para a Alemanha, diz o alemão Klaus Regling, presidente do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF).
Artigo | 17 Julho, 2011 - 12:02
Euro – foto aranjuez1404/Flickr "Até hoje, só houve ganhos para os alemães, porque recebemos da Irlanda e de Portugal juros acima dos refinanciamentos que fizemos, e a diferença reverte a favor do orçamento alemão", disse Klaus Regling, presidente do FEEF numa entrevista ao jornal alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung, publicada neste domingo.
Regling acrescenta que o que a Alemanha ganha é o “prémio” pelas garantias que dá, mas considera que “os contribuintes alemães não acreditam”.
Mas o presidente do FEEF vai mais longe e diz que mesmo que Portugal e a Irlanda tenham de reestruturar as suas dívidas soberanas, os países que financiam podem continuar a ganhar e justifica com a experiência do FMI: “Temos de olhar para a experiência feita pelo FMI, que já concedeu empréstimos a muitos países em dificuldades, e houve poucos que não devolveram o dinheiro, casos da Somália, Zimbabwe e Libéria, por exemplo”.
Na entrevista, Klaus Regling admite que o FEEF compre dívida de países em dificuldades financeiras no mercado primário e, mesmo no mercado secundário onde os juros são muito mais elevados, desde que haja uma decisão política nesse sentido. Com esta declaração, o presidente do FEEF justifica a possibilidade do fundo financiar a compra de dívida grega nos mercados financeiros.
Klaus Regling diz ainda que o FEEF não tem tido dificuldade em arranjar investidores para financiar os resgates de Grécia, Irlanda e Portugal e divulga que “os investidores asiáticos compraram cerca de 40 por cento dos títulos, nas três emissões que fizemos”.
domingo, 17 de julho de 2011
LIBIA
Como sempre, convém ver o outro lado da moeda:
I - KADDAFI, POR PIOR QUE SE QUEIRA CONSIDERAR OU JULGAR, TEMOS QUE REFERIR E DAR A CONHECER QUE
A ONU CONSTATOU EM 2007, O SEGUINTE:
1 - Maior Indice de Desenvolvimento Humano (IDH) da África ;
2 - Ensino gratuito até à Universidade;
3 - 10% dos alunos universitários estudam na Europa, EUA, etc... e com tudo pago;
4 - Ao casar, o casal recebe até 50.000 US$ para adquirir seus bens;
5 - Sistema médico gratuito, rivalizando com os europeus. Equipamentos de última geração, etc...;
6 - Empréstimos pelo Banco estatal sem juros;
7 - Inaugurado em 2007, maior sistema de irrigação do mundo, que vem tornando o deserto (95% da Líbia) em fazendas produtoras de alimentos.;
E assim vai....(ou ía)
II - PORQUE DETONAR A LÍBIA ENTÃO?....
Três (3) principais motivos:
1 - Possuir o seu petróleo, de boa qualidade e com volume superior a 45 bilhões de barris em reservas;
2 - Fazer com que todo mar Mediterrâneo fique sob controle da NATO. Só falta agora a Síria;
3 - E, provàvelmente, um dos maiores motivos, é que o Banco Central Líbio não é atrelado ao sistema mundial Financeiro.
As suas reservas são toneladas de ouro, dando cobertura ao valor da moeda, o dinar, e desatrelado das flutuações do dólar.
O sistema financeiro internacional ficou possesso com Kaddafi, por ter apresentado e quase conseguir, que os países africanos formassem uma moeda única desligada do dólar.
III - O QUE É O ATAQUE HUMANITÁRIO PARA LIVRAR O POVO LÍBIO:
1 - A NATO comandada pelos EUA, já bombardearam as principais cidades Líbias com milhares de bombas e mísseis que são capazes de destruir um quarteirão inteiro. Os prédios e infra estrutura de água, esgoto, gás e luz estão sèriamente danificados;
2 - As bombas usadas contem DU (Uranio depletado) tempo de vida 3 bilhões de ano (causa cancer e deformações genéticas);
3 - Metade das crianças líbias estão traumatizadas psicológicamente por causa das explosões que parecem um terremoto e racham as casas;
4 - Com o bloqueio marítimo e aéreo da NATO, principalmente as crianças sofrem com a falta de remédios e alimentos;
5 - A água já não mais é potável em boa parte do país. De novo as crianças são as mais atingidas;
6 - Cerca de 150.000 pessoas por dia, deixam o país através das fronteiras com a Tunísia e o Egito. Vão para o deserto ao relento, sem água nem comida;
7 - Mesmo que o bombardeio terminasse hoje, cerca de 4 milhões de pessoas estariam precisando de ajuda humanitária para sobreviver: Água e comida.
De uma população de 6,5 milhões de pessoas.
Em suma: O bombardeio "humanitário", acabou com a nação líbia. Nunca mais haverá a nação Líbia. Foram varridos do mapa.
SIMPLES ASSIM, COMO SE ESSAS VIDAS NADA REPRESENTASSEM..., A FAVOR DE UMA LIBERDADE QUE SÓ OS EUROPEUS E AMERICANOS CONHECEM, E QUANDO LHES CONVÉM.
I - KADDAFI, POR PIOR QUE SE QUEIRA CONSIDERAR OU JULGAR, TEMOS QUE REFERIR E DAR A CONHECER QUE
A ONU CONSTATOU EM 2007, O SEGUINTE:
1 - Maior Indice de Desenvolvimento Humano (IDH) da África ;
2 - Ensino gratuito até à Universidade;
3 - 10% dos alunos universitários estudam na Europa, EUA, etc... e com tudo pago;
4 - Ao casar, o casal recebe até 50.000 US$ para adquirir seus bens;
5 - Sistema médico gratuito, rivalizando com os europeus. Equipamentos de última geração, etc...;
6 - Empréstimos pelo Banco estatal sem juros;
7 - Inaugurado em 2007, maior sistema de irrigação do mundo, que vem tornando o deserto (95% da Líbia) em fazendas produtoras de alimentos.;
E assim vai....(ou ía)
II - PORQUE DETONAR A LÍBIA ENTÃO?....
Três (3) principais motivos:
1 - Possuir o seu petróleo, de boa qualidade e com volume superior a 45 bilhões de barris em reservas;
2 - Fazer com que todo mar Mediterrâneo fique sob controle da NATO. Só falta agora a Síria;
3 - E, provàvelmente, um dos maiores motivos, é que o Banco Central Líbio não é atrelado ao sistema mundial Financeiro.
As suas reservas são toneladas de ouro, dando cobertura ao valor da moeda, o dinar, e desatrelado das flutuações do dólar.
O sistema financeiro internacional ficou possesso com Kaddafi, por ter apresentado e quase conseguir, que os países africanos formassem uma moeda única desligada do dólar.
III - O QUE É O ATAQUE HUMANITÁRIO PARA LIVRAR O POVO LÍBIO:
1 - A NATO comandada pelos EUA, já bombardearam as principais cidades Líbias com milhares de bombas e mísseis que são capazes de destruir um quarteirão inteiro. Os prédios e infra estrutura de água, esgoto, gás e luz estão sèriamente danificados;
2 - As bombas usadas contem DU (Uranio depletado) tempo de vida 3 bilhões de ano (causa cancer e deformações genéticas);
3 - Metade das crianças líbias estão traumatizadas psicológicamente por causa das explosões que parecem um terremoto e racham as casas;
4 - Com o bloqueio marítimo e aéreo da NATO, principalmente as crianças sofrem com a falta de remédios e alimentos;
5 - A água já não mais é potável em boa parte do país. De novo as crianças são as mais atingidas;
6 - Cerca de 150.000 pessoas por dia, deixam o país através das fronteiras com a Tunísia e o Egito. Vão para o deserto ao relento, sem água nem comida;
7 - Mesmo que o bombardeio terminasse hoje, cerca de 4 milhões de pessoas estariam precisando de ajuda humanitária para sobreviver: Água e comida.
De uma população de 6,5 milhões de pessoas.
Em suma: O bombardeio "humanitário", acabou com a nação líbia. Nunca mais haverá a nação Líbia. Foram varridos do mapa.
SIMPLES ASSIM, COMO SE ESSAS VIDAS NADA REPRESENTASSEM..., A FAVOR DE UMA LIBERDADE QUE SÓ OS EUROPEUS E AMERICANOS CONHECEM, E QUANDO LHES CONVÉM.
sexta-feira, 15 de julho de 2011
quinta-feira, 14 de julho de 2011
VALE TUDO
"É o vale tudo!", diz Carvalho da Silva após reunir com Passos
À saída da reunião com Passos Coelho, o secretário-geral da CGTP criticou a escolha do mês de Agosto para a discussão pública da revisão das leis laborais e verificou que "os verdadeiros detentores da riqueza continuam dispensados dos sacrifícios".
Artigo | 14 Julho, 2011 - 02:12
O líder da CGTP não quer que o dinheiro da Segurança Social seja usado "como uma mera peça do Orçamento". Foto António Cotrim/Lusa Carvalho da Silva disse aos jornalistas que perguntou a Pedro Passos Coelho se está disponível para taxar as operações dos bancos e assim substituir os sacrifícios dos trabalhadores. "O primeiro-ministro disse que não", revelou Carvalho da Silva. Para o sindicalista, presente em São Bento para apresentar as propostas da CGTP, a política do Governo tem sido "dualista" por taxar a "riqueza produzida pelos trabalhadores em vez da riqueza produzida pela especulação financeira". Estas críticas foram estendidas à forma como tem sido gerido o dinheiro da Segurança Social, "como uma mera peça do orçamento. O dinheiro da Segurança Social é o dinheiro do trabalho de todos nós", lembrou Carvalho da Silva.
Para a CGTP, o prazo do governo para apresentação de propostas para a revisão da legislação laboral - até ao fim deste mês, e tendo Agosto como período de discussão pública - "viola o que a Constituição da República determina". "Isto é o vale tudo. Vamos assistir à discussão de matérias altamente sensíveis em pleno mês de agosto", denunciou Carvalho da Silva à saída da reunião com Passos Coelho.
Em audiência separada, o primeiro-ministro recebeu também dirigentes da UGT. "O primeiro-ministro não nos tranquilizou relativamente à aplicação do imposto extraordinário sobre o 13.º mês", afirmou à saída João Proença. Mas o líder da UGT preferiu reagir com suavidade a este encontro com Passos Coelho, declarando aos jornalistas que "esta foi uma primeira abordagem, uma abertura ao diálogo, mas só veremos os resultados mais tarde".
Esta semana, a CGTP está a desenvolver acções de rua no âmbito da iniciativa "Tempos de Preocupação, Tempos de Acção", com plenários, caravanas e concentrações com distribuição de propaganda. Esta quinta-feira a campanha passa por Aveiro, Portalegre, Serpa, Benavente e Bragança. Na sexta feira há manifestação em Lisboa com concentração às 15h do Largo de Santos com destino à Assembleia da República enquanto no Porto, o ponto de encontro é na Rotunda da Boavista.
À saída da reunião com Passos Coelho, o secretário-geral da CGTP criticou a escolha do mês de Agosto para a discussão pública da revisão das leis laborais e verificou que "os verdadeiros detentores da riqueza continuam dispensados dos sacrifícios".
Artigo | 14 Julho, 2011 - 02:12
O líder da CGTP não quer que o dinheiro da Segurança Social seja usado "como uma mera peça do Orçamento". Foto António Cotrim/Lusa Carvalho da Silva disse aos jornalistas que perguntou a Pedro Passos Coelho se está disponível para taxar as operações dos bancos e assim substituir os sacrifícios dos trabalhadores. "O primeiro-ministro disse que não", revelou Carvalho da Silva. Para o sindicalista, presente em São Bento para apresentar as propostas da CGTP, a política do Governo tem sido "dualista" por taxar a "riqueza produzida pelos trabalhadores em vez da riqueza produzida pela especulação financeira". Estas críticas foram estendidas à forma como tem sido gerido o dinheiro da Segurança Social, "como uma mera peça do orçamento. O dinheiro da Segurança Social é o dinheiro do trabalho de todos nós", lembrou Carvalho da Silva.
