quinta-feira, 8 de setembro de 2011

O ESTADO DA EDUCAÇAO

Bloco acusa ministro da Educação de “facilitismo”

“Pela mão de um ministro que se anunciou como paladino do combate ao facilitismo, é o facilitismo de cada uma das medidas já anunciadas que impressiona”, afirmou a deputada do Bloco, Ana Drago, durante o debate em plenário na Assembleia da República.
Foto de Paulete Matos.
Foto de Paulete Matos.
Segundo Ana Drago, a política do ministro da educação do governo PSD/CDS-PP, Nuno Crato, resume-se a “cortar no essencial”. “Num país em crise, as escolas terão menos meios, menos recursos, menos professores para responder ao impacto que a crise terá na vida das famílias e, portanto, na vivência escolar e educativa dos alunos”, adiantou a deputada.
Ana Drago alertou para o facto de as “perspectivas para o ano lectivo 2011/2012” serem “negras”.
A dirigente do Bloco acusou também o governo de deixar “pais e escolas em suspenso”. Em véspera do arranque do ano lectivo, “não se conhecem ainda os apoios de acção social escolar que vão ser dados na aquisição dos manuais e do material escolar, que, como sabemos, tem um impacto enorme nos orçamentos familiares”, assim como “não sabemos também quando é que as escolas vão poder contar com o trabalho dos psicólogos escolares, determinantes para o acompanhamento de situações de risco em contexto escolar”, lembrou Ana Drago.
“Também não sabemos se estão asseguradas as actividades que permitiram, nos últimos anos, o modelo de escola a tempo inteiro pela carência de recursos financeiros”, acrescentou ainda.
O que sabemos, avançou a deputada, é que “para a maioria de direita, a educação, escola pública, o investimento na qualificação das crianças e jovens e jovens portugueses são gorduras da despesa pública que o governo vai agora submeter a uma rigorosa dieta”.
Este é o momento, segundo Ana Drago, “de perguntar qual é a nova política de educação trazida pela nova maioria do PSD e do CDS”. Para a deputada do Bloco a resposta não poderia ser mais simplista: “cortes no número de professores, cortes no número de apoios à promoção do sucesso educativo, cortes na qualidade do serviço educativo” Por outro lado, relembrou, o governo aumenta o número de alunos nas salas de aulas e aumenta o apoio financeiro às escolas privadas.
Ana Drago acusou ainda o governo de não cumprir as suas promessas eleitorais e de implementar medidas “sem estratégia e sem trabalho preparatório”.
PSD e CDS/PP “convivem alegremente com desemprego docente absolutamente massivo”, acrescentou a dirigente bloquista, deixando, para finalizar, um alerta: “se pensam que a educação custa caro, experimentem a ignorância”.

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