Bloco condena arrogância colonial da Comissão Europeia
Após a reunião da mesa nacional do Bloco que aprovou as listas candidatas às eleições, Francisco Louçã afirmou que o comissário europeu Olli Rehn respondeu a Cavaco Silva com uma “arrogância colonial a que Portugal não está habituado e que a UE não pode aceitar” e realçou: “Recusamos o PEC4, porque recusamos as medidas que afectam as pessoas”.
Artigo | 11 Abril, 2011 - 00:55
Francisco Louçã: “Recusamos o PEC4, porque recusamos as medidas que afectam as pessoas” - Foto de António Cotrim/Lusa No final da reunião da Mesa Nacional do Bloco de Esquerda, que aprovou as listas de candidatos a deputados para as próximas legislativas, Francisco Louçã afirmou que o PS e o PSD vão propor às eleições “o mesmo programa: reduzir salários e pensões e atacar bens públicos”.
“Se a solução que o Governo nos propõe é de novo o PEC4 ou um PEC4 aditivado e piorado por um ataque ao 13º mês ou ao subsídio de natal, tem que haver uma esquerda com força que defende os reformados, os trabalhadores”, salientou o coordenador da comissão política do Bloco de Esquerda.
Francisco Louçã condenou a “arrogância colonial” manifestada nas declarações do comissário europeu para os assuntos económicos e financeiros, Olli Rehn, que disse que “para o bem de Portugal e da Europa”, preferia “não ter de dialogar na praça pública todos os dias com os dirigentes de Portugal”, em resposta ao apelo de Cavaco Silva para que a União Europeia demonstre “imaginação”.
“Quero dizer-lhe em nome dos portugueses, de quem está desempregado por estas políticas, de quem sabe que a economia está a ser estrangulada, que não é aceitável. Já temos tido demasiada paciência e demasiada imaginação para permitir que a Europa seja destruída por uma visão mesquinha que só assenta no desemprego como solução para as economias”, criticou Francisco Louçã.
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