Para a CGTP, o prazo do governo para apresentação de propostas para a revisão da legislação laboral - até ao fim deste mês, e tendo Agosto como período de discussão pública - "viola o que a Constituição da República determina". "Isto é o vale tudo. Vamos assistir à discussão de matérias altamente sensíveis em pleno mês de agosto", denunciou Carvalho da Silva à saída da reunião com Passos Coelho.
Em audiência separada, o primeiro-ministro recebeu também dirigentes da UGT. "O primeiro-ministro não nos tranquilizou relativamente à aplicação do imposto extraordinário sobre o 13.º mês", afirmou à saída João Proença. Mas o líder da UGT preferiu reagir com suavidade a este encontro com Passos Coelho, declarando aos jornalistas que "esta foi uma primeira abordagem, uma abertura ao diálogo, mas só veremos os resultados mais tarde".
Esta semana, a CGTP está a desenvolver acções de rua no âmbito da iniciativa "Tempos de Preocupação, Tempos de Acção", com plenários, caravanas e concentrações com distribuição de propaganda. Esta quinta-feira a campanha passa por Aveiro, Portalegre, Serpa, Benavente e Bragança. Na sexta feira há manifestação em Lisboa com concentração às 15h do Largo de Santos com destino à Assembleia da República enquanto no Porto, o ponto de encontro é na Rotunda da Boavista.
MOVIMENTO ESCOLA PÚBLICA
Por uma escola exigente para responder à crisePosição do Movimento Escola Pública sobre o programa do Governo PSD/PP
O Movimento Escola Pública considera que o programa do governo para a Educação apresenta desde já objectivos que, a serem concretizados, terão consequências graves na qualidade da escola pública e na igualdade de oportunidades que constitucionalmente esta deve assegurar.
Condenamos o corte de cerca de 400 milhões de euros previsto no memorando da Troika para 2011 e 2012, verba que será poupada através da criação de mais mega-agrupamentos e redução de pessoal, dando continuidade às políticas do anterior governo. A despersonalização da escola com uma pequena direcção cada vez mais afastada de uma grande comunidade de alunos(as), professores(as), famílias e funcionários(as) é uma tendência oposta às melhores práticas internacionais.
Recusamos frontalmente a “examocracia” patente em todo o documento programático. Através de “provas para o 4.º ano, provas finais de ciclo no 6.º e 9.º anos, com um peso na avaliação final e exames nacionais no 11.º e 12.º ano”, prevê-se que a introdução de exames com peso na avaliação final seja um mecanismo de selecção para definir prematuramente o percurso escolar dos alunos, transformando a escola num centro de treino para exames e alimentando ainda mais o negócio crescente das explicações privadas. Examinar para excluir é a solução mais facilitista que pode existir. Do que precisamos é de uma escola exigente que não desista dos(as) alunos(as), apostando no acompanhamento pedagógico individualizado sempre que necessário.
É ainda com grande preocupação que olhamos para: - a possibilidade do peso das notas dos exames finais na avaliação dos professores, por ser um mecanismo aleatório, incapaz de avaliar o trabalho concreto desenvolvido pelos docentes devido à diversidade dos contextos económicos, culturais e sociais de crianças e jovens;
- a recusa em suspender o actual modelo de avaliação de professores, prolongando assim desnecessariamente conflitos e instabilidades prejudiciais a um ambiente pedagógico sereno;
- a “defesa da política de contratos de associação com estabelecimentos de ensino particular e cooperativo”, aparentemente sem condições, associada ao objectivo de “desenvolver progressivamente iniciativas de liberdade de escolha para as famílias em relação à oferta disponível pública ou privada”. Desenha-se aqui um objectivo antigo dos sectores mais conservadores da sociedade portuguesa: uma escola pública para os pobres e uma escola privada para as classes médias e altas, financiada pelo dinheiro do Estado, ou seja, de todos. Esta aposta do governo merecerá a nossa oposição total.
O Movimento Escola Pública considera que é urgente transformação da escola numa outra escola, mais exigente, contra os facilitismos e a passividade face às dificuldades, e que tal implica a adopção de medidas concretas, com impacto no desempenho de alunos e professores. Por isso, lamentamos a ausência de qualquer referência:
- à necessidade da redução do número de alunos por turma e por professor. Pelo contrário, com a redução drástica do número de docentes, o tamanho das turmas e do total de alunos a cargo de cada um tenderá a aumentar.
- ao número de elementos do pessoal não docente em cada estabelecimento - especialmente nos que acolhem crianças mais novas
- à introdução de equipas multidisciplinares nas escolas que garantam um acompanhamento eficaz de cada aluno(a).
Fácil é eliminar e seleccionar. Difícil é garantir um ensino de qualidade para todos e todas. O governo escolhe o facilitismo. Nós acreditamos que somos capazes, como sociedade, de não nos contentarmos com pouco, e escolher a exigência. Julho 2011, Movimento Escola Pública.
O Movimento Escola Pública considera que o programa do governo para a Educação apresenta desde já objectivos que, a serem concretizados, terão consequências graves na qualidade da escola pública e na igualdade de oportunidades que constitucionalmente esta deve assegurar.
Condenamos o corte de cerca de 400 milhões de euros previsto no memorando da Troika para 2011 e 2012, verba que será poupada através da criação de mais mega-agrupamentos e redução de pessoal, dando continuidade às políticas do anterior governo. A despersonalização da escola com uma pequena direcção cada vez mais afastada de uma grande comunidade de alunos(as), professores(as), famílias e funcionários(as) é uma tendência oposta às melhores práticas internacionais.
Recusamos frontalmente a “examocracia” patente em todo o documento programático. Através de “provas para o 4.º ano, provas finais de ciclo no 6.º e 9.º anos, com um peso na avaliação final e exames nacionais no 11.º e 12.º ano”, prevê-se que a introdução de exames com peso na avaliação final seja um mecanismo de selecção para definir prematuramente o percurso escolar dos alunos, transformando a escola num centro de treino para exames e alimentando ainda mais o negócio crescente das explicações privadas. Examinar para excluir é a solução mais facilitista que pode existir. Do que precisamos é de uma escola exigente que não desista dos(as) alunos(as), apostando no acompanhamento pedagógico individualizado sempre que necessário.
É ainda com grande preocupação que olhamos para: - a possibilidade do peso das notas dos exames finais na avaliação dos professores, por ser um mecanismo aleatório, incapaz de avaliar o trabalho concreto desenvolvido pelos docentes devido à diversidade dos contextos económicos, culturais e sociais de crianças e jovens;
- a recusa em suspender o actual modelo de avaliação de professores, prolongando assim desnecessariamente conflitos e instabilidades prejudiciais a um ambiente pedagógico sereno;
- a “defesa da política de contratos de associação com estabelecimentos de ensino particular e cooperativo”, aparentemente sem condições, associada ao objectivo de “desenvolver progressivamente iniciativas de liberdade de escolha para as famílias em relação à oferta disponível pública ou privada”. Desenha-se aqui um objectivo antigo dos sectores mais conservadores da sociedade portuguesa: uma escola pública para os pobres e uma escola privada para as classes médias e altas, financiada pelo dinheiro do Estado, ou seja, de todos. Esta aposta do governo merecerá a nossa oposição total.
O Movimento Escola Pública considera que é urgente transformação da escola numa outra escola, mais exigente, contra os facilitismos e a passividade face às dificuldades, e que tal implica a adopção de medidas concretas, com impacto no desempenho de alunos e professores. Por isso, lamentamos a ausência de qualquer referência:
- à necessidade da redução do número de alunos por turma e por professor. Pelo contrário, com a redução drástica do número de docentes, o tamanho das turmas e do total de alunos a cargo de cada um tenderá a aumentar.
- ao número de elementos do pessoal não docente em cada estabelecimento - especialmente nos que acolhem crianças mais novas
- à introdução de equipas multidisciplinares nas escolas que garantam um acompanhamento eficaz de cada aluno(a).
Fácil é eliminar e seleccionar. Difícil é garantir um ensino de qualidade para todos e todas. O governo escolhe o facilitismo. Nós acreditamos que somos capazes, como sociedade, de não nos contentarmos com pouco, e escolher a exigência. Julho 2011, Movimento Escola Pública.
quarta-feira, 13 de julho de 2011
COMENTARIO SOBRE OS DOIS VÍDEOS RECEM PUBLICADOS
Documentário que revela a crise econômico-social pela qual passam os países periféricos da União Europeia, em especial a Grécia. Vemos como as políticas econômicas neoliberais impostas pelos agentes financeiros da UE levam à bancarrota os países de sua periferia e os deixam maniatados às decisões das grandes corporações financeiras extranacionais. O interesse primordial é sempre a defesa dos ganhos dos grandes grupos financeiros dos países mais fortes, principalmente da Alemanha, em detrimento das maiorias populares dos países de segunda linha como Grécia e Irlanda.
O filme também nos mostra que é possível enfrentar com êxito às pressões dos aparelhos a serviço do capital financeiro mundial (FMI, Banco Mundial, etc.) quando os governantes do país ameaçado têm suficiente dignidade para colocar em primeiro lugar a satisfação das necessidades de seu povo, e não a obsessão por lucros dos magnatas financeiros. É o caso do Equador dirigido por Rafael Correa.
Este documentário expõe a crueldade que move o neoliberalismo em seu afã por ganhar cada vez mais às custas do sacrifício de todos os demais setores da população. Ele também deixa claro que, com a decidida mobilização das maiorias populares, o monstruoso aparato financeiro pode ser derrotado.
Categoria:
O filme também nos mostra que é possível enfrentar com êxito às pressões dos aparelhos a serviço do capital financeiro mundial (FMI, Banco Mundial, etc.) quando os governantes do país ameaçado têm suficiente dignidade para colocar em primeiro lugar a satisfação das necessidades de seu povo, e não a obsessão por lucros dos magnatas financeiros. É o caso do Equador dirigido por Rafael Correa.
Este documentário expõe a crueldade que move o neoliberalismo em seu afã por ganhar cada vez mais às custas do sacrifício de todos os demais setores da população. Ele também deixa claro que, com a decidida mobilização das maiorias populares, o monstruoso aparato financeiro pode ser derrotado.
Categoria:
terça-feira, 12 de julho de 2011
FARMÁCIAS
"As farmacêuticas bloqueiam medicamentos que curam, porque não são rentáveis"
O Prémio Nobel da Medicina Richard J. Roberts denuncia a forma como funcionam as grandes farmacêuticas dentro do sistema capitalista, preferindo os benefícios económicos à saúde, e detendo o progresso científico na cura de doenças, porque a cura não é tão rentável quanto a cronicidade.
Artigo | 8 Julho, 2011 - 16:23
Richard J. Roberts: "É habitual que as farmacêuticas estejam interessadas em investigação não para curar, mas sim para tornar crónicas as doenças com medicamentos cronificadores". Foto de Wally Hartshorn Há poucos dias, foi revelado que as grandes empresas farmacêuticas dos EUA gastam centenas de milhões de dólares por ano em pagamentos a médicos que promovam os seus medicamentos. Para complementar, reproduzimos esta entrevista com o Prémio Nobel Richard J. Roberts, que diz que os medicamentos que curam não são rentáveis e, portanto, não são desenvolvidos por empresas farmacêuticas que, em troca, desenvolvem medicamentos cronificadores que sejam consumidos de forma serializada. Isto, diz Roberts, faz também com que alguns medicamentos que poderiam curar uma doença não sejam investigados. E pergunta-se até que ponto é válido e ético que a indústria da saúde se reja pelos mesmos valores e princípios que o mercado capitalista, que chega a assemelhar-se ao da máfia.
