Hoje foi aprovado no Parlamento mais um orçamento rectificativo. O Ministro das Finanças defendeu que não fazia sentido apresentar valores para o défice das contas do Estado nem os valor das dívidas das empresas públicas e afins como as Estradas de Portugal, o SNS, etc. Ficamos pois sem saber se foi aprovado um aumento de endividamento suficiente para pagar as despesas do Estado. O argumento é que as contas serão apresentadas com o próximo Orçamento de Estado. Eu acho que isso não acontecerá e tenho uma teoria. Pelos sinais
de constante dramatização do Governo+PS,
pela estratégia de procurar uma coligação governativa que o PS sabia nunca se concretizar,
pelas teses da coligação negativa,
pelo facto de estarmos com um governo paralisado,
pela tentativa de encostar à parede o Presidente da República,
pelo aparente recuar em tanta área bandeira do anterior governo,
sou levado a concluir que o PS optou pela estratégia de procurar a demissão de funções mal tenha um pretexto que lhe permita ganhar umas eleições antecipadas num contexto de extrema dramatização. Neste cenário, importa esconder a realidade do país. Dividida externa, défice, desemprego, endividamento público, prazos de pagamento a fornecedores, entre outros, constituem indicadores a adocicar. Não foram apresentados hoje com o orçamento rectificativo nem serão tornados públicos de forma não disfarçada no próximo orçamento pois isso seriam más notícias para a eleição antecipada por volta de Abril. Cá estaremos para aferir a previsão.
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