“Governo cede ao FMI dois dias depois de ter tido uma ordem dos principais bancos”
“O primeiro-ministro anunciou ao país ter desistido do principal compromisso perante os portugueses: Opor-se a uma intervenção do fundo da UE e do FMI”, afirmou Francisco Louçã, após o anúncio de José Sócrates de que o Governo decidiu pedir assistência financeira à CE.
Artigo | 6 Abril, 2011 - 22:46
“Em três decisões económicas desastrosas, que um ministro de finanças de esquerda nunca poderia ter aceitado, [o Governo] gastou três vezes aquilo que é o resultado para o exercício orçamental de hoje”, declarou Francisco Louçã. English version - En Français
Francisco Louçã considerou que o Governo “cedeu” depois de “ter tido uma ordem dos principais bancos de Portugal que decidiram estrangular o apoio financeiro ao Estado” e salientou que não é pelo chumbo do PEC que o país está numa situação difícil.
O coordenador da comissão política do Bloco lembrou que “em três decisões económicas desastrosas, que um ministro de finanças de esquerda nunca poderia ter aceitado, gastou três vezes aquilo que é o resultado para o exercício orçamental de hoje”: Mil milhões de euros para submarinos, mil milhões que a PT não pagou de imposto e dois mil milhões de euros para um fundo de resgate do BPN.
O dirigente do Bloco de Esquerda considerou que o Governo não teve rigor e sublinhou que “temos uma década perdida atrás de nós”, na qual “duplicou a dívida portuguesa”, recordando que “estamos na terceira recessão da década” e que “estamos a regressar à economia de 2002”.
Francisco Louçã anunciou ainda que “o Bloco de Esquerda apresentará um plano de resposta ao endividamento para mobilizar as nossas capacidades, para proteger a economia, para nos concentrarmos no essencial”.
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