A investigação pode ser planeada?
Se eu fosse Ministro da Saúde ou o responsável pelas Ciência e Tecnologia, iria procurar pessoas entusiastas com projectos interessantes; dar-lhes-ia dinheiro para que não tivessem de fazer outra coisa que não fosse investigar e deixá-los-ia trabalhar dez anos para que nos pudessem surpreender.
Parece uma boa política.
Acredita-se que, para ir muito longe, temos de apoiar a pesquisa básica, mas se quisermos resultados mais imediatos e lucrativos, devemos apostar na aplicada ...
E não é assim?
Muitas vezes as descobertas mais rentáveis foram feitas a partir de perguntas muito básicas. Assim nasceu a gigantesca e bilionária indústria de biotecnologia dos EUA, para a qual eu trabalho.
Como nasceu?
A biotecnologia surgiu quando pessoas apaixonadas começaram a perguntar-se se poderiam clonar genes e começaram a estudá-los e a tentar purificá-los.
Uma aventura.
Sim, mas ninguém esperava ficar rico com essas questões. Foi difícil conseguir financiamento para investigar as respostas, até que Nixon lançou a guerra contra o cancro em 1971.
Foi cientificamente produtivo?
Permitiu, com uma enorme quantidade de fundos públicos, muita investigação, como a minha, que não trabalha directamente contra o cancro, mas que foi útil para compreender os mecanismos que permitem a vida.
O que descobriu?
Eu e o Phillip Allen Sharp fomos recompensados pela descoberta de introns no DNA eucariótico e o mecanismo de gen splicing (manipulação genética).
Para que serviu?
Essa descoberta ajudou a entender como funciona o DNA e, no entanto, tem apenas uma relação indirecta com o cancro.
Que modelo de investigação lhe parece mais eficaz, o norte-americano ou o europeu?
É óbvio que o dos EUA, em que o capital privado é activo, é muito mais eficiente. Tomemos por exemplo o progresso espectacular da indústria informática, em que o dinheiro privado financia a investigação básica e aplicada. Mas quanto à indústria de saúde... Eu tenho as minhas reservas.
Entendo.
A investigação sobre a saúde humana não pode depender apenas da sua rentabilidade. O que é bom para os dividendos das empresas nem sempre é bom para as pessoas.
Explique.
A indústria farmacêutica quer servir os mercados de capitais ...
Como qualquer outra indústria.
É que não é qualquer outra indústria: nós estamos a falar sobre a nossa saúde e as nossas vidas e as dos nossos filhos e as de milhões de seres humanos.
Mas se eles são rentáveis investigarão melhor.
Se só pensar em lucros, deixa de se preocupar com servir os seres humanos.
Por exemplo...
Eu verifiquei a forma como, em alguns casos, os investigadores dependentes de fundos privados descobriram medicamentos muito eficazes que teriam acabado completamente com uma doença ...
E por que pararam de investigar?
Porque as empresas farmacêuticas muitas vezes não estão tão interessadas em curar as pessoas como em sacar-lhes dinheiro e, por isso, a investigação, de repente, é desviada para a descoberta de medicamentos que não curam totalmente, mas que tornam crónica a doença e fazem sentir uma melhoria que desaparece quando se deixa de tomar a medicação.
É uma acusação grave.
Mas é habitual que as farmacêuticas estejam interessadas em linhas de investigação não para curar, mas sim para tornar crónicas as doenças com medicamentos cronificadores muito mais rentáveis que os que curam de uma vez por todas. E não tem de fazer mais que seguir a análise financeira da indústria farmacêutica para comprovar o que eu digo.
Há dividendos que matam.
É por isso que lhe dizia que a saúde não pode ser um mercado nem pode ser vista apenas como um meio para ganhar dinheiro. E, por isso, acho que o modelo europeu misto de capitais públicos e privados dificulta esse tipo de abusos.
Um exemplo de tais abusos?
Deixou de se investigar antibióticos por serem demasiado eficazes e curarem completamente. Como não se têm desenvolvido novos antibióticos, os microorganismos infecciosos tornaram-se resistentes e hoje a tuberculose, que foi derrotada na minha infância, está a surgir novamente e, no ano passado, matou um milhão de pessoas.
Não fala sobre o Terceiro Mundo?
Esse é outro capítulo triste: quase não se investigam as doenças do Terceiro Mundo, porque os medicamentos que as combateriam não seriam rentáveis. Mas eu estou a falar sobre o nosso Primeiro Mundo: o medicamento que cura tudo não é rentável e, portanto, não é investigado.
Os políticos não intervêm?
Não tenho ilusões: no nosso sistema, os políticos são meros funcionários dos grandes capitais, que investem o que for preciso para que os seus boys sejam eleitos e, se não forem, compram os eleitos.
Há de tudo.
Ao capital só interessa multiplicar-se. Quase todos os políticos, e eu sei do que falo, dependem descaradamente dessas multinacionais farmacêuticas que financiam as campanhas deles. O resto são palavras…
18 de Junho, 2011
Publicado originalmente no La Vanguardia. Retirado de Outra Política
Tradução de Ana Bárbara Pedrosa para o Esquerda.net
O Prémio Nobel da Medicina Richard J. Roberts denuncia a forma como funcionam as grandes farmacêuticas dentro do sistema capitalista, preferindo os benefícios económicos à saúde, e detendo o progresso científico na cura de doenças, porque a cura não é tão rentável quanto a cronicidade.
Artigo | 8 Julho, 2011 - 16:23
Richard J. Roberts: "É habitual que as farmacêuticas estejam interessadas em investigação não para curar, mas sim para tornar crónicas as doenças com medicamentos cronificadores". Foto de Wally Hartshorn Há poucos dias, foi revelado que as grandes empresas farmacêuticas dos EUA gastam centenas de milhões de dólares por ano em pagamentos a médicos que promovam os seus medicamentos. Para complementar, reproduzimos esta entrevista com o Prémio Nobel Richard J. Roberts, que diz que os medicamentos que curam não são rentáveis e, portanto, não são desenvolvidos por empresas farmacêuticas que, em troca, desenvolvem medicamentos cronificadores que sejam consumidos de forma serializada. Isto, diz Roberts, faz também com que alguns medicamentos que poderiam curar uma doença não sejam investigados. E pergunta-se até que ponto é válido e ético que a indústria da saúde se reja pelos mesmos valores e princípios que o mercado capitalista, que chega a assemelhar-se ao da máfia.
A investigação pode ser planeada?
Se eu fosse Ministro da Saúde ou o responsável pelas Ciência e Tecnologia, iria procurar pessoas entusiastas com projectos interessantes; dar-lhes-ia dinheiro para que não tivessem de fazer outra coisa que não fosse investigar e deixá-los-ia trabalhar dez anos para que nos pudessem surpreender.
Parece uma boa política.
Acredita-se que, para ir muito longe, temos de apoiar a pesquisa básica, mas se quisermos resultados mais imediatos e lucrativos, devemos apostar na aplicada ...
E não é assim?
Muitas vezes as descobertas mais rentáveis foram feitas a partir de perguntas muito básicas. Assim nasceu a gigantesca e bilionária indústria de biotecnologia dos EUA, para a qual eu trabalho.
Como nasceu?
A biotecnologia surgiu quando pessoas apaixonadas começaram a perguntar-se se poderiam clonar genes e começaram a estudá-los e a tentar purificá-los.
Uma aventura.
Sim, mas ninguém esperava ficar rico com essas questões. Foi difícil conseguir financiamento para investigar as respostas, até que Nixon lançou a guerra contra o cancro em 1971.
Foi cientificamente produtivo?
Permitiu, com uma enorme quantidade de fundos públicos, muita investigação, como a minha, que não trabalha directamente contra o cancro, mas que foi útil para compreender os mecanismos que permitem a vida.
O que descobriu?
Eu e o Phillip Allen Sharp fomos recompensados pela descoberta de introns no DNA eucariótico e o mecanismo de gen splicing (manipulação genética).
Para que serviu?
Essa descoberta ajudou a entender como funciona o DNA e, no entanto, tem apenas uma relação indirecta com o cancro.
Que modelo de investigação lhe parece mais eficaz, o norte-americano ou o europeu?
É óbvio que o dos EUA, em que o capital privado é activo, é muito mais eficiente. Tomemos por exemplo o progresso espectacular da indústria informática, em que o dinheiro privado financia a investigação básica e aplicada. Mas quanto à indústria de saúde... Eu tenho as minhas reservas.
Entendo.
A investigação sobre a saúde humana não pode depender apenas da sua rentabilidade. O que é bom para os dividendos das empresas nem sempre é bom para as pessoas.
Explique.
A indústria farmacêutica quer servir os mercados de capitais ...
Como qualquer outra indústria.
É que não é qualquer outra indústria: nós estamos a falar sobre a nossa saúde e as nossas vidas e as dos nossos filhos e as de milhões de seres humanos.
Mas se eles são rentáveis investigarão melhor.
Se só pensar em lucros, deixa de se preocupar com servir os seres humanos.
Por exemplo...
Eu verifiquei a forma como, em alguns casos, os investigadores dependentes de fundos privados descobriram medicamentos muito eficazes que teriam acabado completamente com uma doença ...
E por que pararam de investigar?
Porque as empresas farmacêuticas muitas vezes não estão tão interessadas em curar as pessoas como em sacar-lhes dinheiro e, por isso, a investigação, de repente, é desviada para a descoberta de medicamentos que não curam totalmente, mas que tornam crónica a doença e fazem sentir uma melhoria que desaparece quando se deixa de tomar a medicação.
É uma acusação grave.
Mas é habitual que as farmacêuticas estejam interessadas em linhas de investigação não para curar, mas sim para tornar crónicas as doenças com medicamentos cronificadores muito mais rentáveis que os que curam de uma vez por todas. E não tem de fazer mais que seguir a análise financeira da indústria farmacêutica para comprovar o que eu digo.
Há dividendos que matam.
É por isso que lhe dizia que a saúde não pode ser um mercado nem pode ser vista apenas como um meio para ganhar dinheiro. E, por isso, acho que o modelo europeu misto de capitais públicos e privados dificulta esse tipo de abusos.
Um exemplo de tais abusos?
Deixou de se investigar antibióticos por serem demasiado eficazes e curarem completamente. Como não se têm desenvolvido novos antibióticos, os microorganismos infecciosos tornaram-se resistentes e hoje a tuberculose, que foi derrotada na minha infância, está a surgir novamente e, no ano passado, matou um milhão de pessoas.
Não fala sobre o Terceiro Mundo?
Esse é outro capítulo triste: quase não se investigam as doenças do Terceiro Mundo, porque os medicamentos que as combateriam não seriam rentáveis. Mas eu estou a falar sobre o nosso Primeiro Mundo: o medicamento que cura tudo não é rentável e, portanto, não é investigado.
Os políticos não intervêm?
Não tenho ilusões: no nosso sistema, os políticos são meros funcionários dos grandes capitais, que investem o que for preciso para que os seus boys sejam eleitos e, se não forem, compram os eleitos.
Há de tudo.
Ao capital só interessa multiplicar-se. Quase todos os políticos, e eu sei do que falo, dependem descaradamente dessas multinacionais farmacêuticas que financiam as campanhas deles. O resto são palavras…
18 de Junho, 2011
Publicado originalmente no La Vanguardia. Retirado de Outra Política
Tradução de Ana Bárbara Pedrosa para o Esquerda.net
segunda-feira, 11 de julho de 2011
PORTUGAL VISTO POR UM FRANCÊS
VALE A PENA VER ESTE OLHAR DE FORA.
