quinta-feira, 24 de setembro de 2009

ELEIÇÕES

O Bloco de Esquerda multiplicou os ataques ao governo de José Sócrates e à sua campanha, não querendo deixar qualquer dúvida aobre a possibilidade de vir a existir uma coligação Bloco-PS. "O verbo não é coligar, é derrotá-los, vencê-los", disse o deputado Fernando Rosas. "Sócrates é um perigoso radical de mercado", atirou Louçã. Veja as fotografias.



Discursando no salão da colectividade "Os Franceses", no Barreiro, Francisco Louçã apontou os malefícios trazidos pela governação de Sócrates: "o Código do Trabalho, pior que o de Bagão Félix, subsídio de desemprego retirado aos trabalhadores, promoção do trabalho temporário, multiplicação dos falsos recibos verdes, desprezo da função pública, ataque aos trabalhadores, promoção da desigualdade, cultura da injustiça".

Para o coordenador do Bloco de Esquerda, o governo sempre teve dois pesos e duas medidas: enquanto promovia a violência social, beneficiava os mais fortes. "Foi por arrogância e por ter dois pesos e duas medidas que eu nunca ouvi um ministro dizer que quando passou um administrador pela Caixa Geral de Depósitos por 18 meses e de lá saiu com 10 mil euros de pensão para toda a sua vida, nunca ouvi uma palavra contra este abuso, isto é dois pesos e duas medidas, uns privilegiados, outros perseguidos", apontou, sob fortes aplausos.

Evocando a visita que realizara nesse mesmo dia à EMEF (Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário), Louçã insistiu na proposta de reforma integral ao fim de 39 anos de descontos, apontando o caso de milhares de trabalhadores que se vêem penalizados por terem começado a trabalhar aos 15 anos e só se poderem reformar depois de 51 anos de trabalho.

Para Louçã, a alternativa que se coloca, assim, nestas eleições é entre "a esquerda e maioria absoluta". E mostrou-se convicto de que no domingo a esquerda ficará "mais forte" com a derrota da maioria absoluta.

Já Fernando Rosas, cabeça-de-lista por Setúbal, tinha insistido no diálogo com aqueles que ainda hesitam em quem votar, com medo da vitória da direita. "Mas será que é uma escolha digna de um homem livre e de uma mulher livre ter de optar entre morrer pela forca ou pela cadeira eléctrica?", questionou.

Num inspirado discurso que empolgou os presentes, Rosas apontou que o crescimento do desemprego, da miséria e da fome não são erros acidentais e sim fruto de um modelo de desenvolvimento adoptado pelo governo. "Podemos fazer uma coligação com este governo?", perguntou, para ouvir um sonoro "Não" da plateia. "Não podemos: o verbo não é coligar, é vencê-los, derrotá-los"

Já Mariana Aiveca tinha dado o mote dos ataques à governação de José Sócrates: "É uma vergonha que um governo de um partido que se diz socialista tenha feito uma reforma da Segurança Social em que quem perde são os trabalhadores."

O comício foi aberto por Mário Durval, cabeça-de-lista à autarquia local.

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