Soberania da Grécia será muito restringida, diz Juncker
Agência de privatização pilotada por especialistas estrangeiros obriga o país a aceitar soberania “enormemente restrita”, diz o presidente do Eurogrupo. Economista alemão prevê que o desemprego na Grécia pode duplicar em prazo muito curto.
Artigo | 4 Julho, 2011 - 02:50
Soberania da Grécia ficará “enormemente restrita” devido à “vaga de privatizações que está para vir”, diz Juncker. Montagem de Rita Gorgulho Em entrevista publicada domingo na revista alemã Focus, o presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, comparou a situação da Grécia à da Alemanha do Leste após a reunificação, afirmando que a soberania da Grécia ficará “enormemente restrita” devido à “vaga de privatizações que está para vir”, no montante de 50 mil milhões de euros.
A perda de soberania decorre da criação de uma agência de privatização, pilotada por especialistas estrangeiros, que, segundo Juncker, foi desenhada segundo o modelos da “Treuhand” alemã, organismo que vendeu 14 mil empresas leste-alemãs de 1990 a 1994.
“Seria inaceitável insultar os gregos, mas é preciso ajudá-los”, disse Juncker. “Eles disseram que estão dispostos a aceitar a maneira de agir da zona euro”.
Entretanto, ouvido pela revista Der Spiegel, o investigador alemão Ulrich Blum também comparou a situação da Grécia à da ex-Alemanha do Leste no período a seguir à reunificação, e previu que o desemprego na Grécia poderá duplicar num prazo muito curto devido ao plano de privatizações.
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