E ESTA HEIM?
Este conhecido sociólogo e filosofo francês, Jaques Amaury, professor na Universidade de Estrasburgo, publicou recentemente um estudo sobre “A crise Portuguesa”, onde elenca alguns caminhos, tendentes a solucioná-la.
“Portugal atravessa um dos momentos mais difíceis da sua história que terá que resolver com urgência, sob o perigo de deflagrar crescentes tensões e consequentes convulsões sociais.
Importa em primeiro lugar averiguar as causas. Devem – se sobretudo à má aplicação dos dinheiros emprestados pela CE para o esforço de adesão e adaptação às exigências da união.
Foi o país onde mais a CE investiu “per capita” e o que menos proveito retirou. Não se actualizou, não melhorou as classes laborais, regrediu na qualidade da educação, vendeu ou privatizou a esmo actividades primordiais e património que poderiam hoje ser um sustentáculo.
Os dinheiros foram encaminhados para auto estradas, estádios de futebol, constituição de centenas de instituições público-privadas, fundações e institutos, de duvidosa utilidade, auxílios financeiros a empresas que os reverteram em seu exclusivo benefício, pagamento a agricultores para deixarem os campos e aos pescadores para venderem as embarcações, apoios estrategicamente endereçados a elementos ou a próximos deles, nos principais partidos, elevados vencimentos nas classes superiores da administração pública, o tácito desinteresse da Justiça, frente à corrupção galopante e um desinteresse quase total das Finanças no que respeita à cobrança na riqueza, na Banca, na especulação, nos grandes negócios, desenvolvendo, em contrário, uma atenção especialmente persecutória junto dos pequenos comerciantes e população mais pobre.
A política lusa é um campo escorregadio onde os mais hábeis e corajosos penetram, já que os partidos cada vez mais desacreditados, funcionam essencialmente como agências de emprego que admitem os mais corruptos e incapazes, permitindo que com as alterações governativas permaneçam, transformando – se num enorme peso bruto e parasitário. Assim, a monstruosa Função Publica, ao lado da classe dos professores, assessoradas por sindicatos aguerridos, de umas Forças Armadas dispendiosas e caducas, tornaram-se não uma solução, mas um factor de peso nos problemas do país.
Não existe partido de centro já que as diferenças são apenas de retórica, entre o PS (Partido Socialista) que está no Governo e o PSD (Partido Social Democrata), de direita, agora mais conservador ainda, com a inclusão de um novo líder, que tem um suporte estratégico no PR e no tecido empresarial abastado. Mais à direita, o CDS (Partido Popular), com uma actividade assinalável, mas com telhados de vidro e linguagem publica, diametralmente oposta ao que os seus princípios recomendam e praticarão na primeira oportunidade. À esquerda, o BE (Bloco de Esquerda), com tantos adeptos como o anterior, mas igualmente com uma linguagem difícil
de se encaixar nas recomendações ao Governo, que manifesta um horror atávico à esquerda, tal como a população em geral, laboriosamente formatada para o mesmo receio. Mais à esquerda, o PC (Partido comunista) vilipendiado pela comunicação social, que o coloca sempre como um perigo latente e uma extensão inspirada na União Soviética, oportunamente extinta, e portanto longe das realidades actuais.
Assim, não se encontrando forças capazes de alterar o status, parece que a democracia pré-fabricada não encontra novos instrumentos.
Contudo, na génese deste beco sem aparente saída, está a impreparação, ou melhor, a ignorância de uma população deixada ao abandono, nesse fulcral e determinante aspecto. Mal preparada nos bancos das escolas, no secundário e nas faculdades, não tem capacidade de decisão, a não ser a que lhe é oferecida pelos órgãos de Comunicação. Ora e aqui está o grande problema deste pequeno país; as TVs as Rádios e os Jornais, são na sua totalidade, pertença de privados ligados à alta finança, à industria e comercio, à banca e com infiltrações accionistas de vários países.
Ora, é bem de ver que com este caldo, não se pode cozinhar uma alimentação saudável, mas apenas os pratos que o “chefe” recomenda. Daí a estagnação que tem sido cómoda para a crescente distância entre ricos e pobres.
A RTP, a estação que agora engloba a Rádio e Tv oficiais, está dominada por elementos dos dois partidos principais, com notório assento dos sociais-democratas, especialistas em silenciar posições esclarecedoras e calar quem lenta o mínimo problema ou dúvida. A selecção dos gestores, dos directores e dos principais jornalistas é feita exclusivamente por via partidária. Os jovens jornalistas, são condicionados pelos problemas já descritos e ainda pelos contratos a prazo determinantes para o posto de trabalho enquanto, o afastamento dos jornalistas seniores, a quem é mais difícil formatar o processo a pôr em prática, está a chegar ao fim. A deserção destes, foi notória.
Não há um único meio ao alcance das pessoas mais esclarecidas e por isso, “non gratas” pelo establishment, onde possam dar luz a novas ideias e à realidade do seu país, envolto no conveniente manto diáfano que apenas deixa ver os vendedores de ideias já feitas e as cenas recomendáveis para a manutenção da sensação de liberdade e da prática da apregoada democracia.
Só uma comunicação não vendida e não alienante, pode ajudar a população, a fugir da banca, o cancro endémico de que padece, a exigir uma justiça mais célere e justa, umas finanças atentas e cumpridoras, enfim, a ganhar consciência e lucidez sobre os seus desígnios
E ESTA HEIM?
Este conhecido sociólogo e filosofo francês, Jaques Amaury, professor na Universidade de Estrasburgo, publicou recentemente um estudo sobre “A crise Portuguesa”, onde elenca alguns caminhos, tendentes a solucioná-la.
“Portugal atravessa um dos momentos mais difíceis da sua história que terá que resolver com urgência, sob o perigo de deflagrar crescentes tensões e consequentes convulsões sociais.
Importa em primeiro lugar averiguar as causas. Devem – se sobretudo à má aplicação dos dinheiros emprestados pela CE para o esforço de adesão e adaptação às exigências da união.
Foi o país onde mais a CE investiu “per capita” e o que menos proveito retirou. Não se actualizou, não melhorou as classes laborais, regrediu na qualidade da educação, vendeu ou privatizou a esmo actividades primordiais e património que poderiam hoje ser um sustentáculo.
Os dinheiros foram encaminhados para auto estradas, estádios de futebol, constituição de centenas de instituições público-privadas, fundações e institutos, de duvidosa utilidade, auxílios financeiros a empresas que os reverteram em seu exclusivo benefício, pagamento a agricultores para deixarem os campos e aos pescadores para venderem as embarcações, apoios estrategicamente endereçados a elementos ou a próximos deles, nos principais partidos, elevados vencimentos nas classes superiores da administração pública, o tácito desinteresse da Justiça, frente à corrupção galopante e um desinteresse quase total das Finanças no que respeita à cobrança na riqueza, na Banca, na especulação, nos grandes negócios, desenvolvendo, em contrário, uma atenção especialmente persecutória junto dos pequenos comerciantes e população mais pobre.
A política lusa é um campo escorregadio onde os mais hábeis e corajosos penetram, já que os partidos cada vez mais desacreditados, funcionam essencialmente como agências de emprego que admitem os mais corruptos e incapazes, permitindo que com as alterações governativas permaneçam, transformando – se num enorme peso bruto e parasitário. Assim, a monstruosa Função Publica, ao lado da classe dos professores, assessoradas por sindicatos aguerridos, de umas Forças Armadas dispendiosas e caducas, tornaram-se não uma solução, mas um factor de peso nos problemas do país.
Não existe partido de centro já que as diferenças são apenas de retórica, entre o PS (Partido Socialista) que está no Governo e o PSD (Partido Social Democrata), de direita, agora mais conservador ainda, com a inclusão de um novo líder, que tem um suporte estratégico no PR e no tecido empresarial abastado. Mais à direita, o CDS (Partido Popular), com uma actividade assinalável, mas com telhados de vidro e linguagem publica, diametralmente oposta ao que os seus princípios recomendam e praticarão na primeira oportunidade. À esquerda, o BE (Bloco de Esquerda), com tantos adeptos como o anterior, mas igualmente com uma linguagem difícil
de se encaixar nas recomendações ao Governo, que manifesta um horror atávico à esquerda, tal como a população em geral, laboriosamente formatada para o mesmo receio. Mais à esquerda, o PC (Partido comunista) vilipendiado pela comunicação social, que o coloca sempre como um perigo latente e uma extensão inspirada na União Soviética, oportunamente extinta, e portanto longe das realidades actuais.
Assim, não se encontrando forças capazes de alterar o status, parece que a democracia pré-fabricada não encontra novos instrumentos.
Contudo, na génese deste beco sem aparente saída, está a impreparação, ou melhor, a ignorância de uma população deixada ao abandono, nesse fulcral e determinante aspecto. Mal preparada nos bancos das escolas, no secundário e nas faculdades, não tem capacidade de decisão, a não ser a que lhe é oferecida pelos órgãos de Comunicação. Ora e aqui está o grande problema deste pequeno país; as TVs as Rádios e os Jornais, são na sua totalidade, pertença de privados ligados à alta finança, à industria e comercio, à banca e com infiltrações accionistas de vários países.
Ora, é bem de ver que com este caldo, não se pode cozinhar uma alimentação saudável, mas apenas os pratos que o “chefe” recomenda. Daí a estagnação que tem sido cómoda para a crescente distância entre ricos e pobres.
A RTP, a estação que agora engloba a Rádio e Tv oficiais, está dominada por elementos dos dois partidos principais, com notório assento dos sociais-democratas, especialistas em silenciar posições esclarecedoras e calar quem lenta o mínimo problema ou dúvida. A selecção dos gestores, dos directores e dos principais jornalistas é feita exclusivamente por via partidária. Os jovens jornalistas, são condicionados pelos problemas já descritos e ainda pelos contratos a prazo determinantes para o posto de trabalho enquanto, o afastamento dos jornalistas seniores, a quem é mais difícil formatar o processo a pôr em prática, está a chegar ao fim. A deserção destes, foi notória.
Não há um único meio ao alcance das pessoas mais esclarecidas e por isso, “non gratas” pelo establishment, onde possam dar luz a novas ideias e à realidade do seu país, envolto no conveniente manto diáfano que apenas deixa ver os vendedores de ideias já feitas e as cenas recomendáveis para a manutenção da sensação de liberdade e da prática da apregoada democracia.
Só uma comunicação não vendida e não alienante, pode ajudar a população, a fugir da banca, o cancro endémico de que padece, a exigir uma justiça mais célere e justa, umas finanças atentas e cumpridoras, enfim, a ganhar consciência e lucidez sobre os seus desígnios
domingo, 10 de julho de 2011
CÉU E INFERNO
A EXECUTIVA BEM-SUCEDIDA ...
Foi tudo muito rápido. A executiva bem-sucedida sentiu uma pontada no peito, vacilou, cambaleou. Deu um gemido e apagou. Quando voltou a abrir os olhos, viu-se diante de um imenso Portal.
Ainda meio zonza, atravessou-o e viu uma miríade de pessoas.Todas vestindo cândidos camisolões e caminhando despreocupadas. Sem entender bem o que estava acontecendo, a executiva bem-sucedida abordou um dos passantes:
- Enfermeiro, eu preciso voltar urgente para o meu escritório, porque tenho um meeting importantíssimo. Aliás, acho que fui trazida para cá por engano, porque meu convênio médico é classe A, e isto aqui está me parecendo mais um pronto-socorro. Onde é que nós estamos?
