sexta-feira, 24 de outubro de 2008

A LUTA DOS PROFESSORES

Como somos uma classe privilegiada no uso da inteligência vou apenas enumerar alguns factos evitando emitir qualquer juízo de valor.

A presidente do Conselho Científico para a Avaliação de Desempenho dos Professores (exclui os educadores) aposentou-se alguns meses depois de ser nomeada.

O presidente que a substituiu demitiu-se recentemente mas segundo consta há mais membros demissionários.

Dia 18 de Outubro reuniram no Pragal-Almada cerca de 60 professores para perspectivar formas luta contra as políticas do ME, com especial relevância para a avaliação de desempenho.

Dezenas de escolas estão a propor a suspensão do modelo de avaliação de desempenho.

O Bloco de Esquerda apresentou na Assembleia da República um pedido de suspensão deste modelo de avaliação.

Na próxima Segunda Feira o SPGL e a FRENPROF vão fazer conferência de imprensa para exigir a suspensão da avaliação de desempenho em curso.

Dia 29 de Outubro os sindicatos reúnem com os movimentos promotores da manifestação de 15 de Outubro para tentar unificar os professores numa única manifestação.

Dia 4 de Novembro está agendada uma vigília em Almada, para protestar contra o modelo de avaliação docente.

Dia 8 de Novembro está convocada pela Plataforma Sindical uma manifestação nacional de professores para exigir a suspensão do regime de avaliação, protestar contra os horários inadequados, lutar contra o projecto de concursos do ME e pela defesa da gestão democrática nas escolas.

Dia 15 de Novembro está convocada por três movimentos de professores, (algum tempo antes da manifestação de 8 de Novembro), uma
manifestação nacional contra o modelo de avaliação de desempenho.

Foi aberto novo concurso para professores titulares onde podem concorrer todos os que não acederam a titular no concurso anterior, alargando essa possibilidade aos professores anteriormente excluídos onde se inserem aos dirigentes sindicais e deputados. Os concorrentes estão no mesmo pé de igualdade contando desta vez com os 8 anos anteriores.
Sobre este assunto circula na net uma campanha de difamação dos dirigentes sindicais.

O memorando assinado entre Plataforma Sindical e o Ministério da Educação foi ratificado no dia D por cerca de 85% dos professores.
Os dirigentes sindicais foram acusados de traição por terem assinado um documento que mereceu a aprovação esmagadora da maioria dos professores e educadores que participaram nas reuniões.

A plataforma sindical convocou uma vigília, logo a seguir à imposição do Estatuto da Carreira Docente, em frente do ME onde compareceram apenas cerca de 200 professores. O Estatuto da Carreira Docente além de dividir os professores entre titulares e não titulares foi o prenúncio das medidas que vieram a seguir, entre elas a avaliação de desempenho.

Muitos dirigentes do SPGL , entre eles o seu presidente António Avelãs exercem actividade lectiva nas suas escolas, com excepção dos educadores e professores do 1º ciclo por exercerem monodocência.

Com estes dados que considero objectivos, espero ter contribuído para o aprofundamento da nossa reflexibilidade crítica e sobretudo para a mobilização para a nossa luta comum, exigindo respeito pela profissão docente e saindo em defesa da Escola Pública.

Com saudações fraternais
Joaquim Sarmento

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