- No céu.
- No céu?...
- É.
- Tipo assim... o céu, CÉU...! Aquele com querubins voando e coisas do gênero?
- Certamente. Aqui todos vivemos em estado de gozo permanente.
Apesar das óbvias evidências nenhuma poluição, todo mundo sorrindo, ninguém usando telefone celular, a executiva bem-sucedida custou um pouco a admitir que havia mesmo apitado na curva.
Tentou então o plano B: convencer o interlocutor, por meio das infalíveis técnicas avançadas de negociação, de que aquela situação era inaceitável. Porque, ponderou, dali a uma semana ela iria receber o bônus anual, além de estar fortemente cotada para assumir a posição de presidente do conselho de administração da empresa.
E foi aí que o interlocutor sugeriu:
- Talvez seja melhor você conversar com Pedro, o síndico.
- É? E como é que eu marco uma audiência? Ele tem secretária?
- Não, não. Basta estalar os dedos e ele aparece.
- Assim? (...)
- Pois não?
A executiva bem-sucedida quase desaba da nuvem. À sua frente, imponente, segurando uma chave que mais parecia um martelo, estava o próprio Pedro.
Mas, a executiva havia feito um curso intensivo de approach para situações inesperadas e reagiu rapidinho:
- Bom dia. Muito prazer. Belas sandálias. Eu sou uma executiva bem-sucedida e...
- Executiva... Que palavra estranha. De que século você veio?
- Do 21. O distinto vai me dizer que não conhece o termo 'executiva'?
- Já ouvi falar. Mas não é do meu tempo.
Foi então que a executiva bem-sucedida teve um insight. A máxima autoridade ali no paraíso aparentava ser um zero à esquerda em modernas técnicas de gestão empresarial. Logo, com seu brilhante currículo tecnocrático, a executiva poderia rapidamente assumir uma posição hierárquica, por assim dizer, celestial ali na organização.
- Sabe, meu caro Pedro. Se você me permite, eu gostaria de lhe fazer uma proposta. Basta olhar para esse povo todo aí, só batendo papo e andando a toa, para perceber que aqui no Paraíso há enormes oportunidades para dar um upgrade na produtividade sistêmica.
- É mesmo?
- Pode acreditar, porque tenho PHD em reengenharia. Por exemplo, não vejo ninguém usando crachá. Como é que a gente sabe quem é quem aqui, e quem faz o quê?
- Ah, não sabemos.
- Entendeu o meu ponto? Sem controle, há dispersão. E dispersão gera desmotivação. Com o tempo isto aqui vai acabar virando uma anarquia. Mas nós dois podemos consertar tudo isso rapidinho implementando um simples programa de targets individuais e avaliação de performance.
- Que interessante...
- É claro que, antes de tudo, precisaríamos de uma hierarquização e um organograma funcional, nada que dinâmicas de grupo e avaliações de perfis psicológicos não consigam resolver.
- !!!...???...!!!...???...!!!
- Aí, contrataríamos uma consultoria especializada para nos ajudar a definir as estratégias operacionais e estabeleceríamos algumas metas factíveis de leverage, maximizando, dessa forma, o retorno do investimento do Grande Acionista... Ele existe, certo?
- Sobre todas as coisas.
- Ótimo. O passo seguinte seria partir para um downsizing progressivo, encontrar sinergias high-tech, redigir manuais de procedimento, definir o marketing mix e investir no desenvolvimento de produtos alternativos de alto valor agregado. O mercado telestérico, por exemplo, me parece extremamente atrativo.
- Incrível!
- É óbvio que, para conseguir tudo isso, nós dois teremos que nomear um board de altíssimo nível. Com um pacote de remuneração atraente, é claro. Coisa assim de salário de seis dígitos e todos os fringe benefits e mordomias de praxe. Porque, agora falando de colega para colega, tenho certeza de que você vai concordar comigo, Pedro. O desafio que temos pela frente vai resultar em um Turnaround radical.
- Impressionante!
- Isso significa que podemos partir para a implementação?
- Não. Significa que você terá um futuro brilhante... se for trabalhar com o nosso concorrente. Porque você acaba de descrever, exatamente, como funciona o Inferno...
Max Gehringer
(Revista Exame)
Foi tudo muito rápido. A executiva bem-sucedida sentiu uma pontada no peito, vacilou, cambaleou. Deu um gemido e apagou. Quando voltou a abrir os olhos, viu-se diante de um imenso Portal.
Ainda meio zonza, atravessou-o e viu uma miríade de pessoas.Todas vestindo cândidos camisolões e caminhando despreocupadas. Sem entender bem o que estava acontecendo, a executiva bem-sucedida abordou um dos passantes:
- Enfermeiro, eu preciso voltar urgente para o meu escritório, porque tenho um meeting importantíssimo. Aliás, acho que fui trazida para cá por engano, porque meu convênio médico é classe A, e isto aqui está me parecendo mais um pronto-socorro. Onde é que nós estamos?
- No céu.
- No céu?...
- É.
- Tipo assim... o céu, CÉU...! Aquele com querubins voando e coisas do gênero?
- Certamente. Aqui todos vivemos em estado de gozo permanente.
Apesar das óbvias evidências nenhuma poluição, todo mundo sorrindo, ninguém usando telefone celular, a executiva bem-sucedida custou um pouco a admitir que havia mesmo apitado na curva.
Tentou então o plano B: convencer o interlocutor, por meio das infalíveis técnicas avançadas de negociação, de que aquela situação era inaceitável. Porque, ponderou, dali a uma semana ela iria receber o bônus anual, além de estar fortemente cotada para assumir a posição de presidente do conselho de administração da empresa.
E foi aí que o interlocutor sugeriu:
- Talvez seja melhor você conversar com Pedro, o síndico.
- É? E como é que eu marco uma audiência? Ele tem secretária?
- Não, não. Basta estalar os dedos e ele aparece.
- Assim? (...)
- Pois não?
A executiva bem-sucedida quase desaba da nuvem. À sua frente, imponente, segurando uma chave que mais parecia um martelo, estava o próprio Pedro.
Mas, a executiva havia feito um curso intensivo de approach para situações inesperadas e reagiu rapidinho:
- Bom dia. Muito prazer. Belas sandálias. Eu sou uma executiva bem-sucedida e...
- Executiva... Que palavra estranha. De que século você veio?
- Do 21. O distinto vai me dizer que não conhece o termo 'executiva'?
- Já ouvi falar. Mas não é do meu tempo.
Foi então que a executiva bem-sucedida teve um insight. A máxima autoridade ali no paraíso aparentava ser um zero à esquerda em modernas técnicas de gestão empresarial. Logo, com seu brilhante currículo tecnocrático, a executiva poderia rapidamente assumir uma posição hierárquica, por assim dizer, celestial ali na organização.
- Sabe, meu caro Pedro. Se você me permite, eu gostaria de lhe fazer uma proposta. Basta olhar para esse povo todo aí, só batendo papo e andando a toa, para perceber que aqui no Paraíso há enormes oportunidades para dar um upgrade na produtividade sistêmica.
- É mesmo?
- Pode acreditar, porque tenho PHD em reengenharia. Por exemplo, não vejo ninguém usando crachá. Como é que a gente sabe quem é quem aqui, e quem faz o quê?
- Ah, não sabemos.
- Entendeu o meu ponto? Sem controle, há dispersão. E dispersão gera desmotivação. Com o tempo isto aqui vai acabar virando uma anarquia. Mas nós dois podemos consertar tudo isso rapidinho implementando um simples programa de targets individuais e avaliação de performance.
- Que interessante...
- É claro que, antes de tudo, precisaríamos de uma hierarquização e um organograma funcional, nada que dinâmicas de grupo e avaliações de perfis psicológicos não consigam resolver.
- !!!...???...!!!...???...!!!
- Aí, contrataríamos uma consultoria especializada para nos ajudar a definir as estratégias operacionais e estabeleceríamos algumas metas factíveis de leverage, maximizando, dessa forma, o retorno do investimento do Grande Acionista... Ele existe, certo?
- Sobre todas as coisas.
- Ótimo. O passo seguinte seria partir para um downsizing progressivo, encontrar sinergias high-tech, redigir manuais de procedimento, definir o marketing mix e investir no desenvolvimento de produtos alternativos de alto valor agregado. O mercado telestérico, por exemplo, me parece extremamente atrativo.
- Incrível!
- É óbvio que, para conseguir tudo isso, nós dois teremos que nomear um board de altíssimo nível. Com um pacote de remuneração atraente, é claro. Coisa assim de salário de seis dígitos e todos os fringe benefits e mordomias de praxe. Porque, agora falando de colega para colega, tenho certeza de que você vai concordar comigo, Pedro. O desafio que temos pela frente vai resultar em um Turnaround radical.
- Impressionante!
- Isso significa que podemos partir para a implementação?
- Não. Significa que você terá um futuro brilhante... se for trabalhar com o nosso concorrente. Porque você acaba de descrever, exatamente, como funciona o Inferno...
Max Gehringer
(Revista Exame)
sábado, 9 de julho de 2011
DIÁLOGO
EM 1661!!!!!!!!!!!DIÁLOGO ENTRE COLBERT E MAZARINO DURANTE O REINADO DE LUíS XIV
Colbert foi ministro de Estado e da economia do rei Luiz XIV.
Mazarino era cardeal e estadista italiano que serviu como primeiro ministro na França. Notável coleccionador de arte e jóias, particularmente diamantes, deixou por herança os "diamantes Mazarino" para Luís XIV em 1661, alguns dos quais permanecem na coleção do museu do Louvre em Paris.
O diálogo:
Colbert: Para encontrar dinheiro, há um momento em que enganar (o contribuinte) já não é possível.
Eu gostaria, Senhor Superintendente, que me explicasse como é que é possível continuar a gastar quando já se está endividado até ao pescoço...
Mazarino: Se se é um simples mortal, claro está, quando se está coberto de dívidas, vai-se parar à prisão.
Mas o Estado... o Estado, esse, é diferente!!! Não se pode mandar o Estado para a prisão. Então, ele continua a endividar-se... Todos os Estados o fazem!
Colbert: Ah sim? O Senhor acha isso mesmo ? Contudo, precisamos de dinheiro.
E como é que havemos de o obter se já criamos todos os impostos imagináveis?
Mazarino: Criam-se outros.
Colbert: Mas já não podemos lançar mais impostos sobre os pobres.
Mazarino: Sim, é impossível.
Colbert: E então os ricos?
Mazarino: Sobre os ricos também não. Eles deixariam de gastar. Um rico que gasta faz viver centenas de pobres.
Colbert: Então como havemos de fazer?
Mazarino: Colbert! Tu pensas como um queijo, como um penico de um doente! Há uma quantidade enorme de gente situada entre os ricos e os pobres: São os que trabalham sonhando em vir a enriquecer e temendo ficarem pobres. É a esses que devemos lançar mais impostos, cada vez mais, sempre mais! Esses, quanto mais lhes tirarmos mais eles trabalharão para compensarem o que lhes tiramos. É um reservatório inesgotável.
Colbert foi ministro de Estado e da economia do rei Luiz XIV.
Mazarino era cardeal e estadista italiano que serviu como primeiro ministro na França. Notável coleccionador de arte e jóias, particularmente diamantes, deixou por herança os "diamantes Mazarino" para Luís XIV em 1661, alguns dos quais permanecem na coleção do museu do Louvre em Paris.
O diálogo:
Colbert: Para encontrar dinheiro, há um momento em que enganar (o contribuinte) já não é possível.
Eu gostaria, Senhor Superintendente, que me explicasse como é que é possível continuar a gastar quando já se está endividado até ao pescoço...
Mazarino: Se se é um simples mortal, claro está, quando se está coberto de dívidas, vai-se parar à prisão.
Mas o Estado... o Estado, esse, é diferente!!! Não se pode mandar o Estado para a prisão. Então, ele continua a endividar-se... Todos os Estados o fazem!
Colbert: Ah sim? O Senhor acha isso mesmo ? Contudo, precisamos de dinheiro.
E como é que havemos de o obter se já criamos todos os impostos imagináveis?
Mazarino: Criam-se outros.
Colbert: Mas já não podemos lançar mais impostos sobre os pobres.
Mazarino: Sim, é impossível.
Colbert: E então os ricos?
Mazarino: Sobre os ricos também não. Eles deixariam de gastar. Um rico que gasta faz viver centenas de pobres.
Colbert: Então como havemos de fazer?
Mazarino: Colbert! Tu pensas como um queijo, como um penico de um doente! Há uma quantidade enorme de gente situada entre os ricos e os pobres: São os que trabalham sonhando em vir a enriquecer e temendo ficarem pobres. É a esses que devemos lançar mais impostos, cada vez mais, sempre mais! Esses, quanto mais lhes tirarmos mais eles trabalharão para compensarem o que lhes tiramos. É um reservatório inesgotável.
ADIVINHA
qUEM FOI A ALTA ENTIDADE. PORTUGUESA..QUEM FOI QUE HÁ UNS MESES NÃO MUITOS...QUANDO A "esquerda" DENUNCIAVA OS MALEFÍCIOS DAS AGÊNCIAS DE RATING DISSE " Deixem funcionar os mercados"
E AGORA DISSEPERANTEOQUE A MOODYS FEZ "´´É um escandalo". ???
Claro que é um escandalo
Pena que só se reconheça quando os "da sua cor" estão no poder.
BOM SERIA QUE RECONHECESSE QUE OUTRAS MEDIDAS QUE TEIMAM EM NOS IMPOR SÓ VÃO CONDUZIRA UMA AINDA MAIOR MISÉRIA NO PAÍS.
E AGORA DISSEPERANTEOQUE A MOODYS FEZ "´´É um escandalo". ???
Claro que é um escandalo
Pena que só se reconheça quando os "da sua cor" estão no poder.
BOM SERIA QUE RECONHECESSE QUE OUTRAS MEDIDAS QUE TEIMAM EM NOS IMPOR SÓ VÃO CONDUZIRA UMA AINDA MAIOR MISÉRIA NO PAÍS.
sexta-feira, 8 de julho de 2011
MAIS DO MESMO
Pode não servir de muito mas eu já assinei.
Um abraço do António
Como nas arenas romanas, em que o imperador com um simples gesto podia condenar à morte um gladiador, as agência de rating fazem o mesmo com os países que notam. Quem são essas agências que dispõem do poder de vida ou de morte sobre uma nação?Como já foi abordado neste blogue, existem três agências de rating americanas que dominam 95% do sector: a Standard & Poor's, a Moody's e a Fitch. Apesar de não fazerem grande alarido, estas agências não escondem que trabalham de mão dada com Wall Street e a City.
Quem controla as agências de rating?
Moody's:O accionista principal é Berkshire Hathaway que pertence a um dos maiores especuladores da história, Warren Buffet e ao conhecido Bill Gates.
Fitch: Pertence à francesa Fimalac (Financière Marc Ladreit de Lacharrière). No conselho de administração temos Philippe Lagayette de JP Morgan, David Dautresme de Lazard Frères e Henri Lachmann do grupo Schneider Electric.
Standards & Poor's:É uma filial da empresa de "media" McGraw-Hill Companies de Nova Iorque. O homem forte é o seu vice-presidente inglês David Murphy, antigo patrão internacional dos recursos humanos da Ford Motor Company. Uma das questões fundamentais é: porque é que Estados soberanos, Estados europeus, aceitam ser julgados, condenados e desestabilizados por três empresas privadas?Porque é que empresas privadas podem impor as suas leis a estados soberanos?Porque é que não se passa nada?
Porque é que nem os Estados, nem a Europa se mexem?A resposta é: porque a ganância tornou-se a regra que rege a banca e todo o sector financeiro, porque são eles que destroem as instituições democráticas, para nelas colocar uma "oligarquia", isto é, o poder controlado por meia dúzia de pessoas. Uma oligarquia da riqueza, uma oligarquia ao serviço da riqueza. Esta construção perversa tem a ajuda daqueles que julgamos serem os nossos representantes eleitos democraticamente, mas que na realidade são colocados no poder por organismo elitistas com o clube de Bilderberg. São também eles que dominam as grandes instituições não-eleitas que nos governam: Comissão Europeia, FMI ou Banco Central Europeu. Mas chega um tempo em que demais é demais! Chega um tempo em que é preciso dizer basta! Por isso, é urgente levar a cabo o combate do direito, o combate da verdadeira democracia, o combate da ética, para combater e regulamentar os comportamentos dessa oligarquia constituída pela finança internacional, os bancos, as grandes empresas multinacionais e os políticos que as sustentam. Enquanto o nosso sistema jurídico, apesar das limitações, o permite, um processo deve ser instaurado contra as agência de rating. Para isso, quatro docentes universitários - José Reis e José Manuel Pureza, da Universidade de Coimbra, e Manuel Brandão Alves e Maria Manuela Silva, do Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) - pediram um inquérito à Procuradoria-Geral da República (PGR), denunciando as três agências de crime de manipulação de mercado. A iniciativa é inédita em Portugal, mas já existem outros exemplos concretos.
Existe igualmente uma Petição entregue na Procuradoria-Geral da República (PGR)
Os signatários da Petição propõem assim que do inquérito realizado se possa apurar:
a) a prática dos actos abusivos que são imputados às Denunciadas;
b) a existência de graves prejuízos produzidos nos interesses do Estado e do povo Português;
c) a identificação dos quadros directivos das ditas agências e os autores dos actos objecto desta denúncia, além das pessoas já indicadas;
d) se os benefícios obtidos pelas agências denunciadas e seus clientes foram de notória importância;
e) quais os contratos celebrados a partir de 1 de Janeiro de 2010 com as entidades participantes no mercado da dívida pública portuguesa;
f) todas as comunicações internas respeitantes às classificações referentes a Portugal, a partir de 1 de Janeiro de 2010.
.
Um abraço do António
Como nas arenas romanas, em que o imperador com um simples gesto podia condenar à morte um gladiador, as agência de rating fazem o mesmo com os países que notam. Quem são essas agências que dispõem do poder de vida ou de morte sobre uma nação?Como já foi abordado neste blogue, existem três agências de rating americanas que dominam 95% do sector: a Standard & Poor's, a Moody's e a Fitch. Apesar de não fazerem grande alarido, estas agências não escondem que trabalham de mão dada com Wall Street e a City.
Quem controla as agências de rating?
Moody's:O accionista principal é Berkshire Hathaway que pertence a um dos maiores especuladores da história, Warren Buffet e ao conhecido Bill Gates.
Fitch: Pertence à francesa Fimalac (Financière Marc Ladreit de Lacharrière). No conselho de administração temos Philippe Lagayette de JP Morgan, David Dautresme de Lazard Frères e Henri Lachmann do grupo Schneider Electric.
Standards & Poor's:É uma filial da empresa de "media" McGraw-Hill Companies de Nova Iorque. O homem forte é o seu vice-presidente inglês David Murphy, antigo patrão internacional dos recursos humanos da Ford Motor Company. Uma das questões fundamentais é: porque é que Estados soberanos, Estados europeus, aceitam ser julgados, condenados e desestabilizados por três empresas privadas?Porque é que empresas privadas podem impor as suas leis a estados soberanos?Porque é que não se passa nada?
Porque é que nem os Estados, nem a Europa se mexem?A resposta é: porque a ganância tornou-se a regra que rege a banca e todo o sector financeiro, porque são eles que destroem as instituições democráticas, para nelas colocar uma "oligarquia", isto é, o poder controlado por meia dúzia de pessoas. Uma oligarquia da riqueza, uma oligarquia ao serviço da riqueza. Esta construção perversa tem a ajuda daqueles que julgamos serem os nossos representantes eleitos democraticamente, mas que na realidade são colocados no poder por organismo elitistas com o clube de Bilderberg. São também eles que dominam as grandes instituições não-eleitas que nos governam: Comissão Europeia, FMI ou Banco Central Europeu. Mas chega um tempo em que demais é demais! Chega um tempo em que é preciso dizer basta! Por isso, é urgente levar a cabo o combate do direito, o combate da verdadeira democracia, o combate da ética, para combater e regulamentar os comportamentos dessa oligarquia constituída pela finança internacional, os bancos, as grandes empresas multinacionais e os políticos que as sustentam. Enquanto o nosso sistema jurídico, apesar das limitações, o permite, um processo deve ser instaurado contra as agência de rating. Para isso, quatro docentes universitários - José Reis e José Manuel Pureza, da Universidade de Coimbra, e Manuel Brandão Alves e Maria Manuela Silva, do Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) - pediram um inquérito à Procuradoria-Geral da República (PGR), denunciando as três agências de crime de manipulação de mercado. A iniciativa é inédita em Portugal, mas já existem outros exemplos concretos.
Existe igualmente uma Petição entregue na Procuradoria-Geral da República (PGR)
Os signatários da Petição propõem assim que do inquérito realizado se possa apurar:
a) a prática dos actos abusivos que são imputados às Denunciadas;
b) a existência de graves prejuízos produzidos nos interesses do Estado e do povo Português;
c) a identificação dos quadros directivos das ditas agências e os autores dos actos objecto desta denúncia, além das pessoas já indicadas;
d) se os benefícios obtidos pelas agências denunciadas e seus clientes foram de notória importância;
e) quais os contratos celebrados a partir de 1 de Janeiro de 2010 com as entidades participantes no mercado da dívida pública portuguesa;
f) todas as comunicações internas respeitantes às classificações referentes a Portugal, a partir de 1 de Janeiro de 2010.
.
COMENTÁRIOS SOBRE AS AGÊNCIAS DE RATING
ATENÇÃO QUE ESTA AGÊNCIA DE RATING ASSOBIOU PARA O AR (COMO OUTRAS...) AQUANDO DOS LIXOS TÓXICOS DOS BANCOS AMERICANOS, NOMEADAMENTE O LEHMAN BROTHERS.
NESSA ALTURA, OS "NEGÓCIOS" E OS "ACTIVOS" DAQUELES BANCOS NÃO MERECERAM QUALQUER CRÍTICA (NEM A ATRIBUIÇÃO DE RISCO ELEVADO) POR PARTE DAS AGÊNCIAS DE RISCO!
ESTAVAM, ENTÃO, DISTRAÍDAS? CLARO QUE NÃO! ESTAS "NOTAÇÕES DE RISCO" FAZEM PARTE DE UMA ESTRATÉGIA INTERNACIONAL PARA BLOQUEAR A EUROPA E O EURO. PROVAVELMENTE, SEGUIR-SE-ÃO OUTRA ECONOMIAS...
ANGELA MERKEL JÁ TOPOU O ESQUEMA AO QUESTIONAR AQUELES TRASTES. FALTA PASSAR À ACÇÃO E DESCOBRIR QUEM SÃO OS DONOS DESSAS AGÊNCIAS DE RATING.
O QUÊ E QUEM ESTÁ POR DETRÁS DESTA ESTRATÉGIA? ESPECULADORES INTERNACIONAIS, LAVAGENS DE DINHEIRO, BRANQUEAMENTO DE CAPITAIS, ETC...
QUEM JÁ OUVIU FALAR NO GRUPO BILDBERG???
Mooddy's corta "rating" de Portugal (06/20/11)
(Excertos do editorial do Jornal de Negócios de hoje)
Choque. Escândalo. Lixo. Resignação? Não. Mas sim, lixo, somos lixo. Os mercados são um pagode, e nós as escamas dos seus despojos. Isto não é uma reacção emotiva. Nem um dichote à humilhação. São os factos. Os argumentos. A Moody's não tem razão. A Moody's não tem o direito. A Moody's está-se nas tintas. A Moody's pôs-nos a render. E a Europa rendeu-se.
As causas da descida do "rating" de Portugal não fazem sentido. Factualmente. Houve um erro de cálculo gigantesco de Sócrates e Passos Coelho quando atiraram o Governo ao chão sem cuidar de uma solução à irlandesa (…) Mas depois tudo mudou. Mudou o Governo, veio uma maioria estável, um empréstimo de 78 mil milhões, um plano da troika, um Governo comprometido, um primeiro-ministro obcecado em cumprir. Custe o que custar. Doa o que doer. Nem uma semana nos deram: somos lixo.
As causas do corte do "rating" não fazem sentido: a dificuldade de reduzir o défice, a necessidade de mais dinheiro e a dificuldade de regressar aos mercados em 2013 estão a ser atacadas pelo Governo. Pelo País. Este corte de "rating" não diagnostica, precipita essas condenações. Portugal até está fora dos mercados, merecia tempo para descolar da Grécia. Seis meses, um ano.
Só que não é uma questão de tempo, é uma questão de lucro, é uma guerra de poder (…) muitos investidores venderão muitos activos portugueses (…) hoje todos os nossos activos se desvalorizam. As nossas empresas, bancos, tudo hoje vale menos que ontem. Numa altura de privatizações. De testes de "stress". Já dei para o peditório da ingenuidade: não há coincidências. Hoje milhares de investidores que andaram a "shortar" acções e dívidas portuguesas estão ricos. Comprar as EDP e REN será mais barato. Não estamos em saldos, estamos a ser saldados. Salteados.
Portugal foi um indómito louco, atirou-se para um precipício, agarrou-se à corda que lhe atiraram. Está a trepar com todas as forças, lúcido e humilde como só alguém que se arruína fica lúcido e humilde. Veio a Moody's, cuspiu para o chão e disse: subir a corda é difícil - e portanto cortou a corda.
Tudo isto não é por causa de Portugal, é por causa da guerra entre os EUA e a Europa, é por causa dos lucros dos accionistas privados e nunca escrutinados das "rating". Há duas semanas, um monumental artigo da jornalista Cristina Ferreira no "Público" descreveu a corrosão. Outra jornalista, Myret Zaki, escreveu o notável livro "La fin du Dollar" que documenta o "sistema" de que se alimentam estas agências e da guerra dólar/euro que subjaz.
Ontem, Angela Merkel criticou o poderio das agências e prometeu-lhes guerra. Não foi preciso 24 horas para a resposta: o aviso da Standard & Poors de que a renovação das dívidas à Grécia será considerado "default" selectivo; a descida de "rating" da Moody's para Portugal.
Estamos a assistir a um embuste vitorioso e a União Europeia não é uma potência, é uma impotência. Quatro anos depois da crise que estas agências validaram, a Europa foi incapaz de produzir uma recomendação, uma ameaça, uma validação aos conflitos de interesse, uma agência de "rating" europeia. Que fez a China? Criou uma agência. Que diz essa agência? Que a dívida portuguesa é A-. Que a dívida americana já não é AAA. Os chineses têm poder e coragem, a Europa deixou-se pendurar na Loja dos Trezentos... dos americanos.
Anda a "troika" preocupada com a falta de concorrência em Portugal... E a concorrência ente as agências de "rating"? Há dois dias, Stuart Holland, que assinou o texto apoiado por Mário Soares e Jorge Sampaio por um "New Deal" europeu, disse a este jornal: é preciso ter os governos a governar em vez das agências de 'rating' a mandar.
Não queremos pena, queremos justiça. A Europa fica-se, não nos fiquemos nós. O Banco Central Europeu tem de se rebelar contra esta ditadura. Em Outubro, o relatório do Financial Stability Board, que era liderado por Mário Draghi, aconselhava os bancos e os bancos centrais a construírem modelos próprios para avaliarem a eligilibidade dos instrumentos financeiros por estes aceites e pôr termo aos automatismos das avaliações das agências de rating. Draghi vai ser o próximo presidente do BCE. Não precisa de acabar com as agências de "rating", precisa de levantar-se destas gatas.
(…) As agências de "rating" são os cangalheiros, ricos e eufóricos, de um sistema ridiculamente inexpugnável. As agências garantem que nada têm contra Portugal. Como dizia alguém, "isto não é pessoal, apenas negócios". Esse alguém era um padrinho da máfia.
NESSA ALTURA, OS "NEGÓCIOS" E OS "ACTIVOS" DAQUELES BANCOS NÃO MERECERAM QUALQUER CRÍTICA (NEM A ATRIBUIÇÃO DE RISCO ELEVADO) POR PARTE DAS AGÊNCIAS DE RISCO!
ESTAVAM, ENTÃO, DISTRAÍDAS? CLARO QUE NÃO! ESTAS "NOTAÇÕES DE RISCO" FAZEM PARTE DE UMA ESTRATÉGIA INTERNACIONAL PARA BLOQUEAR A EUROPA E O EURO. PROVAVELMENTE, SEGUIR-SE-ÃO OUTRA ECONOMIAS...
ANGELA MERKEL JÁ TOPOU O ESQUEMA AO QUESTIONAR AQUELES TRASTES. FALTA PASSAR À ACÇÃO E DESCOBRIR QUEM SÃO OS DONOS DESSAS AGÊNCIAS DE RATING.
O QUÊ E QUEM ESTÁ POR DETRÁS DESTA ESTRATÉGIA? ESPECULADORES INTERNACIONAIS, LAVAGENS DE DINHEIRO, BRANQUEAMENTO DE CAPITAIS, ETC...
QUEM JÁ OUVIU FALAR NO GRUPO BILDBERG???
Mooddy's corta "rating" de Portugal (06/20/11)
(Excertos do editorial do Jornal de Negócios de hoje)
Choque. Escândalo. Lixo. Resignação? Não. Mas sim, lixo, somos lixo. Os mercados são um pagode, e nós as escamas dos seus despojos. Isto não é uma reacção emotiva. Nem um dichote à humilhação. São os factos. Os argumentos. A Moody's não tem razão. A Moody's não tem o direito. A Moody's está-se nas tintas. A Moody's pôs-nos a render. E a Europa rendeu-se.
As causas da descida do "rating" de Portugal não fazem sentido. Factualmente. Houve um erro de cálculo gigantesco de Sócrates e Passos Coelho quando atiraram o Governo ao chão sem cuidar de uma solução à irlandesa (…) Mas depois tudo mudou. Mudou o Governo, veio uma maioria estável, um empréstimo de 78 mil milhões, um plano da troika, um Governo comprometido, um primeiro-ministro obcecado em cumprir. Custe o que custar. Doa o que doer. Nem uma semana nos deram: somos lixo.
As causas do corte do "rating" não fazem sentido: a dificuldade de reduzir o défice, a necessidade de mais dinheiro e a dificuldade de regressar aos mercados em 2013 estão a ser atacadas pelo Governo. Pelo País. Este corte de "rating" não diagnostica, precipita essas condenações. Portugal até está fora dos mercados, merecia tempo para descolar da Grécia. Seis meses, um ano.
Só que não é uma questão de tempo, é uma questão de lucro, é uma guerra de poder (…) muitos investidores venderão muitos activos portugueses (…) hoje todos os nossos activos se desvalorizam. As nossas empresas, bancos, tudo hoje vale menos que ontem. Numa altura de privatizações. De testes de "stress". Já dei para o peditório da ingenuidade: não há coincidências. Hoje milhares de investidores que andaram a "shortar" acções e dívidas portuguesas estão ricos. Comprar as EDP e REN será mais barato. Não estamos em saldos, estamos a ser saldados. Salteados.
Portugal foi um indómito louco, atirou-se para um precipício, agarrou-se à corda que lhe atiraram. Está a trepar com todas as forças, lúcido e humilde como só alguém que se arruína fica lúcido e humilde. Veio a Moody's, cuspiu para o chão e disse: subir a corda é difícil - e portanto cortou a corda.
Tudo isto não é por causa de Portugal, é por causa da guerra entre os EUA e a Europa, é por causa dos lucros dos accionistas privados e nunca escrutinados das "rating". Há duas semanas, um monumental artigo da jornalista Cristina Ferreira no "Público" descreveu a corrosão. Outra jornalista, Myret Zaki, escreveu o notável livro "La fin du Dollar" que documenta o "sistema" de que se alimentam estas agências e da guerra dólar/euro que subjaz.
Ontem, Angela Merkel criticou o poderio das agências e prometeu-lhes guerra. Não foi preciso 24 horas para a resposta: o aviso da Standard & Poors de que a renovação das dívidas à Grécia será considerado "default" selectivo; a descida de "rating" da Moody's para Portugal.
Estamos a assistir a um embuste vitorioso e a União Europeia não é uma potência, é uma impotência. Quatro anos depois da crise que estas agências validaram, a Europa foi incapaz de produzir uma recomendação, uma ameaça, uma validação aos conflitos de interesse, uma agência de "rating" europeia. Que fez a China? Criou uma agência. Que diz essa agência? Que a dívida portuguesa é A-. Que a dívida americana já não é AAA. Os chineses têm poder e coragem, a Europa deixou-se pendurar na Loja dos Trezentos... dos americanos.
Anda a "troika" preocupada com a falta de concorrência em Portugal... E a concorrência ente as agências de "rating"? Há dois dias, Stuart Holland, que assinou o texto apoiado por Mário Soares e Jorge Sampaio por um "New Deal" europeu, disse a este jornal: é preciso ter os governos a governar em vez das agências de 'rating' a mandar.
Não queremos pena, queremos justiça. A Europa fica-se, não nos fiquemos nós. O Banco Central Europeu tem de se rebelar contra esta ditadura. Em Outubro, o relatório do Financial Stability Board, que era liderado por Mário Draghi, aconselhava os bancos e os bancos centrais a construírem modelos próprios para avaliarem a eligilibidade dos instrumentos financeiros por estes aceites e pôr termo aos automatismos das avaliações das agências de rating. Draghi vai ser o próximo presidente do BCE. Não precisa de acabar com as agências de "rating", precisa de levantar-se destas gatas.
(…) As agências de "rating" são os cangalheiros, ricos e eufóricos, de um sistema ridiculamente inexpugnável. As agências garantem que nada têm contra Portugal. Como dizia alguém, "isto não é pessoal, apenas negócios". Esse alguém era um padrinho da máfia.
quinta-feira, 7 de julho de 2011
LIXO
Uma Agência de rating, num acto classificado de ‘terrorismo financeiro’ atribui ao nosso país a classificação de lixo.
Tal prática, entendida nos mercados de valores como um nojento expediente de ‘ataque’ ao Euro, dias depois de nos terem pedido mais e mais sacrifícios como forma de ensaiar alguma da recuperação económica que urge promover, terá para o nosso rectângulo pátrio consequências ainda imprevisíveis. E, pior que isso, está a ser estranhamente recebida com uma inércia que nos torna passivos, fracos, assustados, hesitantes e cúmplices desta delapidação do nosso esforço.
Que fazer afinal?
Tudo. Quando perante um ataque destes ‘Bin Laden’s’ todas as formas de lhes expressarmos (diária e repetidamente) a nossa força – a mesma que já antes exibimos de forma determinada perante outras causas – é válida.
Assim, vamos lá a dar aqueles senhores tudo o que a nossa imaginação for capaz de produzir.
Para já, a sugestão é de que usemos os seus emails para lhes darmos a saber da nossa insatisfação. O propósito será o de DURANTE UNS MESES lhes enchermos as suas mailboxes com as nossas mensagens. Eles que as limpem já que é de lixo que se trata, ou, em alternativa eles que criem outras para acomodar o ‘lixo’ que eles mesmo produziram.
Vamos a isso? É tempo de deixarmos de nos olhar ao espelho e ver lá reflectido um ‘banana’ incapaz de reagir.
Emails a considerar:
ClientServices@moodys.com
RatingsDesk@moodys.com
mediarelations@moodys.com
(Sugestão enviem-lhes todos os emails de SPAM, Publicidade, e todos os demais que achem desinteressantes. Um para cada endereço. Usemos as nossas caixas de correio para enviar o LIXO para a Moody.)
Aceitam-se outras forma de luta, divulguem-nas e vamos tratar de mostrar a fibra de que é feita a ‘raça lusa’.
Salvar Portugal usando AS MOODY’s deste planeta como caixote para o verdadeiro LIXO.
Tal prática, entendida nos mercados de valores como um nojento expediente de ‘ataque’ ao Euro, dias depois de nos terem pedido mais e mais sacrifícios como forma de ensaiar alguma da recuperação económica que urge promover, terá para o nosso rectângulo pátrio consequências ainda imprevisíveis. E, pior que isso, está a ser estranhamente recebida com uma inércia que nos torna passivos, fracos, assustados, hesitantes e cúmplices desta delapidação do nosso esforço.
Que fazer afinal?
Tudo. Quando perante um ataque destes ‘Bin Laden’s’ todas as formas de lhes expressarmos (diária e repetidamente) a nossa força – a mesma que já antes exibimos de forma determinada perante outras causas – é válida.
Assim, vamos lá a dar aqueles senhores tudo o que a nossa imaginação for capaz de produzir.
Para já, a sugestão é de que usemos os seus emails para lhes darmos a saber da nossa insatisfação. O propósito será o de DURANTE UNS MESES lhes enchermos as suas mailboxes com as nossas mensagens. Eles que as limpem já que é de lixo que se trata, ou, em alternativa eles que criem outras para acomodar o ‘lixo’ que eles mesmo produziram.
Vamos a isso? É tempo de deixarmos de nos olhar ao espelho e ver lá reflectido um ‘banana’ incapaz de reagir.
Emails a considerar:
ClientServices@moodys.com
RatingsDesk@moodys.com
mediarelations@moodys.com
(Sugestão enviem-lhes todos os emails de SPAM, Publicidade, e todos os demais que achem desinteressantes. Um para cada endereço. Usemos as nossas caixas de correio para enviar o LIXO para a Moody.)
Aceitam-se outras forma de luta, divulguem-nas e vamos tratar de mostrar a fibra de que é feita a ‘raça lusa’.
Salvar Portugal usando AS MOODY’s deste planeta como caixote para o verdadeiro LIXO.
ALGUNS DADOS E UMA PERGUNTA
Segundo dados da própria Associação Nacional de Bancos em 2010 os Bancos pagaram na totalidade de impostos ao Estado 466 milhões de euros. Em 2009 tinham pago 617 milhões.
Só de IRC pagaram 121 milhões . Em 2009n tinham pago 328 milhões.
No total de 2010 os impostos pagos pela Banca representaram apenas 3 por cento do total dos impostos recebidos pelo estado.
E o leitor... tambem pagou menos impostos em 201= que em 2009?
AH AH AH
Só de IRC pagaram 121 milhões . Em 2009n tinham pago 328 milhões.
No total de 2010 os impostos pagos pela Banca representaram apenas 3 por cento do total dos impostos recebidos pelo estado.
E o leitor... tambem pagou menos impostos em 201= que em 2009?
AH AH AH
quarta-feira, 6 de julho de 2011
BAILINHO DA MADEIRA
VERGONHA.!!!.."
AQUI NA MADEIRA Também.
E NÓS A PAGAR!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Crise económica na Madeira! ONDE?
PEDRO FERREIRA (Metropolitana) é um dos mais bem pagos, pois aufere 3.993euros de ordenado, a que acrescem 1.397 euros de despesas de representação, totalizando 5,532 euros.
Obs: Afectando 32% dos encargos com o pessoal para pagar a administração (138 mil), o engenheiro lidera a empresa que tem o maior passivo bancário: 179,7 milhões de euros.
RICARDO MORNA JARDIM (Madeira Parques) tem um ordenado de 5.499 euros, sendo o gestou que inscreveu o valor mais alto por conta do combustível (250 euros).
Obs: Lidera a gerência mais cara, a única com dois administradores a tempo inteiro que custam 148.336 euros, o que representa 45,3% dos encargos com OS ...oito funcionários.
RUI ADRIANO está legalmente reformado (2.737euros) desde 2007, mas enquanto presidente as Sociedade de Desenvolvimento do Norte aufere 5.249 euros.
Obs: Sendo o único administrador executivo, afecta 100% dos 86.302 euros de custos com a gerência, ou seja 9,9% dos gastos com o pessoal. É o que mais gasta em despesas de representação: 28 mil.
FRANSCISCO TABOADA (Porto Santo) tem 5.249 euros como remuneração base, com a curiosidade de ser o segundo com maior gasto de combustível (200 euros).
Obs: O seu cargo e a administração DA empresa representa apenas 9% dos encargos com o pessoal, embora a sociedade que lidera seja a que soma mais prejuízos: 32,3 milhões de euros.
RAUL CAIRES ganha 4.893 euros no Madeira Tecnopolo.
BRUNO FREITAS invoca as remunerações dos presidentes dos portos de Lisboa (6.415 euros) e Sines (5.675) para legitimar remuneração de 5.359 euros enquanto presidente DA APRAM.
JORGE FARIA, o presidente do IDE, tem direito a 4.808 euros poir mês.
Fonte: DN- Madeira
http://www.netmadeira.com/noticias/economia/2010/2/7/sociedades-devem-664-milhoes-e-vao-pedir-mais-100
PAULO SOUSA (Ponta Oeste) tem uma remuneração total de 5.514 euros.
Obs: A empresa que lidera é a que está em maiores dificuldades, com o maior passivo (206,2 milhões) e dívidas a fornecedores (8,7). E é o que gasta mais em deslocações (41.773), embora a administração represente 9,6% dos encargos com o pessoal.
Gestores públicos são pagos sem regras ou critérios. Top dos Gestores Madeirenses
ANTÓNIO ALMADA CARDOSO, SESARAM - É o gestor público mais bem pago, pois aufere 7.421 euros, incluindo 1.663 euros de despesas de representação. O presidente do
Conselho de Administração do Serviço Regional de Saúde acumula com o exercício de funções clínicas.
NUNO HOMEM COSTA, HORÁRIOS DO FUNCHAL - Apesar de ter direito a uma reforma de 3.874 euros como militar e oficial DA PSP, aufere 6.063 euros por mês como presidente DA HF, incluindo OS 1.399 euros para despesas de representação já que o vencimento mensal líquido é de 4.664 euros.
PIMENTA DE FRANÇA, IGA - O responsável pela empresa de gestão DA água, lixo e esgotos aufere 5.920 euros por mês, sendo o gestor que tem o mais elevado gasto em despesas de representação (1.716 euros), facto explicável por acumular funções em três empresas.
RUI REBELO, EEM - O presidente DA maior empresa pública regional foi relegado para o terceiro posto, com uma remuneração total mensal de 6.051 euros, com a particularidade de já não haver aumentos desde 2004
Fonte:http://www.dnoticias.pt/impressa/diario/217409/economia/217464-gestores-publicos-Sao-pagos-sem-regras-ou-criterios
Com a devida vénia do "Politica-pura-e-dura"
AQUI NA MADEIRA Também.
E NÓS A PAGAR!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Crise económica na Madeira! ONDE?
PEDRO FERREIRA (Metropolitana) é um dos mais bem pagos, pois aufere 3.993euros de ordenado, a que acrescem 1.397 euros de despesas de representação, totalizando 5,532 euros.
Obs: Afectando 32% dos encargos com o pessoal para pagar a administração (138 mil), o engenheiro lidera a empresa que tem o maior passivo bancário: 179,7 milhões de euros.
RICARDO MORNA JARDIM (Madeira Parques) tem um ordenado de 5.499 euros, sendo o gestou que inscreveu o valor mais alto por conta do combustível (250 euros).
Obs: Lidera a gerência mais cara, a única com dois administradores a tempo inteiro que custam 148.336 euros, o que representa 45,3% dos encargos com OS ...oito funcionários.
RUI ADRIANO está legalmente reformado (2.737euros) desde 2007, mas enquanto presidente as Sociedade de Desenvolvimento do Norte aufere 5.249 euros.
Obs: Sendo o único administrador executivo, afecta 100% dos 86.302 euros de custos com a gerência, ou seja 9,9% dos gastos com o pessoal. É o que mais gasta em despesas de representação: 28 mil.
FRANSCISCO TABOADA (Porto Santo) tem 5.249 euros como remuneração base, com a curiosidade de ser o segundo com maior gasto de combustível (200 euros).
Obs: O seu cargo e a administração DA empresa representa apenas 9% dos encargos com o pessoal, embora a sociedade que lidera seja a que soma mais prejuízos: 32,3 milhões de euros.
RAUL CAIRES ganha 4.893 euros no Madeira Tecnopolo.
BRUNO FREITAS invoca as remunerações dos presidentes dos portos de Lisboa (6.415 euros) e Sines (5.675) para legitimar remuneração de 5.359 euros enquanto presidente DA APRAM.
JORGE FARIA, o presidente do IDE, tem direito a 4.808 euros poir mês.
Fonte: DN- Madeira
http://www.netmadeira.com/noticias/economia/2010/2/7/sociedades-devem-664-milhoes-e-vao-pedir-mais-100
PAULO SOUSA (Ponta Oeste) tem uma remuneração total de 5.514 euros.
Obs: A empresa que lidera é a que está em maiores dificuldades, com o maior passivo (206,2 milhões) e dívidas a fornecedores (8,7). E é o que gasta mais em deslocações (41.773), embora a administração represente 9,6% dos encargos com o pessoal.
Gestores públicos são pagos sem regras ou critérios. Top dos Gestores Madeirenses
ANTÓNIO ALMADA CARDOSO, SESARAM - É o gestor público mais bem pago, pois aufere 7.421 euros, incluindo 1.663 euros de despesas de representação. O presidente do
Conselho de Administração do Serviço Regional de Saúde acumula com o exercício de funções clínicas.
NUNO HOMEM COSTA, HORÁRIOS DO FUNCHAL - Apesar de ter direito a uma reforma de 3.874 euros como militar e oficial DA PSP, aufere 6.063 euros por mês como presidente DA HF, incluindo OS 1.399 euros para despesas de representação já que o vencimento mensal líquido é de 4.664 euros.
PIMENTA DE FRANÇA, IGA - O responsável pela empresa de gestão DA água, lixo e esgotos aufere 5.920 euros por mês, sendo o gestor que tem o mais elevado gasto em despesas de representação (1.716 euros), facto explicável por acumular funções em três empresas.
RUI REBELO, EEM - O presidente DA maior empresa pública regional foi relegado para o terceiro posto, com uma remuneração total mensal de 6.051 euros, com a particularidade de já não haver aumentos desde 2004
Fonte:http://www.dnoticias.pt/impressa/diario/217409/economia/217464-gestores-publicos-Sao-pagos-sem-regras-ou-criterios
Com a devida vénia do "Politica-pura-e-dura"
Subscrever:
Mensagens (Atom)